Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Protozoologia Profa. Juliana Garcia BIOMEDICINA 2/3 sem. 07/03/2014 Protozoários Organismos pertencentes ao reino Protista e sub-reino Protozoa. São organismos eucariotas, unicelulares,constituídos por uma única célula. Classificação dos protozoários • Os protozoários podem ser fixos ou se deslocar através de cílios, flagelos ou pseudópodes. De acordo com o tipo e a presença ou não dessas organelas locomotoras, os protozoários classificam-se em: • rizópodes ou sarcodíneos - locomovem-se através de pseudópodes. • flagelados ou mastigóforos - locomovem-se através de flagelos. • ciliados - locomovem-se através de cílios; • esporozoários - desprovidos de organelas locomotoras. Sarcodíneos ou Rizópodos Locomoção por pseudópodos. Nome genérico Amebas. Ex.: Entamoebas (vida livre) e Entamoeba histolytica (parasita). Flagelados ou mastigóforos • Locomoção por flagelos. • Ex: • Trypanosoma cruzi, • Giardia lambia, • Leishmania brasiliensis CILIADOS Locomoção por cílios. Ex.: Balantidium coli (parasita). ESPOROZOÁRIOS O mais comum do gênero Toxoplasma, que causam a toxoplasmose. Reprodução Assexuada ◦ por divisão binária ou cissiparidade - um indivíduo divide- se em dois com dimensões iguais. Sexuada ◦ Fecundação : Dois indivíduos de sexos diferentes se fundem e formam um zigoto, originando novos indivíduos. ◦ Conjugação: não ocorre aumento do número de indivíduos, união temporária entre dois indivíduos para a troca mútua de materiais celulares. Assexuada - Bipartição ou cissiparidade Um indivíduo se divide dando origem a dois novos indivíduos REPRODUÇÃO Sexuada- Conjugação (ciliados) Troca de micronúcleos entre dois indivíduos Divisão múltipla (esporozoários) Várias divisões do núcleo, e cada núcleo resultante, dará origem a um novo indivíduo Locomoção Pseudópodos; Flagelos; Cílios; Classificação de Protozoários de Importância Médica Filo Sarcomastigophora ( presença de flagelos Ex:Trypanosoma e Leishmania Presença de pseudópodos – Ex: Amebas Filo Apicomplexa : complexo apical (m.eletronico) Ex: Toxoplasma gondii Filo Ciliophora: presença de cílios. Ex: Balantidium. Filo Microspora: forma esporos unicelulares. Definição: “ Doenças (agentes, infecções) que podem ser naturalmente transmitidas entre (outros) vertebrados e o homem” (OMS). Generalidades - 80% das infecções humanas tiveram/tem origem zoonótica - Estão entre as principais doenças em Saúde Pública - Muitas têm importância em Saúde Pública e Veterinária - Vírus, bactérias, protozoários, helmintos, fungos - Hospedeiros: animais de produção, pets, animais silvestres, exóticos, vertebrados inferiores - Novas zoonoses surgem continuamente - Viroses: morcegos têm sido seguidamente implicados Os parasitas intestinais mais frequentes - Parasitas patogênicos: Protozoários: Giardia lamblia; Entamoeba histolytica; Dientamoeba fragilis; Cryptosporidium sp.; Isospora sp.; Cyclospora sp.; Microsporidia Parasitas não patogênicos: Endolimax nana; Entamoeba coli; Entamoeba dispar; Entamoeba hartmanni; Iodamoeba butschlii; Chilomastix mesnili; Blastocystis hominis (usualmente não patogênico) Quem está deitado na grama, o coelho ou o pato? Giardia lamblia Giardia lamblia: Giardia duodenalis, Giardia intestinalis Lamblia intestinalis É encontrada em todo o mundo, mas parece incidir mais em regiões de clima temperado e em zonas tropicais. A incidência aumenta, nas crianças, até a puberdade e cai depois para taxas muito menores. Além do homem, parasita animais domésticos (cães e gatos). Na água os cistos podem conservar sua vitalidade durante dois meses ou mais. Giardia lamblia G. intestinalis é a nomenclatura adotada pela Organização Mundial da Saúde. Prevalência em países em desenvolvimento :4% a 43% Prevalência em países desenvolvidos: 3% a 7% Giardia lamblia Classificação Filo Sarcomastigophora Ordem Diplomonadida Família Hexamitidae Gênero Giardia Espécie Giardia lamblia Giardia lamblia HÁBITAT Intestino delgado Duodeno e jejuno Giardia lamblia TRANSMISSÃO Ingestão de cistos maduros presentes na água e alimentos (verduras cruas e frutas mal lavadas ou alimentos contaminados). Locais de aglomeração humana (creches, orfanatos, enfermarias pediátricas, etc.). De pessoa a pessoa. Por contato com animais domésticos infectados. Através de contatos homossexuais. Giardia lamblia EPIDEMIOLOGIA É encontrada em todo o mundo, com alta prevalência em crianças de 1 a 12 anos (com maior incidência até 3 anos), principalmente as de baixo nível sócio-econômico; Água adquire grande importância como veículo de transmissão; Cistos de grande resistência; Frequentemente encontrada em ambientes coletivos (creches, orfanatos, enfermarias, domicílios, etc.); Portadores assintomáticos (manipuladores de alimentos); Ciclo da giardíase (oral-fecal) CICLO DE EVOLUTIV O TROFOZOÍTAS vivem no duodeno e jejuno Aderem mucosa – formando revestimento Interferir na absorção de gorduras e vitaminas Alimentam-se através da membrana Reproduzem- se por divisão binária São eliminadas pelas fezes líquidas (trofozoítos) Fezes formadas (cistos) Giardia lamblia PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Nos casos sintomáticos, o período de incubação costuma ser de 1 a 3 semanas, mas pode prolongar-se até seis semanas. Coração apaixonado? Pelo que dizem, é mais fácil de curar do que um coração partido... Curioso, não? Forma vegetativa (trofozoito) Giardia lamblia em divisão celular Giardíase - cisto Principais Doenças Causadas por Protozoários - Distribuição mundial; - Aproximadamente 50% dos portadores são assintomáticos; - Acomete principalmente crianças – Gastroenterite ; Duodenite. GIARDÍASE – (parasitose intestinal)- Giardia lamblia - protozoário flagelado Sintomas Diarréia ------------------------------ 89% • Mal estar ---------------------------- 84% • Flatulência -------------------------- 74% • Odor acentuado ------------------- 72% • Fezes brilhantes (gordura) ------ 72% • Náusea ------------------------------- 68% • Anorexia ----------------------------- 64% Giardia lamblia PATOGENIA ( maior susseptibilidade : menores de 5 anos). Lesão da mucosa (atapetamento) sindrome de má absorção B12, A, D, E, K, Ferro, gorduras, etc. Diarréia com esteatorréia A maioria assintomática Quando sintomática Desconforto abdominal, cólicas, diarréia aquosa com odor fétido Giardia lamblia DIAGNÓSTICO Clínico Crianças de 8 meses a 10-12 anos Diarréia com esteatorréia Irritabilidade, insônia Nâuseas e vômitos, dor abdominal Anorexia, perda de peso * Adultos maioria assintomáticos Giardíase - Diagnóstico Identificação microscópica das formas evolutivas (trofozoítos e/ou cistos) em amostras de fezes. Ex: Faust ou ritchie ( formol-éter). Trofozoítos – exame direto de fezes diarréicas ou em esfregaços de fezes corados pelo tricômio ou hematoxilina férrica. ELISA – detecção de Ag nas fezes. Giardia lamblia PROFILAXIA * Ligada a educação e engenharia sanitária * Higiene pessoal * Proteção dos alimentos * Ampliação dos serviços de água e esgoto domiciliar Giardia lamblia VACINA: A vacina contra a Giardia lamblia para uso em humanos está bastante adiantada porém em fase de pesquisa. Já contra a giardíase canina foi lançada recentemente (2002) a Giardia Vax (vacina inativada), muito segura e eficaz. Giardíase - Tratamento CENTRÍFUGO-FLUTUAÇÃO Método de Faust cistos, oocistos e ovos leves. Exame Parasitológico de Fezes Método de Ritchie Ritchie – Garcia, A.J Aparelho de Corar Lâminas Garcia,A.J Método Elisa – leitora Bibliografia recomendada para esta disciplina Bibliografia Básica Parasitologia Humana – Neves, P.D – 11 edição – ed.Atheneu CIMERMAN, B. CIMERMAN, S. Parasitologia Humana e Seus Fundamentos Gerais.1ª Ed. Atheneu. SP. 373 pág., 1999 REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 2ª Ed. Guanabara Koogan. RJ. 37 pág., 2002. Bibliografia recomendada para esta disciplina BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Parasitologia uma abordagem clínica – Amato Neto, V; Amato, S.V; Gryschek, B.C.R; Tuon, F.F; ed.elsevier. FERREIRA , M.U.; FORONDA, A.S.;SCHUMAKER, T.T.S. Fundamentos Biológicos da Parasitologia humana. Barueri, Manole, 2003. Técnicas básicas de Laboratório clínico – Estridge, H. B; Reynolds, P.A – 5 edição-ed. Artmed. LEVENTHAL,R.; CHEADLE,R. Parasitologia médica: texto e Atlas. São Paulo, Editorial Premier, 1997.
Compartilhar