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Protozoologia Profa. Juliana Garcia BIOMEDICINA 2/3 sem. 14/03/2014 AMEBÍASE: Epidemiologia Cosmopolita- de acordo com a região de 5 a 50% pessoas infectadas 500 milhões de infectados, 10% com formas invasivas óbito anual 100.000 pessoas - regiões tropicais/subtropicais - condições precárias de higiene - estado nutricional deficiente África e Ásia – mais atingidos Regiões frias e temperadas – ausente (cistos nas fezes – E. dispar?) Américas: México, América Central, Perú, Colômbia, Equador Brasil: Até 30% (AM, PA, BA, PB) Amebíase ou disenteria amebiana Agente etiológico: Entamoeba histolytica Entamoeba histolytica Classificação Filo Sarcomastigota Classe Sarcodina Ordem Amoebida Gênero Entamoeba Entamoeba histolytica HÁBITAT Intestino delgado desencistamento - eclosão Intestino grosso encistamento – trofozoíto; Entamoeba histolytica TRANSMISSÃO Ingestão de cistos tetranucleados presentes na água e alimentos (verduras cruas e frutas mal lavadas ou alimentos contaminados). Locais de aglomeração humana (creches, orfanatos, enfermarias pediátricas, etc.). De pessoa a pessoa. Cistos são viáveis por até 30 dias no meio externo; trofozoíto 1 núcleo, pleomórfico (forma invasiva) multiplicação: (Assexuada) divisão binária simples 1-4 núcleos esféricos/ovais forma de resistência eliminado nas fezes cisto E. histolytica Trofozoíto:forma ativa, que se alimenta para se reproduz rapidamente E. histolytica Amebíase Ciclo biológico Não Patogênico: Ingestão via oral de cistos tetranucleados através de água e alimentos contaminados desencistameno ( estomago, intestino) multiplica-se e originam novos cistos no ambiente CICLO NÃO- PATOGÊNICO Trofozoítos desprendem-se da parede Caem luz intestino grosso Transformam-se PRECISTOS e CISTO mononucleados Tetranucleados (Cistos maduros) Eliminados nas fezes Ciclo biológico Patogênico: Ingestão via oral de cistos tetranucleados através de água e alimentos contaminados desencistameno ( estomago, intestino) Trofozoítos ( forma invasiva ou virulenta) adesão e invasão da mucosa intestinal; Alimenta-se de sangue; Processo de destruição tecidual (nome - histolytica) ação de enzimas (hialuronidase) - formação de úlcera Dispersão: o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado ou outros órgãos via sistema porta Amebíase E. histolytica Mecanismos de invasão Adesão Destruição tecidual Dispersão extra-intestinal Patogenia Trofozoítos invasão mucosa intestinal Adesão fígado Ruptura abscesso hepático cérebro pulmões fígado intestino Pericárdio, pulmões, cérebro CICLO PATOGÊNICO TROFOZOÍTOS na forma invasiva ou virulenta TROFOZOÍTOS invadem mucosa intestinal Multiplicam-se interior úlceras Através circulação porta Fígado pulmão rim cérebro ou pele Ciclo da amebíase (oral-fecal) Doença → Disenteria amebiana ou amebíase Causador → Entamoeba histolytica Sintomas → Diarréias com sangue e muco Transmissão → DIRETA. Ingestão de alimentos contaminados por cistos do protozoário AMEBÍASE Ciclo de vida – ocorre na: hospedeiro meio Fezes alimentos e água Cisto forma de resistência Trofozoíto PATOGENIA DA AMEBÍASE E. histolytica complexo composto de várias linhagens: algumas vivem como comensais – luz do intestino – assintomáticas – AMEBÍASE INTESTINAL NÃO- INVASIVA; outras virulentas ou patogênicas responsáveis por quadros clínicos da doença – AMEBÍASE INTESTINAL INVASIVA. Patogenia- Amebíase- Formas clínicas - Forma assintomática - Forma intestinal (não invasiva) - dores abdominais (cólicas) - diarréias - Forma intestinal invasiva - colite amebiana aguda, desinteria grave (fezes líquidas) - úlceras intestinais, abscessos - Forma extra-intestinal - fígado - pulmão - cérebro E. histolytica Forma intestinal E. histolytica Forma intestinal invasiva presença de úlceras nodular e irregular (cólon, sigmóide e reto); nodular – pequenas ,arredondadas; irregular largas; amebíase intestinal - diarréias - colites - úlceras História natural da amebíase Sintomas Amebíase intestinal: evacuação de fezes muco- sanguinolenta (disenteria) +/- 10 a 12 vezes ao dia; Desidratação; debilidade geral; náuseas e vômitos; Amebíase extra-intestinal: Pulmão: insuficiência respiratória Fígado: abscesso amebiano hepático (febre e dor no quadrante superior direito, calafrios, náuseas, mal- estar S.N.C: abscessos cerebrais amebianos são escassos e fatais Amebíase - Diagnóstico Identificação microscópica dos cistos em amostras de fezes. Ex: Faust . Trofozoítos – exame direto de fezes diarréicas ou em esfregaços de fezes corados pelo tricômio ou hematoxilina férrica. Diagnóstico Clínico – diarréia/síndrome do cólon irritável Parasitológico de fezes Pesquisa de cistos nas fezes (faust ) trofozoítas em fezes líquidas – coloração tricrômio ou hematoxilina férrica Diagnóstico imunológico -ELISA para detecção de antígeno nas fezes Diagnóstico Molecular - PCR (distingue espécies) Amebíase: E. histolytica Amebíase Figura 35: Cisto de Entamoeba histolytica/dispar (1000X) corado pelo lugol, mostrando dois núcleos(1) com cariossoma central(2) e cromatina periférica regular. E. histolytica: espécie patogênica (nem sempre) potencial invasivo - virulência dependente - cepa - resposta do hospedeiro menos freqüente E. dispar: espécie não patogênica - raramente causa erosão de mucosa 10X mais freqüente portadores assintomáticos E. histolytica X E. dispar Amebíase - Diagnóstico Desde 1997 a OMS recomenda que nos laudos dos exames de fezes os resultados fossem expressos como cistos e/ou trofozoítos de Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar. ELISA – detecção de Ag nas fezes. Técnicas moleculares : amplificação do DNA TRATAMENTO • Metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol – Tratamento de amebíase sintomática. • Nitazoxanida Profilaxia e Controle Vacinas (experimentais): alvos – trofozoítas (via oral) - cistos (impedir encistamento – bloqueio transmissão) E. histolytica Portadores assintomáticos! 1. Saneamento básico 2. Educação sanitária: 3. Tratamento de água 4. Controle de alimentos (lavar frutas e verduras). 5. Tratamento das fontes de infecção – tratar os doentes 6. Cuidados com higiene pessoal (lavar as mãos).
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