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2015 1 AULA 6 SIMULACAO E DISSIMULACAO

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CURSO DE DIREITO
Disciplina: Psicologia Jurídica 
Professora (Org): Josimea de Barros Pino Souza 
___________________________________2015 -1 ____________________ AULA 6 
SIMULAÇÃO E DISSIMULAÇÃO. EMOÇÕES E PAIXÕES
SIMULAÇÃO
Simulação é uma declaração enganosa da vontade que visa produzir efeito diverso do ostensivamente indicado, iludindo-se terceiro através de uma falsa aparência, que acoberta a verdadeira feição do negócio jurídico. ( DINIZ, 2005, P. 458) 
Simulação: ( no mundo Jurídico) São defeitos do negócio jurídico que objetivam burlar a lei ou prejudicar terceiros procurando alguma vantagem econômica.
Simular é representar, apresentar, metodicamente alguma situação.
Entre as características da simulação, destaca-se: 
a) falsa declaração bilateral da vontade; 
b) vontade exteriorizada que diverge da interna ou real, não correspondendo à intenção das partes; 
c) acerto com a outra parte, sendo, portanto, intencional o desacordo entre a vontade interna e a declarada;
 d) objetivo de iludir terceiro. ( DINIZ, 2005, p. 459 ) 
DISSIMULAÇÃO
Dissimular é contorcer a realidade de uma situação, algum fato escondendo ou contornando a seu real sentido.
Simulação e dissimulação são as duas faces da mesma moeda, a falsidade.
EMOÇÕES E PAIXÕES
EMOÇÕES - Conceito:
“É um estado de explosão afetiva, que não pode ser desvinculada da ideias de sofrimento”.
 “Um complexo estado de sentimentos, com componentes somáticos, psíquicos e comportamentais, relacionados ao afeto e ao humor” ( Kaplan e Sadock, 1993, p. 230). 
Afeto: é a experiência da emoção observável, expressa pelo indivíduo; ele apresenta correspondentes nos comportamentos: gesticulação, voz etc.
Humor: é experimentado subjetivamente e dele somente se pode obter informações questionando-se a pessoa, pois se trata de experiência interior, subjetiva, que tem a ver com a percepção de mundo do indivíduo. 
Tipos de Emoção
 (diferentes maneiras – Damásio, 2004, p.54)
 Emoções básicas ( identificadas em todas as culturas):
 - felicidade, surpresa, raiva, tristeza, medo e repugnância.
Emoções sociais: simpatia, compaixão, embaraço, vergonha, culpa, orgulho, ciúme, inveja, gratidão, admiração, espanto, indignação e desprezo.
Todas podem estar presentes na gênese e no agravamento de conflitos. 
 Emoções positivas ou relacionadas com o prazer 
 Emoções negativas, relacionadas com a dor ou o desagrado. 
Aemoção e a funções mentais superiores:
As emoções usam o corpo como teatro[...], mas também afetam o modo de operação de inúmeros circuitos Cerebrais; elas influenciam todas as funções mentais superiores. 
A emoção modifica a sensação e a percepção;
A emoção provoca o fenômeno da predisposição perceptiva 
Aemoção e a funções mentais superiores:
A emoção e a atenção seletiva;
A emoção pode agir inibindo ou estimulando a memória;
As emoções podem serdesencadeadas inconscientemente, a partir de pensamentos...
PAIXAO
A Paixão é o estado prolongado da emoção;
 É uma notável força interior que domina o indivíduo; 
 É o poder que proporciona ao objeto; 
 O dominado não percebe a extensão dessa dominação e são reconhecidas as situações em que o apaixonado ao constatar o fracasso, consuma o “crime passional”. 
A emoção e a paixão são forças que condicionam o comportamento individual-social do homem – a emoção, que é um movimento súbito da alma, da cara afetiva, e a paixão, que é a sua forma contínua e duradoura( Aníbal Bruno, Direito Penal, p. 539) 
A atividade criminosa pode estar ligada tanto à emoção quanto à paixão. 
Se o marido flagra a sua esposa em adultério ( art. 240 do CP), via de regra, terá uma profunda perturbação afetiva. Todavia, pode-se afirmar que ele, em virtude da emoção sofrida, não é capaz de culpabilidade? 
Não há nobreza nesse crime: o motivo é torpe reflete um pensamento limitado, egoísta eperverso. 
O suicídio corresponde àapatia em que o indivíduo, por não obter o objeto desejado, desloca o desespero para ele mesmo. Morre em lugar de matar. 
Principais erros que os peritos cometem em relação às distorções presentes no contexto forense
• Acreditar que a simulação não ocorre com frequência.
Associar simulação com doença mental (quem simula é mais doente do que o próprio doente).
Acreditar que o avaliador não consegue ser enganado
Valorizar excessivamente os traços de caráter em detrimento de uma avaliação contextual (DSM-IV) 
Acreditar que determinadas condições clínicas, como amnésia e alucinações, podem ser facilmente simuladas e dificilmente provadas quanto à veracidade.
Acreditar que a habilidade de detectar simulação é uma arte e não pode ser ensinada.
Minimizar a ocorrência da simulação e deslocar o foco da análise para a doença mental.
FILMES
Entre quatro paredes( 2001 – Todd Field ) Crime passional. Reação emocional a evento traumático. Crimee castigo. 
A escolha de Sofia( 1982 – Alan J. Pakula ) O peso do sentimento de culpa ocasionado por uma decisão em situação de paradoxo insolúvel. Conflito de sentimentos.

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