teorico 3

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Sociedade Moderna e Contemporânea 
[Ano] 
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Unidade: Sociedade Moderna e Contemporânea 
 
 
 
Sociedade Moderna e Contemporânea 
 MATERIAL TEÓRICO 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Profa. Dra. Vilma Silva Lima 
Revisão Textual: 
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcante 
 
 
 
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Unidade: Sociedade Moderna e Contemporânea 
 As ideias políticas no mundo contemporâneo 
Essa unidade de estudo tem como foco apresentar a você três 
importantes elementos da política no mundo contemporâneo. Começaremos 
nossa abordagem apresentando o socialismo – sistema econômico amplamente 
discutido e que gera várias controvérsias em nossas conversas e avaliações 
diárias; na sequência apresentaremos o republicanismo – forma de governo 
adotado por nosso país e por outros tantos do globo terrestre; e, por último 
discutiremos acerca da democracia – forma de aquisição do poder, presente na 
maior parte das nações do mundo atual. 
Antes de iniciarmos nossos estudos, é importante fazermos um 
parênteses para falar de certas escolhas. 
Como disse, anteriormente, abordaremos três conceitos bastante 
importantes do mundo político na contemporaneidade: o socialismo, o 
republicanismo e a democracia. 
Mas você deve estar se perguntando, por que falar do socialismo se ele é 
apenas um dos dois sistemas econômicos existentes, já que temos também o 
capitalismo e o socialismo? A resposta é simples: o capitalismo, suas 
características e idiossincrasias perpassam toda a nossa disciplina e, além 
disso, as três próximas unidades de conhecimento tratarão deste tema mais 
profundamente. 
A opção de abordar o republicanismo e não ambas as formas de governo, 
além da republica existe também a monarquia, se deu em função de vivermos 
num país que adotou a forma republicana de governo. 
Falar de democracia, é falar de um termo absolutamente presente em 
nossas vidas e recorrentemente abordado em nossas discussões – daí a sua 
escolha. Cada estado ou nação adota princípios que servem para direcionar 
suas atitudes e opções. Na base da organização de cada país teremos sempre 
uma ideologia política, ou seja, um conjunto de ideias norteadoras que organiza 
e orienta o estado. 
 
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 Socialismo 
Antes de iniciarmos esse item de nossa aula é importante saber que: 
 a Rússia foi o primeiro país a se tornar socialista (1917) – 
posteriormente passou a se chamar União das Repúblicas 
Socialistas Soviéticas (URSS)1 ; 
 os maiores pensadores e pesquisadores acerca deste tema são: 
Karl Marx e Friedrich Engels; 
 como obras de referência temos: O Manifesto Comunista (1848) e 
O Capital (1867); 
 um dos conceitos-chave do socialismo científico é a mais valia – 
que para Marx significava: a diferença entre o salário pago ao 
trabalhador e o valor do trabalho produzido. 
No socialismo: 
 não existe propriedade privada ou particular dos meios de 
produção; 
 a economia é controlada pelo Estado com o objetivo de 
promover uma distribuição justa da riqueza entre todas as 
pessoas da sociedade; 
 o trabalho é pago, segundo a quantidade e qualidade do 
mesmo. 
Para que uma sociedade se denomine, exclusivamente, de caráter 
socialista é preciso que os seguintes elementos estejam presentes: limitação do 
direito à propriedade privada, controle dos principais recursos econômicos pelos 
poderes públicos com a finalidade, teórica, de promover a igualdade social, 
política e jurídica. 
 
1
 Em 25 de dezembro de 1991 tem fim a URSS, fazendo surgir 15 novos países. Além dos 
bálticos (Letônia, Estônia, Lituânia), ganharam a independência Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, 
Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Casaquistão, Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão 
e Quirguistão. Assim a URSS, cuja criação e história no século XX resultou na morte de milhões 
de pessoas, é extinta praticamente sem grandes violências. 
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 Remontar a história do socialismo é uma atividade bastante complicada 
ainda assim tentaremos. De modo geral, desde o momento em que surgiu a 
propriedade privada dos meios de produção e consequentemente as diferenças 
de classe, movimentos contra as injustiças e as desigualdades do sistema 
eclodiram na tentativa de resolver as controversas advindas destas relações. A 
história da sociedade é a história das lutas de classe (Marx). 
O ideal socialista se inicia no século XVII, quando o proletariado 
juntamente com a burguesia derruba a monarquia absolutista e ajuda a 
burguesia a organizar a sua revolução2. 
O socialismo, tal qual conhecemos nos dia de hoje, nasceu na França no 
século XIX em função de dois movimentos: o primeiro diz respeito à implantação 
desarticulada do capitalismo na economia francesa, uma vez que a burguesia 
daquele país não conseguiu criar condições propicias para o desenvolvimento 
das grandes indústrias e da sociedade3 ; o segundo refere-se ao que já fora dito, 
a França havia assistido, um século antes, à Revolução Francesa (1789) que 
imprimira na sociedade um sentimento de esperança e de superação das 
desigualdades sociais, mas que não havia sido seguido pelo regime político de 
qualquer governante até então. 
De crítica social e política à realidade francesa, as ideias socialistas 
desenvolveram-se para além da França e consequentemente, transformoram-se 
profundamente ao longo da história. Os ideais socialistas vislumbraram a 
transformação da sociedade capitalista sob vários pontos de vista e hoje são 
entendidos por muitos como uma ideologia. 
 
2
 A Revolução Inglesa do século XVII configura-se como a primeira manifestação de crise do 
sistema da época moderna, identificado com o Absolutismo. O poder monárquico, absolutamente 
limitado, cedeu a maior parte de suas prerrogativas ao Parlamento e instaurou-se o regime 
parlamentarista que permanece até hoje. O processo começou com a Revolução Puritana de 
1640 e terminou com a Revolução Gloriosa de 1688. As duas fazem parte de um mesmo 
processo revolucionário, daí a denominação de Revolução Inglesa do século XVII e não 
Revoluções Inglesas. Esse movimento revolucionário criou as condições indispensáveis para a 
Revolução Industrial do século XVIII, limpando terreno para o avanço do capitalismo. Deve ser 
considerada a primeira revolução burguesa da história da Europa: antecipou em 150 anos a 
Revolução Francesa. 
3
 Na Inglaterra, onde a implantação do capitalismo se deu de forma mais continua e organizada, 
a industrialização conseguiu rapidamente superar as resistências políticas e sociais. Desta 
forma, não houve margem a nenhum questionamento por parte de outros segmentos sociais 
acerca do novo sistema econômico que se implantava. 
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 De maneira bem genéricaentende-se por socialismo o conjunto de teorias 
socioeconômicas, ideologias e políticas que apregoam a eliminação das 
desigualdades entre as classes sociais. Trata-se, portanto, de um modo de 
organização social no qual existe equilíbrio na distribuição das riquezas e das 
propriedades. Para Engels, 1887 o socialismo moderno é, 
...em primeiro lugar, por seu conteúdo, fruto do reflexo na inteligência, 
de um lado dos antagonismos de classe que imperam na moderna 
sociedade entre possuidores e despossuídos, capitalistas e operários 
assalariados, e, de outro lado, da anarquia que reina na produção. 
Pode-se afirmar, buscando, ainda, em Engels a inspiração, que o 
socialismo configura-se como uma continuação mais bem acabada dos 
princípios defendidos pelos pensadores franceses do século XVIII. Para o autor, 
as teorias socialistas ainda que tivessem suas raízes em fatos materiais, teve de 
se ligar, ao nascer, a princípios pré-existentes. 
Existem, na teoria, algumas correntes socialistas (utópica, científica e 
arnarquista), no entanto, todas elas partilham de uma base comum – busca por 
uma sociedade mais justa e igualitária. As principais características de cada uma 
dessas correntes são: 
 Socialismo utópico – os pensadores desta corrente do socialismo 
faziam uma crítica branda ao capitalismo, ainda assim, suas ideias são 
consideradas os primeiros passos da teoria socialista. Destacam-se três 
pensadores nesta base de pensamento: Saint Simon / Charles Fourier / 
Robert Owen. A denominação de utópicos ocorreu visto que seus teóricos 
expunham os princípios da sociedade “ideal”, no entanto não indicavam 
os meios para alcançá-la. Outra característica destes teóricos era a ideia 
de implantação do sistema, segundo eles, os ideais socialistas poderiam 
ser alcançados de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, 
inclusive calcado na boa vontade da burguesia. 
 Socialismo científico – também conhecido como socialismo marxista, 
nesta abordagem, diferentemente do que ocorreu com os pensadores da 
corrente utópica, o objetivo não era pensar a sociedade ideal, mas 
compreender a dinâmica do capitalismo. O termo “científico” se origina do 
fato de que as analises ocorriam a partir dos fatos históricos e filosóficos 
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 da sociedade e não apenas nos ideais de justiça social. Seus principais 
teóricos são Marx e Engels. Para eles, o socialismo configurava-se como 
uma etapa anterior para se alcançar a sociedade comunista, na qual não 
haveria classes sociais, não existiria a propriedade privada e na qual 
haveria completa igualdade entre os indivíduos. Para que isso ocorresse, 
seguindo esses pensadores, o primeiro passo seria a organização da 
classe operária 
 Anarquismo – O principal pensador desta corrente – Proudhon – pregava 
a supressão de qualquer forma de governo e defendia a liberdade de 
forma geral. Baseado nos princípios do Socialismo utópico, na medida em 
que, respeitava a pequena propriedade, pregava a destruição dos estados 
e sua substituição por repúblicas de pequenos proprietários. Sobre a 
implantação dos princípios socialistas - diferentemente do que pensavam 
os utópicos – acreditava-se que a violência era a única forma de alcançar 
a sociedade livre de desigualdades. Com o socialismo de Marx e Engels, 
ou seja, o científico tem em comum apenas o objetivo final – atingir o 
comunismo. 
De fato, os temas e assuntos relacionados ao socialismo não se esgotam, 
apenas, com esse item de nossa Unidade de estudo. Caso você se interesse 
pelo assunto e queira aprofundar seus conhecimentos, além dos livros citados 
(O manifesto comunista e O Capital), existe uma infinidade de sites, blogs e 
outros tantos livros que falam sobre esse tema. Vale a pena conferir as 
indicações existentes no Material Complementar. 
 
Republicanismo 
 Começaremos este item de nossa Unidade de estudo, buscando 
orientação nas origens da palavra república, ou seja, na etimologia da palavra. O 
que, aliás, como você verá, é bastante elucidativo e, principalmente, 
interessante. A palavra república deriva do latim res publica que significa bem 
público ou coisa comum – aquilo que é de todos. Isso posto, podemos entender 
que república representa que o poder estatal não é atribuído apenas a uma 
pessoa e sim a todo o povo. O termo vem sendo empregado desde a 
antiguidade para classificar formas de organização do poder político. O uso do 
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 termo - res publica - remonta à Roma Antiga e, segundo a história, o primeiro a 
empregá-lo foi Cícero4. Na perspectiva ciceroniana não importava a forma de 
governo adotada, mas o princípio norteador que guiava o governante, isso 
significava dizer que o governo idealizado por Cícero é aquele que respeita a lei 
em harmonia com o interesse e bem comum. Na idade medieval, o termo foi 
utilizado com o mesmo significado que na antiguidade, havendo modificação de 
sentido somente na idade moderna, uma vez que passou a ser empregado para 
caracterizar as novas formas de organização do poder. Neste período, 
Maquiavel e Montesquieu foram os principais pensadores acerca do tema. 
 A república tal e qual a vemos nos dia de hoje, se coloca como regime 
político antagônico à Monarquia, haja visto, o poder estar nas mãos de um, no 
caso, o rei e, na república, o poder se concentra nas mãos de “todos”. 
 
Características 
Pluralidade do Poder - o poder pertence ao povo, e não esta concentrado em 
uma única pessoa. 
Temporariedade - uma vez que o presidente exerce o poder por tempo pré-
estabelecido. 
Eletividade - na República, o Chefe de Estado é um representante do povo ou 
de um determinado grupo, fazendo, por conseguinte, necessária a sua eleição 
ou reeleição. 
Responsabilidade – neste sistema, o presidente é politicamente responsável, 
podendo ser sujeito passivo do crime de responsabilidade – podendo, inclusive, 
sofrer o processo de impeachment. 
Tipos de República: 
• República Aristocrática: É aquela na qual exerce o governo uma 
representação privilegiada por algum motivo (cultura, patriotismo, riqueza, 
 
4
 Orador, escritor e pensador político romano Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) 
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 nascimento, conquista, etc.). A escolha/indicação, neste sistema, não se dá em 
função da nobreza; é considerado o mais notável, ou, os melhores da sociedade. 
• República Democrática: Neste modelo, o poder concentra-se no povo ou num 
Parlamento que o representa. A república democrática provém, assim, do 
princípio da soberania popular. Dentro da republica democrática existem dois 
tipos de democracias (direta ou indireta) que mais tarde abordaremos. 
• República Federal: É aquela que se configura simultaneamente como uma 
federação e uma república. 
• República Federativa: É a república em que se inserem princípios 
descentralizadores, uma vez que neste tipo de organização o estado é composto 
por determinado número de regiões com governo próprio5. 
• República Oligárquica: É a república gerida por um pequeno grupo de 
membros integrantes da mesma família, classe ou grupo, permanecendo o 
poder nas mãos desses poucos. 
• RepúblicaParlamentar: É a república na qual o presidente (chefe de estado) 
não tem amplas atribuições executivas, pois parte dos poderes é exercido, 
normalmente, pelo primeiro ministro ou parlamento6. 
• República Popular: É a aquela que tem como foco o governo do proletariado, 
frequentemente, utilizada por governos socialistas. 
• República Presidencial: É o tipo de república na qual o presidente é o Chefe 
de Estado e de Governo. Neste sistema, o presidente, eleito direta ou 
indiretamente pelo voto, tem as mesmas prerrogativas que o Congresso. 
Irrevogável em seu mandato é ele que imprime pessoalmente orientação à 
política7. 
 
5
 O Brasil é uma República Federativa. 
6
 O parlamentarismo só existiu no Brasil entre 7 de setembro de 1961 e 24 de janeiro de 1963, 
durante o governo do presidente João Goulart. 
7
 O Brasil é uma República Presidencialista desde 1889, quando ocorreu a Proclamação da 
República. 
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 • República Teocrática: A expressão república teocrática se relaciona com o 
sistema de governo no qual as ações políticas são relacionadas à alguma 
religião. Os princípios apregoados, nesta orientação de governo, são bastante 
diversos dos que norteiam o estado laico. As teocracias, na geopolítica 
contemporânea, concentram-se no mundo islâmico ou mulçumano. 
• República Unitária: É a república que se subordina a uma só esfera de direito 
público, ou seja, é aquela administrada por um único centro decisório 
constituinte e legislativo, e um único centro de impulsão política e um só 
conjunto de instituições de governo. 
 Agora que já sabemos um pouco mais sobre a república, que tal 
entendermos como ocorreu a implantação dessa forma de governo aqui no 
Brasil? 
 O fim do regime monárquico no Brasil ocorreu em função de vários 
aspectos, entre eles a inadequação do modelo aos problemas mais pontuais da 
época (segunda metade século 19). O crescimento das atividades urbanas e o 
fim da escravatura em 1888 foi o golpe que faltava para, definitivamente, colocar 
os fazendeiros de café contra a monarquia e agilizar o processo no sentido de 
levantar a bandeira da república. Os militares nesta época (pós- Guerra do 
Paraguai) estavam cada vez mais populares e em franca desarmonia com o 
regime monárquico. Esses fatos associados a outras questões estruturais, como 
por exemplo as restrições que a igreja fazia ao centralismo monárquico, 
determinaram a passagem da monarquia para a república, por meio de um golpe 
de estado, que fora articulado pela aristocracia rural e pelo exército em 
novembro de 1889. 
 
Democracia 
 Assim como iniciamos o item anterior (republicanismo), buscaremos a 
ideia central da palavra democracia em sua origem lexical. A palavra democracia 
tem origem grega (demo=povo e Kracia=governo). A história da democracia 
 
 
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 remonta, assim como também a origem da palavra, à Grécia Antiga. Foi em 
Atenas que os princípios democráticos foram inicialmente empregados8. 
Segundo o dicionário Aurélio, Democracia significa: ”1- Governo do povo; 
soberania popular; democratismo. 2-Doutrina ou regime político baseado nos 
princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder.” 
 A partir das definições ora apresentadas, podemos concluir que a 
Democracia pode ser entendida como uma forma de aquisição de poder político 
que reconhece o direito de cada um dos membros da comunidade de participar 
da direção e gestão dos assuntos públicos e sociais de determinada região. 
 Antes de continuarmos, é importante não confundirmos democracia com 
república. De fato muitos autores usam república e democracia como se um 
termo estivesse ligado ao outro, no entanto, é preciso que fique claro que 
existem repúblicas que não são democráticas e muitas monarquias que podem 
ser consideradas democráticas. Democracia é o oposto de ditadura e não de 
monarquia que é, como já dissemos, outra possibilidade de forma de governo. 
São princípios da democracia: 
- liberdade individual; 
- igualdade perante a lei sem distinção de sexo, raça ou credo; 
- direito ao voto; 
- educação; 
- direito ao livre exercício de qualquer trabalho ou profissão. 
 Nas sociedades modernas, a participação de todos os cidadãos em 
função do grande número de pessoas e de suas complexidades é bastante 
reduzida. Na maior parte dos países democráticos leis ou constituições foram 
criadas visando a regular a participação de todos os cidadãos por meio do voto, 
 
8
 A democracia teve origem na Grécia clássica. Atenas e outras cidades-estados implantaram 
um sistema de governo por meio do qual todos os cidadãos livres podiam eleger seus 
governantes e serem eleitos para tal função. Esse exercício democrático - do qual estavam 
excluídos os escravos, as mulheres e os estrangeiros - foi possível porque os cidadãos 
formavam um grupo numericamente reduzido e privilegiado. 
http://www.renascebrasil.com.br/f_democracia2.htm 
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 o que garante ao indivíduo a representação e a defesa de seus interesses. É daí 
que surgiu o que chamamos de democracia direta e indireta. 
 Na democracia direta o indivíduo discute e dá a sua opinião por meio de 
voto direto. Como ocorria na Grécia antiga, quando a população era reunida na 
Àgora (praça) para que decisões fossem discutidas e tomadas. Ainda assim é 
importante lembrar que o poder de decisão, já naquela época, estava nas mãos 
de algumas pessoas, por exemplo, as mulheres na época, não participavam 
destas reuniões, portanto, constituía-se uma democracia limitada. 
 A democracia de cunho indireto, que nasce em função das 
especificidades do mundo moderno, estabelece que a população escolha 
representantes alinhados a seu interesse, com isso, entende-se que a população 
teria seus direitos assegurados. 
 Desde 2006 a revista The Economist vem ranqueando os países com 
maior e menor índice de democracia. A pesquisa organiza os países em quatro 
níveis de democracia: democracias plenas, democracias imperfeitas, regimes 
híbridos e regimes autoritários. Para elaborar o ranking é realizado um estudo 
em cinco categorias de análise: o processo eleitoral e pluralismo, as liberdades 
civis, o funcionamento do governo, participação política e cultura política9. 
Classificação de 2010 
Classificação País Índice Categoria 
1 Noruega 9,80 Democracia plena 
2 Islândia 9,65 Democracia plena 
3 Dinamarca 9,52 Democracia plena 
 
9
 No relatório de 2010, se comparado com os resultados do relatório de 2008, o Brasil caiu do 
41.º para o 47.º lugar e seu índice caiu de 7,38 para 7,12. Em dois desses critérios, "processo 
eleitoral" e "liberdades civis", as notas do Brasil de 9,58 e 9,12, respectivamente, foram 
semelhantes a de países classificados como "democracias plenas”. No critério "funcionamento 
do governo", o Brasil foi classificado com a nota 7,5. Entretanto, o paísteve notas muito ruins em 
critérios que dependem mais da sociedade civil do que do Estado. A nota do país em 
"participação política" foi 5. Por fim, em "cultura política" o índice do Brasil foi de 4,38, menor que 
a de vários países com "regimes autoritários”. Com esses números o Brasil foi enquadro na 
categoria democracia imperfeita no relatório de 2010. 
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/12/brasil-fica-em-47-em-indice-de-democracia-da-
economist.html. 
 
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 4 Suécia 9,50 Democracia plena 
5 Nova Zelândia 9,26 Democracia plena 
6 Austrália 9,22 Democracia plena 
7 Finlândia 9,19 Democracia plena 
8 Suíça 9,09 Democracia plena 
9 Canadá 9,08 Democracia plena 
10 Países Baixos 8,99 Democracia plena 
11 Luxemburgo 8,88 Democracia plena 
12 Irlanda 8,79 Democracia plena 
13 Áustria 8,49 Democracia plena 
14 Alemanha 8,38 Democracia plena 
15 Malta 8,28 Democracia plena 
16 República Checa 8,19 Democracia plena 
17 Estados Unidos 8,18 Democracia plena 
18 Espanha 8,16 Democracia plena 
19 Reino Unido 8,16 Democracia plena 
20 Coreia do Sul 8,11 Democracia plena 
21 Uruguai 8,10 Democracia plena 
22 Japão 8,08 Democracia plena 
23 Bélgica 8,05 Democracia plena 
24 Maurícia 8,04 Democracia plena 
24 Costa Rica 8,04 Democracia plena 
26 Portugal 8,02 Democracia plena 
27 Cabo Verde 7,94 Democracia imperfeita 
28 Grécia 7,92 Democracia imperfeita 
29 Itália 7,83 Democracia imperfeita 
30 África do Sul 7,79 Democracia imperfeita 
31 França 7,77 Democracia imperfeita 
32 Eslovênia 7,69 Democracia imperfeita 
33 Estônia 7,68 Democracia imperfeita 
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 34 Chile 7,67 Democracia imperfeita 
35 Botswana 7,63 Democracia imperfeita 
36 Taiwan 7,52 Democracia imperfeita 
37 Israel 7,48 Democracia imperfeita 
38 Eslováquia 7,35 Democracia imperfeita 
39 Chipre 7,29 Democracia imperfeita 
40 Índia 7,28 Democracia imperfeita 
41 Lituânia 7,24 Democracia imperfeita 
42 Timor-Leste 7,22 Democracia imperfeita 
43 Hungria 7,21 Democracia imperfeita 
43 Jamaica 7,21 Democracia imperfeita 
45 Trinidad e Tobago 7,16 Democracia imperfeita 
46 Panamá 7,15 Democracia imperfeita 
47 Brasil 7,12 Democracia imperfeita 
48 Polônia 7,05 Democracia imperfeita 
48 Letônia 7,05 Democracia imperfeita 
50 México 6,93 Democracia imperfeita 
51 Argentina 6,84 Democracia imperfeita 
51 Bulgária 6,84 Democracia imperfeita 
53 Croácia 6,81 Democracia imperfeita 
54 Suriname 6,65 Democracia imperfeita 
55 Sri Lanka 6,64 Democracia imperfeita 
56 Romênia 6,60 Democracia imperfeita 
57 Colômbia 6,55 Democracia imperfeita 
57 Tailândia 6,55 Democracia imperfeita 
59 Papua-Nova Guiné 6,54 Democracia imperfeita 
60 Indonésia 6,53 Democracia imperfeita 
61 El Salvador 6,47 Democracia imperfeita 
62 Paraguai 6,40 Democracia imperfeita 
62 Peru 6,40 Democracia imperfeita 
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 64 Mongólia 6,36 Democracia imperfeita 
65 Sérvia 6,33 Democracia imperfeita 
65 Moldávia 6,33 Democracia imperfeita 
67 Ucrânia 6,30 Democracia imperfeita 
68 Montenegro 6,27 Democracia imperfeita 
69 Namíbia 6,23 Democracia imperfeita 
70 República Dominicana 6,20 Democracia imperfeita 
71 Malásia 6,19 Democracia imperfeita 
72 Benim 6,17 Democracia imperfeita 
73 Macedônia 6,16 Democracia imperfeita 
74 Filipinas 6,12 Democracia imperfeita 
75 Guiana 6,05 Democracia imperfeita 
75 Guatemala 6,05 Democracia imperfeita 
77 Lesoto 6,02 Democracia imperfeita 
77 Gana 6,02 Democracia imperfeita 
79 Mali 6,01 Democracia imperfeita 
80 Hong Kong 5,92 Regime híbrido 
80 Bolívia 5,92 Regime híbrido 
82 Singapura 5,89 Regime híbrido 
83 Bangladesh 5,87 Regime híbrido 
84 Albânia 5,86 Regime híbrido 
85 Malawi 5,84 Regime híbrido 
86 Líbano 5,82 Regime híbrido 
87 Equador 5,77 Regime híbrido 
88 Honduras 5,76 Regime híbrido 
89 Turquia 5,73 Regime híbrido 
89 Nicarágua 5,73 Regime híbrido 
91 Zâmbia 5,68 Regime híbrido 
92 Tanzânia 5,64 Regime híbrido 
93 Palestina 5,44 Regime híbrido 
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 94 Bósnia e Herzegovina 5,32 Regime híbrido 
95 Senegal 5,27 Regime híbrido 
96 Venezuela 5,18 Regime híbrido 
97 Libéria 5,07 Regime híbrido 
98 Uganda 5,05 Regime híbrido 
99 Moçambique 4,90 Regime híbrido 
100 Camboja 4,87 Regime híbrido 
101 Quénia 4,71 Regime híbrido 
102 Butão 4,68 Regime híbrido 
103 Geórgia 4,59 Regime híbrido 
104 Paquistão 4,55 Regime híbrido 
105 Serra Leoa 4,51 Regime híbrido 
106 Quirguistão 4,31 Regime híbrido 
107 Rússia 4,26 Regime híbrido 
108 Nepal 4,24 Regime híbrido 
109 Armênia 4,09 Regime híbrido 
110 Burundi 4,01 Regime híbrido 
111 Haiti 4,00 Regime híbrido 
111 Iraque 4,00 Regime híbrido 
113 Madagascar 3,94 Regime autoritário 
114 Kuwait 3,88 Regime autoritário 
115 Mauritânia 3,86 Regime autoritário 
116 Marrocos 3,79 Regime autoritário 
117 Jordânia 3,74 Regime autoritário 
118 Etiópia 3,68 Regime autoritário 
119 Fiji 3,62 Regime autoritário 
120 Burkina Faso 3,59 Regime autoritário 
121 Cuba 3,52 Regime autoritário 
122 Bahrein 3,49 Regime autoritário 
123 Nigéria 3,47 Regime autoritário 
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: Sociedade Moderna e Contemporânea 
 124 Togo 3,45 Regime autoritário 
125 Argélia 3,44 Regime autoritário 
126 Camarões 3,41 Regime autoritário 
126 Comores 3,41 Regime autoritário 
128 Níger 3,38 Regime autoritário 
128 Gâmbia 3,38 Regime autoritário 
130 Bielorrússia 3,34 Regime autoritário 
131 Angola 3,32 Regime autoritário 
132 Cazaquistão 3,30 Regime autoritário 
133 Gabão 3,29 Regime autoritário 
134 Ruanda 3,25 Regime autoritário 
135 Azerbaijão 3,15 Regime autoritário 
136 República Popular da China 3,14 Regime autoritário 
137 Qatar 3,09 Regime autoritário 
138 Egito 3,07 Regime autoritário 
139 Costa do Marfim 3,02 Regime autoritário 
140 Vietnã 2,94 Regime autoritário 
141 Suazilândia 2,90 Regime autoritário 
142 República do Congo 2,89 Regime autoritário 
143 Omã 2,86 Regime autoritário 
144 Guiné 2,79 Regime autoritário 
144 Tunísia 2,79 Regime autoritário 
146 Zimbabwe 2,64 Regime autoritário 
146 Iêmen 2,64 Regime autoritário 
148 Emirados Árabes Unidos 2,52 Regime autoritário 
149 Tadjiquistão 2,51 Regime autoritário 
150 Afeganistão 2,48 Regime autoritário 
151 Sudão 2,42 Regime autoritário 
152 Eritreia 2,31 Regime autoritário 
152 Síria 2,31 Regime autoritário 
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: Sociedade Moderna e Contemporânea 
 154 Djibouti 2,20 Regime autoritário 
155 
 República Democrática do 
Congo 
2,15 Regime autoritário 
156 Laos 2,10 Regime autoritário 
157 Guiné-Bissau 1,99 Regime autoritário 
158 Líbia 1,94 Regime autoritário 
158 Irã 1,94 Regime autoritário 
160 Guiné Equatorial 1,84 Regime autoritário 
160 Arábia Saudita 1,84 Regime autoritário 
162 República Centro-Africana 1,82 Regime autoritário 
163 Myanmar 1,77 Regime autoritário 
164 Uzbequistão 1,74 Regime autoritário 
165 Turcomenistão 1,72 Regime autoritário 
166 Chade 1,52 Regime autoritário 
167 Coreia do Norte 1,08 Regime autoritário 
 
 Terminamos essa unidade de nossa disciplina com um excerto retirado da 
Coleção Folha Explica, no qual o professor Renato Janine Ribeiro fala 
belissimamente acerca da democracia. Segundo ele, falar de democracia não 
implica dizer tratar-se de um governo pelo povo “Pode estar no governo uma só 
pessoa, ou um grupo, e ainda tratar-se de uma democracia desde que o poder, 
em última análise, seja do povo. O fundamental é que o povo escolha o indivíduo 
ou grupo que governa, e que controle como ele governa. 
 Isso posto, podemos concluir que na atual configuração da sociedade, se 
cada um de nós conseguíssemos acompanhar e controlar o poder daqueles que 
nos representam, já estaríamos exercendo o poder democrático que cabe a 
cada um de nós. 
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: Sociedade Moderna e Contemporânea 
 Anotações 
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Unidade: Colocar o nome da unidade aqui 
 
Unidade: Sociedade Moderna e Contemporânea 
 Referência 
ENGELS, F. Do socialismo utópico ao Socialismo Científico. São Paulo: 
Centrauro, 2005 
RIBEIRO, R. J. A democracia. São Paulo: Publifolha, 2001 
RIBEIRO, R. J. A republica. : São Paulo: : Publifolha, 2001 
MARX, K; ENGELS F. Manifesto Comunista:São Paulo: Hedra, 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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