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Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 1 Cabeamento Horizontal Prof. Marcus Fábio Fontenelle, M.Sc. Mestre em Informática Aplicada LPIC-1, NCLA, MCSE Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Propósito da Norma ANSI/EIA/TIA 568B • O propósito da norma é especificar um sistema de cabeamento genérico para edifícios comerciais que suporte um ambiente com produtos de vários fabricantes. Ela também especifica critérios técnicos de desempenho para vários sistemas e configurações de cabeamento. • A norma 568B recomenda que a concepção de um sistema de cabeamento estruturado seja elaborada durante a construção ou mesmo reforma dos edifícios, pois dessa maneira o custo é substancialmente reduzido quando comparado à reestruturação do cabeamento em edifícios já construídos ou ocupados. • Dois critérios se aplicam à norma 568B: mandatório e recomendado. 2 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Escopo da Norma ANSI/EIA/TIA 568B • A norma 568B especifica os requisitos mínimos dos componentes utilizados em sistemas estruturados, como tomadas, conectores internos e externos, meios físicos e até mesmo o ambiente que envolve a conexão entre prédios. • Essa norma categoriza o desempenho desses componentes em relação à configuração e frequência em MHz que eles suportam. Ela abrange: A divisão de um sistema de cabeamento estruturado em 7 subsistemas que detalham todas as etapas de um ambiente que se adeque a qualquer necessidade; Os sistemas de cabeamento em edifícios comerciais com extensão de até 1.000.000m2 de escritório e uma população de até 50.000 usuários; Distância geográfica entre prédios de até 3000m; Especificações mínimas para cabeamento de telecomunicação dentro de um ambiente de escritório; Recomendações sobre topologias e distâncias; Especificação de parâmetros sob os quais podem ser determinados meios de desempenho; Especificação de conectores e combinações de pinagens para assegurar compatibilidade e interconectividade; Especificação da vida útil de um sistema de cabeamento para telecomunicações de, no mínimo, 10 anos; Especificação dos cabos UTP em categorias. 3 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Subsistema de Cabeamento Esruturado 4 Cabeamento Horizontal - HC Sala de Equipamentos - ER Subsistemas Área de Trabalho - WA Armário de Telecomunicações - TC Backbone Vertical Facilidades de Entrada - EF Administração Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Definição • O Cabeamento Horizontal é a porção do sistema de telecomunicações que é estendida a partir do Outlet de Telecomunicação, na área de trabalho até o Horizontal Cross- Connect no Distribuidor Geral de Telecomunicações (Armário de Telecomunicações). • Engloba os cabos horizontais, o Outlet de Telecomunicação na Área de Trabalho, a Terminação Mecânica e os Patch Cords localizados no Armário de Telecomunicações. • O termo horizontal é utilizado para se referir ao cabo que corre através de pisos ou dutos para a distribuição em pavimentos distintos de um edifício. 5 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado • O cabeamento horizontal deve facilitar as manutenções e realocações contínuas. • Deve acomodar equipamentos e aplicações futuras tão bem quanto as mudanças dos serviços. • Contém a maior parte de cabos individuais em um edifício. • Após a construção do edifício o cabeamento horizontal é muito menos acessível do que um backbone (cabeamento vertical). • Os seguintes serviços e sistemas devem ser considerados quando o projeto de cabeamento horizontal é elaborado: Serviços de voz Equipamentos comutadores de serviços de telecomunicações Comunicação de dados Outros serviços de telecomunicação (sistemas de segurança, sistemas de videoconferência etc.) Definição 6 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado • É definido como uma facilidade que permite a terminação de cabos e suas interconexões (interconnections) ou conexões cruzadas (cross- connections), ou ainda, a combinação das duas utilizando patch-cords e hardwares para conectividade. • Cross-Connection refere-se a uma configuração específica na qual, cabos e patch-cords são utilizados para conectar entre distribuidores distintos, que servem o cabeamento horizontal ou vertical. Cross Connect 7 Cabeamento Horizontal Outlet Patch Cord Patch Cord Patch Panel Equipamento (Ex. Switch) Área de trabalho TC Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Interconnections • Provê conexões diretas entre os hardwares de conectividade e o cabeamento horizontal ou backbone (Cabeamento Vertical). • São conectados utlizando patch-cords conectados diretamente às portas de saída dos equipamentos. 8 Cabeamento Horizontal Patch Cord Equipamento (Ex. Switch) Patch Cord Área de trabalho Outlet TC Patch Panel Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Cross-Connection e Interconnection IDC – Insulation Displacement Contact Contato por Deslocamento da Isolação 9 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado • Localização de Cross-Connects Horizontais Cada Área de Trabalho deveria ser servida por um Armário de Telecomunicações localizado no mesmo pavimento. • Equipamentos para Aplicações específicas Todos os equipamentos que são utilizados com a função de suportar uma aplicação específica deverão ser instalados externamente ao Outlet de Telecomunicação e ao Cabeamento Horizontal. Recomendações 10 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado • Pontos de Distribuição Intermediária Hardwares de Conexão não deverão ser instalados em dutos ou espaços que não são especificamente designados para o uso de elementos de telecomunicação. • Bridge Taps (Extensões) e Splices (Emendas) Bridge Taps não deverão ser utilizadas em Cabeamento Horizontal (Ex: extensões telefônicas). Splices não deverão ser utilizados para Cabeamento Horizontal baseado em UTP. O uso de emendas óticas é permitido desde que estejam adequadas em bandejas no Armário de Telecomunicações ou na Sala de Equipamentos, mas o uso de divisores (splitters) em cabeamento óptico não é aceito. Recomendações 11 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado • Cross-Connect e Outlet de Telecomunicação O comprimento do cabo entre o Outlet de Telecomunicação e o Cross-Connect Horizontal não deverá exceder a 90 metros. Devido ao fato dos cabos horizontais, incluindo as folgas, correrem paralelos às paredes, a área que pode, efetivamente, ser servida por um Armário de Telecomunicação é, geralmente considerada dentro de uma área que possibilite um raio de 60 metros. Distâncias 12 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado • Folga de Cabos Dentro do Armário de telecomunicação, um mínimo de 3 metros de folga é recomendado. Na Área de Trabalho um mínimo de 30 centímetros de folga para cabos UTP deveria ser provido para cada Outlet de Telecomunicação e um mínimo de 1 metro para cabos de fibras óticas. Durante a instalação do CabeamentoHorizontal uma folga extra de cabos deveria ser promovida em ambas as pontas do segmento, a fim de facilitar as operações de terminação e acomodar possíveis realocações de terminações. • Cross-Connect Horizontal Os limites de distância para patch-cords e jumpers para utilização em Cross-Connect, incluindo Cross-Connect Horizontais, jumpers e Patch-Cords, que conectam o Cabeamento Horizontal aos equipamentos e Backbone, não deverão exceder a 5 metros. Distâncias 13 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado Conexão de Equipamentos • O comprimento do Patch-Cord na Área de Trabalho entre o Outlet de Telecomunicação e o equipamento ativo não deveria exceder a 5 metros. • Para cada canal horizontal, o comprimento de um Patch-Cord de equipamento somado ao Patch-Cord no Cross-Connect não deveria exceder 10 metros. 14 Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 15 Cabos Reconhecidos • Cabo par trançado não blindado (UTP) de 4 pares 100 Ohms. • Cabo par trançado blindado (ScTP) de 4 pares 100 Ohms. • Cabo par trançado blindado (STP) de 2 pares 150 Ohms. • Cabo de fibra ótica com duas fibras de 62,5/125 ou 50/125 mícrons. Cabo UTP 4 Pares - 100 Cabo STP-A 2 Pares - 150 Cabo Óptico MM 2 Fibras - 62.5/125m Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 16 Categorias de Cabos AWG - American Wire Gauge. Padrão americano de cabos (ANSI) Cabo Categoria Diâmetro Frequência Distânica UTP (100 Ohms) 5e 24 AWG (0,5/5,2 mm) 100 MHz 90 m UTP (100 Ohms) 6 24 AWG (0,5/6,1 mm) 250 MHz 90 m STP (150 Ohms) ---- 24 AWG (0,5/6,2 mm) 150 MHz 90 m Fibra Ótica Monomodo 9/125 microns 1310/1550 nm 3000 m Fibra Ótica Multimodo 62,5/125 50/125 microns 850/1300 nm 160/500 MHz 2000 m Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 17 Especificação de Componentes • Cabos Horizontais Todos os cabos UTP 100 Ohms bem como cabos de fibra ótica multimodo utilizados no subsistema horizontal deverão ser certificados pelos respectivos fabricantes a fim de ir ao encontro das especificações da ANSI/EIA/TIA-568B. • Hardware de Conexão para Cabeamento Horizontal Todos os hardwares de conexão utilizados com cabos UTP 100 Ohms e fibra ótica multimodo 62,5/125 ou 50/125 mícrons deverão ter suas características e requerimentos de transmissão em acordo com das especificações da norma ANSI/EIA/TIA-568B. • Cabos utilizados para Patch-Cords Horizontais Todos os cabos utilizados para confecção de patch-cords que conectam-se ao cabeamento horizontal deverão ser certificados pelo fabricante e estar em acordo com os requerimentos de transmissão da ANSI/EIA/TIA-568B. Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 18 Montagem de Patch-Cords • Cabos UTP Categoria 5e Deverão ser montados em ambiente fabril ou por pessoas com realística experiência neste tipo de montagem e deverá usar componentes compatíveis com estas categorias e ferramentas adequadas para este tipo de montagem. Testes deverão ser feitos até a frequência de 100 MHz. • Cabos UTP Categoria 6 Deverão ser montados em ambiente fabril ou por pessoas com realística experiência neste tipo de montagem e deverá usar componentes compatíveis com estas categorias e ferramentas adequadas para este tipo de montagem. Testes deverão ser feitos até a frequência de 250 MHz. Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 19 Considerações Gerais • Um mínimo de dois Outlets de Telecomunicações deverão ser instalados para uma utilização individual na Área de Trabalho. Os Outlets deverão estar localizados em um ou mais espelhos de parede ou caixas de superfície na Área de Trabalho. O primeiro Outlet deverá ser suportado por um cabo UTP de 4 pares de 100 Ohms (recomenda-se categoria 5e ou 6) e o segundo Outlet deverá ser suportado a partir da escolha de um cabo UTP 4 pares 100 Ohms categoria 5e/6 ou duas fibras óticas multimodo 62,5/125 ou 50/125 mícrons. • Embora a fibra ótica possa ser utilizada com o segundo Outlet, recomenda-se que ela seja considerada uma adição aos dois Outlets UTP para cada utilização individual na Área de Trabalho. Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 20 Práticas de Instalação • Os cabos deverão ser terminados em hardware de conexão dentro da mesma categoria ou categoria superior. Também, os cabos utilizados em Cross-Connect devem ser da mesma categoria ou categoria superior, em comparação aos cabos utilizados no Cabeamento Horizontal. • O hardware de conexão utilizado com sistemas baseados em cabos UTP 100 Ohms deverá ser instalado para prover o mínimo de degradação de sinal preservando os pares trançados, tão próximo quanto possível, do ponto de terminação. • O montante de pares destrançados no ponto de terminação como resultado da terminação no hardware de conexão não deverá ser maior do que 13 mm para cabos categoria 5e/6. • O hardware de conexão para sistemas de cabeamento UTP 100 Ohms deverá ser instalado para prover um sistema bem organizado com gerenciamento de cabos e práticas de terminação mecânica bem adequadas de acordo com as instruções do fabricante. Prof. Marcus Fábio, M.Sc Faculdade Estácio do Ceará Cabeamento Estruturado 21 Práticas de Instalação • A tensão máxima a ser aplicada sobre o cabo UTP 24 AWG de 4 pares no momento de sua instalação não deverá exceder a 110 N, afim de evitar o rompimento do condutor. • Nos espaços com terminações UTP, o raio de curvatura do cabo não deverá ser menor que 4 vezes o diâmetro para cabos horizontais e não deverá ser menor que 10 vezes o diâmetro para cabos multipar. • Os gerenciadores de cabos deveriam ser considerados a fim de eliminar a tensão nos cabos provocadas por manipulações constantes em tempo de administração bem como pela força da gravidade.
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