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Anotações Ventilação mecânica na SARA

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Ventilação mecânica na SARA
Quais as principais causas da SARA: As causas podem ser diretas (aspiração gástrica ácida; contusão pulmonar; quase afogamento; inalação de gases; pneumonia; queimadura respiratória; etc), ou indiretas (sepse; choque circulatório; politrauma; pancreatite aguda; TCE; transfusão de sangue; etc).
Fases da SARA: 
1º fase: Exsudativa- Caracterizada por edema e membrana hialinas. Pode haver mínima e inespecífica reação inflamatória. As membranas basais podem estar desnudas de células epiteliais e endoteliais. Compreende os primeiros dias da evolução da lesão (1 a 6 dias). 
2º fase: Resposta proliferativa- Caracterizada pela reação fibroblástica e o inicio da fibrose intersticial. Nesta fase há tecido pulmonar consolidado e inicia-se formação de pequenos cistos na periferia dos pulmões. Há organização das membranas hialina nos espaços aéreos, colapso alveolar e há aumento do infiltrado inflamatório intersticial do tipo agudo e crônico. Nos espaços aéreos observa-se proliferação fibroblástica e distorção dos dutos alveolares. Os pneumócitos proliferam e as membranas são incorporadas nas paredes dos espaces aéreos espessados. Este processo é considerado ainda reversível, podendo os pulmões ficarem normais. Compreende o período de 4 a 10 dias.
3 fase: Fibrótica- Caracterizada por fibrose que pode obliterar os espaços alveolar e bronquiolar. Observam-se áreas densamente consolidadas e fibrosas. São comuns alterações enfisematosas. Este aspecto assemelha-se a displasia broncopulmonar observada nos neonatos, com hiperinsuflação e formação de cistos. Compreende o período alem de 8 a 10 dias.
Diagnóstico de SARA: Alem da relação PaO2/FiO2 estar abaixo de 300, o raio-x pode apresentar infiltrados bilaterais, consolidações bilaterais, e na VM o peep estará maior que 5.
Modalidade de escolha no ventilador: Deve ser escolhido sempre o modo controlado, mas de preferência a ventilação controlada a pressão (VCP), pois o controle da pressão nesse caso é mais importante do que a VC, e deve ser dado de maneira mais exata.
Vantagens e desvantagens da VCV na SARA: Vantagens de termos o VC mais controlado com a desvantagem de não tem um controle exato da pressão.
Calibragem:
VC: Leve: 6 ml/kg Moderada: 5-6 ml/kg Grave:3-4 ml/kg
A conseqüência de colocar um volume corrente baixo é que vamos reter mais CO2, assim devemos estar cientes que vamos realizar a hipercapnia permissiva.
FR: Leve 16-20 Moderada-grave: Pode chegar até 35-40 rpm.
Freqüência respiratória alta pode causar alto-peep, com isso devemos sempre analisar a relação I:E para a mesma não se encontrar invertida, ou seja, tempo expiratório mais que o tempo inspiratório. O correto é a relação I:E ficar 1:2.
Fluxo inspiratório: 40%, pois esta relacionado com o tempo inspiratório. Se o tempo inspiratório for maior o meu fluxo também será maior.
Para lavar CO2 geralmente se aumenta o volume corrente, porem na SARA quando a PaCO2 estiver mais que 80 você pode realizar TGI (intubação de gás traqueal) que reduz em até 20% o nível de CO2. No entanto a TGI pode causar auto-peep se ela for trabalha por muito tempo consecutivo, assim devemos colocar o paciente 2-3 horas para diminuir e tentar controlar com a VM posteriormente, se for necessário voltar depois de um tempo par TGI não tem problema, o importante é a pausa.
PEEP: A peep pode ser regulada conforme o necessário, podendo ser alta. Deve ser sempre > 5.
Pressão platô: ≤ 30 para evitar danos alveolares
Pressão de distensão: Se realiza o calculo (Pplatô-Peep), essa conta deve dar sempre menos que 15. 
Pplatô e pressão de distensão, esses valores são para qualquer doença pulmonar.

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