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Slides Carapetcov Leasing e Factoring

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Prévia do material em texto

PROFESSOR THIAGO CARAPETCOV 
 
thcarapetcov@yahoo.com.br 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
 
 
• ARRENDAMENTO MERCANTIL / LEASING 
 
• FACTORING 
 
 
CONTRATOS 
 
• DIFERENTES VISÕES CONTRATUAIS 
 
• CONTRATO TRABALHISTA 
• CONTRATO CONSUMERISTA 
• CONTRATO ADMINISTRATIVO 
• CONTRATO CIVILISTA 
• CONTRATO EMPRESARIAL / COMERCIAL / MERCANTIL 
 
 
• O QUE DIFERENCIA CADA VISÃO CONTRATUAL ?? 
 
 
 
 
CONTRATOS 
 
• PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 
 
• PRINCÍPIO DA AUTONOMIA 
 
• PRINCÍPIO DO RELATIVISMO 
 
• PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO 
 
• PRINCÍPIO DA BOA FÉ 
 
Visão da UERJ / USP – Prof. Gustavo Tepedino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. Em contratos empresariais, é lícito às partes 
contratantes estabelecer parâmetros objetivos para a 
interpretação dos requisitos de revisão e/ou resolução 
do pacto contratual. 
 
 
 
 
 
 
25. A revisão do contrato por onerosidade excessiva 
fundada no Código Civil deve levar em conta a natureza 
do objeto do contrato. Nas relações empresariais, deve-
se presumir a sofisticação dos contratantes e observar a 
alocação de riscos por eles acordada. 
 
 
 
 
 
 
 
26. O contrato empresarial cumpre sua função social 
quando não acarreta prejuízo a direitos ou interesses, 
difusos ou coletivos, de titularidade de sujeitos não 
participantes da relação negocial. 
 
 
 
 
 
 
27. Não se presume violação à boa-fé objetiva se o 
empresário, durante as negociações do contrato 
empresarial, preservar segredo de empresa ou 
administrar a prestação de informações reservadas, 
confidenciais ou estratégicas, com o objetivo de não 
colocar em risco a competitividade de sua atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
28. Em razão do profissionalismo com que os 
empresários devem exercer sua atividade, os contratos 
empresariais não podem ser anulados pelo vício da 
lesão fundada na inexperiência. 
 
 
 
 
 
 
 
29. Aplicam-se aos negócios jurídicos entre empresários 
a função social do contrato e a boa-fé objetiva (arts. 421 
e 422 do Código Civil), em conformidade com as 
especificidades dos contratos empresariais. 
 
 
 
 
 
 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL / LEASING 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
 
• Origem 
 
 
• Conceito 
 
 
• Legislação 
 
Lei 6.099/74 
 
Resolução 2.309/96 BC 
 
Lei 11.649/08 (veículos) 
 
 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• Finalidade 
 
• Características 
 
Transferência da posse durante o prazo do contrato 
Pagamento periódico 
 
Opção final 
 
comprar por preço residual 
devolve o objeto 
renovação 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• PARTES E SEUS DEVERES 
 
 
• ARRENDADOR 
 
“INSTITUIÇÃO FINANCEIRA” – 0% CPMF 
 
Leasing operacional ? 
 
 
• ARRENDATÁRIO 
 
“CONSERVAR O BEM” 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• ESPÉCIES DE LEASING 
 
 
• LEASING FINANCEIRO / FINANCIAL LEASING 
 
 
• LEASING OPERACIONAL / RENTING 
 
 
• LEASING BACK / DE RETORNO 
3ª QUESTÃO: 
 
 
Os diretores da KS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOS DE INFORMÁTICA S/A. 
foram informados que a sociedade estava passando por dois problemas simultaneamente. O 
primeiro, e mais grave, era a escassez de recursos para o pagamento de dívidas de 
curtíssimo prazo, uma vez que os valores disponíveis em caixa e em conta-corrente não eram 
suficientes para o pagamento de dívidas com alguns fornecedores, que já ameaçaram entrar 
com pedido de falência em caso de inadimplência. 
 
O outro problema é a necessidade, também premente, da aquisição ou locação de uma 
máquina moderna de impressão, na medida em que a atual foi definitivamente perdida em um 
pequeno incêndio. Considerando a existência de bens de alto valor e liquidez dentro do 
imobilizado da sociedade, mas indispensáveis para a atividade, e a absoluta falta de capital de 
giro, responda: 
3ª QUESTÃO: 
 
 
a) É possível a utilização do contrato de arrendamento mercantil para a obtenção de capital de 
giro para a sociedade em questão? Em caso positivo, qual modalidade e quais os benefícios? 
 
b) Em relação à máquina de impressão, considerando que tais equipamentos, embora caros, 
ficam rapidamente obsoletos, sem olvidar da necessidade de uma manutenção muito 
especializada, seria aconselhável o arrendamento? Em caso positivo, qual modalidade e quais 
os benefícios? 
 
c) Ao final de todo o contrato, quais as opções que o arrendador deve oferecer ao 
arrendatário? 
 
d) Em caso de inadimplemento, além da cobrança, qual a medida que pode ser intentada pelo 
credor? Quais as verbas que são devidas? 
 
Respostas fundamentadas. 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• QUAL A NATUREZA DO LEASING ?? 
 
 
• VALOR MÍNIMO NO FINAL DO CONTRATO CARACTERIZA CONTRATO DE COMPRA 
E VENDA ?? 
 
 
• MULTA ?? 
 
 
• ACIDENTE ?? 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• IPVA ?? 
 
 
• OBRIGATORIEDADE NA CONTRATAÇÃO DO SEGURO ?? 
 
 
• VRG ?? 
 
Prova oral do MPERJ 2012 – o que é VRG ?? 
 
Devolução ?? 
 
 
 
 
 
“(...) No contrato de leasing, o valor residual é o preço contratual estipulado para o exercício 
da opção de compra enquanto o valor residual garantido é obrigação assumida pelo 
arrendatário, quando da contratação do arrendamento mercantil, no sentido de garantir que o 
arrendador receba, ao final do contrato, a quantia mínima final de liquidação do negócio, em 
caso de o arrendatário optar por não exercer seu direito de compra e, também, não desejar 
que o contrato seja prorrogado.(...)” (STJ – 4ª Turma, REsp. 249.340/SP, Rel. Min. Sálvio de 
Figueiredo Teixeira, DJU 07.08.2000) 
MARCO ANTÔNIO IBRAHIM 
 
“Enquanto o valor residual vinculado ao preço pela opção de compra se destina a 
complementar o retorno do capital investido pela arrendadora na hipótese de opção pela 
compra, o VRG , ao revés, é resíduo exigível quando a opção não for pela compra, mas pela 
extinção do contrato. Isto é, ao fim da locação.” 
 
 
 
SERGIO CAVALIERI FILHO 
 
“... o VRG não se confunde com a opção de compra. Como se vê da sua própria definição 
normativa (Portaria nº 564/78 do Ministério da Fazenda), trata-se de uma forma de o 
arrendatário garantir ao arrendador uma quantia mínima de amortização do valor residual do 
bem, caso, no final do contrato, não renove o arrendamento nem exerça a opção de compra.” 
1ª QUESTÃO: 
 
PRODUTOS E SISTEMAS PARA HIGIENE Ltda. ajuizou ação de repetição de indébito em 
face de SOCIEDADE BRASILCOM ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A. Alegou, em síntese, 
que as partes firmaram contrato de leasing e que pagou antecipadamente o valor residual 
garantido - VRG. Pretende a restituição em dobro do valor pago (art. 42 do CDC), uma vez 
que o veículo objeto do contrato foi apreendido em ação de reintegração de posse. Decida a 
questão de forma fundamentada. 
 
 
 
 
 
 
 
38. É devida devolução simples, e não em dobro, do 
valor residual garantido (VRG) em caso de reintegração 
de posse do bem objeto de arrendamento mercantil 
celebrado entre empresários. 
Inf 517 
 
DIREITO EMPRESARIAL. DEVOLUÇÃO DA DIFERENÇA ENTRE O RESULTADO DA SOMA DO VRG 
QUITADO COM O VALOR DA VENDA DO BEM E O TOTAL PACTUADO COMO VRG NO CONTRATO 
DE LEASING FINANCEIRO. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. N. 8/2008-STJ). 
 
Nas ações de reintegração de posse motivadas por inadimplemento de arrendamento mercantil 
financeiro, quando o resultado da soma do VRG quitado com o valor da venda do bem for maior 
que o total pactuado como VRG na contratação, será direito do arrendatário recebera diferença, 
cabendo, porém, se estipulado no contrato, o prévio desconto de outras despesas ou encargos 
contratuais. No chamado leasing financeiro, o arrendador adquire o bem indicado pelo contratante sem 
nenhum interesse em mantê-lo em seu patrimônio após o término do contrato, de modo que a devolução 
do bem ao final da contratação levaria o produto à venda. Nessa modalidade, prepondera o caráter de 
financiamento na operação, colocado à disposição do particular, à semelhança da alienação fiduciária, 
como mais uma opção para a aquisição financiada de bem pretendido para uso, com custos financeiro-
tributários mais atraentes a depender da pessoa arrendatária. Além disso, o Conselho Monetário Nacional, 
ao regulamentar o leasing financeiro, considera-o como a modalidade de arredamento mercantil em que 
“as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arrendatária, sejam 
normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo 
contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos” (art. 1º, I, da 
Res. n. 2.309/1996 do CMN)......... 
 
 
 
Nesse contexto, deve-se observar que a integral devolução ao arrendatário do pagamento prévio 
(antecipado ou diluído com as prestações) do chamado valor residual garantido (VRG) pode fazer com que 
a arrendadora fique muito longe de recuperar ao menos o custo (mesmo em termos nominais) pela 
aquisição do produto, o que atentaria flagrantemente contra a função econômico-social do contrato e 
terminaria por incentivar, de forma deletéria, especialmente nos casos de elevada depreciação do bem, a 
inadimplência, na medida em que, com a entrega do bem, teria o arrendatário muito mais a ganhar do que 
com o fiel cumprimento do contrato, eximindo-se quase completamente do custo da depreciação, que é, de 
fato, seu. É, portanto, inerente à racionalidade econômica do leasing financeiro a preservação de um valor 
mínimo em favor do arrendador pelo produto financiado, a servir-lhe de garantia (daí o nome: “valor 
residual garantido”), a depender, no caso de não exercida a opção de compra pelo arrendatário, do valor 
recebido com a venda do produto. Nesse sentido, o STJ tem estabelecido o entendimento de que o VRG 
pago antes do término do contrato não constitui propriamente um pagamento prévio do bem arrendado, 
mas sim um valor mínimo garantido ao arrendador no caso em que não exercida a opção de compra...... 
 
 
Entende-se que assim, observando-se fielmente a finalidade do VRG, possa o arrendamento mercantil ter 
seu equilíbrio econômico-financeiro resguardado, preservando sua função social como pactuação propícia 
à proteção da confiança, da boa-fé, pelo estímulo à adimplência e ao cumprimento dos contratos. Como 
consequência, tem-se a redução dos custos financeiros e do spread bancário, a minoração das taxas de 
juros e, sobretudo, o incremento da atividade econômica em geral, tudo a bem da construção de uma 
sociedade em que vigore a livre iniciativa, mas com justiça social. Precedente citado: REsp n° 373.674/PR, 
Terceira Turma, DJ 16/11/2004. REsp 1.099.212-RJ, Rel. originário Min. Massami Uyeda, Rel. para 
acórdão Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 27/2/2013. 
 
EXEMPLO: 
 
 
Valor contratado: R$ 100.000,00 (dividido em 46 x ) 
 
Valor do VRG pago: R$ 80.000,00 (dividido em 20 x) 
 
Valor do bem vendido: R$ 55.000,00 
 
 
 
Ganho do arrendador: VRG + Venda = R$ 135.00,00 
 
 
Devolução será de R$ 35.000,00 
 
 
SÚMULA 564 STJ 
 
 
“no caso de reintegração de posse em arrendamento mercantil financeiro, quando a 
soma da importância antecipada a título de valor residual garantido (VRG) com o valor da 
venda do bem ultrapassar o total do VRG previsto contratualmente, o arrendatário terá 
direito de receber a respectiva diferença, cabendo, porém, se estipulado no contrato, o 
prévio desconto de outras despesas ou encargos pactuados”. 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• ICMS NA IMPORTAÇÃO DE BENS PARA O CONTRATO DE LEASING ?? 
 
 
“ Circulação de bens ” 
 
Promessa de transferência de domínio !! 
 
Exceção : aquisição para o ativo da “empresa” 
 
 
Aeronaves e suas peças... 
 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• INADIMPLEMENTO DO ARRENDATÁRIO 
 
Notificação do arrendatário – súmula 369 STJ 
 
Resolução contratual 
 
Devolução amigável do bem 
 
 
 
• NÃO DEVOLUÇÃO DO BEM ?? 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
 
Parcelas vencidas 
 
Cláusula penal 
 
Ressarcimento dos prejuízos 
 
• PARCELAS VINCENDAS ?? 
 
• POSSIBILIDADE OU NÃO, DE CUMULAR CLÁUSULA PENAL COM PREJUÍZOS ?? 
 
• POSSIBILIDADE OU NÃO, DE CUMULAR COM REVISÃO CONTRATUAL ?? 
 
• POSSIBILIDADE OU NÃO, DE DEVOLUÇÃO DE VRG ?? 
 
2ª QUESTÃO: 
 
Sociedade de Arrendamento Mercantil arrendou um caminhão a João Martins, com prestações 
mensais de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais). Inadimplida a obrigação, a arrendante ajuizou 
ação de reintegração de posse cumulada com a cobrança de prestações vencidas e 
vincendas, multa e acréscimos contratuais. O pedido de concessão de liminar foi deferido. 
JOÃO MARTINS, na contestação, alegou a abusividade na cobrança de juros remuneratórios 
(vinte e cinco por cento ao ano) com violação ao Código de Defesa do Consumidor, aplicado 
aos contratos firmados com instituições financeiras. Decida a questão de forma fundamentada. 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• POSSIBILIDADE DE PURGAR A MORA NO LEASING ?? 
 
TJ – MG : 
Vencidas e vincendas na contestação 
 
TJ – RJ : 
Decreto 911 / 69 
 
TJ – RS : 
Vencidas 
 
 
QUAL SERIA O PREJUÍZO DO CREDOR ?? 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
 
INF. 573 STJ 
 
Em contrato de arrendamento mercantil de veículo automotor - com ou sem cláusula 
resolutiva expressa -, a purgação da mora realizada nos termos do art. 401, I, do CC 
deixou de ser possível somente a partir de 14/11/2014, data de vigência da Lei 
13.043/2014, que incluiu o § 15º do art. 3º do Decreto-Lei 911/1969. 
 
STJ. 4ª Turma. REsp 1.381.832-PR, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 
5/11/2015. 
 
 
Somente integralidade ! 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• TEORIA DO INADIMPLEMENTO MÍNIMO OU ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL 
 
 
substancial performance – Direito Inglês séc. XVIII 
 
 
Ministro Luis Felipe Salomão 
 
“a insuficiência obrigacional poderá ser relativizada com vistas à preservação da relevância 
social do contrato e da boa-fé...” 
 
 
DIREITO CIVIL. CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL PARA AQUISIÇÃO 
DEVEÍCULO (LEASING). PAGAMENTO DE TRINTA E UMA DAS TRINTA E SEISPARCELAS 
DEVIDAS. RESOLUÇÃO DO CONTRATO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DEPOSSE. 
DESCABIMENTO. MEDIDAS DESPROPORCIONAIS DIANTE DO DÉBITOREMANESCENTE. 
APLICAÇÃO DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. 
 
1. É pela lente das cláusulas gerais previstas no Código Civil de2002, sobretudo 
a da boa-fé objetiva e da função social, que deve ser lido o art. 475, segundo o 
qual "[a] parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, 
se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, 
indenização por perdas e danos". 
 
2. Nessa linha de entendimento, a teoria do substancial adimplemento visa a 
impedir o uso desequilibrado do direito de resolução por parte do credor, 
preterindo desfazimentos desnecessários em prol da preservação da avença, 
com vistas à realização dos princípios da boa-fé e da função social do contrato. 
3. No caso em apreço, é de se aplicar a da teoria do adimplemento substancial 
dos contratos, porquanto o réu pagou: "31 das 36prestaçõescontratadas, 86% 
da obrigação total (contraprestação ver parcelado) e mais R$ 10.500,44 de 
valor residual garantido". Mencionado descumprimento contratual é inapto a 
ensejar reintegração de posse pretendida e, consequentemente, a resolução do 
contrato de arrendamento mercantil, medidas desproporcionais diante do 
substancial adimplemento da avença. 
 
4. Não se está a afirmar que a dívida não paga desaparece, o que seria um 
convite a toda sorte de fraudes. Apenas se afirma que meio de realização do 
crédito por que optou a instituição financeira não se mostra consentâneo com a 
extensão do inadimplemento e, de resto, com os ventos do Código Civil de 
2002. Pode, certamente, corredor valer-se de meios menos gravosos e 
proporcionalmente mais adequados à persecução do crédito remanescente, 
como, por exemplo, a execução do título.5. Recurso especial não conhecido. 
 
RESP. 1.051.270 
 
 
RECURSO ESPECIAL. LEASING. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CARRETAS. 
EMBARGOS INFRINGENTES. TEMPESTIVIDADE. MANEJO ANTERIOR DE MANDADO DE 
SEGURANÇA CONTRA A DECISÃO. CORRETO O CONHECIMENTO DOS EMBARGOS 
INFRINGENTES. INOCORRÊNCIA DE AFRONTA AO PRINCÍPIO DA 
UNIRRECORRIBILIDADE. APLICAÇÃO DA TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL E 
DA EXCEÇÃO DE INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. 
 
Ação de reintegração de posse de 135 carretas, objeto de contrato de "leasing", após o 
pagamento de 30 das 36 parcelas ajustadas. Processo extinto pelo juízo de primeiro grau, sendo 
provida a apelação pelo Tribunal de Justiça, julgando procedente a demanda. Interposição de 
embargos declaratórios, que foram rejeitados, com um voto vencido que mantinha a sentença, 
com determinação de imediato cumprimento do julgado. Antes da publicação do acórdão dos 
embargos declaratórios, com a determinação de imediata reintegração de posse, a parte 
demandada extraiu cópia integral do processo e impetrou mandado de segurança.... 
Tempestividade dos embargos infringentes, pois interpostos após a nova publicação do acórdão 
recorrido. Correta a decisão do tribunal de origem, com aplicação da teoria do adimplemento 
substancial. Doutrina e jurisprudência acerca do tema. ... RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO. 
REsp 1.200.105 
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
• EXTINÇÃO DO CONTRATO 
 
Prazo 
 
Acordo entre as partes 
 
Inadimplemento ou falência do arrendatário 
 
 
 
• FALÊNCIA DO ARRENDATÁRIO ?? 
 
 
 
INFORMATIVOS DO STJ SOBRE LEASING 
Inf 433 
 
LEASING. SEGURO. ABUSIVIDADE. 
 
 
Trata-se, fundamentalmente, de saber se, diante da natureza jurídica do contrato de 
arrendamento mercantil, a previsão de que o arrendatário deva contratar seguro do bem 
arrendado em favor da arrendadora constitui imposição iníqua e excessivamente onerosa 
àquele em contrapartida ao indevido locupletamento dela. Nesta instância especial, ao 
apreciar o REsp, entendeu-se que, no contrato de arrendamento mercantil (leasing), a 
arrendadora é proprietária do bem até que se dê a efetiva quitação do contrato e o 
arrendatário faça a opção pela compra daquele bem. Sendo assim, não configura 
onerosidade excessiva ao consumidor a previsão de que contrate seguro para o objeto da 
avença em favor da arrendadora. Destacou-se que sustentar o contrário leva a uma 
incorreta interpretação da finalidade última da proteção consumerista e a uma indevida 
ingerência na liberdade de iniciativa, princípio e fundamento, respectivamente, da ordem 
econômica nos termos do art. 170 da CF/1988... Diante disso, a Turma conheceu 
parcialmente do recurso e, na parte conhecida, deu-lhe provimento. REsp 1.060.515-DF, 
Rel. Min. Honildo Amaral de Mello Castro (Desembargador convocado do TJ-AP), julgado 
em 4/5/2010. 
inf. 466 
COMPETÊNCIA. DOCUMENTOS FALSOS. LEASING. CARRO. 
Noticiam os autos que fora instaurado inquérito policial para apurar a autoria e 
materialidade de estelionato a partir da apresentação de documentos falsos para 
obtenção de recursos financeiros junto à instituição bancária em contrato de 
arrendamento mercantil na modalidade de leasing financeiro de veículo. Esses autos 
foram encaminhados primeiro pelo juízo de direito, ao acolher a representação da 
autoridade policial e parecer do MP estadual, ao juízo federal naquela comarca para a 
apuração de crime contra o sistema financeiro previsto no art. 19 da Lei n. 7.492/1986, 
mas esse juízo, por sua vez, declinou de sua competência para o juízo de uma das varas 
federais especializadas da capital. Então, o juízo da vara federal especializada suscitou o 
conflito de competência. Para a Min. Relatora, a matéria em exame é complexa, tendo sido 
apreciada neste Superior Tribunal uma única vez, na Sexta Turma, na qual o voto da 
relatoria do Min. Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP), com base em 
precedente do STF, asseverou que o fato de o leasing financeiro não constituir 
financiamento não afasta, por si só, a configuração do delito previsto no art. 19 da Lei n. 
7.492/1986. Naquela ocasião, o colegiado concluiu que, ao fazer um leasing financeiro, 
obtém-se invariavelmente um financiamento e o tipo penal em análise descrito no citado 
art. 19 refere-se exatamente à obtenção de financiamento mediante fraude, sem exigir que 
isso ocorra num contrato de financiamento propriamente dito. Observa ainda a Min. 
Relatora que o leasing financeiro possui certas particularidades, mas que não se pode, de 
pronto, afastar a incidência do tipo penal descrito no art. 19 em comento...Precedentes 
citados do STF: RE 547.245-SC, DJe 4/3/2010; do STJ: REsp 706.871-RS, DJe 2/8/2010. CC 
114.322-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 14/3/2011. 
INF 480 
 
LEASING. ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. 
 
Trata-se de REsp oriundo de ação de reintegração de posse ajuizada pela ora recorrente em 
desfavor do ora recorrido por inadimplemento de contrato de arrendamento mercantil (leasing). A 
Turma, ao prosseguir o julgamento, por maioria, entendeu, entre outras questões, que, diante do 
substancial adimplemento do contrato, ou seja, foram pagas 31 das 36 prestações, mostra-se 
desproporcional a pretendida reintegração de posse e contraria princípios basilares do Direito 
Civil, como a função social do contrato e a boa-fé objetiva. Consignou-se que a regra que 
permite tal reintegração em caso de mora do devedor e consequentemente, a resolução do 
contrato, no caso, deve sucumbir diante dos aludidos princípios. Observou-se que o meio de 
realização do crédito pelo qual optou a instituição financeira recorrente não se mostra 
consentâneo com a extensão do inadimplemento nem com o CC/2002. Ressaltou-se, ainda, que 
o recorrido pode, certamente, valer-se de meios menos gravosos e proporcionalmente mais 
adequados à persecução do crédito remanescente, por exemplo, a execução do título. 
 
Precedentes citados: REsp 272.739-MG, DJ 2/4/2001; REsp 469.577-SC, DJ 5/5/2003, e REsp 
914.087-RJ, DJ 29/10/2007. REsp 1.051.270-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
4/8/2011. 
Inf 500 
 
ARRENDAMENTO MERCANTIL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. 
 
Trata-se de REsp oriundo de ação de reintegração de posse ajuizada pela ora recorrente em 
desfavor do recorrido por inadimplemento de contrato de arrendamento mercantil (leasing) para 
a aquisição de 135 carretas. A Turma reiterou, entre outras questões, que, diante do substancial 
adimplemento do contrato, qual seja, foram pagas 30 das 36 prestações da avença, mostra-se 
desproporcional a pretendida reintegração de posse e contraria princípios basilares do Direito 
Civil, como a função social do contrato e a boa-fé objetiva. Ressaltou-se que a teoria do 
substancial adimplemento visa impedir o uso desequilibradodo direito de resolução por parte do 
credor, preterindo desfazimentos desnecessários em prol da preservação da avença, com vistas 
à realização dos aludidos princípios. Assim, tendo ocorrido um adimplemento parcial da dívida 
muito próximo do resultado final, daí a expressão “adimplemento substancial”, limita-se o direito 
do credor, pois a resolução direta do contrato mostrar-se-ia um exagero, uma demasia. Dessa 
forma, fica preservado o direito de crédito, limitando-se apenas a forma como pode ser exigido 
pelo credor, que não pode escolher diretamente o modo mais gravoso para o devedor, que é a 
resolução do contrato. Dessarte, diante do substancial adimplemento da avença, o credor 
poderá valer-se de meios menos gravosos e proporcionalmente mais adequados à persecução 
do crédito remanescente, mas não a extinção do contrato. Precedentes citados: REsp 272.739-
MG, DJ 2/4/2001; REsp 1.051.270-RS, DJe 5/9/2011, e AgRg no Ag 607.406-RS, DJ 29/11/2004. 
REsp 1.200.105-AM, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 19/6/2012. 
Inf 554 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR. RESCISÃO DE CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
VINCULADO A CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE AUTOMÓVEL. 
Na hipótese de rescisão de contrato de compra e venda de automóvel firmado entre consumidor e 
concessionária em razão de vício de qualidade do produto, deverá ser também rescindido o 
contrato de arrendamento mercantil do veículo defeituoso firmado com instituição financeira 
pertencente ao mesmo grupo econômico da montadora do veículo (banco de 
montadora). Inicialmente, esclareça-se que o microssistema normativo do CDC conferiu ao consumidor o 
direito de demandar contra quaisquer dos integrantes da cadeia produtiva com o objetivo de alcançar a 
plena reparação de prejuízos sofridos no curso da relação de consumo. Ademais, a regra do art. 18 do 
CDC, ao regular a responsabilidade por vício do produto, deixa expressa a responsabilidade solidária entre 
todos os fornecedores integrantes da cadeia de consumo. Nesse sentido, observe-se que as regras do art. 
7º, § único, e do art. 25, § 1º, do CDC, estatuem claramente que, “havendo mais de um responsável pela 
causação do dano, todos responderão pela reparação prevista nesta e nas Seções anteriores.” Amplia-se, 
assim, o nexo de imputação para abranger pessoas que, no sistema tradicional do Código Civil, não seriam 
atingidas, como é o caso da instituição financeira integrante do mesmo grupo econômico da montadora. 
 
 
... Na hipótese ora em análise, não se trata de instituição financeira que atua como “banco de varejo” – 
apenas concedendo financiamento ao consumidor para aquisição de um veículo novo ou usado sem 
vinculação direta com o fabricante –, mas sim de instituição financeira que atua como “banco de 
montadora”, isto é, que integra o mesmo grupo econômico da montadora que se beneficia com a venda de 
seus automóveis, inclusive estipulando juros mais baixos que a média do mercado para esse segmento 
para atrair o público consumidor para os veículos da sua marca. É evidente, assim, que o banco da 
montadora faz parte da mesma cadeia de consumo, sendo também responsável pelos vícios ou defeitos 
do veículo objeto da negociação. REsp 1.379.839-SP, Rel. originária Min. Nancy Andrighi, Rel. para 
Acórdão Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 11/11/2014, DJe 15/12/2014. 
Inf 554 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR. RESCISÃO DE CONTRATO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
VINCULADO A CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE AUTOMÓVEL. 
Na hipótese de rescisão de contrato de compra e venda de automóvel firmado entre consumidor 
e concessionária em razão de vício de qualidade do produto, deverá ser também rescindido o 
contrato de arrendamento mercantil do veículo defeituoso firmado com instituição financeira 
pertencente ao mesmo grupo econômico da montadora do veículo (banco de montadora). 
Inicialmente, esclareça-se que o microssistema normativo do CDC conferiu ao consumidor o 
direito de demandar contra quaisquer dos integrantes da cadeia produtiva com o objetivo de 
alcançar a plena reparação de prejuízos sofridos no curso da relação de consumo. Ademais, a 
regra do art. 18 do CDC, ao regular a responsabilidade por vício do produto, deixa expressa a 
responsabilidade solidária entre todos os fornecedores integrantes da cadeia de consumo. 
Nesse sentido, observe-se que as regras do art. 7º, § único, e do art. 25, § 1º, do CDC, 
estatuem claramente que, “havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos 
responderão pela reparação prevista nesta e nas Seções anteriores.” Amplia-se, assim, o nexo 
de imputação para abranger pessoas que, no sistema tradicional do Código Civil, não seriam 
atingidas, como é o caso da instituição financeira integrante do mesmo grupo econômico da 
montadora ... 
... Na hipótese ora em análise, não se trata de instituição financeira que atua como “banco de 
varejo” – apenas concedendo financiamento ao consumidor para aquisição de um veículo novo 
ou usado sem vinculação direta com o fabricante –, mas sim de instituição financeira que atua 
como “banco de montadora”, isto é, que integra o mesmo grupo econômico da montadora que 
se beneficia com a venda de seus automóveis, inclusive estipulando juros mais baixos que a 
média do mercado para esse segmento para atrair o público consumidor para os veículos da sua 
marca. É evidente, assim, que o banco da montadora faz parte da mesma cadeia de consumo, 
sendo também responsável pelos vícios ou defeitos do veículo objeto da negociação. REsp 
1.379.839-SP, Rel. originária Min. Nancy Andrighi, Rel. para Acórdão Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino, julgado em 11/11/2014, DJe 15/12/2014. 
FACTORING / FOMENTO MERCANTIL 
FACTORING 
 
• CONCEITO 
 
 
 
• LEGISLAÇÃO 
 
 
Código Civil 
 
Leis cambiárias 
 
Leis tributárias 
 
Resoluções do Conselho Monetário Nacional – 2.144 / 95 
 
 
 
FACTORING 
 
• OBJETIVOS 
 
 
• NATUREZA JURÍDICA ?? 
Cessão onerosa de créditos 
 
 
• PARTES 
 
Faturizador 
 
Faturizado 
 
Terceiro / devedor 
 
 
 
 
FACTORING 
 
• CLASSIFICAÇÃO 
 
Bilateral 
 
Consensual 
 
Comutativo 
 
Oneroso 
 
Execução continuada 
 
 
 
 
 
 
 
FACTORING 
 
• CLASSIFICAÇÃO 
 
 
Intuitu personae / exclusividade 
 
Interempresariais 
 
Adesão (exceções) 
 
Atípico (ausência de legislação específica) 
 
 
 
 
 
 
 
FACTORING 
 
• ESPÉCIES DE FACTORING 
 
 
• FACTORING CONVENCIONAL / CONVENTIONAL FACTORING 
 
 
Diferença para o Contrato de Desconto Bancário ?? 
 
 
• FACTORING NO VENCIMENTO / MATURITY FACTORING 
 
FACTORING 
 
 
 
• CESSÃO DE CRÉDITO X FACTORING ?? 
 
 
• NÃO SENDO TÍTULO DE CRÉDITO ARTIGO 290 NCC !!! 
 
 
INF 521 STJ 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO EXTRACARTULAR DE TÍTULO 
DE CRÉDITO. 
No âmbito de exceção de pré-executividade oposta pelo devedor de título de crédito em face de 
seu credor contratual direto, é possível ao magistrado reconhecer a ocorrência do pagamento 
sem que a cártula tenha sido resgatada pelo devedor (pagamento extracartular). É certo que os 
títulos de crédito se sujeitam aos princípios da literalidade (os direitos resultantes do título são válidos 
pelo que nele se contém, mostrando-se inoperantes, do ponto de vista cambiário, apartados 
enunciativos ou restritivos do teor da cártula), da autonomia (o possuidor de boa-fé exercita um direito 
próprio, que não pode ser restringido em virtude de relações existentes entre os anteriores 
possuidores e o devedor) e da abstração (os títulos de crédito podem circularcomo documentos 
abstratos, sem ligação com a causa a que devem sua origem). Cumpre ressaltar, a propósito, que os 
mencionados princípios — dos quais resulta a máxima de que as exceções pessoais são inoponíveis a 
terceiros de boa-fé — visam conferir segurança jurídica ao tráfego comercial e celeridade na circulação 
do crédito, que deve ser transferido a terceiros de boa-fé purificado de todas as questões fundadas em 
direito pessoal que eventualmente possam ser arguidas pelos antecessores entre si. Vale dizer que 
esses princípios mostram plena operância quando há circulação da cártula e quando são postos em 
relação a duas pessoas que não contrataram entre si, encontrando-se uma em frente à outra em 
virtude apenas do título. Entretanto, quando estiverem em litígio o possuidor do título e seu devedor 
direto, esses princípios perdem força. Isso porque, em relação ao seu credor, o devedor do título se 
obriga por uma relação contratual, mantendo-se intactas as defesas pessoais que o direito comum lhe 
assegura. Precedentes citados: REsp 1.228.180-RS, Quarta Turma, DJe 28/3/2011, e REsp 264.850-
SP, Terceira Turma, DJ 5/3/2001. REsp 1.078.399-MA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
2/4/2013. 
 
1ª QUESTÃO: 
 
MAURÍCIO, credor de duplicata de compra e venda no valor de R$10.000,00 (dez 
mil reais), com vencimento em 10/12/2006, negociou a cambial com CRÉDITO 
RÁPIDO LTDA, sociedade de fomento mercantil. Em garantia ao cumprimento do 
contrato o faturizado emitiu nota promissória avalizada por MARCELO, em favor do 
faturizador. 
 
No vencimento, em razão da recusa de pagamento do aceitante, o portador da 
cambial ajuizou a competente ação de execução para cobrança de seu crédito. Os 
embargos opostos pelo executado foram acolhidos sob o fundamento da exceção 
do contrato não cumprido por parte do emitente do título (MAURÍCIO). O faturizador 
ajuizou ação cambial em face do avalista da nota promissória para receber o valor 
devido. 
 
Decida a questão de forma fundamentada. 
2ª QUESTÃO: 
 
XXXIII PROVA PARA INGRESSO NA MAGISTRATURA ESTADUAL DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO 
 
Em contrato de faturização, pactuou-se que o faturizado se obrigava a pagar os 
títulos de crédito endossados ao faturizador, acrescidos de juros bancários, se o 
devedor não adimplisse. O faturizado não paga, alegando que se trata de cessão de 
crédito. Analise a questão sob todos os aspectos. 
3ª QUESTÃO: 
 
 
P S Factoring Fomento Comercial Ltda. ajuizou execução em face de Nacional Plásticos 
Indústria e Comércio S.A. e Gilson Carlos Trindade da Silva, objetivando recebimento de 
nota promissória dada em garantia de duplicatas sacadas contra a empresa Vinimaster 
Indústria Comércio e Confeções Ltda., e que foram recebidas pela exequente mediante 
endosso subscrito pelos executados, no âmbito de contrato de fomento mercantil. Os 
executados, por sua vez, em sede de embargos à execução, alegaram nulidade dos títulos 
porquanto desprovidos de aceite e de protesto regular. Subsidiariamente, aduziram tratar-se 
de relação de consumo, motivo por que os encargos financeiros deveriam ficar limitados a 
patamares não abusivos. O Juízo de Direito da 7ª Vara Cível da Comarca de Recife?PE 
acolheu os embargos, extinguindo a execução por inexistência de responsabilidade 
creditícia da embargante. Em grau de apelação o Tribunal de Justiça do Estado de 
Pernambuco apenas majorou a verba sucumbencial, mantendo a sentença. Decida a 
questão de forma fundamentada. 
 
Não garanto o crédito mas sim o título !!! 
FACTORING 
 
• ANÁLISE DAS PARTES 
 
FATURIZADOR 
 
Assume os riscos e perdas pelo inadimplemento 
 
Pode recusar no todo ou em parte títulos apresentados 
 
Antecipa o valor (conventional) ou paga no vencimento (maturity)‏ 
 
Recebe as comissões 
 
Gerencia e cobra os créditos 
 
FACTORING 
 
• ANÁLISE DAS PARTES 
 
FATURIZADO 
 
 
Recebe o valor pelos créditos 
 
 
Paga comissões 
 
 
Fornece informações sobre os crédito 
 
FACTORING 
 
• EXTINÇÃO DO CONTRATO 
 
 
Prazo 
 
Acordo entre as partes 
 
Declaração unilateral com aviso prévio 
 
Falência de uma das partes 
 
Morte 
FACTORING 
DOS JUROS NAS OPERAÇÕES DE FACTORING 
Uma vez pacificado o entendimento de que as empresas de factoring não 
são intuições financeiras, intui-se a partir daí que, nas operações de 
convencional factoring por elas realizadas, os juros praticados não 
podem ser superiores a 12% ao ano, devendo, assim, ser respeitada a Lei 
da Usura (Decreto 22.626/33), que estabelece aquele limite. Nesse sendo, 
já se manifestou a 4ª Turma do STJ: 
 
“As empresas de ‘factoring’ não se enquadram no conceito de 
instituições financeiras, e por isso os juros remuneratórios estão 
limitados em 12% ao ano, nos termos da Lei de Usura.” (STJ – 4ª Turma 
– REsp 1.048.341/RS – Rel. Min. Aldir Passarinho Junior – DJe 09.03.2009) 
 
FACTORING 
 
 
“Tratando-se de empresa que opera no ramo de factoring, não 
integrante do Sistema Financeiro Nacional, a taxa de juros deve 
obedecer à limitação prevista no art. 1º do Decreto n. 22.626, de 
7.4.1933.” (STJ – 4ª Turma – REsp 489.658/RS – Rel. Min. Barros Monteiro 
– DJ 13.06.2005, p. 310) 
FACTORING 
 
 
“A empresa de factoring, em razão da natureza de sua a!- vidade, que 
envolve obtenção de crédito por meio de cessão civil, assume os 
riscos próprios desse negócio, não se protegendo, em regra, no 
principio da inoponibilidade das exceções pessoais pelo devedor, o 
qual é "pico do Direito Cambiário.” (TJSP – 21ª Câmara de Direito 
Privado – Apelação Cível 0021414-79.2011.8.26.0451 – Rel. Des. Itamar 
Gaino – julgado em 05.11.2012) 
Inf 500 
 
 
FACTORING. OBTENÇÃO DE CAPITAL DE GIRO. CDC. 
 
 
A atividade de factoring não se submete às regras do CDC quando não for evidente a situação 
de vulnerabilidade da pessoa jurídica contratante. Isso porque as empresas de factoring não são 
instituições financeiras nos termos do art. 17 da Lei n. 4.595/1964, pois os recursos envolvidos 
não foram captados de terceiros. Assim, ausente o trinômio inerente às atividades das 
instituições financeiras: coleta, intermediação e aplicação de recursos. Além disso, a empresa 
contratante não está em situação de vulnerabilidade, o que afasta a possibilidade de considerá-
la consumidora por equiparação (art. 29 do CDC). Por fim, conforme a jurisprudência do STJ, a 
obtenção de capital de giro não está submetida às regras do CDC. Precedentes citados: REsp 
836.823-PR, DJe 23/8/2010; AgRg no Ag 1.071.538-SP, DJe 18/2/2009; REsp 468.887-MG, DJe 
17/5/2010; AgRg no Ag 1.316.667-RO, DJe 11/3/2011, e AgRg no REsp 956.201-SP, DJe 
24/8/2011. REsp 938.979-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 19/6/2012. 
INF 521 STJ 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO EXTRACARTULAR DE TÍTULO 
DE CRÉDITO. 
No âmbito de exceção de pré-executividade oposta pelo devedor de título de crédito em face de 
seu credor contratual direto, é possível ao magistrado reconhecer a ocorrência do pagamento 
sem que a cártula tenha sido resgatada pelo devedor (pagamento extracartular). É certo que os 
títulos de crédito se sujeitam aos princípios da literalidade (os direitos resultantes do título são válidos 
pelo que nele se contém, mostrando-se inoperantes, do ponto de vista cambiário, apartados 
enunciativos ou restritivos do teor da cártula), da autonomia (o possuidor de boa-fé exercita um direito 
próprio, que não pode ser restringido em virtude de relações existentes entre os anteriores 
possuidores e o devedor) e da abstração (os títulos de crédito podem circularcomo documentos 
abstratos, sem ligação com a causa a que devem sua origem). Cumpre ressaltar, a propósito, que os 
mencionados princípios — dos quais resulta a máxima de que as exceções pessoais são inoponíveis a 
terceiros de boa-fé — visam conferir segurança jurídica ao tráfego comercial e celeridade na circulação 
do crédito, que deve ser transferido a terceiros de boa-fé purificado de todas as questões fundadas em 
direito pessoal que eventualmente possam ser arguidas pelos antecessores entre si. Vale dizer que 
esses princípios mostram plena operância quando há circulação da cártula e quando são postos em 
relação a duas pessoas que não contrataram entre si, encontrando-se uma em frente à outra em 
virtude apenas do título. Entretanto, quando estiverem em litígio o possuidor do título e seu devedor 
direto, esses princípios perdem força. Isso porque, em relação ao seu credor, o devedor do título se 
obriga por uma relação contratual, mantendo-se intactas as defesas pessoais que o direito comum lhe 
assegura. Precedentes citados: REsp 1.228.180-RS, Quarta Turma, DJe 28/3/2011, e REsp 264.850-
SP, Terceira Turma, DJ 5/3/2001. REsp 1.078.399-MA, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
2/4/2013. 
 
INF 532 STJ 
 
DIREITO EMPRESARIAL. EXECUÇÃO DE AVALISTA DE NOTA PROMISSÓRIA DADA EM 
GARANTIA DE CRÉDITO CEDIDO POR FACTORING. 
Para executar, em virtude da obrigação avalizada, o avalista de notas promissórias dadas pelo 
faturizado em garantia da existência do crédito cedido por contrato de factoring, o faturizador 
exequente não precisa demonstrar a inexistência do crédito cedido. Com efeito, ainda que as 
notas promissórias tenham sido emitidas para garantir a exigibilidade do crédito cedido, o avalista não 
integra a relação comercial que ensejou esse crédito, nem é parte no contrato de fomento mercantil. 
Na condição de avalista, questões atinentes à relação entre o devedor principal das notas 
promissórias e a sociedade de fomento mercantil lhe são estranhas. Isso decorre da natureza pessoal 
dessas questões e da autonomia característica do aval. Assim, na ação cambial somente é admissível 
defesa fundada em direito pessoal decorrente das relações diretas entre devedor e credor cambiários, 
em defeito de forma do título ou na falta de requisito necessário ao exercício da ação. REsp 
1.305.637-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/9/2013. 
 
Inf 535 
DIREITO EMPRESARIAL. DIREITO DE REGRESSO RELACIONADO A 
CONTRATO DE FACTORING. A faturizadora tem direito de regresso contra a 
faturizada que, por contrato de factoring vinculado a nota promissória, tenha 
cedido duplicatas sem causa subjacente. Por um lado, a doutrina é 
praticamente unânime no sentido de que a faturizadora não tem direito de 
regresso contra a faturizada com base no inadimplemento dos títulos 
transferidos, haja vista que esse risco é da essência do contrato de factoring e 
por ele a faturizada paga preço até mais elevado do que pagaria, por exemplo, 
em um contrato de desconto bancário, no qual a instituição financeira não 
garante a solvência dos títulos descontados. Por outro lado, essa 
circunstância, não tem o alcance de afastar toda e qualquer responsabilidade 
da cedente em relação à existência do crédito, haja vista que tal garantia é 
própria da cessão de crédito comum – pro soluto. É por isso que a doutrina, 
de forma uníssona, afirma que no contrato de factoring e na cessão de crédito 
ordinária a faturizada/cedente não garante a solvência do crédito, mas a sua 
existência sim. Cuida-se, na verdade, de expressa disposição legal, nos 
termos do que dispõem os arts. 295 e 296 do CC.... 
 
 
Nesse passo, o direito de regresso da faturizadora contra a faturizada deve ser 
garantido quando estiver em questão não um mero inadimplemento, mas a 
própria existência do crédito. Não reconhecer tal responsabilidade quando o 
cedente vende crédito inexistente ou ilegítimo representa compactuar com a 
fraude e a má-fé. É bem verdade que há precedentes do STJ que não 
permitiram o regresso da faturizadora, em situações que, aparentemente, 
diziam respeito a duplicatas frias. Em todas essas hipóteses, porém, inexiste 
nota promissória emitida como garantia do negócio jurídico relacionado ao 
factoring, o que diferencia os julgados do caso em exame. Por sua vez, em 
reforço à tese ora adotada, há outros precedentes que permitiram, inclusive, o 
pedido de falência com base em nota promissória recebida como garantia de 
duplicatas apontadas como frias endossadas a sociedades de factoring. REsp 
1.289.995-PE, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, julgado em 20/2/2014. 
 
BOM ESTUDO ! 
 
Prezado aluno, você está autorizado a repassar esse material aos seus amigos 
“concurseiros”, sempre identificando a origem e autoria. A distribuição aos amigos é 
interpretada como reconhecimento da qualidade do conteúdo constante desse material. 
Agradeço também aos professores que tem o trabalho de copiar o material ao invés de 
traçar seus próprios apontamentos, o que também acaba demonstrando a qualidade do 
trabalho exposto. Bons estudos! 
PROF. CARAPETCOV

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