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Capítulo 1 Preâmbulo: A Engenharia Química do Novo Século* engenharia química é uma disciplina fascinante. Alguns a definem como a engenharia da aplicação da ciência, matemática e princípios econômicos para converter matérias-primas em formas mais úteis e valiosas (Wikipedia, 2003). Outros, simplificam o escopo da profissão imaginando engenheiros químicos como engenheiros que fabricam produtos químicos ou químicos que trabalham em uma fábrica. Mais importante do que uma definição precisa do engenheiro químico é o reconhecimento do que torna sua profissão diferente das demais engenharias, pelo menos em sua concepção: a habilidade de utilizar a ciência da química para resolver um vasto número de problemas. Esta habilidade advém da assimilação de um conjunto de conceitos, técnicas e métodos oriundos de fontes diversas (notoriamente da química, física, matemática, biologia e economia) que dão flexibilidade notável ao profissional. Apesar de os conceitos fundamentais da engenharia química terem sido preservados ao longo do último século, o conjunto de técnicas e métodos que instrumentalizam a atividade e o campo de aplicação dos mesmos evoluíram de forma sistemática. Eram inimagináveis as potencialidades da profissão um século atrás, pouco depois de sua fundação. Os engenheiros químicos hoje, através de seu trabalho, investigam o metabolismo de células, desenvolvem materiais multifuncionais e polímeros biodegradáveis, buscam tecnologias limpas e a tão desejada auto-sustentabilidade, preocupam-se com o projeto de produtos e a satisfação plena dos clientes, e realizam pesquisas científicas em escalas cada vez menores da matéria. Ou seja, * Por Príamo A. Melo Jr. Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 2 são polivalentes no senso estrito da palavra e conseguem gerar interfaces com quase todos os campos da ciência. Esse fenômeno de evolução aconteceu ao longo da segunda metade do século passado. Antes da II Guerra Mundial, apesar da existência da indústria de petróleo, eram os processos de separação que estavam em foco, como a destilação, o carro-chefe em termos de operações unitárias da época. Antes de 1939 (Figura 1), praticamente não havia processos catalíticos, não existiam refinarias e os compostos aromáticos eram derivados de subprodutos do carvão mineral. A indústria química tinha sotaque alemão e produzia compostos orgânicos de baixo peso molecular e compostos inorgânicos ordinários como ácidos, bases, fertilizantes, etc. (Amundson, 1986). Figura 1 – Planta de produção de pigmentos por volta de 1920 (Wintermantel, 1999). Após a guerra, o que se viu foi um aumento tremendo da demanda por produtos químicos, que culminou, naturalmente, com a expansão das indústrias petroquímicas e a tendência por desenvolver processos contínuos, para aumentar a capacidade de produção (Sargent, 2002; Wintermantel, 1999). A indústria dos processos de polimerização floresceu e a engenharia das reações químicas passou a ser o tema central para a pesquisa. Aqueles que durante a guerra estavam trabalhando para a indústria de defesa foram liberados, e o que se viu foi a entrada de químicos, físicos e matemáticos na engenharia química, e como Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 3 relatado por Amundson (1986), o desafio de problemas excitantes deu ao meio acadêmico da engenharia química uma injeção no braço que durou por quase quarentas anos. Poder- se-ia dizer que ainda estamos sentido os efeitos desta injeção no braço. Nos departamentos de engenharia química todos queriam publicar seus resultados. A disciplina era quase virgem após a guerra (Danckwerts, 1981). Não havia cinética aplicada e fenômenos de transporte naquela época, por exemplo. E a termodinâmica da engenharia química e controle de processos estavam em sua infância (Hougen, 1977). Em 1950 foi fundada a Chemical Engineering Science, na Europa, por Dr. Rosbaud. No meio acadêmico, havia uma certa consternação em alguns lugares, pois este era o título escolhido pelo AIChE (American Institute of Chemical Engineers) para seu novo periódico científico, para expandir o Chemical Engineering Progress, que não atendia às demandas científicas de então. O título do novo periódico terminou ficando AIChE Journal. Na mesma época a ACS (American Chemical Society) dividiu a Industrial and Engineering Chemistry em três partes - Fundamentals, Process Design and Development e Product Research and Development. O Canadian Journal of Chemical Engineering começou a se destacar, assim como o The Chemical Engineering Journal e o Chemical Engineering Communications (Amundson, 1986). O meio acadêmico da engenharia química finalmente havia conquistado os meios apropriados onde publicar os seus achados. Também na década de 50 observou-se o início da era da computação. A entrada dos computadores nos departamentos de engenharia química provocou a cisma entre aqueles que vislumbravam as potencialidades da nova ferramenta e aqueles que acreditavam que cálculos matemáticos computacionais estavam bem longe da realidade do dia-a-dia (Sargent, 2002). Foi nessa época que a matemática ganhou força na engenharia química, certamente catalisada pelo surgimento do computador digital, através da consolidação da modelagem matemática por pioneiros como Robert Pigford, Neal Amundson e Rutherford Aris. Após a revolução do pós-guerra, a grande revolução na engenharia química veio em 1960 com a publicação do livro Transport Phenomena de Bird, Stewart e Lighfoot (veja foto abaixo da segunda edição, lançada em 2002), analisando os processos elementares de transporte de matéria, energia e momentum, que são os princípios fundamentais das operações unitárias (Villermaux, 1984; Astarita, 1991; Astarita e Ottino, 1995). O livro de Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 4 Bird, Stewart e Lighfoot introduziu um novo paradigma na engenharia química por incorporar não apenas uma abordagem unificada dos processos de transporte mas também por realizar a conexão com a cinética química e apresentar maneiras para representar modelos matemáticos e representações conceituais abstratas (Villermaux, 1984). Os anos 70 testemunharam a crise do petróleo, o que forçou mudanças e rearranjos na engenharia química. Foi a vez dos produtos químicos especializados e da química fina. As indústrias atentaram para a necessidade de projetar seus produtos para a tender a demanda crescente por produtos feitos sob medida para o mercado (Sargent, 2002), tendência que hoje está se fortalecendo no meio acadêmico (Wei, 2002; Favre et al., 2002; Mackley, 2002; Charpentier, 2002). Já havia siso vista a expansão da engenharia química para a engenharia bioquímica, agora plenamente estabelecida (Sargent, 2002). Resumindo, a ciência viu, ao longo da segunda metade do século XX, uma expansão exponencial da capacidade de análise de sistemas físicos, químicos, biológicos, econômicos e computacionais. Da física, os engenheiros químicos aprofundaram estudos em mecânica dos fluidos e assimilaram rapidamente as técnicas computacionais de estudo de fluidos e sólidos: o estudo das misturas foi introduzido de forma sistêmica por Danckwerts (Figura 2), e mais recentemente potencializado pela fluidodinâmica computacional (Figura 3), e pelos balanços populacionais (Ramkrishna e Mahoney, 2002). Além disso, advém da física os conceitos eletroquímicos e eletrônicos tão amplamente utilizados hoje por engenheiros químicos em atividades de pesquisa como a microeletrônica (Jensen, 1999; Chow, 2002). Da química, foram assimilados os avanços na área dos métodos analíticos como, por exemplo, a ressonância magnética nuclear (Gladden, 2003). Também, as técnicas de simulação molecular computacional(Escobedo e de Pablo, 2002) e a química combinatorial (Davis, 1999), tornaram-se ferramentas úteis no projeto de catalisadores e produtos, embora aplicações concretas ainda são relativamente incipientes. A biologia tornou-se um dos pilares fundamentais da engenharia química (MIT Report, 2003). A metodologia de análise dos engenheiros químicos foi estendida aos Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 5 sistemas biológicos (i) no projeto de biorreatores, microbiológicos ou de células animais (Leib et al., 2001, Khosla, 2002); (ii) no desenvolvimento de bioprocessos para a produção de fármacos; (iii) na obtenção de catalisadores biológicos (Panke e Wubbolts, 2002); (iv) na elucidação de reações e fluxos mássicos intra- e inter-celulares, ou engenharia metabólica (Stephanopoulos, 2002; Stephanopoulos e Stafford, 2002); (v) no desenvolvimento de biomateriais, como os biopolímeros facilmente degradáveis (Lee, 1996; Madison e Huisman, 1999); (vi) no controle de liberação de fármacos no organismo humano e controle de anestesia (Morari e Gentilini, 2001; Edwards, 2001), etc. Figura 2 – Capa do artigo seminal de Peter V. Danckwerts (1953). O desenvolvimento auto-sustentado1 passou a ser tema freqüente quando os impactos dos avanços da indústria sobre o meio-ambiente são analisados e há dúvidas sobre a capacidade de que as novas gerações de engenheiros químicos sejam capazes de lidar com este assunto (Batterham, 2003). Discute-se hoje o projeto consciente de produtos e processos químicos dentro do que se chama engenharia verde (Allen e Shonnard, 2001). A idéia, aqui, é ajudar a criar processos industriais acoplados de forma mais eficiente em termos de integração energética e mássica - uma ecologia industrial. 1 Desenvolvimento auto-sustentado significa o crescimento da prosperidade humana de modo a não comprometer a prosperidade potencial e a qualidade de vida de gerações futuras (Batterham, 2003). Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 6 Medições Aparato Experimental Simulação Figura 3 – Aplicação de CFD: Comportamento dinâmico de colunas de borbulhamento (Wintermantel, 1999). Diante do cenário exposto acima, pode-se afirmar que a engenharia química vive um momento especial. Existem alguns fatores que, combinados, reforçam a idéia de que o alcance da engenharia química deve ser reavaliado, a saber: (i) a evolução da engenharia química de um disciplina enraizada a uma única indústria, a indústria petroquímica, para uma disciplina que interage com uma ampla gama de indústrias e tecnologias; (ii) o advento da biologia molecular; (iii) o rápido desenvolvimento de métodos de aprendizado e ensino em ciência e engenharia e consolidação da tecnologia da informação (MIT Report, 2003); (iv) os avanços notáveis de métodos analíticos e da instrumentação em geral; (v) a demanda por materiais e produtos cada vez mais especializados; (vi) e a demanda crescente por tecnologias limpas que preservem o planeta Terra. Neste ciclo de palestras da Escola Piloto Virtual de Engenharia Química, uma iniciativa do Programa de Engenharia Química (PEQ) da COPPE/UFRJ2, pretendemos apresentar algumas evidências e implicações da evolução da engenharia química ao longo das últimas décadas, com vistas ao reconhecimento da potencialidade de novas áreas de pesquisa e à restruturação de áreas já consolidadas. 2 URL: http://www.peq.coppe.ufrj.br/piloto/ Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 7 A evolução da engenharia química na América do Norte está muito melhor documentada do que em qualquer outro lugar e é por isso que, freqüentemente, seus registros históricos são utilizados como referência para análise. Nos Estados Unidos, os departamentos de Engenharia Química cresceram ao longo do eixo horizontal da Figura 4, fundindo conhecimentos associados com a química e a engenharia mecânica (MIT Report, 2003). Assim, como discutido no MIT Report3 (2003), muitas das primeiras aplicações de engenharia química naturalmente recaíram dentro dos domínios de química aplicada e transporte. Continuando: "Em anos recentes, muitas novas indústrias começaram a apreciar a necessidade por engenharia de processo e analisaram os benefícios potenciais para novos produtos de engenharia molecular acoplados com análise multiescala e projeto de processo". O surgimento destas novas indústrias (nos campos da biotecnologia, microeletrônica, especialidades, etc.), entretanto, promove a interação natural da engenharia química com essencialmente todas as outras engenharias e disciplinas apresentadas na Figura 4. A engenharia química não desloca ou substitui as outras disciplinas. Ao contrário, a engenharia química evoluiu para trabalhar de forma cooperativa e criar parcerias com as outras disciplinas que a cercam (MIT Report, 2003; Sargent, 2002), uma vez que o desenvolvimento de novas tecnologias requer o acoplamento de diferentes disciplinas. Além disso, a engenharia química desenvolveu a habilidade de examinar os processos em seus mais variados níveis ou escalas, indo muito além das operações unitárias quando a interação de sistemas complexos deve ser analisada em detalhe; indo de nano- e micro-sistemas para processos contínuos em escala industrial, como mostrado na Figura 5 (Wintermantel, 1999; Charpentier, 2002). Um dos grandes desafios da engenharia química de hoje é entender e descrever a relação entre eventos em escala nano e micro para melhor 3 Entre janeiro e junho de 2003, chefes de departamentos de engenharia química dos Estados Unidos realizaram uma série de workshops destinados a reexaminar e reprojetar o currículo de graduação em engenharia química. Os relatórios destas discussões, que chamamos aqui de MIT Report, estão disponíveis para consulta na página do MIT na rede (vide Referências). Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 8 converter moléculas em produtos úteis em escala de processo (Charpentier, 2002). Esta tarefa envolve o entendimento das relação entre estrutura molecular e produto, a fim de que propriedades de uso final bem definidas possam ser obtidas de forma controlada. Engenharia Química Química AplicadaQuímica Cerâmicas Polímeros Fluidos Estruturados Microeletrônica Transporte Energia Engenharia Mecânica Aplicações AmbientaisBioquímica Biomédica Biologia Engenharia Civil Engenharia Elétrica Ciência da ComputaçãoMatemáticaFísica Ciência dos Materiais Figura 4. A engenharia química em uma posição única entre as ciências moleculares e as engenharias (MIT Report, 2003). Moléculas Processos Moleculares Partículas, gotas, bolhas Acoplamento: reação + transporte de massa, energia, impulso Operação unitária Acoplamento: processo + equipamento Planta Integração: unidades ↓ planta plantas ↓ conexões Mercado / meio- ambiente Interações: vendas, logística, recursos, emissões Nanoescala Microescala Mesoescala Macroescala Megaescala Complexidade de estrutura molecular, dinâmica de fluidos e reação Complexidade de processos, e considerações de negócios Figura 5. Níveis de consideração no desenvolvimento de processos (Wintermantel, 1999). Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 9 Uma outra característica da engenharia química de hoje é a interdisciplinaridade. O bojo de ferramentas e conhecimentos acumulados pelos engenheiros químicos estão penetrando cada vez mais em atividades outrora impensáveis. Há departamentos de engenharia química, nos Estados Unidos, por exemplo, com linhas e laboratórios de pesquisa em virologia (UW, 2003), e engenharia de tecidos, nomeque abrange o conjunto de técnicas que visam ao desenvolvimento de polímeros biocorrosíveis, usados para criar tecidos como o do fígado, peles, nervos e cartilagens em animais e humanos (MIT, 2003). Para exemplificar as parcerias da engenharia química com outras disciplinas, analisemos dois casos, que estão atualmente em curso no Programa de Engenharia Química da COPPE. Recentemente, uma nova linha de pesquisa foi criada e trata do cultivo de células animais, visando a produção de vacinas e biofármacos (PEQ, 2003). Estão agregados nesta linha de pesquisa pesquisadores com formação básica e superior em engenharia química, microbiologia e farmácia. Um dos objetivos principais é o desenvolvimento de tecnologia para produzir de forma eficiente vacinas, como a da febre amarela, que ainda hoje são fabricadas com métodos que podem levar a reações adversas, e biofármacos, como o fator IX (utilizado no tratamento da hemofilia B), que são importados em sua totalidade. A visão sistêmica que os engenheiros químicos aplicam na engenharia de processos, acoplada à experiência prévia de pesquisadores da área da saúde, são fundamentais para o projeto de biorreatores que operem de forma controlada e eficiente. Além disso, ferramentas utilizadas amplamente pela engenharia química, como modelagem matemática e otimização de processos, permitem o desenvolvimento de estratégias seguras para ampliação de escala dos sistemas investigados. Em uma outra parceria, uma equipe de pesquisadores do PEQ vem desenvolvendo, junto com uma empresa da área médica, uma estratégia de produção controlada de microesferas de poli(álcool vinílico) com núcleo de poli(acetato de vinila). As microesferas (semelhantes às apresentadas na Figura 5) se destinam a aplicações de embolização vascular, que consistem na utilização das microesferas para bloquear fluxos sangüíneos para tumores cancerígenos, ou seja, evitar a alimentação dos tumores. Neste caso, a habilidade dos pesquisadores do PEQ na condução de reações de polimerização heterogêneas de forma controlada foi o fator determinante para a implementação da parceria com a área médica. Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 10 Figura 5. Micropartículas de poli(estireno) com morfologia controlada do tipo casca- núcleo: aplicações potenciais na área médica (Lenzi et al., 2003). Casos como os apresentados acima abundam atualmente nos departamentos de engenharia química, notoriamente naqueles que conduzem atividades de pesquisa básica e aplicada. E a razão fundamental deste tipo de trabalho decorre principalmente de novas fronteiras de investigação em engenharia química, cada vez mais incorporadas nos programas de pesquisa, como veremos ao longo do ciclo de palestras que constituem este curso. Q Capítulo 1 A Engenharia Química do Novo Século 11 Allen, D.T. e Shonnard, D. R. (2001). Green engineering: environmentally conscious design of chemical processes and products. American Institute of Chemical Engineers Journal, 48, pp. 920-926. Amundson, N.R. (1986). P. V. Danckwerts − his research career and significance. Chemical Engineering Science, 41, pp. 1947-1955. Astarita, G. (1991). Quo vadis? − Chemical Engineering and Processing. Chemical Engineering Processing, 30, pp. 1-2. Astarita, G. e Ottino, J.M. (1995). Thirty-five years of BSL. 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Defendeu sua tese de doutorado em 2000 no PEQ/COPPE, tendo realizado parte de suas atividades de pesquisa no Departamento de Engenharia Química da University of Wisconsin, em Madison, WI (E.U.A.). Seus interesses de pesquisa incluem a modelagem matemática e dinâmica de processos químicos, com ênfase em sistema de polimerização.
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