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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE UMA PACIENTE IDOSA HEPATOPATA E DM

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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE UMA PACIENTE IDOSA HEPATOPATA E DM
Juliane Pereira
Maysa Amanda Mazur
Wagner Ozório D´almeida
RESUMO:
Envelhecer é uma conquista da humanidade não sendo um problema e sim um triunfo, uma grande conquista, por isso a necessidade que essa população possa viver em condições de dignidade respeito e solidariedade. A ingestão inadequada dos alimentos possui fator determinante para o ganho de peso em pacientes já idosos, o consumo de nutrientes essenciais para uma boa alimentação é reduzida. Aumentando assim os índices de doenças relacionadas à obesidade na população brasileira, que está associado á redução a pratica de atividade física e modificação dos hábitos alimentares. Sendo que uma vida saudável junto a prática de atividade física regular são necessárias para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Essa má alimentação contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas tais como a diabetes, sendo uma patologia causada pela incapacidade da insulina de exercer corretamente sua função. De etiologia múltipla decorrente de vários fatores, caracteriza se por uma hiperglicemia crônica associada nos distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. O Brasil hoje apresenta dados onde 10% da população possuem alguma dependência alcoólica, decorrente desse fator a hepatopatia crônica é uma falência global do fígado, relacionada agressão contínua ao mesmo, ocasionada por vários agentes etiológicos, como uso de etanol, infecção viral, acúmulo de gordura citoplasmática ou doença auto-imune, que acarreta grande parte da população brasileira.
	 
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil no ano de 2025 será o sexto pais do mundo com o maior número de pessoas idosas.
O envelhecimento é uma etapa da vida e faz parte de um ciclo natural de todo o ser humano, não depende da vontade do indivíduo, todo ser nasce, desenvolve-se, cresce, envelhece e morre é um fato irreversível, independente de todo o avanço da medicina por isso a preocupação com a qualidade de vida para essa faixa etária está cada vez mais presente (DUARTE, 2008).
Envelhecer é uma conquista da humanidade não sendo um problema e sim um triunfo, uma grande conquista, por isso a necessidade que essa população possa viver em condições de dignidade respeito e solidariedade (BORN, 2008).
O número de idoso mundialmente é maior quando observado há anos anteriores, assim busca-se uma adaptação dos países desenvolvidos, pois esse fenômeno não fazia parte da realidade dos mesmos (CAMPOS; MONTEIRO; ORNELAS, 2000).
Conforme cita Vitolo (2008) a ingestão inadequada dos alimentos possui fator determinante para o ganho de peso em pacientes já idosos, o consumo de nutrientes essenciais para uma boa alimentação se apresenta de forma diminuída, esse fato pode ocorrer devido à solidão de tal paciente se o mesmo morar sozinho, esse fator predispõem a falta de preocupação consigo fazendo com que o mesmo se alimente de forma inadequada em relação à quantidade e qualidade.
A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo excessivo acúmulo de gordura corporal. Segunda a Organização mundial de saúde (OMS) classifica a obesidade de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) e o risco de doenças associadas, considerando obesas as pessoas com IMC acima de 30 kg/m² e valores acima ou superiores de 40 kg/m² são considerados como obesidade mórbida ou grave (CUPPARI, 2005).
Segundo Acuna e Cruz (2004) o sobrepeso e obesidade representam fatores de risco para varias doenças, as mais comuns: doença isquêmica do coração, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, diabetes mellitus tipo 2, colelitíase, osteoartrite, esofagite de refluxo.
Sendo uma patologia muito comum e afeta a maioria da população do mundo, apesar das grandes intervenções em saúde pública. Ela se agrava com a idade, e no mundo desenvolvido, a prevalência é mais alta no grupo socioeconômica mais baixa que nos mais ricos (MANN, TRUSTWELL 2011). 
Willett (2008) diz que o aumento dos índices de doenças relacionado à obesidade na população brasileira está associado á redução a pratica de atividade física e modificação dos hábitos alimentares, principalmente no aumento do consumo de açucares simples, gorduras saturas e trans, havendo uma redução no consumo de hortaliças, frutas e fibras.
A adoção de uma vida saudável junto a prática de atividade física regular são necessárias para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Hábitos alimentares saudáveis devem ser estimulados não somente nos adultos, mas também nos idosos, como forma de prevenir e controlar as doenças crônicas não transmissíveis que surgem com mais freqüência durante a terceira idade (MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001).
Com o aumento na incidência de obesidade, a diabetes mellitus, tornou-se uma epidemia crescente em todo o mundo (LIMA, NÓBREGA, FRANCH, 2004). Aproximadamente 80% das pessoas que apresentam quadro clinico de diabetes tipo 2 são obeso, pois o risco de desenvolver diabetes nesse tipo de paciente é maior (CUPPARI, 2005).
Sawaya, Leandro e Waitzberg (2013) relatam que a diabetes mellitus é causada pela incapacidade da insulina de exercer corretamente sua função. De etiologia múltipla decorrente de vários fatores, caracteriza se por uma hiperglicemia crônica associada nos distúrbios do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Suas conseqüências em longo prazo incluem falência de diversos órgãos como: rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos.
Seu diagnóstico relaciona se nas alterações da glicose plasmática de jejum ou depois de uma sobrecarga de glicose por via oral. A tabela abaixo apresenta alguns valores glicêmicos e riscos de complicações para pacientes diabéticos:
	Valores glicêmicos e risco de complicações
	
	 Glicemia em jejum 
	
Glicemia 2 horas 
	
Riscos aumentados para
	 Diabetes
	≥ 126 mg/dl
	> 200 mg/dl
	Retinopatia, nefropatia, doença cardiovascular
	Tolerância diminuída à glicose
	
< 126 mg/dl
	
140 a 199 mg/dl
	
Diabetes e doença cardiovascular
	Intolerante de jejum
	101 a 125 mg/dl
	< 140 mg/dl
	
	Normal
	< 100 mg/dl
	< 140 mg/dl
	
Fonte: (LIMA, NÓBREGA, FRANCH, 2004).
Segundo Cuppari (2013) diabetes mellitus apresenta dois tipo, a do tipo 1 , sendo uma doença crônica de natureza auto imune que destrói as células betas, ocasionando deficiência absoluta de insulina e a do tipo 2 uma deficiência de insulina causado por um efeito secretório, com ou sem a resistência á insulina.O controle da glicemia em casos de diabetes é um fator de extrema importância para evitar complicações agudas, por isso deve-se manter o mais próximo possível da normalidade, sendo essencial o controle de fatores de risco, como obesidade, hipertensão arterial e dislipidemias, assim tendo uma melhora de vida.
O Brasil hoje apresenta dados onde 10% da população possuem alguma dependência alcoólica, onde relata que sua maior população é a masculina, assumindo 70% dos casos e os 30% correspondem às mulheres (NICASTRI, 2010).
Relacionamos os dados acima com casos de insuficiênciahepática crônica (IHC) que é definida como falência global do fígado, relacionada agressão contínua ao mesmo, ocasionada por vários agentes etiológicos, como uso deetanol, infecção viral, acúmulo de gordura citoplasmática ou doençaautoimune, o transplante de fígado está indicado na maioria dos casos pois nessa patologia o fígado apresenta uma falência de 80%, podendo levar o paciente a óbito (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CLÍNICA MÉDICA; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA, 2011).
O fígado é essencial para a manutenção da vida e é o maior e um dos mais importantes órgãos de secreção e excreção do corpo, suas funções são múltiplas: armazenamento e metabolismo de lipídeos, carboidratos, glicogênio, proteínas, vitaminase hormônios endócrinos, desintoxicação e excreção de metabólitos, tanto externos quanto internos, participa de processos imunológicos, na formação celular e de imunomoduladores, e de processos hematológicos, na hematopoiese e formação de fatores de coagulação, e como função digestiva é responsável pela síntese e regulação de ácidos biliares (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2010).
MATERIAIS E MÉTODOS
Estudo de caso realizado por acadêmicas do ultimo ano de curso de nutrição da Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu, o mesmo foi desenvolvido no Hospital Regional São Camilo do município de União da Vitória - PR, durante o mês de abril de 2015.
Durante esse período foi realizado uma análise detalhada do prontuário e acompanhamento clínico diário da paciente. Este acompanhamento clínico incluiu avaliação antropométrica e conduta dietoterápica. A avaliação antropométrica foi realizada um dia após a paciente dar entrada no hospital onde estimou-se as medidas:  circunferências de braço (CB), circunferência da panturrilha (CP) e altura do joelho (AJ). Para a CB utilizou-se uma fita antropométrica não flexível, não extensível, com o paciente deitado e o braço esquerdo flexionado em direção ao tórax formando um ângulo de 90º, mediu-se o ponto médio entre o acrômio e o olécrano; para a CP utilizou-se a mesma fita, com o paciente deitado e perna esquerda flexionada medindo ao redor da maior proeminência da musculatura da panturrilha, e a fim de encontrar a altura do joelho utilizou-se um estadiômetro pediátrico de madeira, avaliando o paciente deitado com a perna esquerda flexionada, então, posicionou-se a base do estadiômetro na parte inferior do pé e aferindo a medida até a parte superior da patela.
Os valores obtidos foram inseridos em fórmulas padronizadas da PUC-Goiás, que utilizou Chumleaet al., (1998) como referência para estimativa de peso e Chumlea; Roche; Steinbaugh, (1985) como referência para estimativa de altura. São respectivamente: Peso estimado para idoso (acima de 60 anos) = (AJ x 1,09) + (CB x 2,68) - 65,51 e altura estimada para idoso (acima de 60 anos) = 84,88 + (1,83 x AJ) - (0,24 x idade).
Com o auxilio dos valores encontrados pode-se estimar o Índice de Massa Corporal Ideal (IMC ideal) e o Peso Ideal (PI), sendo possível estimar o Gasto Energético Basal (GEB) a partir da  fórmula de Harris Benedict (mulher): 655,1 + 9,6 x PESO (Kg) + 1,9 x ALTURA (cm) - 4,7 x IDADE (anos) e a Necessidade Energética Total (NET)= GEB x Fator atividade (FA) x Fator Injúria (FI) x Fator Térmico (FT), respectivamente FA = acamado móvel; FI¹ = insuficiência hepática; FI² = DM; FT = inalterado; sendo estes, dados importantíssimos para a decisão da conduta dietoterápica.
A paciente em questão apresentava dificuldade em relação a ingestão de sua alimentação, pois relatou sentir alguns episódios de náusea e quadro de diarréia, se sentindo desconfortável em realizar uma refeição.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A paciente C. R. C de 68 anos deu entrada no Hospital Regional São Camilo com para realização de paracentese um procedimento de rotina, pois a mesma apresenta quadro de ascite abdominal com frequência devido ao seu caso de insuficiência hepática, diagnosticada também com diabetes melittus e obesidade. 
A paciente passou por avaliação nutricional, apresentando os seguintes dados: CB= 27cm e AJ= 48cm CP=32,5cm diante disso, o peso estimado utilizado inicialmente para os cálculos de estimativa das necessidades nutricionais foi de 61,5 Kg peso ideal e altura estimada 1,57 m, com esses dados foi possível calcular o IMC (idoso) = 25 Kg/m², sendo assim classificada como eutrófica, porem a paciente apresenta um caso de obesidade, pois diante de seu relato o seu peso usual é 80kg. Foram realizadas orientações conforme suas restrições alimentares relacionadas às suas patologias.
CONCLUSÃO
O estudo de caso desenvolvido com base no paciente C.R.C. teve grande contribuição no aprendizado das autoras, mesmo não havendo o acompanhamento clinico da paciente, foi possível realizar orientações para a melhora da mesma.
Os resultados encontrados e analisados foram de extrema importância, tendo em vista que a paciente era obesa, diabética, e necessitava de um suporte médico e nutricional que contribui para melhora do seu quadro clínico insuficiência hepática crônica.
Nesse estudo foi relatada a patologia da paciente, tento em vista todos os cuidados e necessidades que a paciente precisa alcançar, ficando clara a importância da boa alimentação e manutenção da saúde do mesmo, sendo indispensável o acompanhamento nutricional a presença de profissionais nutricionistas nas equipes hospitalares.
	
REFERENCIAS
ACUNA,K; CRUZ, T. Avaliação do estado nutricional de adultos e idosos e situação nutricional da população brasileira. Arq. Bras. Endocrin. Metabo. V.48, n 3, p.345-359, jun.2004.
BORN, Tomiko(organizadora). Cuidar Melhor e Evitar a Violência - Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2008. p 330.
CAMPOS, Maria Teresa Fialho de Sousa; MONTEIRO, Josefina Bressan Resende; ORNELAS, Ana Paula Rodrigues de Castro. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Revista de Nutrição, Campinas, v. 3, n. 13, p.157-165, set/dez 2000.
CUPPARI, Lilian. Nutrição: nutrição clínica no adulto. 2. ed. São Paulo: Manole, 2005. 406 p.
DUARTE, Luzia Travassos. Envelhecimento: processo biopsicossocial. (Monografia) 2008. Disponível em: www.psiconet.com/tiempo/monografias/brasil. Acesso em:08 de mai. 2015.
MAHAN, L. Katheen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. KRAUSE Alimentos Nutrição e Dietoterapia. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1351 p.
MATSUDO, Sandra Mahecha; MATSUDO, Victor Keihan Rodrigues; BARROS NETO, Turíbio Leite. Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. RevBrasMed Esporte, São Caetano do Sul - Sp, v. 1, n. 7, p.01-13, jan. 2001.
NICASTRI, Sérgio. Alcoolismo é doença. 2010. Disponível em: <http://www.einstein.br/einstein-saude/vida-saudavel/alcool-e-drogas/Paginas/alcoolismoe-doenca.aspx>. Acesso em: 30 abr. 2015.
PACE, Ana Emilia; NUNES, Polyana Duckur; OCHOA-VIGO, Katia. O conhecimento dos familiares acerca da problemática do portador de diabetes mellitus1. Rev Latino-am Enfermagem, Ribeirão Preto, n. 113, p.312-319, mai/jun 2003.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA. Terapia Nutricional nas Doenças HepáticasCrônicas e Insuficiência Hepática: Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Projeto Diretrizes, 2011. 
      
VITOLO, Marcia Regina. Nutrição: na gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008. 628 p.
WILLETT, Walter C. Coma Beba e Seja Saudável. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 309 p.

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