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OAB XIX EXAME – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 14 
Josiane Minardi 
1 
DO PROCESSO DE CONSULTA 
 
Da Legitimidade para Formular Consulta 
Art. 88. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre a aplicação da legislação tributária e aduaneira em rela-
ção a fato determinado, bem como sobre classificação fiscal de mercadorias (Decreto n
o
 70.235, de 1972, art. 
46; Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 50). 
Parágrafo único. A consulta de que trata o caput é facultada aos órgãos da administração pública e às entidades 
representativas de categorias econômicas ou profissionais (Decreto n
o
 70.235, de 1972, art. 46, parágrafo único). 
Dos Efeitos da Consulta 
Art. 89. Nenhum procedimento fiscal será instaurado, relativamente à espécie consultada, contra o sujeito passivo 
alcançado pela consulta, a partir da apresentação da consulta até o trigésimo dia subsequente à data da ciência 
da decisão que lhe der solução definitiva. (Decreto n
o
 70.235, de 1972, arts. 48 e 49; Lei n
o
9.430, de 1996, art. 
48, caput e § 3
o
). 
§ 1
o
 A apresentação da consulta: 
I - não suspende o prazo: 
a) para recolhimento de tributo, retido na fonte ou declarado (autolançado), antes ou depois da data de apresenta-
ção; e 
b) para a apresentação de declaração de rendimentos; e 
II - não impede a instauração de procedimento fiscal para fins de apuração da regularidade do recolhimento de 
tributos e da apresentação de declarações. 
§ 2
o
 No caso de consulta formulada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional, os efei-
tos referidos neste artigo só alcançam seus associados ou filiados depois de cientificada a entidade consulente da 
decisão (Decreto n
o
 70.235, de 1972, art. 51). 
Art. 90. Em se tratando de consulta eficaz e formulada antes do vencimento do débito, não incidirão encargos 
moratórios desde seu protocolo até o trigésimo dia subsequente à data da ciência de sua solução (Lei nº 5.172, de 
1966 - Código Tributário Nacional, art. 161, § 2º). 
Dos Requisitos da Consulta 
Art. 91. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no domicílio tributário do consulente, à unidade da Secre-
taria da Receita Federal do Brasil incumbida de administrar a matéria tributária ou aduaneira sobre a qual versa 
(Decreto n
o
 70.235, de 1972, art. 47). 
Da Competência para a Solução da Consulta 
Art. 92. A competência para solucionar a consulta ou para declarar sua ineficácia, é (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 
48, § 1
o
): 
I - da unidade central da Secretaria da Receita Federal do Brasil, quando o consulente for órgão central da admi-
nistração pública federal ou entidade representativa de categoria econômica ou profissional de âmbito nacional; ou 
II - da unidade regional da Secretaria da Receita Federal do Brasil com jurisdição sobre o domicílio tributário do 
consulente, nos demais casos. 
Art. 93. A competência para solucionar consultas relativas ao Simples Nacional é da Secretaria da Receita Fede-
ral do Brasil quando se referir a tributos administrados por esse órgão (Lei Complementar n
o
 123, de 2006, art. 
40). 
Da Ineficácia da Consulta 
Art. 94. Não produzirá qualquer efeito a consulta formulada (Decreto n
o
 70.235, de 1972, art. 52): 
I - em desacordo com o disposto nos arts. 88 e 91; 
II - por quem tiver sido intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; 
III - por quem estiver sob procedimento fiscal iniciado para apurar fatos que se relacionem com a matéria consul-
tada; 
IV - quando o fato já houver sido objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio 
em que tenha sido parte o consulente; 
V - quando o fato estiver disciplinado em ato normativo, publicado antes de sua apresentação; 
VI - quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de lei; 
VII - quando o fato for definido como crime ou contravenção penal; e 
VIII - quando não descrever, completa ou exatamente, a hipótese a que se referir, ou não contiver os elementos 
necessários à sua solução, salvo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade julgadora. 
Da Solução da Consulta 
Art. 95. Os processos administrativos de consulta serão solucionados em instância única (Lei n
o
 9.430, de 1996, 
art. 48, caput). 
 
 
 
 
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OAB XIX EXAME – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 14 
Josiane Minardi 
2 
Parágrafo único. Não cabe recurso nem pedido de reconsideração da solução da consulta ou do despacho que 
declarar sua ineficácia (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 48, § 3
o
). 
Art. 96. Na solução da consulta serão observados os atos administrativos, expedidos pelas autoridades compe-
tentes, relativos à matéria consultada (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 48, § 2
o
). 
Art. 97. As soluções das consultas serão publicadas no Diário Oficial da União, na forma disposta em ato norma-
tivo da Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 48, § 4
o
). 
Art. 98. O envio de conclusões decorrentes de decisões proferidas em processos de consulta sobre classificação 
fiscal de mercadorias para órgãos do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL será efetuado exclusivamente pela 
unidade indicada no inciso I do art. 92 (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 50, § 4
o
). 
Da Mudança de Entendimento 
Art. 99. O entendimento manifestado em decisão relativa a processo de consulta sobre classificação fiscal de 
mercadorias poderá ser alterado ou reformado, de ofício, pela unidade indicada no inciso I do art. 92 (Lei n
o
 9.430, 
de 1996, art. 50, §§ 1
o
 a 3
o
). 
§ 1
o
 O consulente deverá ser cientificado da alteração ou da reforma de entendimento. 
§ 2
o
 Aplica-se o entendimento manifestado em decisão proferida por Superintendência Regional da Receita Fede-
ral do Brasil aos atos praticados pelo sujeito passivo até a data da ciência, ao consulente, da alteração ou da re-
forma de que trata o caput. 
Art. 100. Se, após a resposta à consulta, a administração alterar o entendimento expresso na respectiva solução, 
a nova orientação atingirá apenas os fatos geradores que ocorrerem após ser dada ciência ao consulente ou após 
a sua publicação na imprensa oficial (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 48, § 12). 
Parágrafo único. Na hipótese de alteração de entendimento expresso em solução de consulta, a nova orientação 
alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem após a sua publicação na Imprensa Oficial ou após a ciência do 
consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período 
abrangido pela solução anteriormente dada. 
Do Recurso Especial 
Art. 101. Cabe recurso especial, sem efeito suspensivo, junto à unidade indicada no inciso I do art. 92, nos casos 
em que se verificar a ocorrência de conclusões divergentes entre soluções de consulta relativas a idêntica maté-
ria, fundada em idêntica norma jurídica (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 48, §§ 5
o
 a 8
o
, 10 e 11). 
§ 1
o
 O recurso especial pode ser interposto pelo destinatário da solução divergente, no prazo de trinta dias, con-
tados da data da ciência da solução. 
§ 2
o
 O sujeito passivo que tiver conhecimento de solução divergente daquela que esteja observando em decor-
rência de resposta a consulta anteriormente formulada, sobre idêntica matéria, poderá adotar o procedimento 
previsto no caput, no prazo de trinta dias, contados da data da respectiva publicação. 
§ 3
o
 Cabe a quem interpuser o recurso comprovar a existência das soluções divergentes sobre idênticas maté-
rias. 
§ 4
o
 O juízo de admissibilidade do recurso será feito pela unidaderegional da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil que jurisdiciona o domicílio tributário do recorrente. 
§ 5
o
 A solução da divergência acarretará, em qualquer hipótese, a edição de ato administrativo específico, uni-
formizando o entendimento, com imediata ciência ao destinatário da solução reformada, aplicando-se seus efeitos 
a partir da data da ciência, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 100. 
Da Representação 
Art. 102. Qualquer servidor da administração tributária deverá, a qualquer tempo, formular representação ao ór-
gão que houver proferido a decisão, encaminhando as soluções divergentes sobre idêntica matéria, de que tenha 
conhecimento (Lei n
o
 9.430, de 1996, art. 48, §§ 8
o
 e 9
o
). 
Parágrafo único. O juízo de admissibilidade da representação será efetuado pela Superintendência Regional da 
Receita Federal do Brasil a que estiver subordinado o servidor. 
 
Cautelar Fiscal 
 
 Lei nº 8397/92 
 Art. 1° O procedimento cautelar fiscal poderá ser instaurado após a constituição do crédito, inclusive no curso da 
execução judicial da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autar-
quias. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997) 
 
 
 
 
 
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OAB XIX EXAME – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 14 
Josiane Minardi 
3 
Parágrafo único. O requerimento da medida cautelar, na hipótese dos incisos V, alínea "b", e VII, do art. 2º, inde-
.(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) pende da prévia constituição do crédito tributário
Art. 2º A medida cautelar fiscal poderá ser requerida contra o sujeito passivo de crédito tributário ou não tributário, 
quando o devedor: 
(...) 
V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal: 
(...) 
b) põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros; (Incluída pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito) 
(...) 
VII - aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente, quan-
do exigível em virtude de lei; (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997) (Produção de efeito) 
Outrossim, a jurisprudência já se consolidou no sentido de que os créditos tributários não necessitam estar defini-
tivamente constituídos na via administrativa para autorizar a propositura da cautelar fiscal, bastando que estejam 
constituídos pelo regular lançamento fiscal. 
AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.497.290 - PR (2014/0300039-5) 
 
5. A alegação do recorrente de que a ausência de crédito tributário definitivamente constituído, porquanto penden-
te a análise de recurso administrativo, inviabilizaria o ajuizamento da medida cautelar fiscal não encontra amparo 
na jurisprudência do STJ, a qual reconhece no auto de infração forma de constituição tal crédito, cujo recurso ad-
ministrativo não é óbice à efetivação da cautelar. 
Precedentes. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1497290/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/02/2015, 
DJe 20/02/2015) 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXISTÊNCIA DE FUNDAMENTO 
AUTÔNOMO NÃO IMPUGNADO NAS RAZÕES RECURSAIS. SÚMULA 283/STF. TRIBUTÁRIO. MEDIDA 
CAUTELAR FISCAL. INDISPONIBILIDADE DE ATIVO FINANCEIRO. 
MEDIDA EXCEPCIONAL. VEDAÇÃO INEXISTENTE. PREMISSA JURÍDICA DO ACÓRDÃO RECORRIDO NÃO 
ABARCADA PELA JURISPRUDÊNCIA DO STJ. NECESSIDADE DE RETORNO DOS AUTOS AO TRIBUNAL DE 
ORIGEM. 
(...) 
2. O art. 4º, § 1º, da Lei nº 8.397/02, que disciplina a medida cautelar fiscal, preparatória ou incidental, põe a 
salvo do gravame da indisponibilidade os bens de pessoa jurídica que não integrem o seu ativo permanente. 
Todavia, em situações excepcionais, quando não forem localizados no patrimônio do devedor bens que possam 
garantir a execução fiscal, 
o STJ admite a decretação de indisponibilidade de bens de pessoa jurídica, ainda que estes não constituam o seu 
ativo permanente. 
3. Assim, o parcial provimento do recurso especial interposto pela Fazenda Nacional, deu-se em virtude do 
fato de que o Tribunal de origem não se posicionou de forma clara e precisa acerca do conjunto probatório dos 
autos, razão pela qual reconheceu-se a parcial nulidade do acórdão recorrido a fim de que a Corte de ori-
gem, em nova análise da questão dos bloqueios dos ativos financeiros, estabeleça com a devida precisão 
se é o caso de decretação de indisponibilidade dos referidos valores, de forma excepcional, conforme reco-
nhecida na jurisprudência do STJ, caso fique provado a ausência de bens que possam garantir a execução 
fiscal. Tal providência, por certo, só pode ocorrer nas instâncias ordinárias, legitimadas à análise das ques-
tões fáticas dos autos, a teor do disposto na Súmula 7/STJ. 
4. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no REsp 1568041/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
17/03/2016, DJe 22/03/2016) 
Art. 11. Quando a medida cautelar fiscal for concedida em procedimento preparatório, deverá a Fazenda Pública 
propor a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de sessenta dias, contados da data em que a exigência se 
tornar irrecorrível na esfera administrativa. 
Art. 8° O requerido será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido, indicando as provas que preten-
da produzir. 
 
 Parágrafo único. Conta-se o prazo da juntada aos autos do mandado: 
a) de citação, devidamente cumprido; 
b) da execução da medida cautelar fiscal, quando concedida liminarmente. 
Art. 13. Cessa a eficácia da medida cautelar fiscal: 
I - se a Fazenda Pública não propuser a execução judicial da Dívida Ativa no prazo fixado no art. 11 desta lei; 
 
 
 
 
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Direito Tributário – Aula 14 
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4 
II - se não for executada dentro de trinta dias; 
III - se for julgada extinta a execução judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública; 
IV - se o requerido promover a quitação do débito que está sendo executado. 
 
MEDIDA CAUTELAR FISCAL – 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA … VARA DE EXECUÇÕES FISCAIS... DA SUBSEÇÃO DE … SEÇÃO JU-
DICIÁRIA DO ESTADO DE 
A União/Fazenda Pública Nacional…, pessoa jurídica de direito público, com sede na Rua …, Nº …, por seu Pro-
curador-Geral, infra-assinado, conforme decreto anexo e consoante com o disposto no inc. II do art. 12, do CPC, 
vem respeitosamente perante V. Exa., propor a presente 
MEDIDA CAUTELAR FISCAL 
Com fundamento na Lei nº 8.397/92, em face de …, pessoa jurídica de direito privado, com sede no …, na Rua …, 
nº, Bairro …, na pessoa de seu representante legal, … e o faz pelas relevantes razões de fato e de direito seguin-
te: 
DOS FATOS 
1. (...) 
Ocorre, porém, que, o requerido como possuidor de tal área está de fato providenciando sua alienação a seu só-
cio …, conforme se infere da cópia da Guia de Transmissão e Informação, para obstar e dificultar a satisfação do 
débito junto à Fazenda Municipal. 
DO DIREITO 
 O ART. 1º da Lei nº 8.397, de 06.01.1992, que instituiu a medida cautelar fiscal, dispõe que o procedimento cau-
telar fiscal pode ser instaurado antes ou no curso da execução judicial da Dívida Ativa da União, dos Estados, do 
Distrito federal, dos Municípios e respectivas autarquias e dessa execução é sempre dependente. 
Consoante o disposto no art. 4º, a decretação da medida produzida, de imediato, a indisponibilidade dos bens do 
requerido, até o limite da satisfação da obrigação. 
CONCESSÃO DA LIMINAR DO FUMUS BONI IURIS E PERICULUM IN MORA, SEM A OITIVA DA PARTE CON-
TRÁRIA 
No caso concreto, embora seja a Fazenda Pública dispensada de justificação prévia (art. 7 da Lei nº 8397), das 
razões apresentadas e da inclusa documentação, emergem a conclusão de que, de qualquerforma, estão presen-
tes os pressupostos para a concessão da liminar, inaudita altera parte, eis que, para assegurar e atender à neces-
sidade de segurança colimada, quanto ao resultado eficaz ou útil da presente medida. 
DO REQUERIMENTO 
Ex positis requer-se a V. Exa.: 
a) – a distribuição da presente medida por dependência e seu apensamento ao Proc. …, em curso perante esse 
DD. Juízo; 
b) – seja-lhe concedida a liminar, para a imediata indisponibilidade de declinado imóvel, em face da urgência e 
relevância da medida, antes da citação do requerido, ou seja, inaudita altera parte, máxime porque o periculum in 
mora, obviamente, ensejará a transferência do imóvel já em curso. 
c) – a citação do requerido, para, se quiser, no prazo legal de 15 dias, conteste o pedido, indicando as provas que 
pretende produzir 
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
Termos em que, pede deferimento. 
Local e Data 
Advogado 
OAB nº … 
 
MEDIDA CAUTELAR DO CONTRIBUINTE 
 
Art. 796 a 812 do CPC 
Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, pode-
rá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma 
parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. 
A cautelar para antecipação de garantia à execução para fins de expedição de CND (CPD-EN). É possível ao 
contribuinte, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, garantir o juízo de forma antecipada, para 
o fim de obter certidão positiva com efeito de negativo, visando a futura execução. 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. INTEMPESTIVIDADE DO APELO NOBRE AFASTADA. MEDIDA CAUTE-
LAR. OFERECIMENTO DE CAUÇÃO QUE VISA A EMISSÃO DE CND E A GARANTIA DE FUTURA EXECUÇÃO 
FISCAL. SATISFATIVIDADE. 
EXEGESE DO RESP 1123669/RS. 
 
 
 
 
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OAB XIX EXAME – 2ª FASE 
Direito Tributário – Aula 14 
Josiane Minardi 
5 
1. "Segundo a mais recente jurisprudência desta Corte, é possível que a parte recorrente demonstre a ocorrência 
de feriado local ou suspensão do expediente forense no momento da interposição do agravo regimental, para fins 
de demonstrar a tempestividade do recurso apresentado" (AgRg no AREsp 581.933/SP, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe 26/11/2014). 
2. Consoante precedentes desta Corte, é satisfativa a medida cautelar proposta pelo contribuinte que visa o ofere-
cimento de caução para emissão de certidão positiva com efeito de negativa, visto que a caução dada em garantia 
seria adequadamente convolada no porvir em penhora, de modo que a natureza satisfativa torna desnecessária a 
postulação da ação principal. 
3. Tal exegese se infere do entendimento firmado no REsp 1123669/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, jul-
gado em 09/12/2009, DJe 01/02/2010, submetido ao regime dos recurso repetitivos (art. 543-C do CPC). 
Agravo regimental provido. Recurso especial provido. 
(AgRg no REsp 1485356/ES, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/12/2014, 
DJe 12/12/2014) 
 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
CAUTELAR. PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO PARA EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE NE-
GATIVA E ANTECIPAÇÃO DE PENHORA EM FUTURA EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. 
1. "O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, garantir o juízo de forma ante-
cipada, para o fim de obter certidão positiva com efeito de negativa" (REsp 1123669/RS, Rel. Min. Luiz Fux, Pri-
meira Seção, DJe 1.2.2010, submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Res. STJ n. 8/08). 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 430.828/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
11/02/2014, DJe 18/02/2014) 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535, CPC. ME-
DIDA CAUTELAR DE CAUÇÃO REAL. POSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM EFEI-
TOS DE NEGATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DO REGISTRO NO CADIN. 
2. A jurisprudência da aceitação da medida cautelar de caução real prévia ao ajuizamento da execução fiscal sur-
ge com o entendimento de que à garantia prestada deve ser dado tratamento análogo à existência de penhora em 
execução fiscal. 
Precedentes: EDcl nos EREsp. n. 815.629 - RS, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 13.12.2006; 
REsp 912710 / RN, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, D.J. 7.8.2008; EREsp 574107 / PR, Primeira Seção, Rel. 
Min. João Otávio de Noronha, D.J. 7.5.2007; EREsp 779121 / SC, Primeira Seção, Rel. Min. Castro Meira. D.J. 
7.5.2007. 
3. Desse modo, muito embora a penhora e a medida cautelar de caução possam ensejar a expedição da certidão 
positiva de débitos com efeitos de negativa (art. 206, do CTN), não são elas meios aptos a suspender a exigibili-
dade do crédito tributário, pois não previstas no art. 151, do CTN. 
Sendo assim, se a penhora e a medida cautelar de caução não suspendem a exigibilidade do crédito tributário, 
não podem ensejar a suspensão do registro no Cadin pelo art. 7º, II, da Lei n. 10.522/2002. 
Só a penhora, quando associada aos embargos do devedor, é que pode suspender o registro no Cadin por força 
do art. 7º, I, da Lei n. 10.522/2002, o que não se aplica à medida cautelar de caução, por não consistir em ação 
onde se discute a natureza da obrigação ou seu valor. 
4. Em se tratando de medida cautelar de caução real, não pode a Fazenda Pública exigir a ordem estabelecida no 
art. 11, da Lei n.6.830/80 e arts. 655 e 656, do CPC, para o fim de garantida do débito mediante depósito em di-
nheiro, 
pois isso equivaleria à suspensão da exigibilidade do crédito tributário consoante o art. 151, II, do CTN, eliminando 
a utilidade da própria ação, pois impediria o ajuizamento da execução fiscal correspondente. 
5. Recurso especial parcialmente provido apenas para afastar a suspensão do registro no Cadin em razão da 
caução ofertada. 
(REsp 1307961/MT, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2012, 
DJe 12/09/2012) 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535, CPC. ME-
DIDA CAUTELAR DE CAUÇÃO REAL. POSSIBILIDADE DE EXPEDIÇÃO DE CERTIDÃO POSITIVA COM EFEI-
TOS DE NEGATIVA. 
IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO DO REGISTRO NO CADIN. 
2. A jurisprudência da aceitação da medida cautelar de caução real prévia ao ajuizamento da execução fiscal sur-
ge com o entendimento de que à garantia prestada deve ser dado tratamento análogo à existência de penhora em 
execução fiscal. 
Precedentes: EDcl nos EREsp. n. 815.629 - RS, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 13.12.2006; 
REsp 912710 / RN, Primeira Turma, Rel. Min. 
Luiz Fux, D.J. 7.8.2008; EREsp 574107 / PR, Primeira Seção, Rel. 
 
 
 
 
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Min. João Otávio de Noronha, D.J. 7.5.2007; EREsp 779121 / SC, Primeira Seção, Rel. Min. Castro Meira. D.J. 
7.5.2007. 
3. Desse modo, muito embora a penhora e a medida cautelar de caução possam ensejar a expedição da certidão 
positiva de débitos com efeitos de negativa (art. 206, do CTN), não são elas meios aptos a suspender a exigibili-
dade do crédito tributário, pois não previstas no art. 151, do CTN. 
Sendo assim, se a penhora e a medida cautelar de caução não suspendem a exigibilidade do crédito tributário, 
não podem ensejar a suspensão do registro no Cadin pelo art. 7º, II, da Lei n. 10.522/2002. 
Só a penhora, quando associada aos embargos do devedor, é que pode suspender o registro no Cadin por força 
do art. 7º, I, da Lei n. 10.522/2002, o que não se aplica à medida cautelar de caução, por não consistir em ação 
onde se discute a natureza da obrigação ou seu valor. 
4. Em se tratando de medida cautelar de caução real, não pode a Fazenda Públicaexigir a ordem estabelecida no 
art. 11, da Lei n. 6.830/80 e arts. 655 e 656, do CPC, para o fim de garantida do débito mediante depósito em 
dinheiro, pois isso equivaleria à suspensão da exigibilidade do crédito tributário consoante o art. 151, II, do CTN, 
eliminando a utilidade da própria ação, pois impediria o ajuizamento da execução fiscal correspondente. 
5. Recurso especial parcialmente provido apenas para afastar a suspensão do registro no Cadin em razão da 
caução ofertada. 
(Resp 1307961/MT, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/09/2012, 
DJe 12/09/2012) 
Lei n. 10.522/2002. 
Art. 7º Será suspenso o registro no Cadin quando o devedor comprove que: 
I - tenha ajuizado ação, com o objetivo de discutir a natureza da obrigação 
ou o seu valor, com o oferecimento de garantia idônea e suficiente ao Juízo, na 
forma da lei; 
II - esteja suspensa a exigibilidade do crédito objeto do registro, nos termos 
da lei. 
Pedidos da Cautelar do Contribuinte: 
a) seja deferido a possibilidade do autor oferecer em garantia/caução (…) 
b) seja feita a citação do réu, na pessoa de seu representante legal para que, querendo, apresente a resposta 
que tiver aos termos da presente, dentro do prazo legal, 
c) seja ao final, julgada procedente a presente Medida Cautelar Inominada, para o fim de se determinar a expedi-
ção de certidão positiva com efeito de negativa, nos termos do art. 206 do CTN. 
d) seja condenado o réu ao pagamento das verbas decorrentes de sucumbência. 
PROCESSO CIVIL. MEDIDA CAUTELAR. EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO ESPECIAL. CRÉDITO TRIBU-
TÁRIO. DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO. PRÉVIA HABILITAÇÃO. REQUISITOS PARA O DEFERIMENTO 
DA TUTELA DE URGÊNCIA NÃO DEMONSTRADOS. 
1. Cuida-se de medida cautelar na qual se pleiteia atribuir eficácia suspensiva ao REsp 1.463.344/RS, em razão 
de os débitos em discussão impedirem a expedição de certidão de regularidade fiscal. 
2. Na origem, cuida-se de mandado de segurança no qual se pleiteia a suspensão da exigibilidade de créditos 
tributários objeto de pedidos de compensação, cujo saldo credor decorre do êxito obtido em ação judicial. 
3. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça somente tem admitido excepcionalmente a atribuição de efeito 
suspensivo a recurso. Todavia, é necessária a presença concomitante dos pressupostos que lhe são inerentes, 
quais sejam, fumus boni iuris e periculum in mora. 
No mesmo sentido: MC 21.122/CE, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ Acórdão Ministro Benedito 
Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 8/10/2013, DJe 13/3/2014; 
AgRg na MC 21.678/RS, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 22/10/2013, DJe 20/3/2014; MC 
17.080/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 23/8/2011, DJe 1º/9/2011. 
4. A probabilidade de êxito do recurso deve ser verificada na medida cautelar, ainda que de modo superficial. 
5. A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça firmou orientação no sentido de que a Declaração de Com-
pensação somente será recepcionada após prévia habilitação do crédito pela Receita Federal. 
REsp 1.309.265/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 24/4/2012, DJe 
3/5/2012. Portanto, não há comprovação da plausibilidade do direito vindicado, o que obsta o deferimento da tute-
la de urgência. 
Medida cautelar improcedente. 
(MC 23.223/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 14/10/2014, DJe 
24/10/2014)

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