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seminário de casa III

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Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
SEMINÁRIO III - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA 
TRIBUTÁRIA 
 
 
Aluna: Brida Castello Branco Alva 
 
Questões 
1. Defina o conceito “decadência” no âmbito do direito tributário. 
R= Decadência é a perda do direito do Fisco ou do Contribuinte em razão da inércia 
dentro de um determinado período de tempo. 
 
 (a) Com base na bibliografia indicada para desenvolvimento deste seminário 
apresente as diferentes acepções do conceito “decadência”. 
R= Eurico Marcos Diniz de Santi, ao interpretar os enunciados do CTN que dispõem 
sobre decadência e prescrição em matéria tributária, diferenciou: 
I) Decadência do direito físico: a perda da competência administrativa do fisco para 
contribuir o crédito tributário, em decorrência do decurso de certo período de tempo 
sem que o tenha exercitado; 
II) Decadência do direito do contribuinte: a perda da legitimidade do contribuinte de 
repetir o indébito na esfera administrativa, em decorrência do decurso de certo período 
de tempo sem que o tenha exercitado. 
 
(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção (ex. NGA, NIC, 
antecedente, consequente...), indicando quai(is) dessa(s) estrutura(s) 
normativa(s)) são norma em sentido estrito. 
R= 
• Decadência do direito do Fisco: 
1. Norma geral abstrata : Não previsão de pagamento antecipado, não ocorrência do 
pagamento antecipado, não ocorrência de dolo, fraude ou simulação, não ocorrência de 
anulação. Norma individual concreta: Perda da competência administrativa do Fisco para 
constituição do crédito tributário no lapso temporal de 5 anos do primeiro dia do exercício 
seguinte àquele que ocorreu o evento tributário. 
2. Norma geral abstrata: não ocorrência do pagamento antecipado (independe de 
previsão), não ocorrência de dolo, fraude ou simulação, existência de notificação, não 
ocorrência de anulação. Norma individual concreta: Perda da competência administrativa 
do Fisco para constituição do crédito tributário no lapso temporal de 5 anos da data da 
notificação. 
3. Norma geral abstrata: ocorrência do pagamento antecipado (com previsão de 
pagamento), não ocorrência de dolo, fraude ou simulação, ausência de notificação, não 
ocorrência de anulação. Norma individual concreta: Perda da competência administrativa 
do Fisco para constituição do crédito tributário no lapso temporal de 5 anos do evento 
tributário. 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
4. Norma geral abstrata: previsão de pagamento antecipado, ocorrência de dolo, 
fraude ou simulação, ocorrência de notificação e não ocorrência de anulação. Norma 
individual concreta: Perda da competência administrativa do Fisco para constituição do 
crédito tributário no lapso temporal de 5 anos do “ato norma administrativo formalizador 
do ilícito tributário”. 
5. Norma geral abstrata : existência de decisão administrativa ou judicial que anule 
lançamento anterior. Norma individual concreta: Perda da competência administrativa do 
Fisco para constituição do crédito tributário no lapso temporal de 5 anos da decisão 
anulatória do lançamento anterior. 
 
• Decadência do direito do contribuinte: 
1. Não ocorrência de anulação de decisão anterior que motivou o pagamento. Norma 
individual concreta: Perda do direito de repetir o indébito administrativamente a contar 
o prazo de 5 anos da data do pagamento. 
2. Anulação de decisão anterior que motivou o pagamento, desde que dentro do prazo de 
5 anos do pagamento. Perda do direito de repetir o indébito administrativamente a contar 
o prazo de 5 anos da data do pagamento. Norma individual concreta: Perda do direito 
de repetir o indébito administrativamente a contar o prazo de 5 anos da data da reforma 
da decisão que havia motivado o pagamento. 
 
 
 (c) É correta a afirmação de que a decadência opera-se automática e 
infalivelmente? Justifique sua resposta. 
R= Quanto à afirmação que a decadência ocorre de forma automática e infalível, 
importante anotar que há divergência doutrinária. 
Na lição de Paulo de Barros de Carvalho, a decadência não se opera de forma automática 
e infalível, pois tal ato não se realiza apenas com a realização da hipótese prevista na 
norma. Isto é, as normas não incidem por conta própria, sendo imprescindível a 
participação do homem para que seja demonstrada a efetiva ocorrência concreta da 
decadência prevista em norma geral e abstrata. Ainda, o jurista afirma que somente o ser 
humano tem a capacidade de fazer a conexão entre norma e acontecimento. 
 
 (d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário (arts. 150 e 
173, do CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) extintivos ou (ii) impeditivos? 
Justifique sua resposta. 
R= Os efeitos da decadência, de acordo com o art. 156 do CTN, é causa de extinção do 
crédito tributário. 
É correto também dizer que a ocorrência da decadência impede o Fisco de lançar o crédito 
tributário. No entanto, nos deparamos muitas vezes com lançamentos nos quais o Fisco 
não tinha legitimidade para constituí-lo, uma vez operada a decadência. Nesses casos, a 
obrigação tributária é extinta no momento da desconstituição do lançamento, uma vez 
que não poderia de início nem ter sido lançada. 
 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
 (e) Diferençar, se possível: (i) decadência do direito de lançar, (ii) prescrição do 
direito do Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) decadência do direito do 
contribuinte pleitear a restituição do indébito tributário e (iv) prescrição do 
direito de ação do contribuinte repetir o indébito tributário. 
R= (i) decadência do direito de lançar: perda da competência administrativa do Fisco de 
constituição do crédito tributário; 
(ii) prescrição do direito do Fisco cobrar o crédito tributário: aqui, há a constituição do 
crédito tributário e a prescrição ocasiona a perda do direito do Fisco de promover a 
Execução Fiscal; 
(iii) decadência do direito do contribuinte pleitear a restituição do indébito tributário: 
Perda da legitimidade do contribuinte de repetição do indébito na esfera 
administrativa; 
(iv) prescrição do direito de ação do contribuinte repetir o indébito tributário: Perda da 
legitimidade do contribuinte de repetição do indébito na esfera judicial. 
 
2. Conjugando o art. 146, III, “b”, da CF e o princípio da autonomia dos entes 
federativos, responda: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
por meio de lei ordinária, podem estabelecer prazo diverso do constante no CTN 
para a decadência e prescrição de seus créditos? E mediante lei complementar 
estadual ou municipal? (Vide anexo I e Súmula Vinculante n. 8 do STF).1 
 
Dispõe a CF no art. 146, inciso III: 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
 
Assim, somente cabe à lei complementar dispor sobre prescrição e decadência, sendo 
inconstitucional lei ordinária que verse sobre o assunto, isto é, é defeso União, Estados, 
DF e Municípios estabelecerem prazos diversos do constante do CTN. 
 
Ademais, ainda que se trate de lei complementar estadual ou municipal, é proibido a 
disposição de prazo diverso do CTN, eis que o intuito da Constituição Federal é 
disciplinar de forma homogênea as matérias de prescrição e decadência em matéria 
tributária. 
 
3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por 
 
1. Súmula Vinculante n. 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do Dec.-lei 1.569/77 e os arts. 45 e 46 da Lei 
8.212/91, que tratam da prescrição e decadência de crédito tributário.” 
 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
homologação”? Se não houver o que homologar, o prazo passa a ser o dos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício (vide anexos II e III)? E no casode fraude (vide 
anexo IV)? 
R= A decadência nasce em razão da omissão ou inanição do sujeito ativo no exercício 
de proceder ao lançamento. O prazo de decadência existe para que o sujeito ativo 
constitua o crédito com presteza, não sendo atingido pela perda do direito de lançar. 
A constituição do crédito tributário ocorre por meio do lançamento, segundo o 
art. 142 do CTN, que deve se dar em um interregno de 5 (cinco) anos. 
 
Nos casos de lançamento por homologação, temos que analisar a decadência sob duas 
ópticas, com o pagamento do tributo e sem o pagamento do tributo. Com o pagamento 
do tributo, aplica-se a regra disposta no § 4º, do art. 150 do CTN. Se não houver o 
pagamento do tributo, exige a aplicação do art. 173, I, do CTN, ou seja, o prazo conta-
se do primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele que em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado. 
 
O prazo que a administração tem para homologar é de 5 anos contados do fato gerador 
(art. 150,§ 4º, CTN) nos casos de pagamento. Assim, a autoridade administrativa tem 
cinco anos para fiscalizar e, eventualmente, apurar as diferenças, caso o sujeito passivo 
não tenha realizado sua função corretamente. Em resumo, surgem duas situações: 
 
A) Na hipótese de, nesses cinco anos, autoridade perceber que o pagamento foi 
insuficiente, o resultado disso será um lançamento para cobrança dessa diferença, e esse 
lançamento será de ofício. 
B) Na hipótese de concordar com o pagamento, o resultado disso será a homologação, 
(tácita ou expressa), tem-se a extinção do direito de constituir eventuais diferenças, 
logo, gera a decadência. 
Em caso de dolo, fraude, simulação não tem esse prazo de cinco anos para homologar. 
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se entende 
por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem apenas o 
condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I ou 
pode também postergá-lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo decadencial? 
(Vide anexo V e VI). 
 
Existem, pelo menos, duas correntes doutrinárias de maior porte que defendem 
interpretações distintas quanto ao prazo decadencial estabelecido no parágrafo único do 
art. 173 do CTN. 
 
A primeira corrente interpreta os dizeres do citado parágrafo único no sentido de que 
estaria ele normatizando um segundo termo decadencial, ou melhor, a previsão de um 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10572628/artigo-142-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571574/par%C3%A1grafo-4-artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571726/artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10568442/artigo-173-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10568398/inciso-i-do-artigo-173-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571726/artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571574/par%C3%A1grafo-4-artigo-150-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
prazo de perempção, para que a Administração Pública conclua o procedimento tributário 
de lançamento já iniciado. Assim, do início da constituição do crédito tributário, pela 
notificação ou da impugnação do ato impositivo, teria o Fisco um novo prazo de 5 (cinco) 
anos para constituir definitivamente o crédito tributário, isto é, para concluir o 
procedimento administrativo já iniciado, sob pena de ser alcançado pela decadência. 
 
A segunda corrente doutrinária, por sua vez, professa o entendimento, de que o 
referido parágrafo único apenas está antecipando o início do prazo decadencial definido 
no inciso I do mesmo artigo, que somente iria começar no primeiro dia do exercício 
seguinte, caso o Fisco não viesse a se manifestar antes de findar o ano em que se 
inaugurou a possibilidade jurídica de se realizar o lançamento tributário. 
 
Por outro lado, entende-se por medida preparatória indispensável ao lançamento, 
qualquer ato que seja inserido no procedimento de lançamento e que a este seja necessário 
para sua existência. 
 
Embora haja divergência doutrinária, entende-se que existe a possibilidade de antecipar 
o prazo decadencial, uma vez que seria uma notificação ocorrida anteriormente ao 
lançamento, pois o procedimento deste ainda não estaria finalizado. 
 
Não há de se falar em causa de interrupção do prazo, mas sim uma mudança na data de início 
do lapso temporal que deverá ser obedecido para configurar a decadência. 
 
5. A Lei n. 11.051/04 trouxe previsão de prescrição intercorrente no processo judicial. 
Quanto ao processo administrativo fiscal, existe prescrição intercorrente no seu 
curso? E no decorrer do processo executivo fiscal? Qual é o tratamento mais 
adequado em caso de falta de intimação da Fazenda Pública sobre o despacho que 
determina sua manifestação antes da decisão que decreta a prescrição 
intercorrente? É possível que a decretação da prescrição intercorrente seja ilidida? 
Justificar (vide anexos VII, VIII e IX e X). 
R= Com a previsão do artigo 40, § 4º, da Lei de Execução Fiscal, incluído pela Lei nº 
11.051/04 ficou sedimentado que o juiz está autorizado a decretar de ofício a Prescrição 
Intercorrente, quando após suspenso o processo por um ano, decorra 5 (cinco) anos sem 
manifestação da parte interessada. O presente estudo se justifica pela necessidade de 
efetivação do princípio da celeridade processual e razoável duração do processo para 
dirimir gastos desnecessários do Poder Público com processos que perderam seu objeto. 
O intuito é desafogar um Poder Judiciário já marcado pela morosidade e burocracia. 
 
Em relação ao processo executivo fiscal, por entendimento já consolidado em tribunais, 
inclusive com a aplicação do RESP 13.445 que tratou acerca do tema e delimitou teses, que 
foram recebidas pelos tribunais e doutrinadores, criando uma jurisprudência sólida nestes 
termos. Baseada no art. 40, §2º da Lei de Execução Fiscal, que suspende por 1 ano o prazo 
precricional, desde que não encontrados bens penhoráveis ou que o devedor não seja 
localizado. Findado este prazo suspensivo de 1 ano, dá-se início ao prazo da prescrição 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
intercorrente. Além disso, ficou que mera busca de bens não daria ensejo a prescrição, 
contanto que não houvesse resultado. 
 
Ademais, fixou que a ausência de intimação da Fazenda Pública ensejaria na suspensão ou 
arquivamento da execução fiscal com base no mesmo dispositivo supracitado. Estaúltima 
iludiria a prescrição intercorrente. 
 
6. Qual o marco inicial da contagem do prazo para redirecionamento da execução 
fiscal contra os sócios? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional? É possível 
compreender que o mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja considerado 
ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e não 
o seja para a execução fiscal de débito não-tributário. (Vide anexos XI, XII e XIII) 
R= O marco inicial da contagem do prazo para o redirecionamento da execução fiscal 
contra os sócios é a partir da citação válida da pessoa jurídica, vez que este evento 
interrompe a prescrição em relação aos responsáveis solidários (AgRg no ARESP nº 
88.249/SP) 
 
Considerando que a prescrição é instituto intrinsecamente relacionado à inércia do titular 
de uma pretensão, podendolevar à sua extinção, caso não exercida um determinado 
período de tempo, o prazo para o redirecionamento na execução fiscal contra os sócios 
é prazo prescricional. 
 
É possível compreender que o mesmo fato jurídico ‘’dissolução irregular’’ seja 
considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito tributário 
e não o seja para execução fiscal do débito não-tributário, porque não se pode conceber 
que a dissolução irregular da sociedade seja considerada ‘’infração à lei’’, para efeito do 
art. 135, do CTN e assim não seja efeito do art. 10, do decreto nº 0.78/19, sendo que tais 
dispositivos tem somente como diferença que o CTN enfatiza exeção – 
responsabilização dos sócios em situações regulares, este é o entendimento pacificado 
pelo STJ. 
 
7. Sobre a decadência/prescrição do direito de repetir o indébito tributário 
pergunta-se: 
 a) Quais indébitos estão sujeitos ao art. 3º da LC n. 118/05: todos, independente 
da data do pagamento indevido; aqueles cuja restituição seja requerida depois do 
termo inicial de sua vigência; ou somente os pagamentos efetuados após iniciada 
sua vigência? Justificar (vide anexos XIV e XV). 
R= O artigo 3º da LC nº 118/05 dispôs sobre o direito do contribuinte de pleitear a 
restituição de pagamento indevido, trazendo uma nova interpretação no que tange ao 
inciso do artigo 168, do CTN, prevendo que nos casos de tributo sujeito a lançamento 
por homologação, a partir do momento que o contribuinte realizar o pagamento 
antecipado haveria a extinção do crédito tributário. 
 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
Conforme entende Paulo de Barros Carvalho, após a edição da referida lei complementar 
passou-se a ter duas situações para os pedidos de restituição do indébito: (i) refere-se 
aos recolhimentos indevidos realizados depois da edição da LC, que possuem prazo 
decadencial quinquenal a contar do pagamento antecipado e, (ii) no entanto, para os 
pagamentos indevidos ocorridos antes da edição da LC, a contagem do lustro 
decadencial tem início após a efetiva homologação, seja ela expressa ou tácita. 
 
Diante do exposto, estão sujeitos a regra do artigo 3º da LC 118/05 apenas os pagamentos 
indevidos ocorridos após a vigência da Lei Complementar em trato, pois o citado 
antigo só pode ter eficácia prospectiva (RESP nº 672.962/CE) 
 
 b) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem modulação de 
efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito tributário? Conta-se do 
pagamento indevido ou o termo inicial seria a “data da declaração de 
inconstitucionalidade da lei que fundamentou o gravame”? (Vide anexos XVI e 
XVII). 
R= O prazo para requerer a repetição do indébito tributário tem seu termo inicial com o 
trâsito em julgado da decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade, sendo 
que, somente a partir da declaração de inconstitucionalidade que o valor recolhido 
torna-se indevido. 
 
Assim, tendo em vista que a lei declarada insconstitucional opera efeitos ‘’ex tunc’’, então 
abragerá os fatos geradores sobre os quais foram feitos os pagamentos indevidos ao 
Fisco, desde o momento em que o contribuinte arrecadou o montante aos cofres 
públicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
 
 
 
 
 
 
 
Sugestão para Anexo I 
RE n. 559.943/RS (REPERCUSSÃO GERAL) 
DJ 26/09/2008 
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DOS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI N. 
8.212/1991. ARTIGO 146, INCISO III, ALÍNEA B, DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIAS. MATÉRIA 
RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR. ARTIGOS 173 E 174 DO CÓDIGO 
TRIBUTÁRIO NACIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA 
PROVIMENTO. 1. A Constituição da República de 1988 reserva à lei complementar o 
estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre prescrição e decadência, nos termos do art. 146, inciso III, alínea b, in fine, da 
Constituição da República. Análise histórica da doutrina e da evolução do tema desde a 
Constituição de 1946. 2. Declaração de inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei 
n. 8.212/1991, por disporem sobre matéria reservada à lei complementar. 3. 
Recepcionados pela Constituição da República de 1988 como disposições de lei 
complementar, subsistem os prazos prescricional e decadencial previstos nos artigos 173 
e 174 do Código Tributário Nacional. 4. Declaração de inconstitucionalidade, com efeito 
ex nunc, salvo para as ações judiciais propostas até 11.6.2008, data em que o Supremo 
Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei n. 
8.212/1991. 5. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. 
Anexo II 
REsp n. 973.733/SC 
DJe 18/09/2009 
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 
543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR 
HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE 
PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO 
CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO 
CTN. APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 
150, § 4º, e 173, do CTN. IMPOSSIBILIDADE. 
1. O prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário 
(lançamento de ofício) conta-se do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o 
lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento 
antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do 
débito (Precedentes da Primeira Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado 
em 28.11.2007, DJ 25.02.2008; AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino 
Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ 10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz 
Fux, julgado em 13.12.2004, DJ 28.02.2005). 
2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no 
perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, e, consoante doutrina abalizada, encontra-se regulada por cinco regras 
jurídicas gerais e abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar 
nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos 
ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento 
antecipado (Eurico Marcos Diniz de Santi, “Decadência e Prescrição no Direito 
Tributário”, 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 163/210). 
3. O dies a quo do prazo quinquenal da aludida regra decadencial rege-se pelo 
disposto no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o “primeiro dia do exercício seguinte 
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado” corresponde, iniludivelmente, ao 
primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de 
tributos sujeitos a lançamento por homologação, revelando-se inadmissível a aplicação 
cumulativa/concorrente dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Códex 
Tributário, ante a configuração de desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto 
Xavier, “Do Lançamento no Direito Tributário Brasileiro”, 3ª ed., Ed. Forense, Rio de 
Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano Amaro, “Direito Tributário Brasileiro”, 10ª ed., Ed. 
Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico Marcos Diniz de Santi, “Decadência e Prescrição 
no Direito Tributário”, 3ª ed., Max Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199). 
4. In casu, consoante assente na origem: (i) cuida-se de tributo sujeito a lançamento 
por homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições 
previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos 
imponíveis ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a 
constituição dos créditos tributários respectivos deu-se em 26.03.2001. 
5. Destarte, revelam-se caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o 
decursodo prazo decadencial quinquenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício 
substitutivo. 
6. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do 
CPC, e da Resolução STJ 08/2008. 
Anexo III 
AgRg no REsp n. 1.448.906/MG 
DJe 05/02/2016 
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO 
POR HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. PAGAMENTO A MENOR. 
APLICAÇÃO DO ART. 150, § 4º, DO CTN. EXEGESE DO ENTENDIMENTO 
FIRMADO NO RESP PARADIGMA 973.733/SC. SÚMULA 83/STJ. 
1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 973.733/SC, Rel. Min. Luiz Fux, 
submetido ao rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), firmou entendimento no 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
sentido de que, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, para a fixação do 
prazo decadencial para a constituição do crédito tributário, considera-se apenas a 
existência, ou não, de pagamento antecipado, pois é esse o ato que está sujeito à 
homologação pela Fazenda Pública, nos termos do art. 150, e parágrafos, do CTN. 
Súmula 83/STJ. 
2. “Não importa, para efeitos da contagem da decadência, perquirir as 
circunstâncias apresentadas pelo contribuinte para justificar o pagamento a menor. A 
dedução aqui considerada (creditamento indevido) nada mais é do que um crédito 
utilizado pelo contribuinte decorrente da escrituração do tributo apurado em 
determinado período (princípio da não cumulatividade), que veio a ser recusada 
(glosada) pela administração”, de modo que “houve pagamento a menor de débito 
tributário em decorrência de creditamento indevido. Dessa forma, deve-se observar o 
disposto no art. 150, § 4º, do CTN” (AgRg nos EREsp 1.199.262/MG, Rel. Ministro 
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/10/2011, DJe 
7/11/2011.). 
Agravo regimental improvido. 
 
Anexo IV 
AgRg no REsp n. 1.523.619/MG 
DJ 13/11/2015 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. 
ICMS. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. 
PAGAMENTO A MENOR. OCORRÊNCIA DE FRAUDE. TERMO INICIAL. ART. 
173, I, DO CTN. DECADÊNCIA NÃO CARACTERIZADA. CDA. VALIDADE. 
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 
1. Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação não declarados e 
não pagos, o prazo decadencial conta-se nos moldes determinados pelo art. 173, I, do 
CTN, impossível, assim, a sua acumulação com o prazo determinado no art. 150, § 4º, 
do CTN. 
2. Contudo, uma vez efetuado o pagamento parcial antecipado pelo contribuinte, a 
decadência do direito de constituir o crédito tributário é regida pelo art. 150, § 4°, do 
CTN, salvo os casos de dolo, fraude ou simulação. 
3. No caso em apreço, entendeu a Corte de origem que ocorreu fraude, razão pela 
qual, mesmo havendo pagamento a menor, afastou a aplicação do art. 150, § 4º, do CTN, 
fazendo incidir o art. 173, I, do mesmo diploma legal. 
4. Não está caracterizada a decadência, já que não transcorreram mais de 5 anos entre 
primeiro dia do exercício seguinte (01/01/2002) àquele em que os lançamentos poderiam 
ter sido efetuados e a constituição definitiva do crédito (24/11/2006). 
5. Quanto ao alegado vício de lançamento, a irresignação não comporta 
conhecimento ante o óbice da Súmula 7/STJ. 
Agravo regimental improvido. 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
(AgRg no REsp 1523619/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 05/11/2015, DJe 13/11/2015) 
Anexo V 
AgRg no REsp n. 1.231.334/DF 
Julgamento: 22/03/2011 
EXAME DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO STF. 
FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. DL 406/1968. LISTA DE 
SERVIÇOS. TAXATIVIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DE CADA ITEM. 
RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC. 
1. O exame de violação de dispositivos constitucionais é de competência exclusiva 
do STF, conforme dispõe o art. 102, III, do permissivo constitucional. 
2. O recorrente não atacou o fundamento utilizado pelo Tribunal de origem, de que 
a notificação de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento implicará 
antecipação da fruição do prazo decadencial, de sorte que aquele ato representará o 
marco inicial para contagem do prazo de cinco anos. Aplicação, por analogia, da Súmula 
283/STF. 
3. A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de reconhecer que a Lista de 
Serviços anexa ao Decreto-Lei 406/1968, para efeito de incidência de ISS sobre serviços 
bancários, é taxativa, mas admite leitura extensiva de cada item a fim de enquadrar serviços 
idênticos aos expressamente previstos. 
4. Agravo Regimental não provido. 
Anexo VI 
TST – RR n. 3673320145030096 
DEJT 06/11/2015 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI 
Nº 13.015/2014. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - NOTIFICAÇÃO PESSOAL 
DO CONTRIBUINTE - PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS. Ante a razoabilidade da 
tese violação do artigo 173, caput e inciso I, do Código Tributário Nacional, 
recomendável o processamento do recurso de revista, para exame da matéria veiculada 
em suas razões. Agravo provido. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº 
13.015/2014. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO 
CONTRIBUINTE - PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS . A jurisprudência desta 
Corte e do Superior Tribunal de Justiça vem entendendo que o respeito à determinação 
trazida no artigo 606 da CLT é imprescindível para a ciência do contribuinte de sua 
obrigação e para a sua constituição em mora. Trata-se, portanto, de pressuposto 
processual específico para a cobrança da contribuição sindical rural, sendo, inclusive, 
insuficiente a publicação em diário oficial, por presumir o legislador que os jornais de 
grande circulação possuem maior abrangência. Entretanto, o artigo 173 do Código 
Tributário Nacional dispõe acerca do prazo para constituição do crédito tributário, in 
verbis: “Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que 
o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo 
único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do 
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito 
tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória 
indispensável ao lançamento”. Desse modo, restando claro que foi realizada a prévia 
notificação pessoal do sujeito passivo na data de 17/03/2014, acerca do vencimento da 
contribuição sindical rural dos exercícios de 2011, 2012 e 2013, em conformidade com o 
prazo decadencial de cinco anos previsto no artigo 173 do Código Tributário Nacional, 
tem-se por constituído referido crédito tributário. Recurso de revista conhecido e provido. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
Anexo VII 
Súmula do CARF n. 11 
“Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal.” 
Anexo VIII 
CARF - Acórdão n. 1402-001.761 
Julgamento: 31/07/2014 
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 1. Do fato gerador até o 
lançamento tem-se prazo decadencial. Do lançamento à execução o prazo é de natureza 
prescricional. O lançamento resulta formalizado com a notificação do sujeito passivo. 
Apresentada impugnação, há suspensão de exigibilidade e, por consequência do prazo 
prescricional. A circunstância do exame da impugnação e do recurso não serem 
apreciados no prazo de 360 (trezentos e sessenta dias) não se constitui em hipótese que 
tenha reflexo no prazo prescricional. Ademais, em conformidade com a Súmula 11 do 
CARF não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. (...) 
Recurso Voluntário Parcialmente Provido. CARF, Ac. 1402-001.761, julg. 31/07/2014. 
Anexo IX 
AgRg no AI n. 1.064.643/SP 
DJ 02/12/2013 
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. CUMPRIMENTO DE 
TODOS OS TRÂMITES PREVISTOS NO ART. 40 DA LEF. PRESCRIÇÃO 
RECONHECIDA. DESNECESSIDADE,IN CASU, DE AGUARDAR O 
JULGAMENTO DO RECURSO REPETITIVO RESP 1.340.553/RS, UMA VEZ NÃO 
OCORRENTE QUALQUER DAS HIPÓTESES CONTROVERTIDAS SOBRE O 
TEMA INDICADAS NO REFERIDO RECURSO. 1. A Corte de origem salientou que 
foram seguidas todas as etapas para o reconhecimento da prescrição intercorrente: não 
foram encontrados bens penhoráveis, foi suspensa a execução e determinado o 
arquivamento após um ano, tudo com a prévia ciência da Fazenda Nacional, que foi 
ouvida antecipadamente antes da sentença, sem apontar qualquer causa impeditiva para a 
fluência do prazo prescricional, insurgindo-se apenas quanto ao procedimento, sem razão, 
todavia. 2. Nesse contexto, revela-se desnecessário aguardar o julgamento do RESP 
1.340.553/RS, alçado a condição de recurso representativo de controvérsia, uma vez que 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
nenhuma das questões controvertidas que levaram o ilustre Relator a identificá-lo como 
repetitivo, encontram-se presentes no caso concreto, quais sejam (a) qual o pedido de 
suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 1 (um) ano previsto no 
art. 40, § 2º. da LEF; (b) se o prazo de 1 (um) ano de suspensão somado aos outros 5 
(cinco) anos de arquivamento pode ser contado em 6 (seis) anos por inteiro para fins de 
decretar a prescrição intercorrente; (c) quais são os obstáculos ao curso do prazo 
prescricional da prescrição prevista no art. 40 da LEF; (d) se a ausência de intimação da 
Fazenda Pública quanto ao despacho que determina a suspensão da execução fiscal (art. 
40, § 1º.), ou o arquivamento (art. 40, § 2º.), ou para sua manifestação antes da decisão 
que decreta a prescrição intercorrente (art. 40, § 4º.) ilide a decretação da prescrição 
intercorrente. 3. Agravo Regimental desprovido. AgRg no AI 1.064.643 – SP, DJ 
02/12/2013. 
Anexo X 
REsp 1.340.553 
DJe 16/10/2018 
 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM 
DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA 
AÇÃO) PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL 
(LEI N. 6.830/80). AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ARTS. 34, XVI, E 254, §1º, 
DO RISTJ. PROVIMENTO PARA CONVERSÃO EM RECURSO ESPECIAL 
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA MEDIANTE REAUTUAÇÃO. ART. 
543-C, DO CPC. 
DECISÃO 
Trata-se de agravo em recurso especial interposto contra decisão monocrática que 
inadmitiu o apelo especial ao fundamento de que incidente o enunciado n. 7 da Súmula 
deste STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial” (e-
STJ fls. 220/221). 
Alega a agravante que o caso não envolve reexame de matéria de fato mas sim a 
correta aplicação do art. 40 e parágrafos da Lei n. 6.830/80 ao caso concreto (e-STJ fls. 
226/241). Já o recurso especial foi interposto com fulcro no permissivo do art. 105, III, 
“a”, da Constituição Federal de 1988 contra acórdão que, com base no art. 40, §4º, da Lei 
nº 6.830, de 1980, reconheceu de ofício a prescrição intercorrente e julgou extinta a 
execução fiscal, por reconhecer terem decorrido mais de cinco anos do arquivamento, 
sendo que a ausência de intimação da Fazenda quanto ao despacho que determina a 
suspensão da execução fiscal (§1º), ou o arquivamento (§2º), bem como a falta de 
intimação para sua manifestação antes da decisão que decreta a prescrição intercorrente 
(§4º), não acarreta qualquer prejuízo à exequente, tendo em vista que pode alegar 
possíveis causas suspensivas ou interruptivas do prazo prescricional a qualquer tempo (e-
STJ fls. 176/178). 
Os embargos de declaração restaram rejeitados (e-STJ fls. 198/199). Alega a 
recorrente Fazenda Nacional que houve violação ao art. 40, §4º, da Lei n. 6.830/80. 
Afirma que não transcorreram os cinco anos exigidos para configurar a prescrição 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
intercorrente, tendo em vista que apenas em 19.08.2005 é que o processo foi suspenso 
pelo art. 40, da Lei n. 6.830/80, aplicando-se a partir daí a Súmula n. 314/STJ. 
Sustenta que de forma equivocada a Corte de Origem considerou como dies a quo 
da prescrição intercorrente a data em que determinada a suspensão do processo por 
noventa dias, que a decisão que ordenou o arquivamento remonta a 5.8.2003, sendo 
descabida a intimação da União em 30.4.2008 a respeito da prescrição. Compreende que 
toda e qualquer manifestação da exequente nos autos compromete a caracterização da 
inércia, não sendo necessário que de tal manifestação decorra um imediato impulso à 
execução (e-STJ fls. 215/213). 
Sem contraminuta consoante e-STJ fls. 243/244. Sem contrarrazões ao recurso 
especial consoante e-STJ fls. 216/217. 
É o relatório. Passo a decidir. 
Depreende-se dos autos a adequada impugnação dos fundamentos da decisão 
agravada. Não obstante, o tema do recurso especial, apesar de repetitivo no âmbito da 
Primeira Seção do STJ, ainda não foi submetido a julgamento pelo novo procedimento 
do artigo 543-C do Código de Processo Civil, regulamentado pela Resolução STJ n. 
8/2008. 
No caso concreto, torna-se relevante decidir à luz do art. 543-C, do CPC: 
a) Qual o pedido de suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 
1 (um) ano previsto no art. 40, §2º, da LEF; b) Se o prazo de 1 (um) ano de suspensão 
somado aos outros 5 (cinco) anos de arquivamento pode ser contado em 6 (seis) anos por 
inteiro para fins de decretar a prescrição intercorrente; c) Quais são os obstáculos ao curso 
do prazo prescricional da prescrição prevista no art. 40, da LEF; d) Se a ausência de 
intimação da Fazenda Pública quanto ao despacho que determina a suspensão da 
execução fiscal (art. 40, §1º), ou o arquivamento (art. 40, §2º), ou para sua manifestação 
antes da decisão que decreta a prescrição intercorrente (art. 40, §4º) ilide a decretação da 
prescrição intercorrente. 
Com essas considerações, para melhor exame da matéria suscitada, DOU 
PROVIMENTO ao agravo para determinar a conversão dos autos em recurso especial, 
nos termos dos arts. 34, XVI, e 254, §1º, do RISTJ, e desde já, por economia processual, 
determino o processamento do feito após a conversão dentro da sistemática dos recursos 
representativos da controvérsia, adotando-se as seguintes providências: 
a)comunique-se, com cópia da presente decisão, acompanhada do número de 
autuação do recurso especial, aos Ministros da Primeira Seção do STJ e aos Presidentes 
dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça, nos termos do art. 2º, § 2º, da 
Resolução STJ n. 8/2008 e para os fins neles previstos; b) suspenda-se o julgamento 
dos demais recursos sobre a matéria versada no recurso especial a ser autuado, 
consoante preceitua o § 2º do art. 2º da Resolução STJ n. 8/2008; c) após a autuação, 
dê-se vista ao Ministério Público Federal para parecer, em quinze dias, nos termos do 
art. 3º, II, da Resolução STJ n. 8/2008. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 21 de 
agosto de 2012. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Relator 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
Anexo XI 
AgRg no AREsp n. 88.249/SP 
Julgamento: 08/05/2012 
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO DA EMPRESA. 
INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AOS SÓCIOS. PRAZO 
SUPERIOR A CINCO ANOS. PRESCRIÇÃO CONFIGURADA. 
Firmou-se na Primeira Seção desta Corte entendimento no sentido de que, ainda que 
a citação válida da pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aos responsáveis 
solidários, no caso de redirecionamento da execução fiscal, há prescrição se decorridos 
mais de cinco anos entre a citação da empresa e a citação dos sócios, de modo a não tornar 
imprescritível a dívida fiscal. Agravo regimental improvido. 
Anexo XII 
AgRg no Ag n. 1.297.255/SP 
DJ 27/03/2015 
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO 
DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO AOS SÓCIOS. 
NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL DE CINCO 
ANOS QUE SE INICIA COM A CITAÇÃO DA SOCIEDADE PARA A EXECUÇÃO. 
ENTENDIMENTO FIRMADO COM O ESCOPO DE PACIFICAÇÃO SOCIAL E 
SEGURANÇA JURÍDICA A SER TUTELADO NO PROCESSO,EVITANDO-SE A 
IMPRESCRITIBILIDADE DAS DÍVIDAS FISCAIS. PRECEDENTES. O 
SOBRESTAMENTO DO JULGAMENTO DE PROCESSOS EM FACE DE RECURSO 
REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC) SE APLICA APENAS AOS TRIBUNAIS DE 
SEGUNDA ESTÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DA FAZENDA DO ESTADO DE 
SÃO PAULO DESPROVIDO. 
1. Permitir que a pretensão de redirecionamento dependa de situações casuísticas 
conduziria, na prática, a uma quase imprescritibilidade da dívida tributária. Essa solução 
repugna ao ordenamento pátrio, pois traz, a reboque, a indesejável insegurança jurídica, 
já que o prazo prescricional dependeria de incontáveis fatos, nem sempre claros e, no 
mais das vezes, da apreciação subjetiva desses acontecimentos pelo Julgador. 
2. O Superior Tribunal de Justiça possui o firme entendimento de que a citação da 
sociedade executada interrompe a prescrição em relação aos seus sócios-gerentes para 
fins de redirecionamento da execução fiscal, que deverá ser promovida no prazo de cinco 
anos, prazo esse estipulado como medida de pacificação social e segurança jurídica, com 
a finalidade de evitar a imprescritibilidade das dívidas fiscais. 
3. No caso concreto, a citação da pessoa jurídica ocorreu em abril de 1999 e o pedido 
de redirecionamento foi feito apenas em maio de 2008, após 9 anos, estando, ao meu 
sentir, induvidosamente prescrita a pretensão fazendária. 
4. A Corte Especial firmou entendimento de que o comando legal que determina a 
suspensão do julgamento de processos em face de recurso repetitivo, nos termos do art. 
543-C, do CPC, somente é dirigido aos Tribunais de segunda instância, e não abrange os 
recursos especiais já encaminhados ao STJ. 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
5. Agravo Regimental da Fazenda do Estado de São Paulo desprovido. 
Anexo XIII 
REsp 1.371.128/RS 
DJe 17/09/2014 
 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL 
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. 
REDIRECIONAMENTO DE EXECUÇÃO FISCAL DE DÍVIDA ATIVA NÃO-
TRIBUTÁRIA EM VIRTUDE DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR DE PESSOA 
JURÍDICA. POSSIBILIDADE. ART. 10, DO DECRETO N. 3.078/19 E ART. 158, DA 
LEI N. 6.404/78 - LSA C/C ART. 4º, V, DA LEI N. 6.830/80 - LEF. 
1. A mera afirmação da Defensoria Pública da União - DPU de atuar em vários 
processos que tratam do mesmo tema versado no recurso representativo da controvérsia 
a ser julgado não é suficiente para caracterizar-lhe a condição de amicus curiae. 
Precedente: REsp. 1.333.977/MT, Segunda Seção, Rel. Min. Isabel Gallotti, julgado em 
26.02.2014. 
2. Consoante a Súmula n. 435/STJ: “Presume-se dissolvida irregularmente a empresa 
que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, 
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”. 
3. É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os respectivos cadastros, 
incluindo os atos relativos à mudança de endereço dos estabelecimentos e, especialmente, 
referentes à dissolução da sociedade. A regularidade desses registros é exigida para que se 
demonstre que a sociedade dissolveu-se de forma regular, em obediência aos ritos e 
formalidades previstas nos arts. 1.033 à 1.038 e arts. 1.102 a 1.112, todos do Código Civil 
de 2002 - onde é prevista a liquidação da sociedade com o pagamento dos credores em sua 
ordem de preferência - ou na forma da Lei n. 11.101/2005, no caso de falência. A 
desobediência a tais ritos caracteriza infração à lei. 
4. Não há como compreender que o mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja 
considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e 
não o seja para a execução fiscal de débito não-tributário. “Ubi eadem ratio ibi eadem legis 
dispositio”. O suporte dado pelo art. 135, III, do CTN, no âmbito tributário é dado pelo art. 
10, do Decreto n. 3.078/19 e art. 158, da Lei n. 6.404/78 - LSA no âmbito não-tributário, não 
havendo, em nenhum dos casos, a exigência de dolo. 
5. Precedentes: REsp. n. 697108 / MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino 
Zavascki, julgado em 28.04.2009; REsp. n. 657935 / RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori 
Albino Zavascki, julgado em 12.09.2006; AgRg no AREsp 8.509/SC, Rel. Min. Humberto 
Martins, Segunda Turma, DJe 4.10.2011; REsp 1272021 / RS, Segunda Turma, Rel. Min. 
Mauro Campbell Marques, julgado em 07.02.2012; REsp 1259066/SP, Terceira Turma, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, DJe 28/06/2012; REsp.n. º 1.348.449 - RS, Quarta Turma, Rel. 
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11.04.2013; AgRg no AG nº 668.190 - SP, Terceira 
Turma, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 13.09.2011; REsp. n.º 586.222 - 
SP, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23.11.2010; REsp 140564 / 
SP, Quarta Turma, Rel. Min. Barros Monteiro, julgado em 21.10.2004. 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
6. Caso em que, conforme o certificado pelo oficial de justiça, a pessoa jurídica 
executada está desativada desde 2004, não restando bens a serem penhorados. Ou seja, além 
do encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, não houve a reserva de bens 
suficientes para o pagamento dos credores. 
7. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e 
da Resolução STJ 08/2008. Acórdão Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são 
partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do Superior 
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o seguinte 
resultado de julgamento: “A Seção, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial 
e indeferiu os pedidos de intervenção no feito formulados pela Fazenda Nacional, Banco 
Central do Brasil e Defensoria Pública da União, nos termos do voto do Sr. Ministro 
Relator.” 
Anexo XIV 
REsp n. 672.962/CE 
Julgamento: 14/06/2005 
TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO SUJEITO A 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. NOVA ORIENTAÇÃO 
FIRMADA PELA 1ª SEÇÃO DO STJ NA APRECIAÇÃO DO ERESP 435.835/SC. LC 
118/2005: NATUREZA MODIFICATIVA (E NÃO SIMPLESMENTE 
INTERPRETATIVA) DO SEU ARTIGO 3º. INCONSTITUCIONALIDADE DO SEU 
ART. 4º, NA PARTE QUE DETERMINA A APLICAÇÃO RETROATIVA. 
ENTENDIMENTO CONSIGNADO NO VOTO DO ERESP 327.043/DF. 
COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS DE DIFERENTES ESPÉCIES. SUCESSIVOS 
REGIMES DE COMPENSAÇÃO. APLICAÇÃO RETROATIVA OU EXAME DA 
CAUSA À LUZ DO DIREITO SUPERVENIENTE. INVIABILIDADE. JUROS. 
1. Não viola o artigo 535 do CPC, nem importa negativa de prestação jurisdicional, 
o acórdão que, mesmo sem ter examinado individualmente cada um dos argumentos 
trazidos pelo vencido, adotou, entretanto, fundamentação suficiente para decidir de modo 
integral a controvérsia posta. 
2. A 1ª Seção do STJ, no julgamento do ERESP 435.835/SC, Rel. p/ o acórdão Min. 
José Delgado, sessão de 24.03.2004, consagrou o entendimento segundo o qual o prazo 
prescricional para pleitear a restituição de tributos sujeitos a lançamento por homologação 
é de cinco anos, contados da data da homologação do lançamento, que, se for tácita, 
ocorre após cinco anos da realização do fato gerador – sendo irrelevante, para fins de 
cômputo do prazo prescricional, a causa do indébito. Adota-se o entendimento firmado 
pela Seção, com ressalva do ponto de vista pessoal, no sentido da subordinação do termo 
a quo do prazo ao universal princípio da actio nata (voto-vista proferido nos autos do 
ERESP 423.994/SC, 1ª Seção, Min. Peçanha Martins, sessão de 08.10.2003). 
3. O art. 3º da LC 118/2005, a pretexto de interpretar os arts. 150, § 1º, 160, I, do 
CTN, conferiu-lhes, na verdade, um sentido e um alcance diferente daquele dado pelo 
Judiciário. Ainda que defensável a “interpretação” dada, não há como negar que a Lei 
inovou no plano normativo, pois retirou das disposições interpretadas um dos seus 
sentidos possíveis, justamente aquele tido como correto pelo STJ, intérprete e guardião 
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da legislação federal. Portanto, o art. 3º da LC 118/2005 só pode ter eficácia prospectiva, 
incidindo apenassobre situações que venham a ocorrer a partir da sua vigência. 
4. O artigo 4º, segunda parte, da LC 118/2005, que determina a aplicação retroativa 
do seu art. 3º, para alcançar inclusive fatos passados, ofende o princípio constitucional da 
autonomia e independência dos poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito adquirido, 
do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI). Ressalva, no particular, 
do ponto de vista pessoal do relator, no sentido de que cumpre ao órgão fracionário do 
STJ suscitar o incidente de inconstitucionalidade perante a Corte Especial, nos termos do 
art. 97 da CF. 
5. A compensação, modalidade excepcional de extinção do crédito tributário, foi 
introduzida no ordenamento pelo art. 66 da Lei 8.383/91, limitada a tributos e 
contribuições da mesma espécie. 
6. A Lei 9.430/96 trouxe a possibilidade de compensação entre tributos de espécies 
distintas, a ser autorizada e realizada pela Secretaria da Receita Federal, após a análise de 
cada caso, a requerimento do contribuinte ou de ofício (Decreto 2.138/97), com relação aos 
tributos sob administração daquele órgão. 
7. Essa situação somente foi modificada com a edição da Lei 10.637/02, que deu 
nova redação ao art. 74 da Lei 9.430/96, autorizando, para os tributos administrados pela 
Secretaria da Receita Federal, a compensação de iniciativa do contribuinte, mediante 
entrega de declaração contendo as informações sobre os créditos e débitos utilizados, cujo 
efeito é o de extinguir o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior 
homologação. 
8. Além disso, desde 10.01.2001, com o advento da Lei Complementar 104, que 
introduziu no Código Tributário o art. 170-A, segundo o qual “é vedada a compensação 
mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, 
antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial”, agregou-se novo requisito para 
a realização da compensação tributária: a inexistência de discussão judicial sobre os créditos 
a serem utilizados pelo contribuinte na compensação. 
9. Atualmente, portanto, a compensação será viável apenas após o trânsito em julgado 
da decisão, devendo ocorrer, de acordo com o regime previsto na Lei 10.637/02, isto é, 
(a)por iniciativa do contribuinte, (b)entre quaisquer tributos administrados pela Secretaria 
da Receita Federal, (c)mediante entrega de declaração contendo as informações sobre os 
créditos e débitos utilizados, cujo efeito é o de extinguir o crédito tributário, sob condição 
resolutória de sua ulterior homologação. 
10. É inviável, na hipótese, apreciar o pedido à luz do direito superveniente, porque 
os novos preceitos normativos, ao mesmo tempo em que ampliaram o rol das espécies 
tributárias compensáveis, condicionaram a realização da compensação a outros 
requisitos, cuja existência não constou da causa de pedir e nem foi objeto de exame nas 
instâncias ordinárias. 
11. No caso concreto, tendo em vista o regime normativo vigente à época da 
postulação (1999), não poderia o pedido ser atendido. Todavia, por força do princípio da 
vedação da reformatio in pejus, deve prevalecer o entendimento esposado no acórdão 
recorrido, no sentido de possibilitar a compensação dos valores indevidamente recolhidos 
a título de CSLL apenas com parcelas da própria CSLL, o que, evidentemente, não 
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compromete o eventual direito da impetrante de proceder à compensação dos créditos na 
conformidade com as normas supervenientes, se atender aos requisitos próprios. 
12. Nos casos de repetição de indébito tributário, a orientação prevalente no âmbito 
da 1ª Seção quanto aos juros pode ser sintetizada da seguinte forma: (a) antes do advento 
da Lei 9.250/95, incidia a correção monetária desde o pagamento indevido até a 
restituição ou compensação (Súmula 162/STJ), acrescida de juros de mora a partir do 
trânsito em julgado (Súmula 188/STJ), nos termos do art. 167, parágrafo único, do CTN; 
(b) após a edição da Lei 9.250/95, aplica-se a taxa SELIC desde o recolhimento indevido, 
ou, se for o caso, a partir de 1º.01.1996, não podendo ser cumulada, porém, com qualquer 
outro índice, seja de atualização monetária, seja de juros, porque a SELIC inclui, a um só 
tempo, o índice de inflação do período e a taxa de juros real. 
13. Recurso especial adesivo não conhecido. 
14. Recursos especiais a que se nega provimento. 
Anexo XV 
RE n. 566.621/RS (REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO) 
DJ 11/10/2011 
DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO 
RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005 – DESCABIMENTO – 
VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA 
VACACIO LEGIS – APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU 
COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 
DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação 
da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por 
homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados 
do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, 
e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou 
inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 
anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, 
inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à 
autonomia e independência dos poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa 
também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, 
validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou 
compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, 
pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a 
aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, 
sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança 
jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. 
Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da 
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a 
vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da 
Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não 
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações 
necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, 
não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior 
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extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei 
geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a 
inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a 
aplicação do novo prazo de 5 anos tão somente às ações ajuizadas após o decurso da 
vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-
B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido. 
Anexo XVI 
REsp n. 1.110.578/SP 
Julgamento: 21/05/2010 
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, 
DO CPC. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. 
TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. 
TERMO INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. TRIBUTO SUJEITO A 
LANÇAMENTO DE OFÍCIO. 
1. O prazo de prescrição quinquenal para pleitear a repetição tributária, nos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício, é contado da data em que se considera extinto o crédito 
tributário, qual seja, a data do efetivo pagamento do tributo, a teor do disposto no artigo 
168, inciso I, c.c artigo 156, inciso I, do CTN. (Precedentes: REsp 947.233/RJ, Rel.Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe 10/08/2009; 
AgRg no REsp 759.776/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 17/03/2009, DJe 20/04/2009; REsp 857.464/RS, Rel. Ministro TEORI 
ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 02/03/2009; 
AgRg no REsp 1072339/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 03/02/2009, DJe 17/02/2009; AgRg no REsp. 404.073/SP, Rel. Min. 
HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJU 31.05.07; AgRg no REsp. 732.726/RJ, 
Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Primeira Turma, DJU 21.11.05). 
2. A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle 
concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em 
controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em 
relação aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos 
tributos sujeitos ao lançamento de ofício. (Precedentes: EREsp 435835/SC, Rel. Ministro 
FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministro JOSÉ DELGADO, 
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/03/2004, DJ 04/06/2007; AgRg no Ag 803.662/SP, 
Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ 
19/12/2007). 
3. In casu, os autores, ora recorrentes, ajuizaram ação em 04/04/2000, pleiteando a 
repetição de tributo indevidamente recolhido referente aos exercícios de 1990 a 1994, 
ressoando inequívoca a ocorrência da prescrição, porquanto transcorrido o lapso temporal 
quinquenal entre a data do efetivo pagamento do tributo e a da propositura da ação. 
4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC 
e da Resolução STJ 08/2008. 
Módulo Exigibilidade do Crédito Tributário 
Anexo XVII 
CARF - Acórdão n. 1402-000.481 
Julgamento: 29/03/2011 
DECADÊNCIA – RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO – NORMA SUSPENSA POR 
RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL – CSL DO ANO DE 1988 – RESOLUÇÃO 
11/95 – Nos casos de declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, 
ocorre a decadência do direito à repetição do indébito depois de 5 anos da data de trânsito 
em julgado da decisão proferida em ação direta ou da publicação da Resolução do Senado 
Federal que suspendeu a lei com base em decisão proferida no controle difuso de 
constitucionalidade. Somente a partir desses eventos é que o valor recolhido torna-se 
indevido, gerando direito ao contribuinte de pedir sua restituição. Assim, no caso da CSL 
do ano de 1988, cuja norma legal foi suspensa pela Resolução n. 11/95, o prazo extintivo 
do direito tem início na data de sua publicação, 4 de abril de 1995. Recurso Voluntário 
Provido em Parte. 
 
	SEMINÁRIO III - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
	Anexo II REsp n. 973.733/SC
	Anexo III AgRg no REsp n. 1.448.906/MG
	Anexo IV AgRg no REsp n. 1.523.619/MG
	Anexo V AgRg no REsp n. 1.231.334/DF
	Anexo VI TST – RR n. 3673320145030096
	Anexo VII Súmula do CARF n. 11
	Anexo VIII CARF - Acórdão n. 1402-001.761
	Anexo IX AgRg no AI n. 1.064.643/SP
	Anexo X REsp 1.340.553
	Anexo XI AgRg no AREsp n. 88.249/SP
	Anexo XII AgRg no Ag n. 1.297.255/SP
	Anexo XIII REsp 1.371.128/RS
	Anexo XIV REsp n. 672.962/CE
	Anexo XV RE n. 566.621/RS (REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO)
	Anexo XVI REsp n. 1.110.578/SP
	Anexo XVII CARF - Acórdão n. 1402-000.481

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