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CASO 5

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CASO CONCRETO 5 - DIREITO PENAL IV
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus-tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta.
A capitulação referente a conduta de Romoaldo não está correta, porque os crimes de maus-tratos caracteriza-se pelo excesso de disciplina aplicado por seus responsáveis, expor para Guilherme de Souza Nucci “significa colocar em risco, sujeitar alguém a uma situação que inspira cuidado, sob pena de sofrer um mal.” O dolo presente no tipo penal de maus tratos é de expor a perigo, já na tortura o dolo é o dano, causar dano. Neste caso concreto, o padrasto causou intenso sofrimento à vítima, caracterizando o crime de tortura, Lei 9455/97.
 QUESTÃO OBJETIVA Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que:
 a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime hediondo. 
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
 c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455

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