Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Materiais de Construção Prof. Aline Fernandes de Oliveira, Arquiteta Urbanista 2010 AGREGADOS AGREGADOS Prof. Aline Fernandes DEFINIÇÃO É o material particulado, incoesivo, de atividade química praticamente nula, constituído de misturas de partículas cobrindo extensa gama de tamanhos. CLASSIFICAÇÃO Segundo a origem: Naturais: os que já se encontram em forma particulada na natureza – areia e cascalho. Industrializados: os que têm sua composição particulada obtida por processos industriais. A matéria prima pode ser rocha, escória de alto forno e argila. Segundo a dimensão das partículas: Miúdo: as areias Graúdo: os cascalhos e as britas AGREGADOS Prof. Aline Fernandes CLASSIFICAÇÃO AGREGADOS Prof. Aline Fernandes CLASSIFICAÇÃO Quanto a composição mineralógica: Ígneas: Basalto Granito AGREGADOS Prof. Aline Fernandes CLASSIFICAÇÃO Quanto a composição mineralógica: Sedimentares: Arenito Calcário AGREGADOS Prof. Aline Fernandes CLASSIFICAÇÃO Quanto a composição mineralógica: Metamórficas: Ardósia Mármore Gnaisse AGREGADOS Prof. Aline Fernandes CLASSIFICAÇÃO Quanto a composição mineralógica Quadro resumo: AGREGADOS NATURAIS AREIA AREIA Prof. Aline Fernandes CONCEITO: As areias são definidas como materiais granulares miúdos de origem natural, ou seja, resultante da ação da fragmentação natural de agentes da natureza encontrados sob a forma de agregados. ORIGENS: De rio: depósitos sedimentares que se formam nos leitos de alguns rios. De cava: depósitos aluvionares em fundos de valas cobertos por capa de solo. De escória: a escória de alto forno, granulada, é a que é resfriada bruscamente por jato de água, fragmentando-se em grãos. De praias e dunas: as areias das praias brasileira não se usam, em geral, para o preparo de concreto por causa de sua grande finura e teor de cloreto de sódio. O mesmo ocorre com as areias de dunas próximas do litoral. AREIA Prof. Aline Fernandes GRANULOMETRIA: O agregado é formado por mistura de extensa gama de tamanhos. A verificação do diâmetro dos grãos é feita por peneiras. No Brasil, essas peneiras são regulamentadas – Peneiras de Malhas Quadradas para Análise Granulométrica dos Solos. Se um determinado agregado é retido em peneira (malhas quadradas) de abertura de dimensão a e passa na peneira de abertura de dimensão b, pode ser denominado agregado a/b. Esta relação denomina-se graduação do agregado, recebendo as dimensões a e b o nome genérico de diâmetro. AREIA Prof. Aline Fernandes PENEIRAS: As peneiras são denominadas pelas dimensões nominais das aberturas, expressa em milímetros. Coleção de peneiras que atendem à NBR 5734 com as seguintes aberturas nominais, em mm: 76; 38; 19; 9,5; 4,8; 2,4; 1,2; 0,6; 0,3; 0,15. Série intermediária de peneiras: Coleção de peneiras que atendem à NBR 5734 com as seguintes aberturas nominais em mm: 64; 50; 32; 25; 12,5; 6,3. DENSIDADE: A areia apresenta uma densidade real, que varia entre 2,6 e 2,65; é a densidade do grão, isoladamente. Apresenta também uma densidade aparente, que varia entre 1,25 e 1,70; é a densidade do conjunto, considerando aí também os vazios existentes. AREIA Prof. Aline Fernandes UMIDADE: A areia é muito higroscópica; sua superfície, sendo grande em relação ao volume, retém muita água de aderência. No seu estado natural é bastante úmida, variando muito este grau de umidade. Chama-se teor de umidade ao valor expresso em porcentagem, sendo Pu e Ps os pesos da mesma porção de areia úmida e seca, respectivamente. Em obras de responsabilidade e controle é de máximo interesse o conhecimento do grau de umidade. Isso porque, nos concretos dosados racionalmente, um dos fatores de maior importância é a relação água-cimento. É preciso então se conhecer o teor de umidade de uma areia para se corrigir a quantidade de água necessária para se obter o fator água-cimento estabelecido. 100 Ps PP H su AREIA Prof. Aline Fernandes INCHAMENTO: Abaixo se mostra os pesos de 1 litro dos diversos tipos de areias, em média, secas e úmidas: A diferença entre os pesos seco e úmido é devida ao inchamento. Quando a umidade superficial aumenta, envolvendo os grãos de areia, afasta uns dos outros, aumentando o volume de vazios e, portanto, o volume total. Como a água é mais leve do que a areia, resulta diminuição de peso na unidade de volume. seca úmida a 4% Areia grossa Areia média Areia fina 1,45 1,418 1,300 1,26 1,12 0,986 AREIA Prof. Aline Fernandes O inchamento é referido ao volume da areia seca e na unidade de volume que se quer indicar em porcentagem, sendo Vs e Vu, respectivamente, os volumes de areia seca e na unidade considerada. COEFICIENTE DE VAZIOS: A areia é um material granuloso. Como tal, apresenta um grande volume de vazios em seu meio. O coeficiente de vazios é a relação entre o volume de vazios Av e o volume total aparente Aa: a v v A A C 100 s su V VV I A areia, usada como agregado miúdo é bastante utilizada na confecção de argamassas e concretos. Além disso, contribuem para o aumento da resistência ao desgaste do cimento, melhora da trabalhabilidade e aumento da resistência ao fogo. A tabela abaixo mostra os tipo de areia: AREIA Prof. Aline Fernandes AREIA FINA: Produto utilizado na construção civil empregada principalmente em argamassas de reboco interno, externo e tetos, concreto usinado e entre outros mais. AREIA Prof. Aline Fernandes AREIA MÉDIA: empregada na maior parte das vezes nas confecções de estruturas pré- moldadas, assentamento de pisos e tijolos, concreto, argamassas de assentamento e revestimento. AREIA Prof. Aline Fernandes AREIA GROSSA: Usada na construção se destaca para reboco rústico, argamassa de assentamento, concreto, chapisco e também na construção de quadras de futebol e vôlei, etc. AREIA Prof. Aline Fernandes AREIA SECA BENEFICIADA INDUSTRIALMENTE: Usada para fabricação de vidros especiais, produtos químicos, produção de moldes de fundição, argamassas colantes e argamassas e concretos especiais usinados ou para o uso direto na obra. AREIA Prof. Aline Fernandes AGREGADOS ARTIFICIAIS AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes DEFINIÇÕES a. Brita. Agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorrem em depósitos geológicos – jazidas, pelo processo industrial de cominuição, ou fragmentação controlada da rocha maciça. b. Pedra britada. Brita produzida em cinco graduações, denominadas, em ordem crescente de diâmetros médios: pedrisco, pedra 1, pedra 2, pedra 3 e pedra 4, designadas por pd, p1, p2, p3 e p4. Prof. Aline Fernandes Definições c. Pó de pedra. Material mais fino que o pedrisco. Sua graduação genérica, mas não rigorosa, é 0/4,8. Usado na produção de asfalto e na fabricação de blocos d. Areia de brita. Agregado obtido dos finos resultantes da produção de brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15mm. Sua graduação é 0,15/4,8. Usado na prod. de blocos e na construção civil. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes Definições e.Fíler. Agregado de graduação 0,005/0,075. Seus grãos são da mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento. f. Bica-corrida. Material exclusivamente de produtos de britagem, normalmente não possui uma granulometria definida. É usado como material de base e sub- base para pavimentação de estradas e pisos de concreto. A composiçãogranulométrica deste material está vinculada ao tipo de rocha, alterando conforme a extração da lavra, podendo enquadrar em uma das faixas, de acordo com o projeto. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes Definições g. Rachão. Agregado constituído do material que passa no britador primário e é retido na peneira de 76mm. É a fração acima de 76mm da bica-corrida primária. A NBR-9935 define rachão como “pedra de mão”, de dimensões entre 76 e 250mm. h. Restolho. Material granular, de grãos em geral friáveis. Pode conter uma parcela de solo. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes Definições i. Blocos. Fragmentos de rocha de dimensões acima do metro, resultante dos fogos de bancada (detonação), que, depois de reduzidos em tamanho, vão abastecer o britador primário. AGREGADOS ARTIFICIAIS BRITA Prof. Aline Fernandes BRITA - Brita é o agregado graúdo originado através da britagem de rocha. PROCESSO DE BRITAGEM - A pedra britada ou brita é obtida em uma unidade industrial (mineradora) denominada pedreira, onde ocorre a desintegração, por explosão controlada, da rocha que dá origem à brita (no caso granito). - Após a detonação da rocha matriz, grandes pedaços são transportados para serem triturados em equipamento chamado britador (razão do nome brita). Por fim, a brita é passada em peneiras onde é classificada de acordo com sua granulometria (brita 0, 1, 2, 3, etc). AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes PROCESSO DE BRITAGEM Desmonte de rochas, através da perfuração executadas por perfuratrizes pneumáticas, carregamento de explosivos e detonações das mesmas. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes PROCESSO DE BRITAGEM Após a „quebra‟ o transporte é feito por caminhões „fora de estrada‟ AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes PROCESSO DE BRITAGEM CAMINHÕES „FORA DE ESTRADA‟ AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes PROCESSO DE BRITAGEM Quando a pedra estiver do tamanho necessário para a primária britagem, ela vai para um esteira onde promove a classificação inicial do material. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes PROCESSO DE BRITAGEM PENEIRA PRIMÁRIA E PENEIRA CLASSIFICATÓRIA AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA - As britas são indicadas, essencialmente, quando utilizadas na confecção do concreto, para redução de custo, tendo em vista tratar-se de materiais de baixo custo unitário, inferior ao do cimento, aumento da resistência ao desgaste e aumento da resistência ao fogo. - Indicadas também para soluções construtivas e paisagísticas eficazes na área da engenharia e arquitetura, como paisagismo, elementos decorativos, etc. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA São apresentados abaixo os tipos de britas mais utilizadas comercialmente, classificadas quanto à dimensão dos grãos. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA BRITA Nº 0 - MALHA 12 MILÍMETROS PRODUTO DE DIMENSÕES REDUZIDAS, EM RELAÇÃO A BRITA-1, É MUITO REQUISITADO NA FABRICAÇÃO DE VIGAS E VIGOTAS, LAJES PRÉ-MOLDURADAS, INTERTRAVADOS, TUBOS, BLOCOS, BLOQUETES, PARALELEPÍPEDOS DE CONCRETOS, CHAPISCOS E ACABAMENTOS EM GERAL. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA BRITA 1 - MALHA 24 MILÍMETROS É O PRODUTO MAIS UTILIZADO PELA CONSTRUÇÃO CIVIL, MUITO APROPRIADO PARA FABRICAÇÃO DE CONCRETO PARA QUALQUER TIPO DE EDIFICAÇÃO DE COLUNAS, VIGAS E LAJES ASSIM COMO EM DIVERSAS APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES DE GRANDE PORTE. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA BRITA 2 - MALHA 30 MILÍMETROS É VOLTADO PARA FABRICAÇÃO DE CONCRETO, QUE EXIJAM MAIS RESISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE EM FORMAS PESADAS. USADA PARA PARA FABRICAÇÃO DE CONCRETO BRUTO, PARA MAIOR RESISTÊNCIA, NA CONSTRUÇÃO DE FUNDAÇÕES E PISOS DE MAIOR ESPESSURA. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA BRITA 3 - MALHA 38 MILÍMETROS MUITO CONHECIDA COMO PEDRA DE LASTRO POIS É CONSTANTEMENTE UTILIZADA EM ATERRAMENTOS E NIVELAMENTOS DE ÁREAS FERROVIÁRIAS E DRENOS. AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA AGREGADOS ARTIFICIAIS Prof. Aline Fernandes BRITA AGREGADOS ARTIFICIAIS AGREGADOS INDUSTRIALIZADOS AGREGADOS INDUSTRIALIZADOS Prof. Aline Fernandes PODEM SER: 1. Leves = argila expandida, escória de alto forno, vermiculita 2. Pesados = hematita, barita AGREGADOS INDUSTRIALIZADOS Prof. Aline Fernandes ARGILA EXPANDIDA . A argila é um material muito fino, constituído de grãos. . Para se prestar para a produção de argila expandida, precisa ser dotada da propriedade de piroexpansão, isto é, de apresentar formação de gases quando aquecida a altas temperaturas (acima de 1000oC). Nem todas as argilas possuem essa propriedade. . O principal uso = como agregado leve para concreto, seja concreto de enchimento, seja concreto estrutural ou pré-moldados – com resistência de até fck30MPa. O concreto de argila expandida, além da baixa densidade de 1,0 a 1,8, apresenta muito baixa condutividade térmica – cerca de 1/15 da do concreto de britas de granito. . Blocos e painéis pré-moldados usando argila expandida prestam-se bem a ser usados como isolantes térmicos ou acústicos, no que são auxiliados pela baixa densidade do material, que pode variar de 6 a 15 kN/m3, contra 26 do concreto de brita de granito ou de basalto. AGREGADOS INDUSTRIALIZADOS Prof. Aline Fernandes ESCÓRIA DE ALTO FORNO . Resíduo resultante da produção de ferro gusa em altos-fornos, constituído basicamente de compostos oxigenados de ferro, silício e alumínio. . A escória simplesmente resfriada ao ar, ao sair do alto forno (escória bruta), uma vez britada, pode produzir um agregado graúdo. Normalmente, após receber um jato de vapor, a escória é resfriada com jatos de água fria, produzindo-se, então, a escória expandida, de que resulta um agregado da ordem de 12,5/32mm. Quando é imediatamente resfriada em água fria, resulta a escória granulada, que permite obter um agregado miúdo de graduação 0/4,8mm, aproximadamente. . A escória granulada é usada na fabricação do cimento Portland de alto-forno. . Usa-se a escória expandida como agregado graúdo e miúdo no preparo de concreto leve em peças isolantes térmicas e acústicas, e também em concreto estrutural, com resistência a 28 dias da ordem de 8-20 MPa e densidade da ordem de 1,4. AGREGADOS INDUSTRIALIZADOS Prof. Aline Fernandes VERMICULITA . É um dos muitos minérios da argila. . A vermiculita expandida tem os mesmos empregos da argila expandida. HEMATITA . A hematita britada constitui os agregados miúdo e graúdo que são usados no preparo do concreto de alta densidade (dito “concreto pesado”) destinado à absorção de radiações em usinas nucleares (escudos biológicos ou blindagens). . O grau de absorção cresce com o aumento da densidade do concreto BARITA . Pela sua alta densidade, a barita também é usada no preparo de concretos densos.
Compartilhar