Buscar

Direito Constitucional MAPA MENTAL Prof Nelma Fontana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 156 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 156 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 156 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 1 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 01 - 27/01/2012 
I - Teoria Geral do Direito Constitucional 
 
1. Direito: 
 
1.1 Natural – direito do homem, inerente a condição humana. Está acima das próprias 
leis, nasce da dignidade da pessoa humana. 
 
Ex.: Eu não preciso de uma lei que diga que é meu direito me 
alimentar. É inerente à condição humana que eu tenha esse direito. 
 
1.2 Positivo – nasce de um conjunto de regras de caráter obrigatório extraídas da 
norma fundamental. É a sistematização das regras, de normas, que tem caráter 
obrigatório. É a lei em seu sentido amplo (leis, normas, regulamentos, etc.) 
 
 
Obs.1: 
 Norma fundamental é a vontade do povo, vontade da maioria. 
 
 
Questão de prova 
 
CESPE 
Item: No Brasil o direito alienígena se sobrepõe ao direito interno. 
Resposta: Errado, pois a lei estrangeira não se sobrepõe à lei interna. 
 
CESPE/ABIN 
Item: É compatível com Estado de Direito o Estado Policial. 
Resposta: Errado. São conceitos diferentes. 
Comentários: 
 Estado de Direito – o estado obedece às leis. 
Estado Policial – prevalece à força 
 
O direito positivo pode ser Público ou Privado: 
 
1.2.1 Público – De todos para todos, o estado se sobrepõe à vontade dos 
demais. Prevalece a vontade coletiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.2 Privado – O estado só atua se for provado, chamado. 
 
 
 
 
 
 
Estado 
João José 
Ex: João tenta matar José, mas 
João perdoa José. Mesmo assim o 
Estado entra atuando, independente 
das partes. 
Ex: João dá um calote em José. O 
Estado só atua se José acionar João 
na justiça. 
Estado 
José João 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 2 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
2. Direito Constitucional 
 
2.1 Conceito – ramo do direito positivo público que organiza o Estado nos mais vários 
aspectos. 
 
Obs.2: 
 Constituição � Constitui algo. 
 
 
3. Conceitos de Constituição 
 
3.1 Sentido Sociológico � Ideia defendida por Ferdinand Lasalle , para o qual, a 
constituição não é lei, é fator de poder . Ou seja, a organização completa, 
sociológica do Estado. 
 
3.2 Sentido Político � Ideia defendida por Carl Shimitt, para quem, a constituição é 
a organização política do Estado . 
 
3.3 Sentido Material � é a que é reconhecida por assunto, pois trata de toda 
estrutura fundamental do Estado – organização política, organização 
administrativa, direitos fundamentais. 
 
3.4 Sentido Formal � Constituição é lei , cujo assunto é irrelevante, importa apenas 
a forma utilizada para colocá-lo na constituição. 
 
3.5 Sentido Jurídico � Ideia defendida por Hans Kelsen , para o qual, a constituição é 
a lei suprema do estado , independentemente do assunto que trata, da forma 
como foi feita ou de qualquer ideologia. 
 
 
Obs.3: 
 Norma programática � norma de aplicação futura. 
 
Obs.4: 
 Constituição programática � NÃO EXISTE ISSO, pois a 
constituição cria o Estado e não se pode criar o Estado para o futuro, 
mas uma constituição pode possuir normas programáticas. 
 
 
� Não há certo e errado nos conceitos de Constituição. Qualquer um dos pontos 
de vistas é considerado correto de acordo com cada autor. 
� Analisando a constituição brasileira, pode-se chegar à conclusão que o sentido 
que mais se adéqua a ela é o Sentido Formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir do 
sentido 
Político, 
surgem os 
sentidos: 
Material e 
Formal de 
constituição. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 3 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Questão de prova 
 
CESPE/TER-GO 
Item: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considere que esse símbolo seja o ordenamento jurídico brasileiro, onde se 
encontra a CF e porque. 
Resposta: Tronco. 
Comentários: 
 É a CF que dá sustentação e “alimenta” os ramos do direito. 
 
 
4. Classificação das Constituições (Segundo José Afonso da Silva) 
 
4.1 Quanto ao Conteúdo 
 
4.1.1 Material: é aquela que só trota de assuntos essenciais, fundamentais 
para a existência do Estado (organização Política, administrativa). 
 
Ex.: EUA. 
 
4.1.2 Formal: é aquela que o assunto é irrelevante, importando apenas a 
forma como foi criada. 
 
Ex.: Brasileira. 
 
Questão de prova 
 
Item: A constituição material tem mais estabilidade que a formal. 
Resposta: Certo. 
Comentário: Pois por ter menos conteúdo as chances de alterações são 
menores. 
 
ESAF 
Item: Uma constituição possui conteúdos relativos à organização política e 
administrativa do Estado, outras normas só são consideradas 
constitucionais pelo sentido formal. 
Resposta: Certo. 
Comentário: Não que a Constituição possa ser material e formal ao mesmo 
tempo, mas o conteúdo só é considerado constituição por estar na 
constituição, pois não é de material constitucional. 
 
 
Povo. 
Constituição
. 
Direito Administrativo; 
Direito Penal; 
Etc. 
 
A 
constituição 
Material, só 
pode ser 
escrita. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 4 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
4.2 Quanto à apresentação 
 
 
Obs.5: 
 A Constituição Escrita pode ser material ou formal e a não 
escrita só poderá ser material. 
 
 
4.2.1 Escrita: está organizada em um documento. 
 
Ex.: Brasileira. 
 
Esquema 01. 
 
 
 
 Um único texto trazendo tudo que trata de matéria constitucional. 
 
 
 
 
 
4.2.2 Não escrita: (costumeira, consuetudinária - tradicional) Está 
organizada em mais de um documento. Essa não poderá ser formal, 
pois nessa só é considerada matéria constitucional, assuntos que 
tratem de temas fundamentais para a existência do Estado. 
 
Ex.: Inglesa. 
 
Esquema 02. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As matérias constitucionais estão espalhadas por diversos textos, leis esparsas. 
 
 
Questão de prova 
 
Item: É certo que a constituição material é consuetudinária. 
Resposta: Errado. 
Comentário: Errado, a constituição material pode ser consuetudinária (não 
escrita) ou escrita. 
 
 
 
Constituição 
Federal 
A 
Lei – A 
Todo seu conteúdo é 
constitucional 
B 
Lei – B 
Tem conteúdo constitucional 
e conteúdo não 
C 
Lei – c 
Não possui conteúdo 
constitucional 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 5 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Item: É certo que a constituição consuetudinária é material. 
Resposta: Certo. 
Comentário: a constituição consuetudinária (não escrita) só pode ser 
material. 
 
4.3 Quanto ao modo de elaboração 
 
4.3.1 Dogmática: é a mesma escrita. 
 
Ex.: Brasileira. 
 
4.3.2 Histórica: é a mesma não escrita . 
 
Ex.: Inglesa. 
 
4.4 Quanto à extensão 
 
4.4.1 Analítica: é uma constituição grande, extensa, pois trata de temas 
variados. � é a mesma formal. 
 
Ex.: Brasileira. 
 
4.4.2 Sintética: é concisa, resumida, pois só trata de assuntos fundamentais. 
� é a mesma material. 
 
Ex.: EUA. 
 
 
Obs.6: 
 A quantidade de artigo não interfere na extensão da 
Constituição, o que interfere são os assuntos. 
 
 
Questão de prova 
 
Item: É típico, de constituições analíticas, conter normas programáticas em 
seu texto. 
Resposta: Correto. 
Comentário: pois por tratar de muitos assuntos pode tratar inclusive de 
temas futuros. 
 
4.5 Quanto à origem 
 
4.5.1 Outorgada: é uma constituição imposta ao povo. 
 
Ex.: Brasileira de 1824. 
 
4.5.2 Promulgada: é feita por representantes do povo. 
 
Ex.: Brasileira 1988. 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 6 ~ 
Anotações de Lílian BatistaRibeiro 
 
 
Obs.7: 
 A Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada, que 
estabeleceu limite temporal para sua modificação, além de adotar o 
voto censitário (que diferencia o cidadão pela capacidade econômica). 
 
 A Constituição Brasileira de 1891 foi promulgada, acabou com o 
voto censitário e foi a primeira constituição brasileira à: 
 
 �Ser promulgada; 
 �Ser republicana; 
 �À adotar a democracia como regime político; 
 �Estabelecer o presidencialismo; 
 �Estabelecer a forma federativa de estado; 
 
 A Constituição Brasileira de 1934 foi promulgada e foi a primeira 
constituição brasileira à falar sobre direitos sociais e ela foi criada para 
tal. Foram criados os primeiros direitos trabalhistas. Foi a primeira 
constituição à permitir que a mulher e os analfabetos pudessem votar. 
 
 A Constituição Brasileira de 1937 foi outorgada, criada na era 
Vargas, vem para “fazer o país crescer”, acaba com a democracia, com 
as liberdades individuais e proibiu o judiciário de analisar questões 
políticas. 
 
 A Constituição Brasileira de 1946 foi promulgada, que 
restabeleceu a democracia, as liberdades individuais e consolidou o 
poder judiciário. 
 
A Constituição Brasileira de 1967 foi outorgada. Os militares 
estavam dentro do CN exigindo a aprovação da constituição e se essa 
não fosse aprovada o CN seria fechado. 
 
A Constituição Brasileira de 1967/69 houve alterações 
significativas no Estado e foi realizada uma Emenda à Constituição de 
1967, mas alguns autores dizem que foi uma nova constituição. Pode 
cair da mesma forma na prova. Por isso vamos trabalhar com a de 
1967 e a de 1969 sempre como uma podendo ser duas, ou seja 
1967/69. 
 
A Constituição Brasileira de 1988 é uma das melhores 
constituições do mundo. Um dos fatores é que o Brasil é um dos poucos 
países que adotam a democracia semi-direta, onde o povo pode 
exercer o direito por meio de representantes ou diretamente 
(plebiscito, referendo). Outro fator é que o direito ao voto é clausula 
pétrea. 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 7 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 02 - 03/02/2012 
 
4. Classificação das Constituições (Segundo José Afonso da Silva) – Continuação. 
 
 
Obs.8: Constituição cesarista � é aquela submetida à consulta 
popular. 
 
 
4.6 Quanto à estabilidade 
 
4.6.1 Imutável: é uma constituição que não admite nenhum tipo de 
modificação. 
 
Ex.: Não há nenhum exemplo. 
 
Os países árabes tem o alcorão como lei maior, mas não se 
considera o alcorão como uma constituição, pois o alcorão está no 
campo religioso, alguns países árabes já tem um documento 
formalizado como constituição outros não,mas o modelo dessa 
classificação são classificações de constituições ocidentais, o modelo 
oriental é diferenciado. 
 
4.6.2 Rígida: admite modificações em seu texto, mas exige para tal um 
processo legislativo bem mais complexo do que o utilizado para 
alterações de outras leis. Essa só pode ser escrita. 
 
Esquema 03. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: Brasileira 1988. 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
 
 
a 
Lei 
 
-a 
CONSTITUIÇÃO 
 
 
a 
Lei 
 
-a 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 8 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
Obs.9: da rigidez constitucional, surge o principio da supremacia 
formal da constituição. 
 
Supremacia da Constituição: 
 
 Material – todas as constituições possuem, é o 
reconhecimento das normas constitucionais. 
 
 Formal – há em constituições rígidas e na parte rígida da 
constituição semirígida, é a supremacia na forma de modificação da 
constituição. 
 
Obs.10: Segundo Alexandre de Morais a atual constituição brasileira é 
classificada como super-rígidas ou semi-imutáveis, porque contém 
cláusulas pétreas no seu texto. 
 
 
4.6.3 Flexível: admite modificações em seu texto, utilizando o mesmo 
procedimento aplicado para a atualização das demais leis. 
 
Esquema 04. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: Inglesa. 
 
4.6.4 Semirígida ou semiflexível: parte do texto exige um procedimento 
complexo de modificação e outra parte um procedimento simplificado. 
 
 
Obs.11: Não confundir Semirígida ou semiflexível com super-rígidas 
ou semi-imutáveis são diferentes. 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO 
 
a 
Lei 
 
-a 
CONSTITUIÇÃO 
 
a 
Lei 
 
-a 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 9 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Esquema 05. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: Constituição Brasileira de 1824. 
 
4.7 A constituição Brasileira de 1988 é: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
romulgada 
 
scrita 
 
ogmática 
 
ígida 
 
nalítica 
 
CONSTITUIÇÃO 
 
a - rígido 
b - flexível 
Lei 
 
-a 
CONSTITUIÇÃO 
 
a - rígido 
b - flexível 
 
Lei 
 
-a 
CONSTITUIÇÃO 
 
a - rígido 
b - flexível 
Lei 
 
-b 
CONSTITUIÇÃO 
 
a - rígido 
b - flexível 
 
Lei 
 
-b 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 10 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
II – Poder Constituinte 
 
1. Conceito: é o que cria ou atualiza uma constituição. 
 
1.1 Titularidade – a titularidade desse poder é do povo. 
1.2 Exercício – quem o exerce são os representantes eleitos pelo povo. 
 
2. Espécies: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.1 Originário (Cria) 
 
�Histórico – é o que cria a primeira constituição 
do país; 
Ex.: Constituição Brasileira de 1824 
 
�Revolucionário – é o que cria nova constituição. 
 Ex.: Constituições Brasileiras de: 1891, 
1934, 1937, 1946, 1967/69, 1988. 
 
Principais Características: 
 
�*** Ilimitado***; 
 
Tese Jus Naturalista - para essa corrente o 
poder constituinte originário é ilimitado, porém tal 
característica é apenas relativa, já que regras 
internacionais e os direitos humanos impõem ao 
poder restrições. 
 
Tese Jus Positivistas - para essa corrente o 
poder constituinte originário é absolutamente 
ilimitado. O Brasil adota o Jus Positivismo. 
 
� vale o que esta posto, vale o que está 
escrito. 
 
� Essa é a teoria aceita hoje, no Brasil. E não 
é porque o Brasil tem uma constituição que 
acolhe os direitos fundamentais que ele não é 
adotado a Tese Jus Positivistas. Que bom que a 
CF brasileira prima por esses direitos, mas se 
houvesse uma nova constituição criada hoje, 
essa, poderia alterar tudo e não respeitar esses 
direitos fundamentais. 
 
�Incondicionado; 
�Insubordinado; 
�Inicial; 
�Autônomo; 
�***Permanente***. 
� Pois, pode se manifestar à 
qualquer tempo. 
2.2 Derivado (Atualiza a CF ou cria a 
CE – Constituição Estadual) 
 
� Reformador; 
� Revisor; 
� Decorrente; 
� Difuso. 
 
Principais Características: 
 
�Limitado 
� Condicionado; 
�Subordinado; 
�Secundário; 
�Dependente; 
�***Permanente***. 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 11 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
3. Poder Derivado Reformador 
 
3.1 Emendas – Art. 60 – C.F 
 
3.1.1 Iniciativa 
 
���� Presidente da República 
���� 1/3 da câmara; 
���� 1/3 do senado; 
���� Mais da metade das assembléias legislativas manifestando-se, cada 
uma delas pela maioria relativa dos seus membros. 
 
3.1.2 Aprovação: 
 
���� Quorum de 3/5 do total de membros da casa 
���� Votação de dois turnos em cada casa.Atenção!!! 
3/5 é mais que maioria absoluta. 
 
3.1.3 Bicameral 
 
���� Passa pela câmara e pelo Senado. 
 
 
Obs.12: 
Se proposta pelo presidente ou por 1/3 da câmara dos Deputados � 
Inicia na Câmara; 
Se proposta por 1/3 do Senado ou por mais da metade das assembléias 
legislativas � inicia no Senado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.4 Sanção e Veto: NÃO HÁ. 
 
 
Obs.13: 
No processo legislativo de emenda constitucional a única participação do 
Presidente da República é na iniciativa 
 
 
3.1.5 Promulgação: Realizada em sessão conjunta pelas mesas da câmara e 
do senado. Logo, a promulgação é feita pelos dois órgãos 
administrativos Câmara e Senado. É aqui que a EC ganha seu número 
de ordem. 
 
Nas Emendas Constitucionais, não se pode 
falar em casa iniciadora e revisora. Fala-se 
apenas CD ou SF. 
Esses termos não são bem vindos quando se 
fala de emendas. 
Maioria qualificada – 
fração, maior que 1/2. 
Câmara 
 
- Comissão; 
- Plenário (2 vezes) 
Senado 
 
- Comissão; 
- Plenário (2 vezes) 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 12 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
3.1.6 Publicação: Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua 
publicação, salvo quando seu texto estabelece outra data. 
 
 
 
Obs.14: 
 
Matéria constante de proposta de Emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada (não chegou à ser votada por algum impedimento, como por 
exemplo propositura por pessoa incompetente para tal) não será objeto 
de nova deliberação na mesma sessão legislativa. 
 
Obs.15: 
 
Sessão legislativa corresponde à um ano de trabalho que não é igual 
ao ano civil. 
 
 Sessão Legislativa Ano Civil. 
 
 02/02 à 17/07 e de 1º/08 à 22/12 01/janeiro à 31/dezembro 
 
 
Obs.16: 
 
Matéria constante de PEC rejeitada durante a sessão legislativa 
ordinária poderá ser reapreciada numa sessão legislativa extraordinária, 
ainda que no mesmo ano civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 13 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 03 - 10/02/2012 
 
3. Poder Derivado Reformador (continuação) 
 
3.2 Emendas – Art. 60 – C.F –(continuação) 
 
3.2.1 Limites: 
 
 -Expresso – Cláusulas Pétreas - Art. 60, §4º, C.F . 
 
� Quais são (São Taxativos): 
 
♦ Forma federativa do Estado; 
♦ Voto direto, secreto, universal e 
periódico; 
♦ A separação dos poderes; 
♦ Os direitos e garantias individuais. 
 
Obs.17: Para combater a deliberação de uma PEC 
inconstitucional o STF apenas admite Mandato de Segurança 
(MS) que só poderá ser impetrado por parlamentar. 
 
 Ex.: PEC “trem da alegria”. 
 
 
� Formas de modificação de Cláusulas 
Pétreas: 
♦ Para ampliar ; 
Ex.: Art. 5º, LXXVIII – ampliação feita 
pela EC Nº 45, de 2004. 
 
♦ Para reduzir, sem prejudicar o núcleo 
essencial; 
 
♦ Para alterar a expressão literal (como 
foi escrito o texto), desde que não 
prejudique a essência (eu mudo só 
uma vírgula que muda todo o 
sentido do texto). 
 
-Implícito – Não está escrito na CF, mas entende-se 
como limite material. 
 
� Quais são (taxativos): 
 
♦ Titularidade do poder constituinte 
(povo); 
♦ Exercício do Poder Constituinte; 
♦ O Art. 60 da CF . 
 
 É o direito de votar e 
não o ato de votar em si. 
EC não pode tirar o 
direito de votar, mas 
pode tirar a 
obrigatoriedade do voto. 
a. Material 
 
 Não se pode criar cláusulas 
pétreas, só pode ampliar as já 
existentes. Para dar origem à 
Cláusula Pétrea, só por nova 
constituição. 
 
Não pode ser chamada 
de Cláusula Pétrea, mas 
se for chamada de 
Cláusula Pétrea 
IMPLICITA está correta. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 14 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
b. Circunstancial – A CF não poderá ser emendada na vigência de 
estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal. 
 
c. Formal/Processual – O processo legislativo de Emenda Constitucional 
deve ser integralmente cumprido sobre pena de 
inconstitucionalidade. 
 
Ex.: EC/19 foi declarada inconstitucional por esse motivo. Por ter 
sido votada uma única vez em cada casa. 
 
d. Temporal – não há. 
 
4. Poder Derivado Revisor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.18: Os limites definidos para o poder reformador, valem para o poder 
revisor, com a única diferença que para o poder reformador não há limite 
temporal e para o poder revisor há o limite temporal. 
 
 
 
 
Poder Revisor 
 
� Emendas de Revisão (ADCT, Art. 3º, CF); 
� Único (realizado uma única vez); 
� Limite Temporal ���� Após 5anos (não 
precisava ter sido feita no 5º ano 
exatamente, como foi feita, poderia ter 
sido feita à qualquer tempo depois de 
completado 5anos); 
� De modo simplificado (em relação ao 
procedimento do reformador); 
o Unicameral (CN); 
o 1 turno; 
o Quorum: Maioria Absoluta. 
 
Poder Reformador 
 
� Emendas (Art. 60, CF); 
� Permanente; 
� Não há limite temporal; 
� Rigoroso; 
o Bicameral (CD e SF); 
o 2 turnos em cada Casa; 
o Quorum: 3/5. 
 
Unicameral ≠ Conjunta 
 
 
 
Unicameral 
 
513 + 81 = 594 parlamentares 
 
Não vejo deputado e senadores, vejo 
parlamentares, ou seja, Deputados e 
senadores estão juntos e votam juntos. 
Bicameral 
 
Deputados + Senadores 
 
Vejo Deputados e Senadores, ou seja, 
Deputados e senadores estão juntos, 
mas votam separados. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 15 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
5. Poder Derivado Decorrente 
 
É o que cria a Constituição estadual. 
 
Esquema 06. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Constituição 
Federal 
Constituição 
Estadual 
 
Decorre da CF 
 
Tem poder Constituinte 
Decorrente 
Lei Orgânica 
Municipal 
 
É uma Lei e está subordinada à CF e a 
CE. Não tem poder Constituinte 
Decorrente. 
Lei Orgânica 
DF 
 
♦ Tem Estatutos de Constituição Estadual, pois se subordina apenas à CF, mas há 
discordância se tem ou não Poder Constituinte Decorrente, uma vez que o DF em alguns 
aspectos tem características de Estado e em outros momentos tem características de 
municípios. 
♦ Se a prova particularizar a doutrina dizendo que o DF é estado ou município eu aplico o 
entendimento de que se particularizado como Estado tem poder decorrente e se 
particularizado como município não há poder decorrente, mas se não houver nenhuma 
dessas particularizações não há poder decorrente. 
Direito Constitucional 
 
Ano
 
Esquema 07 
 
Aula 04 - 17/02/2012 
 
6. Poder Derivado Difuso (Mutação Constitucional)
 
É uma mudança informal na constituição pois o texto constitucional não é modificado 
tão somente é alterada a forma de sua interpretação.
 
Ex.: Art. 5º, LXVII e Art. 226, §3º.
 
7. Hierarquia das normas
 
Obs.19: Lei que seja contrária à Lei orgânica dos municípios não será inconstitucional e sim 
ilegal. Apenas leis contrarias à Lei Orgânica do DF serão consideradas inconstitucionais 
tendo em vista que a Lei Orgânica do DF tem status de constituição
 
Obs.20: Não há hierarquia entre Lei Federal, Estadual e Municipal
conflito, o conflito será esclarecido verificando
matéria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.21: TIDH – Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Será fa
antecipa-se que eles devem ser aprovados conforme trâmite de emendas (art. 5º, §3º, CF).TIDH 
Primarias (Art. 
59 CF)
Secundárias
FFeeddeerr
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
~ 16 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
Poder Derivado Difuso (Mutação Constitucional) 
É uma mudança informal na constituição pois o texto constitucional não é modificado 
tão somente é alterada a forma de sua interpretação. 
Art. 5º, LXVII e Art. 226, §3º. 
Hierarquia das normas 
Lei que seja contrária à Lei orgânica dos municípios não será inconstitucional e sim 
ilegal. Apenas leis contrarias à Lei Orgânica do DF serão consideradas inconstitucionais 
tendo em vista que a Lei Orgânica do DF tem status de constituição. 
á hierarquia entre Lei Federal, Estadual e Municipal. Havendo entre elas 
conflito, o conflito será esclarecido verificando-se de quem é a competência para tal 
Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Será falado mais à frente, mas 
se que eles devem ser aprovados conforme trâmite de emendas (art. 5º, §3º, CF).
CF
TIDH -
Obs.21:
Primarias (Art. 
59 CF)
Secundárias
CE/LODF
Primarias
Secundárias
rraall 
CF
CE
LOAM
Primárias
Secundárias
MMuunniicciippaall 
 
É uma mudança informal na constituição pois o texto constitucional não é modificado 
Lei que seja contrária à Lei orgânica dos municípios não será inconstitucional e sim 
ilegal. Apenas leis contrarias à Lei Orgânica do DF serão consideradas inconstitucionais 
Havendo entre elas 
se de quem é a competência para tal 
lado mais à frente, mas 
se que eles devem ser aprovados conforme trâmite de emendas (art. 5º, §3º, CF). 
CF
CE/LODF
Primarias
Secundárias
EEssttaadduuaall 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 17 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
8. Tratados Internacionais 
 
a) Tratados Internacionais � Vale como uma Lei Ordinária (que é uma lei de espécie 
primária); 
 
b) Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos � aprovação pelo procedimento 
de emenda � Vale como uma Emenda Constitucional (Art. 5º, §3º) 
 
c) Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos, sem a aprovação pelo 
procedimento de emenda � Vale como Lei Supra legal (Não é maior que a Emenda, 
mas vale mais que as leis - decidido pelo STF). 
 
9. Aplicação de uma nova constituição. 
 
9.1 Constituição Nova X Constituição Passada – 
 
9.1.1 Revoga � a nova Constituição revoga completamente a Constituição 
Passada. 
 
Esquema 08. - Revogação 
 
 
 
 
 
 
 
9.1.2 Recepção � recepcionar é permitir que normas da constituição 
anterior continuem a produzir efeitos. O Brasil não adota Recepção 
tácita, mas aceita se a recepção estiver expressa. 
 
Esquema 09. - Recepção 
 
 
 
 
 
 
 a 
 
 
 É recepcionada, ou seja, apesar de não estar 
escrita no texto constitucional é recepcionada 
por não dizer nada contrário ao escrito pela 
nova CF. 
 
 
 
 
 
CF/67 CF/88 
CF/67 
a 
CF/88 
b 
c 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 18 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
9.1.3 Desconstitucionalização � é recepcionar normas da constituição 
passada, mas rebaixando-as à condição de leis. 
 
Esquema 10. - Desconstitucionalização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É recepcionada, mas perde o valor de item 
constitucional e passa à ser uma lei normal. 
 
9.1.4 Repristinação � Repristinar é devolver ao ordenamento jurídico 
norma constitucional já revogada, pelo fato de que o que foi utilizado 
para revogá-la, também passou por revogação. 
 
Esquema 11. - Repristinação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.22: O Brasil não adota repristinação tácita, porém uma decisão do STF 
poderá ter efeito repristinatório. 
 
 
 
 
CF/67 
a 
CF/88 
b 
c 
Lei 
a 
Lei 1 
a 
Lei 2 
-a 
Lei 1 
a 
Lei 2 
-a 
Lei 3 
Revoga 
Lei 2 
Volta à valer! 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 19 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
9.2 Constituição Nova X Leis Infraconstitucionais 
 
9.2.1 Se materialmente compatível� Recepção. 
9.2.2 Se materialmente incompatível � revogação. 
9.2.3 Inconstitucionalidade superveniente � não é aplicada no Brasil. É a 
declaração de inconstitucionalidade de lei anterior a constituição, que 
apresenta com esta incompatibilidade 
 
Obs.23: Não há inconstitucionalidade de lei anterior. Ou ela é recepcionada ou é 
revogada, se ela for revogada é incompatível e não inconstitucional. 
 
Esquema 12. – Inconstitucionalidade superveniente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.3 Constituição Nova X Negócios Jurídicos 
 
O Brasil adota a teoria da Retroatividade mínima. 
 
Retroatividade Mínima � alcança as parcelas à vencer de negócio jurídicos 
anteriores à ela. 
 
Esquema 13. – Retroatividade Mínima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CF/67 CF/88 
-a 
Lei 
a 
Não é 
inconstitucional, é 
incompatível. 
Lei 
a 
É inconstitucional. 
CF/67 
Juros 
de 40% 
CF/88 
Juros 
de 1% 
40% 1% 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 20 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 05 - 24/02/2012 
III – Eficácia das Normas Constitucionais 
*Segundo José Afonso da Silva 
 
1. Plena: Tem aplicação Imediata, integral da norma e alcance amplo. 
 
2. Contida: Tem aplicação Imediata, integral da norma, porém seu alcance é redutível 
seja por lei ou pela própria CF.. 
 
Ex.: 
 Limitada por lei � Art. 5º, XIII 
 
“XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer;” 
 
 Limitada pela própria CF � Art. 5º, XXII 
 
“XXII - é garantido o direito de propriedade;” 
 
 Esse inciso é limitado por outro inciso do mesmo artigo da CF, à saber: 
 
“XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;” 
 
3. Limitada: Tem aplicação mediata (futura), depende de regulamentação – 
necessariamente por Lei. 
 
4. Programática: Tem aplicação mediata (futura), depende do dia do possível. 
 
Ex.: 
 Art. 7º, IV. 
 
“IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua 
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, 
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, 
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 21 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
IV – Interpretação Constitucional 
 
� A constituição assegura uma igualdade material; 
 
Ex.: 
 
Deve-se tratar os iguais igualmente e os desiguais na medida de suas 
igualdades. 
 
1. Princípios: 
 
1.1. Princípio da Unidade: 
 
� Não há hierarquia entre normas constitucionais; 
� Uma norma constitucional complementa a outra; 
� Não há contradição entre normas constitucionais. 
 
2. Preâmbulo 
 
Conforme posicionamento do STF, o preâmbulo da Constituição Federal não tem 
valor jurídico. Haverá apenas valor político e histórico e é utilizado para a interpretação 
constitucional. 
O preâmbulo da CF/88 reconhece, oficialmente, a existência de Deus, mas não 
determina religião oficial. 
 
3. ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
 
São normas constitucionais criadas para produzir efeitos em um determinado 
momento, com um prazo pré-estabelecido. 
Podem ter emendas em seus dispositivos. 
O STF entendeu que as Constituições estaduais não podem ter ADCT. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. NelmaFontana 
 
 
~ 22 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 06 - 02/03/2012 
V – Princípios Fundamentais 
(1º ao 4º) 
 
1. Formas de Governo (Art. 1º): 
 
É a relação do governante com o governado. 
Há duas formas de governo: 
 
1.1. República: 
 
O Brasil adota essa forma de governo desde a nossa 2ª Constituição (CF 
1891). 
 
1.1.1. Características republicanas (Princípios Republicanos): 
 
� Eletividade; 
� Representatividade popular; 
� Temporalidade - Há duas teorias à cerca disso: 
� A primeira diz que se precisa ter mandato com data de início e 
data de fim; 
� Mandato com alternância. 
 
O presidente da república só poderá ser reeleito por 2mandatos 
consecutivos, mas poderá ter o 3º mandato desde que haja ao menos 
1(um) mandato entre o 2º e o 3º mandato. 
O vice-presidente, mesmo tendo sido vice por 2mandatos 
consecutivos, poderá se candidatar ao cargo de presidente da 
República, uma vez que são cargos distintos, mas caso esse vice-
presidente tenha sucedido (de maneira definitiva) ao presidente, o 
próximo mandato contará como re-eleição. 
O presidente da república não poderá se candidatar, na eleição 
imediatamente posterior ao 2º mandato, à vice presidente, uma vez 
que, pode haver necessidade de sucessão e isso resultaria em um 
terceiro mandato do presidente. 
 
� Responsabilidade. 
� Dever de prestar contas. 
 
1.2. Monarquia: 
 
1.2.1. Características Monárquicas (Princípios Monárquicos): 
 
� Hereditariedade; 
� No vaticano a hereditariedade é na verdade uma Eletividade já 
que não dá pra haver hereditariedade com relação ao Papa. 
� Não há representatividade popular; 
� Vitaliciedade; 
� Irresponsabilidade. 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 23 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Obs.24: A forma republicana de governo não é cláusula pétrea, mas constitui limitação 
material implícita ao poder de reforma da Constituição. É uma cláusula pétrea implícita. 
 
Obs.25: A república é princípio constitucional sensível. (art. 34, VII) 
 Princípio constitucional sensível são aqueles que são capazes de gerar por si só a 
intervenção federal. 
 
Esquema 14. – Diferença estrutural entre República e Monarquia. 
 
 Povo Monarca 
 
 
 
 Governante Súditos 
 
 
2. Formas de Estado (Art. 1º): 
 
Organização político-administrativa do país. 
 
2.1. Unitário: 
 
Poder centralizado. 
 
2.2. Federal: 
 
Poder descentralizado. 
O Brasil adota o estado federal em sua constituição de 1891. 
 
2.2.1. Características Federativas (Princípios Federativos): 
 
� Descentralização; 
� Autonomia – capacidade de auto-organização; 
� Soberania – autodeterminação. 
� Quem detém a soberania é o Brasil. 
� Quem representa a soberania do Brasil é a União. 
� Tríplice autonomia � 
� auto-governo; 
� organização política; e 
� organização administrativa. 
� Constituição rígida; 
� Proibição de secessão; 
� Órgão que represente os estados membros � senado; 
� Guardião da CF � STF. 
 
3. Regimes Políticos (Art. 1º): 
 
3.1. Autocracia: 
 
� Totalitarismo 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 24 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
3.2. Democracia: 
 
3.2.1. Direta � o povo toma as decisões. 
 
3.2.2. Indireta (representativa) � o povo elege representante para a tomada de 
decisões. 
 
3.2.3. Semi-direta (participativa) � algumas decisões tomadas pelo povo e outras 
pelos representantes do povo. 
 
3.2.4. Formas de participação direta (art. 14) 
 
3.2.4.1. Plebiscito 
 
Consulta prévia ao povo. A competência de convocação é do CN (art. 
49, CF). 
O congresso pode convocar sempre que julgar necessário, mas existem 
convocações obrigatórias: Criação de novos Estados, Territórios e 
Municípios (art. 18); 
 
3.2.4.2. Referendo 
 
Consulta, que se faz ao povo, posterior à uma lei ou decisão para 
confirmar ou não a decisão. 
 
3.2.4.3. Iniciativa popular 
 
Capacidade que o cidadão tem de propor projeto de lei. 
A iniciativa popular em âmbito federal exige que o projeto de lei seja 
subscrito por no mínimo 1% do eleitoral nacional dividido por pelo menos 
5estados da federação, tendo cada estado no mínimo 0,3% de seus 
eleitores. (art. 61) 
Cabe pra qualquer lei, seja complementar ou ordinária, mas não vale 
para emenda constitucional. 
 
� Iniciativa popular nos estados � será definida pela lei. (art. 
27, CF) 
� Iniciativa popular nos municípios � o projeto de lei deve ser 
subscrito por no mínimo 5% do eleitorado municipal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 25 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 07 - 09/03/2012 
 
3. Estado de direito (Art. 1º): 
 
Estado regulamentado por lei. em que prevalecem as leis – só as leis podem 
obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer algo. 
 
4. Estado Policial de direito (Art. 1º): 
 
Prevalece o próprio arbítrio, a própria vontade. Prevalece à própria razão. 
 
É justamente o contrário do Estado de Direito, é a ideia de que os “fins justificam 
os meios” e no estado de direito isso não é válido. 
 
5. Fundamentos (Art. 1º): 
 
Prevalece o próprio arbítrio, a própria vontade. Prevalece à própria razão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1. Soberania: 
É a soberania do povo, só se trata de soberania do Estado (país) quando se 
compara um Estado (país) á outro Estado (país). 
 
5.2. Cidadania: 
É a plena atuação do povo na estrutura do Estado. Não é apenas o direito de votar 
e ser votado, é um conceito mais amplo. 
 
5.3. Dignidade da Pessoa Humana: 
Segundo o STF é o maior de todos os fundamentos. Fala-se de “pessoa humana” 
para diferenciar da pessoa Jurídica. 
 
5.4. Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa: 
Livre iniciativa � o estado não vai interferir na escolha da sua profissão. 
 
5.5. Pluralismo Político: 
Podemos defender diferentes tipos de ideologias. É o mesmo que pluralismo 
ideológico. 
Por consequência eu tenho o pluralismo partidário, pois o partido político, em 
tese, tem por base uma ideologia. 
 
 
 
 
berania 
dadania 
gnidade da pessoa humana 
ores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
ralismo político. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 26 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
6. Separação dos Poderes (Art. 2º): 
 
Quem primeiro identificou a existência das três funções do estado – administrar, 
legislar e julgar – foi Aristóteles. 
Montesquieu veio depois afirmando essa existência e efetivando a tripartição dos 
poderes, dando “nomes” aos poderes responsáveis por cada uma das funções, dando 
existência então aos poderes Executivo, Legislativo e judiciário. 
A teoria definida por Montesquieu já foi superada, uma vez que, hoje a teoria que 
se aborda é que não há três poderes, mas sim um poder só que é o poder do povo, 
esse poder é que se divide em três funções sendo então o Poder do Povo para Legislar, 
o Poder do Povo para Administrar e o Poder do Povo para Julgar. 
Os poderes tem uma separação clara, mas não rígida ou seja podem exercer 
“atipicamente” funções típicas de outros poderes. 
 
Ex.: 
 
A posse de um servidor no senado será realizada pelo Presidente do Senado, 
um ato tipicamente administrativo, realizado de maneira atípica pelo 
legislativa. 
 
7. Objetivos Fundamentais (Art. 3º): 
 
São desejos futuros. É algo que será feito dentro da medida do possível, não se 
pode dizer que nunca serão implementados, ao menos na teoria o Estado deve buscar 
diariamente alcançar essesobjetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Princípio que regem as relações internacionais do Brasil (Art. 4º): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
nstruir uma sociedade livre, justa e solidária. 
rantir o desenvolvimento nacional. 
radicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
 regionais. 
mover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
ndependência Nacional 
revalência dos Direitos Humanos. 
utodeterminação dos povos. 
ão intervenção. 
gualdade entre os Estados. 
 efesa da paz. 
olução pacífica dos conflitos 
epúdio ao terrorismo e ao racismo. 
operação entre os povos para o progresso da humanidade 
ncessão de asilo político. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 27 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
8.1. Crimes Imprescritíveis: 
 
Só a CF pode estipular crimes imprescritíveis e ela define apenas dois: 
 
� Racismo (Art. 5º, XLII); e 
� Ações de grupos armados (Art. 5º, XLIV). 
 
8.1.1. Racismo (Art. 5º, XLII): 
 
É crime inafiançável imprescritível e sujeito à pena de reclusão. 
Tanto a não permissão de fiança e a imprescritibilidade do crime de 
racismo, são exceções. 
 
A pena de reclusão deve obrigatoriamente começar a ser cumprida em 
regime exclusivamente fechado (ou seja encarcerado) já a detenção fica a 
critério do juiz a possibilidade de se iniciar o cumprimento da pena em 
regime aberto. 
 
8.2. Crimes Inafiançáveis (Art. 5º, XLIII): 
 
Só a CF pode estipular crimes inafiançáveis e ela define apenas: 
 
� Racismo; 
� Terrorismo 
� Crimes hediondos; e 
� Trafico ilícito de substâncias entorpecentes. 
 
8.2.1. Terrorismo (Art. 5º,): 
 
O terrorismo não é praticado apenas contra povos, mas contra 
cultura ou características físicas, mentais e etc. É crime inafiançável e 
não cabe graça ou anistia. 
 
8.2.1.1. Graça � dada pelo presidente da república e alcança (perdoa) 
apenas uma pessoa, por um determinado crime; 
 
8.2.1.2. Anistia � vem de lei, logo contempla todos que estão na 
mesma situação. 
 
8.3. Asilo Político: 
 
É concedido por Crime Político ou Crime de Opinião. 
 
A concessão de asilo Político não impede a posterior extradição, desde que não 
seja por crime político nem de opinião. 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 28 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
8.3.1. Extradição (Art. 5º, LI): 
 
É um pedido de entrega de um criminoso. A extradição da que 
trataremos é relacionada a extradição do Brasil, a extradição para o 
Brasil é conforme lei do Estado que efetuará a extradição. 
 
A decisão de extraditar ou não é do Presidente da República, mas a 
competência pra julgar se o pedido é ou não legal e constitucional. 
(Competência do STF – Art. 102, I, “g”) 
 
O pedido de extradição chega ao País por meio do Itamaraty é 
encaminhado ao presidente que toma ciência e o encaminha ao STF que 
é quem diz se pode ou não haver a extradição, a informação retorna ao 
presidente. Sendo informado de que a extradição é ilegal ou 
inconstitucional o presidente da república simplesmente diz que não 
pode extraditar, mas sendo a informação de que a extradição pode 
ocorrer o presidente decide se é ou não conveniente extraditar. 
 
Para que o STF julgue o pedido de extradição o extraditando deverá 
estar obrigatoriamente preso. 
 
O STF deve seguir alguns princípios para julgar essa extradição são 
eles: 
� Nacionalidade � 
 
o Brasileiro 
 
� Nato � Jamais extradita; 
� Naturalizado � Pode por: 
♣ crime anterior a naturalização; 
♣ Tráfico Ilícito de Substancias entorpecentes à 
qualquer tempo. 
 
o Estrangeiros � Pode desde que não se trate de crime 
político ou de opinião. (Art. 5º, LII) 
 
� Crime � 
 
o Não poderá ser político ou de opinião; 
� O Brasil pode dar asilo por crime político e 
de opinião e depois extraditar a mesma 
pessoa por outro crime que não os de crime 
político ou de opinião. 
o Tem que ter dupla tipicidade (ser crime lá e ser crime 
aqui também); 
o As penas, para o crime, não podem ser nenhuma das 
penas proibidas no Brasil que são: 
� Pena de Morte; 
� Caráter perpetua; 
� Banimento; 
� Trabalhos forçados; 
� Cruéis. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 29 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
� Penas � As penas, para o crime, não podem ser nenhuma 
das penas proibidas no Brasil que são: 
 
o Pena de Morte; 
o Caráter perpetua; 
o Banimento; 
o Trabalhos forçados; 
o Cruéis. 
 
� Tratado � os países envolvidos devem ter tratado de 
extradição, pois é o documento que contém as regras para 
essa extradição. Esse tratado não precisa ser prévio, basta 
que ele exista, pode ser feito no ato da extradição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 30 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 08 - 12/03/2012 
 
 
8.3.2. Deportação: 
 
Mandar sair do país o estrangeiro ilegal. 
 
8.3.3. Expulsão: 
 
Mandar sair do país o estrangeiro que não é bem vindo. Não está 
ilegalmente, entrou no país pelos caminhos corretos e depois foi 
considerado “persona non grata”. 
Não necessariamente será um criminoso, mas poderá ser apenas não 
quisto. Um exemplo de não criminoso que quase foi expulso do Brasil foi 
o jornalista que fez reportagem chamando o Presidente Lula de 
“Cachaceiro". 
 
8.3.4. Banimento: 
 
É inconstitucional. 
É mandar sair do País o Nacional. Seria a expulsão do Brasileiro. Não 
pode ocorrer independente de ser Brasileiro nato ou naturalizado. 
Na constituição anterior à de 1988 muitos brasileiros foram banidas 
do país, entre eles grandes escritores, músicos, poetas, artistas em geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas decisões cabem 
sempre ao chefe do 
poder executivo. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 31 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
VI – Organização do Estado 
(Art. 18 a 36) 
 
1. Entes Federativos: 
 
Os artigos 1º e 18 da CF são diferentes. O 1º trata de organização geográfica e o art. 
18 trata de estrutura político-administrativa. 
 
� União; 
� Estados; 
� DF; 
o Distrito normalmente não possui autonomia, integra a estrutura do 
Estado, mas a CF/88 deu ao Distrito Federal a autonomia que antes não 
tinha. O DF é um ente federativo hibrido já que em alguns aspectos tem 
características de Estado e em outras tem características de municípios. 
o A autonomia do DF foi parcialmente tutelada pela União. O DF não pode 
legislar sobre: 
� Poder judiciários; 
� Ministério Público; 
� Defensória pública; 
� Polícia civil; 
� Polícia Militar; 
� Bombeiro Militar. 
� Municípios. 
 
Não há relação de hierarquia entre os entes. 
Territórios não é ente federativo, pois não tem autonomia política, é considerada 
uma autarquia “especial”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 32 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
2. Autonomia: 
 
 União Estados DF Municípios 
E
x
e
c
u
t
i
v
o
 
Presidente da República auxiliado 
pelos ministros de Estado. 
 
Art. 76, CF 
 
* Assessor não pode substituir 
Ministros, pois assessor não possui 
função pública enquanto que o 
Ministro sim. 
Governador auxiliado pelos secretários 
de Estado. 
Governador auxiliado pelos secretários 
de Estado. 
Prefeitos auxiliados pelos secretários 
de municípios. 
 
*Eleiçõessempre 2anos após as 
eleições gerais. 
E
l
e
i
ç
ã
o
 
1º Turno: 
 - 1º Domingo de Outubro; 
 - Se nenhum candidato obtiver no 1º turno a metade (50%) mais um (um voto) dos votos válidos (excluídos brancos e nulos); 
2º Turno: (se houver) 
 - Último Domingo de Outubro. 
 - Concorrem os 2candidatos mais votados (se houver empate, aplica-se o critério de idade, dos dois o mais idoso). 
 - Tais situações valem também para os Estados e DF. Nos casos de municípios só se aplica a regra de 2º turno para municípios com mais de 200mil eleitores. 
Havendo menos, os municípios elegerão simplesmente o mais votado, independente de atingirem ou não a regra de e 50%+1 votos válidos. Lembrar que são mais de 
200mil eleitores e não habitantes. 
 
����Se após as eleições e antes da posse houver vacância do cargo de Presidente o Vice assume, havendo vacância dos dois efetiva-se a regra de vacância como se eles 
tivessem tomado posse, ou seja, serão realizadas novas eleição 90dias após aberta a última vaga. 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 33 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 União Estados DF Municípios 
L
e
g
i
s
l
a
t
i
v
o
 
Congresso Nacional 
 ���� Câmara dos Deputados (CD); 
 ���� Senado Federal (SF). 
Assembléia Legislativa (AL) 
Câmara Legislativa 
 
Recebe esse nome para 
mostrar que é hibrido. 
Câmara (retirada de “câmara 
municipal”)+ Legislativa 
(retirada de “assembléia 
legislativa”). 
Câmara Municipal 
Câmara dos Deputados Senadores Federais Deputados Estaduais Deputados Distritais Vereadores 
� O número de Deputados Federais é fixo: 
513 (LC). 
� A quantidade de Deputados federais por 
estado é proporcional à população, 
respeitando o número mínimo e o 
máximo por estado. Números esses 
definidos pela CF/88 como: 
� Mínimo de 8 (oito); 
� Máximo de 70 
� Cada território terá a 
representatividade, fixa, de 4 (quatro) 
Deputados federais; 
� Todos os Deputados possuem mandato 
de 4anos; 
� A cada 4anos renovação total; 
� Idade mínima 21anos – na data da 
posse; 
� Eleição proporcional; 
� Os suplentes são os próximos mais 
votados da coligação. 
� O número de senadores hoje é de 
81; 
� Cada estado terá a 
representatividade de 3 (três) 
senadores; 
� Todos os senadores possuem 
mandato de 8anos – pois 
representa o estado então o 
mandato é maior para 
acompanhar o crescimento do 
Estado; 
� Renovação parcial em 1/3 (27) e 
2/3 (54) à cada 4anos; 
� Territórios não têm 
representatividade no senado, 
pois não são entes federativos; 
� Idade mínima 35anos – na data 
da posse; 
� Eleição majoritário; 
� O senador já é eleito com dois 
suplentes. 
� A cada 4anos renovação 
total; 
� Idade mínima 21anos – 
na data da posse; 
� Eleição proporcional; 
� Os suplentes são os 
próximos mais votados 
da coligação; 
� Tendo até 12 Deputados 
federais o número dos 
Deputados estaduais será 
3x o número de 
Deputados federais, 
passando de 12 soma-se 
24 ao número de 
Deputados Federais para 
se ter a quantidade de 
Deputados Estaduais. 
(Vide tabelinha de 
contagem) 
 
� A cada 4anos renovação 
total; 
� Idade mínima 21anos – na 
data da posse; 
� Eleição proporcional; 
� Os suplentes são os 
próximos mais votados da 
coligação. 
� Tendo até 12 Deputados 
federais o número dos 
Deputados estaduais será 
3x o número de Deputados 
federais, passando de 12 
soma-se 24 ao número de 
Deputados Federais para se 
ter a quantidade de 
Deputados Estaduais. (Vide 
tabelinha de contagem) 
 
� Eleição 
Proporcional; 
� Idade mínima de 
18anos. 
� Mínimo de 9 
(nove) 
vereadores; 
� Máximo de 55 
vereadores; 
� 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 34 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
Calculo de quantidade de Deputados Estaduais 
Federais Estaduais/Distritais 
8 X 3 = 24 
9 X 3 = 27 
10 X 3 = 30 
11 X 3 = 33 
12 X 3 = 36 
13 + Diferença entre 36 e 12 = 24 = 37 
14 + 24 = 38 
15 + 24 = 39 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
69 + 24 = 93 
70 + 24 = 94 
 
 
 União Estados DF Municípios 
Ju
d
ic
iá
ri
o
 
STF, STJ, Tribunais e Juízes 
do Trabalho, eleitorais, 
militares, federais e do 
Distrito Federal e Territórios 
 
*O STF é uma corte 
constitucional 
** O STJ e STF são 
chamados de órgãos de 
superposição. 
Tribunais de justiça, juízes 
estaduais, e justiça militar se houver 
(o estado que tiver um efetivo 
militar superior à 20mil integrantes 
poderá criar a sua justiça militar 
própria – é pra julgar os militares 
estaduais, os das forças armadas 
são julgados pela justiça especial 
militar da união – no caso do estado 
não ter justiça militar própria é a 
justiça “comum” que julga e no caso 
de haver tribunais militares esses 
fazem parte da justiça comum 
estadual). 
Tem Judiciário 
mantido pela União! 
Não há. 
O CNJ é órgão do judiciário, mas tem caráter meramente administrativo. O STF entendeu que o CNJ não é 
órgão da união, mas é um órgão nacional sendo assim ele pode fiscalizar também a justiça estadual 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 35 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TST 
Ministros 
TRT´s 
Juiz 
STM 
Ministros 
 
- 
Juiz 
TRE´s 
Juiz 
TSE 
Ministros 
 
Justiça Especializada 
STJ 
Ministros 
TJ´s TJDFT TRF´s 
Juiz Juiz Juiz 
Justiça Comum 
1
ª
 
I
n
s
t
a
n
c
i
a
 
2
ª
 
I
n
s
t
a
n
c
i
a
 
T
r
i
b
u
n
a
i
s
 
S
u
p
e
r
i
o
r
e
s
 
STF 
CNJ 
Órgãos de Superposição 
D
e
se
m
b
a
rg
a
d
o
re
s 
Ju
iz d
e
 
1
ª In
sta
n
cia
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 36 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 09 - 16/03/2012 
 
3. Competência: 
 
Assuntos de interesse nacional � Competência da União; 
Assuntos de interesse Regional � Competência dos Estados; 
Assunto de interesse Local � competência dos Municípios. 
O DF por ser ente federativo hibrido vai acumular competências estaduais e 
municipais. 
 
3.1. Da União: 
 
3.1.1. Administrativas – Para Administrar � Não trazendo a informação de “Legislar” 
será competência administrativa 
 
3.1.1.1. Exclusiva (Art. 21, CF) – Só da União. 
 
���� É indelegável; 
 
3.1.1.2. Comum (Art. 23, CF) – É da União, dos Estados, do DF e dos 
Municípios. 
 
 
3.1.2. Legislativas – Para legislar � Sempre que for competência legislativa a CF vai 
trazer a informação “legislar”. 
 
3.1.2.1. Privativa (Art. 22, CF) – Só da União; 
 
���� É delegável aos estados – Parágrafo Único. 
o Ao efetuar a delegação a União não poderá delegar para um 
em específico, ela vai delegar para todos, mesmo que nem 
todos façam a lei. 
 
3.1.2.2. Concorrente (Art. 24) – É da União, dos Estados e do DF. 
 
���� A união não tem competência concorrente expressa com o 
município; 
 
Esquema 15. – 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: A união no art. 5º, L trás que: “ às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”, mas 
não trás os detalhes. Mantém a norma geral em todos os Estados e cada qual faz o 
“detalhamento” de sua lei. 
UniãoNorma 
Geral 
Estado “X” 
Até 
120dias 
Norma 
Geral 
DF 
Exatamente 
120dias 
 
Norma 
Geral 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 37 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: (suposição) A união não legisla sobre determinado assunto e um Estado legisla e 
depois vem a União e legisla dizendo o contrário. A lei federal vem suspendendo a 
eficácia do que for contrário a CF, só suspende não revoga, se a lei federal for 
revogada a lei estadual volta à valer, a lei estadual só poderá ser revogada se houver 
outra lei estadual revogando tal lei. Deve-se lembrar também que só se suspende a 
eficácia do que for contrário o que for igual ou não for dito na lei federal continua 
valendo. 
 
 
3.2. Dos Estados – Art. 25: 
 
É competência Residual. Há uma competência residual destinada à União que é para 
dispor sobre matéria tributária, nos termos do Art. 154, CF. 
 
3.3. Dos Municípios – Art. 30: 
 
3.4. Do DF– Art. 32: 
 
 
 
 
 
 
 
União 
 
? 
Estado “X” 
“a” 
 
DF 
“b” 
 
União 
 
-a 
 
Estado “X” 
“a” 
 
DF 
“b” 
 
Suspende Permanece 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 38 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
3.5. Estados X DF: 
 
Estados DF 
Podem ser divididos em Municípios. 
Não podem ser divididos em municípios, já 
que o DF foi criado para proteger a capital 
federal, Brasília, e criar municípios significa dar 
autonomia à eles e essa autonomia 
atrapalharia a proteção à capital Federal. 
 
4. Criação de Novos Estados: 
 
� Tem que haver plebiscito com a população interessada; 
o Não sendo aprovado por plebiscito o projeto é arquivado e só poderá 
ser discutido novamente na próxima legislatura; 
o Sendo aprovado pela população o Congresso Nacional poderá realizar 
a criação do novo Estado, mas o Congresso não fica obrigado à criar o 
novo estado. 
� É feita através de Lei Complementar Federal. 
 
4.1. Fusão (incorporar): 
 
Dois estados se unem para formar um só; 
 
4.2. Subdividir: 
 
Um estado é dividido. O Estado original continua existindo e um pedaço dele se torna 
outro estado. 
 
Ex.: Goiás que teve uma parte que se tornou o Estado do Tocantins. 
 
4.3. Desmembrar: 
 
Um estado é dividido. O Estado original deixa de existir e se criam dois ou mais 
territórios. 
 
Ex.: Goiás que teve uma parte que se tornou o Estado do Tocantins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 39 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 10 - 19/03/2012 
 
5. Formação de Novos Municípios (art. 18, §4 º): 
 
� Tem que haver estudo de viabilidade; 
� Realizar plebiscito com a população diretamente interessada; 
o Não sendo aprovado por plebiscito o projeto é arquivado e só poderá 
ser discutido novamente na próxima legislatura; 
o Sendo aprovado pela população o Congresso Nacional poderá realizar 
a criação do novo Estado, mas o Congresso não fica obrigado à criar o 
novo estado. 
� É feita através de Lei Estadual. Após autorização de Lei Complementar Federal 
para criação de novos municípios; 
 
6. Territórios: 
 
� Não é ente federativo; 
� É considerado autarquia; 
� O território é sempre parte da união; 
� Motivos para criação de territórios: 
o Segurança (defesa nacional); 
� Caso de um estado sendo invadido por outro país que é 
transformado em território para que assim a União tivesse a 
gestão daquele estado que se tornou um território. 
o Proteção ambiental; 
� Um exemplo disso é Fernando de Noronha que era um 
território por questão de proteção ambiental, mas foi dada 
autonomia para que os estados cuidassem desses aspectos, 
logo Fernando de Noronha foi incorporado ao estado de 
Pernambuco. 
� Para criação de novos territórios fica obrigatória a realização de plebiscito 
com a população diretamente interessada, no caso daquele que for criado ser 
parte de um Estado; 
o No caso de ser um “pedaço de terra” conquistado de outro país, por 
exemplo, não há necessidade de plebiscito nesse caso. 
� Por meio de lei complementar federal 
 
7. Proibições: 
 
� Eles não poderão criar distinções de tratamento entre brasileiros; 
� Não poderão recusar fé à documento público emitido por outro ente 
federativo; 
� Estabelecer , custear, embaraçar o funcionamento ou manter aliança com 
religião ou culto religioso. Ressalva-se apenas, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; 
 
8. Bens: 
 
� Fazer leitura comparativo entre art. 20 e 26; 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 40 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
9. Intervenção Federal (Art. 34) X Intervenção Estadual (Art. 35): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intervenção Estadual – Art. 35 
 
Em regra o Estado não poderá intervir nos municípios; 
Não existe intervenção distrital, uma vês que não há em quem o DF intervir, já que ele 
não possui entes “autônomos”. O DF só sofre intervenção Federal. 
 
 
 
 
� Competência: Privativa do Governador do Estado; 
� Mediante: Nasce de um ato do Governador (decreto); 
� Poderá ser: 
���� Voluntária: Resulta da vontade do Governador do Estado, cumpridas as 
exigências da lei. 
���� Sendo decretada pelo presidente a intervenção federal, deverá tal decreto 
ser apreciado no prazo de 24h pela Assembléia legislativa; 
���� Decidindo o congresso pela não intervenção suspende-se a intervenção 
imediatamente; 
���� No caso de estar a Assembléia Legislativa em recesso faz-se a 
convocação extraordinária e fica a Assembléia Legislativa obrigada à 
comparecer em 24h e analisar em 24h (total de 48h) 
���� Provocada: 
���� Solicitação – Pedir que faça; 
���� Feita pelo Poder Executivo (Prefeito) e Poder Legislativo (Câmara 
Municipal.) 
���� Nesse caso o Governador poderá avaliar e decidir se acata ou não o 
pedido realizado. 
���� Requisição – determinar que seja feita. 
���� Feita pelo Poder judiciário - TJ. Devido à: 
♦ Descumprimento de suas ordens judiciais; 
♦ o TJ poderá solicitar: para dar provimento à requerimento do 
Procurador Geral de Justiça em ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva. O pedido do PGJ tem o 
propósito de dar proteção aos princípios constitucionais... 
Intervenção Federal – Art. 34 
 
Em regra a União não poderá intervir nos Estados; 
Em regra a União não intervirá nos Municípios localizados em território federal, mas 
havendo necessidade poderá a união intervir em Municípios de território federal. 
 
 
 
 
 
� Competência: Privativa do Presidente da República; 
� Mediante: Nasce de um ato do Presidente (decreto); 
� Poderá ser: 
���� Voluntária: Resulta da vontade do Presidente da República, cumpridas as 
exigências da lei. 
���� Sendo decretada pelo presidente a intervenção federal, deverá tal decreto 
ser apreciado no prazo de 24h pelo Congresso Nacional; 
���� Decidindo o congresso pela não intervenção suspende-se a intervenção 
imediatamente; 
���� No caso de estar o CN em recesso faz-se a convocação extraordinária e 
fica o CN obrigado à comparecer em 24h e analisar em 24h (total de 
48h) 
���� Provocada: 
���� Solicitação – Pedir que faça; 
���� Feita pelo Poder Executivo (Governador) e Poder Legislativo (Câmara 
Legislativa - DF - ou Assembléia Legislativa – Estados.) 
���� Nesse caso o PR poderá avaliar e decidir se acata ou não o pedido 
realizado. 
���� Requisição – determinar que seja feita. 
���� Feita pelo Poder judiciário sendo realizada apenas pelos seguintes 
tribunais STF, STJ e TSE. Devido à: 
♦ descumprimento de suas ordens judiciais;♦ o STF poderá solicitar: por descumprimento de ordens de outros 
tribunais que não os superiores e para dar provimento à ... 
União 
Estado/DF 
Território Estado 
Município 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 41 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
...requerimento do PGR em ação direta de inconstitucionalidade 
interventiva. O pedido do PGR tem o propósito de dar proteção 
aos princípios constitucionais sensíveis. E também o de garantir a 
execução de lei federal. 
���� O presidente tem que decretar, ele não tem escolha. O decreto é 
realizado nos termos da decisão judicial; 
���� Por ser uma decisão judicial o CN não aprecia esse decreto. 
 
 
... sensíveis. E também o de garantir a execução de lei federal. 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 42 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
VII – Processo Legislativo 
(Art. 59 a 69) 
 
 
1. Conceito ���� é o modo como as leis são instituídas no Brasil 
 
2. Espécies normativas primárias: 
 
� Emendas; 
� Leis Complementares; 
� Leis Ordinárias; 
� Leis Delegadas; 
� Medidas Provisórias; 
� Decretos Legislativos; 
� Resoluções. 
 
Conforme entendimento do STF não há hierarquia entre espécies normativas 
primárias. 
Com relação à Emenda Constitucional fica subtendido a “hierarquia” dela sob as 
demais, mas deve-se lembrar que ela promulgada é parte integrante da CF. 
 
3. Espécies normativas secundários: São atos administrativos, não criam obrigação de fazer 
ou deixar de fazer. Um exemplo de espécie normativa secundária são as portarias. 
 
4. Emenda: Foi falada no item 3 do capitulo II que trata de poder constituinte. (À partir da 
Página 11). 
 
5. Leis: 
 
5.1. Diferenças entre Lei complementar e Lei Ordinária. 
 
 Lei Complementar Lei Ordinária 
Assunto Definido pela CF 
É a lei comum, se não falar nada é a lei 
ordinária. 
Quorum 
Maioria Absoluta 
(50% + 1 do Total dos membros) 
Maioria Simples – Que é o comum dos 
Quoruns. 
(50% + 1 dos presentes, devendo estar 
presente pelo menos a maioria absoluta) 
“Invasão de 
assunto” 
Parte da ideia de que “quem pode mais, 
pode menos também” ou seja, Lei 
Complementar que trata de matéria de 
Lei ordinária não será considerada 
inconstitucional. 
Lei ordinária não poderá tratar de 
assunto de Lei Complementar. Caso o 
faça a Lei em questão será declarada 
inconstitucional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 43 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 11 - 23/03/2012 
 
5. Leis (continuação): 
 
5.1. Criação de Lei Ordinária e Lei Complementar (Processo Legislativo ordinário e 
especial). 
 
O processo legislativo da Lei ordinária é chamado de processo legislativo ordinário, 
já o da lei complementar é chamado de processo legislativo especial. 
 
5.1.1. Iniciativa: Art. 61, CF/88 + TCU (Art. XXX) 
 
� Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal 
ou do Congresso Nacional; 
� Presidente da República; 
� Supremo Tribunal Federal; 
� Tribunais Superiores; 
� Procurador-Geral da República; 
� Cidadãos (a assinatura de 1% do eleitorado [votantes] nacional, esses 
distribuídos em no mínimo 5unidades federativas, tendo cada uma dessas 
unidades assinatura de pelo menos 0,3% do eleitorado); 
� TCU (Conforme art. Xxx) 
 
5.1.1.1. Presidente da República: (Art. 61, §1º) 
 
� Projeto de organização do Ministério Público é concorrente. Cabe ao 
Presidente da República as normas gerais, enquanto que o PGR tem 
responsabilidade de normas específicas. Art. 128, §5º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 44 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
5.1.2. Bicameral: 
 
Casa Iniciadora Casa Revisora 
Recebe o projeto primeiro Recebe o projeto em um segundo momento. 
O senado só será casa iniciadora quando o projeto de lei 
for de senador, nas demais a câmara será a casa revisora. 
Quando uma for a casa iniciadora a outra será a casa 
revisora. 
Passa por comissões: 
Faz Exame de : 
- Constitucionalidade: 
Comissão de Constituição e Justiça na Câmara 
 E 
Comissão de Constituição e Justiça no Senado 
- Mérito ���� oportunidade e conveniência 
Feita pela comissão temática 
O Plenário poderá: 
- Rejeitar ���� Arquiva-se 
Matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá ser novamente deliberada na mesma sessão legislativa, 
desde que haja a solicitação da maioria absoluta de qualquer das casas do Congresso Nacional (Art. 67, CF-88) 
 
 Sanciona ���� promulga ���� Publicação 
Quando a sanção é expressa o ato de sanção serve como 
promulgação. 
- Aprovar ���� Segue para o presidente da República que Total 
 
 Veto (15dias úteis) 
 Obs.26: Parcial (não pode haver veto 
 de palavras, frases ou trechos – art.66, §2º) 
***Se dentro do prazo de 15dias para o veto o presidente não se manifestar sobre a sanção ou veto entende-se 
como sanção tácita. *** 
 
- Emendas – 
���� Estando na casa iniciadora, se o projeto for aprovado com as emendas encaminha para a casa revisora; 
���� Estando o projeto na casa revisora, encaminha-se de volta o projeto com as emendas para a casa iniciadora 
apreciar a emenda. A casa iniciadora avaliará apenas se aprova ou rejeita a emenda não podendo fazer novas 
emendas ao texto. 
 
 
Obs.26: 
O veto do Presidente deverá ser motivado e poderá ser Político – quando o projeto é 
contrário ao interesse público – ou jurídico – quando ele percebe que não está de 
acordo com a CF. 
O presidente manda o veto para o Congresso Nacional no prazo de 48h. o CN terá 
30dias para votar em manter ou derrubar o veto. O veto necessitará de maioria 
absoluta do CN (sessão conjunta) para ser derrubado. 
Mantido o veto arquiva-se, sendo ele derrubado encaminha-se o projeto para o 
Presidente promulgar. Passada 48h se o presidente não promulgar, o presidente do 
Senado terá 48h para promulgar e caso esse não faça o vice-presidente do Senado o 
fará sob pena de responder por crime de responsabilidade. 
Durante a apreciação do veto os parlamentares poderão apenas concordar ou 
discordar com o veto, não poderão “emendar” o veto. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 45 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Votação 
 
� Todo projeto de lei tem que passar nas duas casas para virar lei. 
� Sendo iniciado em uma casa, a outra casa é automaticamente a casa 
revisora do projeto. 
� O projeto só tem por casa iniciadora o Senado, nos casos em que o projeto 
for proposto por um senador ou por comissão do Senado, nos demais 
casos a casa iniciadora é sempre a câmara. 
� Deve ser aprovado por maioria simples ou relativa: 
� Se aprovado ���� segue para discussão e votação na casa revisora; 
� Se rejeitado ���� o projeto é arquivado, e somente poderá ser 
proposto novamente na mesma sessão legislativa por meiode 
proposta da maioria absoluta dos membros da câmara ou do 
senado. 
� Estando o projeto na casa revisora, esse será discutido novamente, 
passando pelo exame de constitucionalidade ou de mérito e seguindo 
para a votação, onde para ser aprovado necessitará novamente da 
maioria simples ou relativa: 
� Se rejeitado ���� o projeto é arquivado, e somente poderá ser 
proposto novamente na mesma sessão legislativa por meio de 
proposta da maioria absoluta dos membros da câmara ou do 
senado. 
� Se aprovado ���� 
� Sem emendas ���� projeto segue para deliberação executiva 
(sanção ou veto presidencial) 
� Com emendas ���� volta a casa iniciadora para deliberação 
definitiva, onde as emendas podem ou não serem aceitas, 
seguindo então para a deliberação executiva (sanção ou veto 
presidencial) 
 
 Deliberação 
 Parlamentar 
Discussão 
 
 É a apreciação do projeto pela casa. Momento em que o projeto é 
encaminhado ao poder Legislativo para que esse faça a apreciação do projeto. 
Faz Exame de : 
 
- Constitucionalidade: 
 
Comissão de Constituição e Justiça na Câmara 
E 
Comissão de Constituição e Justiça no Senado 
 
- Mérito ���� oportunidade e conveniência 
 
Feita pela comissão temática 
1ª Fase. Das 
comissões 
Apreciação 
O poder legislativo poderá propor modificações ao projeto, 
essas modificações são chamadas de Emendas. Podem ser 
de vários tipos. 
*Vide mapa mental sobre emendas à projetos. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 46 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimento Legislativo Ordinário - Esquema 
 
� A Casa iniciadora só poderá rever os pontos que 
foram alterados pela casa revisora; 
� Quanto as emendas, a casa revisora, só poderá 
aceita-las ou rejeitá-las, não poderá fazer 
qualquer alteração. Casa Revisora 
Discussão 
Votação 
Aprovado 
Rejeitado ���� é arquivado podendo 
ser proposto novamente na mesma 
sessão legislativa por meio de 
proposta da maioria absoluta dos 
membros da câmara ou do Senado. 
Sem Emendas 
Segue para Deliberação Executiva 
(Sanção ou Veto Presidencial) 
Com Emendas 
Casa Iniciadora 
Discussão 
Votação 
Aprovado 
 
Volta à casa 
iniciadora. Voltando à casa iniciadora, está delibera definitivamente sobre o 
projeto, aceitando, ou não, as emendas e encaminha o projeto para 
deliberação executiva (sanção ou veto presidencial), independente 
da decisão quanto as emendas. 
 
Rejeitado ���� é arquivado podendo ser 
proposto novamente na mesma sessão 
legislativa por meio de proposta da 
maioria absoluta dos membros da câmara 
ou do Senado. 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 47 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Deliberação Executiva 
Sanção 
É o ato do Presidente que denota concordância em relação ao projeto. 
Veto 
É o ato em que o Presidente declara não concordar com o Projeto. 
O prazo para o veto é de 15dias úteis, a contar do recebimento do projeto de lei. Caso 
haja veto, o Presidente deve enviar mensagem ao Congresso, no prazo de até 48h, com 
sua motivação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O congresso tem o prazo máximo de 30dias para apreciação do veto em sessão 
conjunta, caso não seja apreciado o veto trancará a pauta do congresso que não 
poderá deliberar sobre mais nada até que seja votado o ato presidencial. 
O congresso aceitando o veto o projeto segue para promulgação com as devidas 
suspensões. Se, porém, rejeitar o projeto seguirá para a promulgação do jeito que foi 
aprovado no congresso. (a rejeição deverá ocorrer por maioria absoluta). 
 
Expressa Tácita 
Passados 15 dias do envio do projeto pelo 
congresso, se o presidente não se 
manifestar, o projeto será sancionado. 
 
� A C.F fala apenas em 15dias, mas 
para harmonização com o art. 66, § 1º que 
trata de 15 dias úteis como prazo para que 
ocorra o veto presidencial, entende-se 
15dias úteis para a sanção tácita ocorrer. 
O presidente declara que concorda 
com o projeto 
 
Sanção 
Se o projeto for proposto com violação à regra de iniciativa privativa 
do Presidente, mesmo que esse sancione o projeto, o vicio de 
iniciativa não é convalidado e a lei em questão é tida como 
inconstitucional. 
 
Tanto a sanção quanto o veto são atos de competência exclusiva do Presidente da República. Só há sanção ou veto para Lei. Não há sansão ou veto para 
Emenda Constitucional, Lei Delegada, Decreto Legislativo nem para resolução. 
Veto 
Quanto à Extensão 
Total Político Jurídico 
Quanto aos motivos 
O veto parcial não pode 
ser de apenas uma 
palavra, tem que ser no 
mínimo de uma alínea, 
um inciso, um parágrafo, 
um artigo. 
Ocorre por questão de 
mérito, decorre do juízo de 
conveniência e 
oportunidade do Presidente 
da República. 
Ocorre quando o 
Presidente veta um 
dispositivo por 
entendê-lo 
inconstitucional. 
Parcial 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 48 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
5.2. Processo Legislativo Sumário (Rápido). 
 
A iniciativa do projeto é do presidente da república acompanhado do pedido de 
urgência. 
Tem mesmo procedimento do processo legislativo ordinário e especial tendo apenas 
as seguintes diferenças: 
 
� Como é de iniciativa do Presidente da República terá como casa iniciadora 
necessariamente a Câmara dos Deputados; 
� A sua fase legislativa termina em até 100dias já que o prazo sumário exige 
que o procedimento de cada case dure no máximo 45dias (em cada casa) e 
havendo emenda pela casa revisora a casa iniciadora terá 10dias para 
avaliar a emenda. 
 
Obs.27: 
Os prazos do regime de urgência não são contados nos períodos de recesso parlamentar. 
Obs.28: 
A casa que perder o prazo sofrerá o sobrestamento (travamento) de sua pauta. 
Obs.29: 
O regime de urgência não pode ser aplicado aos projetos de Código. 
 
5.3. Lei Delegada. 
 
É uma lei feita pelo Presidente da República com autorização do Congresso 
Nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema 16: 
Presidente pede autorização 
para o CN 
Pedido de 
Autorização 
 
Senado 
Câmara 
É autorizado 
então por meio de 
Resolução do 
Congresso 
Nacional 
Regras 
� Assunto: Comum, não pode ser de lei complementar e não pode ser de matéria de iniciativa privativa de outra 
pessoa, ou seja, só pode ser sobre matéria que o Presidente pudesse propor projeto de lei; 
� Limite: 
� Prazo: não é definido na CF, o CN é quem vai definir o prazo, mas de acordo com o STF o prazo não poderá 
exceder a legislatura, pois é o Congresso de hoje, autorizando o presidente de hoje à fazer a lei, ultrapassando a 
legislatura muda-se o Congresso e pode se alterar também o presidente. 
 
 
* O fato do congresso autorizar o presidente à fazer uma lei não tira do CN o direito de fazer. Se o CN quiser poderá 
fazer a lei mesmo tendo autorizado que o PR faça. 
O CN poderá ou não apreciar o projeto antes que a lei seja criada, podendo concordar ou discordar. Concordando o 
projeto é promulgado pelo Presidente da República, discordando arquiva-se o projeto. 
 
Direito Constitucional – Prof. Nelma Fontana 
 
 
~ 49 ~ 
Anotações de Lílian Batista Ribeiro 
 
Aula 12 - 26/03/2012 
 
6. Medida Provisória (Art. 62, CF): 
 
Pelo principio da Simetria, adota-se também essa espécie normativa em nível 
estadual

Outros materiais