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Defesa da Constituição

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Defesa da Constituição
· Data das Avaliações: 
· 1 Prova: Dia 20/04.
· 2 Prova: Dia 08/06.
· A segunda avaliação é cumulativa! 
Aula 1 (15/02)
· Conceito de Direito e de Constituição:
· Constituição = é a norma suprema de um Estado, com os seus pilares, que não poderá ser violada por outras normas. 
· A Constituição é um estudo dos direitos.
· O que constitui a República Federativa do Brasil? É constituída pelos princípios fundamentais, diretos e garantias fundamentais, organização do Estado, organização dos poderes, defesa dos Estados e das instituições democráticas, tributação e orçamento, ordem econômica e financeira e ordem social.
· Não possui forma! É incondicionada (não apresenta uma forma específica, o que importa é sua essência).
· Diferença entre Poderes:
· República: o titular do poder está com o Povo. O povo detém a capacidade de decidir da forma que mais lhe convém, de modo que, somente caberá ao Estado se submeter aos desejos da população. 
· Art. 1, §1º da CF: Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
· Mesmo o poder sendo do povo, sua vontade é exercida pelas funções, sejam elas: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Estes representantes do povo são meros servidores do poder (e não os detentores).
· Art. 2 da CF: São poderes da União, independentemente e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
· O povo exerce o seu poder mediante a criação de lei. 
· Art. 5, inciso II da CF: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
· O Estado somente poderá agir dentro daquilo que foi autorizado/permitido pela lei; diferente do povo, na qual, tudo é permitido se não for proibido ou obrigatório.
	EMENDA CONSTITUCIONAL (Art. 60 da CF)
	1ª Fase: Instrutória
	2ª Fase: Deliberativa
	3º Fase: Complementar
	
· Quem poderá propor? 
· 1/3 da Câmara dos Deputados (Art. 60, I da CF)
· 1/3 do Senado Federal (Art. 60, I da CF)
· Presidente da República (Art. 60, II da CF)
· ½ da Assembleia Legislativa por maioria relativa (Art. 60, III da CF)
· Obs: Não há prazo para que um projeto de lei ou emenda seja inserido em pauta.
	
· Art. 60, § 2º da CF: É considerado aprovado após 2 turnos com 3/5 dos votos.
· Entre a aprovação no 1º Turno para a votação em 2º Turno há um período chamado de Prazo de Reflexão.
· Art. 60, § 5º da CF: Não aprovado o projeto, por não ter alcançado o quórum mínimo, tal matéria somente poderá ser rediscutida em outra sessão legislativa (“após 1 ano”).
· Não sendo aprovado o projeto, a matéria seguirá para o Arquivo (devendo esperar próxima sessão legislativa para ser rediscutida; de tal modo a ser necessário passar, novamente, pelos trâmites).
· Se não houver emenda de conteúdo, a proposta de emenda será promulgada.
· Entretanto, se houver emenda, o projeto retorna a Casa 1 para uma nova aprovação em dois turnos.
· Antes de o projeto ser analisado pelo Senado, será este remetido para a Comissão de Controle e Justiça.
	
PROMULGAÇÃO/PUBLICAÇÃO
· Art. 60, § 3º da CF: Quem promulga ou publica a Emenda Constitucional é a Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado com o seu respectivo número de ordem.
· Obs: Art. 60, §1º da CF – Não poderá haver emenda em caso de intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio → Limite Circunstancial
· Obs 2: Limites para Emenda Constitucional (matéria que não poderá ser discutida) – Art. 60, § 4º da CF: → Limites Materiais
· A forma federativa de Estado;
· O voto direto, secreto, universal e periódico;
· A separação dos Poderes;
· Os direitos e garantias individuais.
· Obs 3: Se estiver sendo deliberado sobre alguma dessas cláusulas pétreas, poderá impetrar mandado de segurança para o parlamentar da Casa em que estiver a proposta.
· A simples deliberação sobre cláusulas pétreas é inconstitucional e permite a realização do controle preventivo de constitucionalidade.
· Controle Preventivo = controle realizado no processo de criação da norma.
· Controle Repressivo = realizado após a criação da norma.
· Monarquia Absolutista: o titular do poder está com o Rei. O rei apresenta plena liberdade para decidir da forma que lhe convém, de tal forma que cabe aos súditos o dever de obedecer.
	LEI COMPLEMENTAR (Arts. 61, 63, 67 e 69 da CF)
	1ª Fase: Instrutória
	2ª Fase: Deliberativa
	3º Fase: Complementar
	
· Quem poderá propor? 
· Deputados.
· Senadores.
· Presidente da República (Art. 64 da CF).
· STF (Art. 64 da CF).
· Tribunais Superiores.
· Procurador Geral da República.
· Cidadãos (Art. 61, § 1º da CF). 
· Obs: Não existe projeto popular para propor Emenda Constitucional.
	
· A Casa Iniciadora poderá ser a Câmara ou o Senado (em regra, ocorre na Câmara).
· Para ser aprovado na Câmara dos deputados há de ter 257 aprovações.
· Geralmente, a Casa Revisora é o Senado Federal.
· Para ser aprovado no Senado há de ter 41 aprovações.
· Aprovado o projeto de lei pela Casa Iniciadora este será analisado pela Casa Revisora. Aprovado pela Casa Revisora, sem emendas, o projeto seguirá para sanção presidencial.
· Caso o projeto seja emendado pela Casa Revisora este irá retornar para a Casa Iniciadora para uma nova análise. Aprovado, com ou sem alterações, este será remetido para sanção presidencial (não retorna a Casa Revisora).
· A Casa Iniciadora decide como o Presidente irá receber o projeto.
· Aprovado o projeto, caberá ao Presidente da República sancionar ou vetar.
	
PROMULGAÇÃO/PUBLICAÇÃO
· Em regra, é promulgado e publicado pelo Presidente da República.
Aula 2 (16/02)
· Hierarquia da Constituição: 
· A ideia de que as normas previstas na Constituição são hierarquicamente superiores a demais leis está relacionada a sua classificação, o qual seja, rígida. 
· Classificação das Constituições: 
· Rígida: a Constituição apresenta normas superiores às demais leis, de tal forma que caberá às normas infraconstitucionais respeitá-la. Há mais dificuldade para se alterar a forma da Constituição.
· Semi-rígida: partes da Constituição apresenta um processo mais fácil de alteração, tendo em outras matérias uma dificuldade maior de alterá-las. 
· Flexível: a Constituição apresenta um processo mais fácil de modificação, de tal maneira que poderá ser alterada nos mesmos moldes de uma lei infraconstitucional.
· Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais: 
· Caso seja criado uma lei que viole a Constituição Federal esta deverá ser declarada inconstitucional devido ao princípio da presunção relativa de constitucionalidade. 
· Regras e Princípios:
· Supremacia da Constituição: Está relacionado ao processo legislativo de alteração das normas constitucionais. Como a Constituição Brasileira apresenta um maior rigor quanto a mudança de suas normas, há uma hierarquia entre leis constitucionais em relação das demais, de tal forma que caberá a estas obedecer a Constituição. 
· O processo legislativo para a criação de uma emenda constitucional está previsto no Art. 60 da CF. 
· Obs: Todas as normas infra-constituionais serão hierarquicamente inferiores a Constituição, entretanto, não há hierarquia entra as normas infra-constitucionais. 
· Princípio da Presunção Relativa de Constitucionalidade: Toda norma criada pelo Congresso Nacional deverá ser presumida como constitucional. 
· Espécies Normativas: Art. 59 da CF. 
· Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
· I - emendas à Constituição;
· II - leis complementares;
· III - leis ordinárias; 
· IV - leis delegadas; 
· V - medidas provisórias;
· VI - decretos legislativos;
· VII - resoluções.
· Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 
· Observação: 
· Decreto-Lei: decreto com força de lei instrumento dos regimes autoritários (se não for aprovado, manterá a força de lei; porém, não tornará lei). 
· Medida Provisória: decreto com força de lei (em que se não for aprovado em até 120 dias terá a perda dos efeitos).
Aula 3 (22/02)
Poder Constituinte:
· Conceito: É o poderde criar e constituir um novo Estado pode meio da Constituição. Permite-se alterar a Constituição dos Estados e de criar as Constituições dos entes internos.
· Poder Real/Poder de Fato: poder de constituir um novo Estado.
· Competência Constitucional: poder constitucional de alterar a Constituição (apresenta limites na própria Constituição Federal).
· Divisão:
· Originário: 
· Histórico: a primeira manifestação do Poder Constituinte Originário em um determinado Estado.
· Revolucionário: as demais manifestações do Poder Constituinte Originário.
· Caraterísticas do Poder Constituinte Originário:
· Inicial: pois dá início a um novo Estado.
· Incondicionado: pois não há procedimentos pré-estabelecido para o seu exercício (não apresenta uma forma específica, o que importa é o seu conteúdo).
· Soberano: pois é a materialização da soberania.
· Ilimitado Juridicamente: pois não há limites jurídicos para o seu exercício. Juridicamente pode tudo.
· Permanente: pois fica imanente, aguardando o próximo momento a ser exercido.
· Legitimado: é o elemento mais importante, uma vez que é necessário a anuência do povo para que a nova Constituição tenha validade.
· Poderia criar uma Constituição permitindo a pena de morte? Pela teoria da vedação do retrocesso social (ou revolução reacionária) não seria permitido, pois, a conquista de um povo não poderá ser perdida nem com o advento de uma nova Constituição. Porém, há teorias que permite, ao criar uma Constituição, realizar qualquer tipo de alteração.
· O desenvolvedor da Teoria do Poder Constituinte foi Emmanuel Joseph Sieyes. Atualmente, esta teoria aborda o povo (nacionais de um Estado) como titular do poder constituinte, de modo que, à época de Sieyes, este poder se concentrava na nação (é um sentimento histórico, empírico e cultural que unem as pessoas).
· Constituição do Brasil é dogmática, uma vez que, a cada nova Constituição rompe a Constituição anterior. Não é histórica, pois, neste caso, há uma constante construção de uma mesma Constituição.
· Derivado:
· De Reforma (Art. 60 da CF): é a competência constitucional que o Congresso Nacional possui para alterar os dispositivos constitucionais.
· De Revisão (Art. 3 do ADCT + Art. 60 da CF): é a competência constitucional que o Congresso Nacional possui para alterar os dispositivos constitucionais.
· Obs: A diferença entre o Poder Constituinte derivado de reforma e de revisão são os limites constitucionais (formais, substanciais e materiais)!
· Decorrente (Art. 25, caput do CF + Art. 11 do ADCT): é a competência constitucional que as Assembleias Legislativas e a Câmara Legislativa do Distrito Federal possuem para criar a sua própria lei maior (Constituições Estaduais e Lei Orgânica do Distrito Federal).
· Características do Poder Constituinte Derivado: 
· Secundário: pois é criado pelo Originário.
· Condicionado: pois há procedimentos pré-estabelecidos para o seu exercício.
· Limitado: pois há limites jurídicos para o seu exercício.
· Difuso: é o poder de alterar a interpretação de um dispositivo constitucional sem alterar formalmente o texto da Constituição.
· Ex: Art. 5, LXXI da CF: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
· A interpretação deste dispositivo legal antes de 2007 era: o mandado de injunção não servia para nada; o STF entendia que em decorrência do princípio da separação dos poderes, o mandado de injunção não poderia concretizar direitos.
· Depois de 2007: os ministros do STF permitiram a utilização do mandado de injunção para concretizar direitos, pois, mesmo após um longo prazo, o Congresso não havia regulamentado vários dispositivos constitucionais. Mesmo que o Judiciário não possa forçar o Legislativo a criar a norma, este não poderá ficar refém do Legislativo, de tal forma que, com base no princípio da separação dos poderes, este permitiu o caráter concretista do mandado de injunção.
· Ex: Mandado de Injunção Coletivo com relação ao direito de greve do servidor público.
· Ex 2: Art. 5, caput da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
· Ampliou-se a interpretação de maneira que os não residentes também terão direitos garantidos pela Constituição. 
· História das Constituições Brasileiras:
	1824
	CPIB
	Constituição Política do Império do Brasil
	1891
	CREUB
	Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil
	1934
	CREUB
	Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil
	1937
	CEUB
	Constituição dos Estados Unidos do Brasil
	1946
	CEUB
	Constituição dos Estados Unidos do Brasil
	1967
	CRFB
	Constituição da República Federativa do Brasil
	1969
	CRFB
	Constituição da República Federativa do Brasil
	1988
	CRFB
	Constituição da República Federativa do Brasil
Reuniões: Art. 57 da CF.
· Seção Legislativa Ordinária: período de trabalho do Congresso Nacional.
· Art. 57: O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Semelhanças e Diferenças: 
· Art. 60 do § 5 da CF: emendas constitucionais.
· Art. 60, § 5º da CF: A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
· Resumo: Não poderá ser apresentada na mesma seção legislativa projeto de emenda que reste prejudicada (em hipótese alguma poderá ser discutida uma proposta de emenda na mesma seção legislativa)
· Art. 67 da CF: leis ordinárias ou complementares.
· Art. 67 da CF: A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
· Resumo: Não poderá ser apresentada na mesma seção legislativa projeto de lei complementar prejudicado, porém, nada impede que este projeto seja novamente analisado pela Câmara (caso seja votado em uma mesma seção legislativa, este processo de votação será mais rígido, uma vez que será necessário a aprovação da maioria absoluta em ambas as Casas do Congresso).
· Art. 62, § 10 da CF: medida provisória.
· Art. 62, § 10 da CF: É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
· Resumo: Não poderá uma medida provisória ser representada na mesma seção legislativa ordinária (não poderá o Presidente, novamente, editar os atos que o constituem). 
· Medida Provisória: é um decreto do Presidente da República que possui dois efeitos:
· 1) Dá início ao Processo Legislativo de lei ordinária. 
· 2) Possui força imediata de lei (60 + 60 = 120 dias).
· Quando o Congresso vota no processo legislativo e não aprova determinada matéria, ao Presidente não poderá editar uma medida provisória sobre o assunto. Entretanto, o Congresso poderá apresentar novo projeto de lei sobre o assunto, de modo a ser necessário a maioria absoluta dos deputados ou senadores para apresentar este projeto de lei.
 Mesa Diretora: Art. 47, § 4 da CF.
· Art. 57 § 4º da CF: Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. 
· Art. 44 da CF: O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
· Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
· Art. 57 § 5º da CF: A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantesde cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
Legislatura
	LEGISLATURA
	LEGISLATURA
	
	
	1
	2
	3
	4
	1
	2
	3
	4
	A
	B
	B
	A
Mesa Diretora
	CÂMARA DOS DEPUTADO
	CONGRESSO NACIONAL
	SENADO FEDERAL
	Presidente da CD
	Presidente do SF
	Presidente do SF
	1º Vice-presidente da CD
	1º Vice-presidente da CD
	1º Vice-presidente do SF
	2º Vice-presidente da CD
	2º Vice-presidente do SF
	2º Vice-presidente do SF
	1º Secretário da CD
	1º Secretário da CD
	1º Secretário do SF
	2º Secretário da CD
	2º Secretário do SF
	2º Secretário do SF
	3º Secretário da CD
	3º Secretário da CD
	3º Secretário do SF
	4º Secretário da CD
	4º Secretário do SF
	4º Secretário do SF
	1º Suplente da CD
	1º Suplente da CD
	1º Suplente do SF
	2º Suplente da CD
	2º Suplente do SF
	2º Suplente do SF
	3º Suplente da CD
	3º Suplente da CD
	3º Suplente do SF
	4º Suplente da CD
	4º Suplente do SF
	4º Suplente do SF
· Pergunta: Qual é o cargo ocupado pelo presidente da câmara dos deputados na mesa do congresso nacional?
· Resposta: O Presidente da Câmara dos Deputados não ocupa cargo na mesa diretora do Congresso Nacional!
Aula 4 (23/02)
Sessões do Congresso Nacional
· Sessão Bicameral: Discussão e votação em cada uma das casas do Congresso Nacional (tempo e espaço distintos). Vota-se em uma casa e, após de aprovado, o projeto é enviado para a outra casa.
· Regra - Art. 47 da CF: Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
· Sessão Conjunta (Bicameral): Discussão e votação no Congresso Nacional na casa da Câmara dos Deputados (mesmo tempo e espaço). Vota-se junto mas os votos são contados separados.
· Sessão Unicameral: Discussão e votação do Congresso Nacional na casa da Câmara dos Deputados (mesmo tempo e espaço). Vota-se junto e conta-se junto os votos. Deixamos de ter distintamente deputados e senadores e passamos a ter "parlamentares".
Exemplo de Aprovação por Maioria Absoluta nos três tipos de Sessão o Congresso Nacional:
1. Sessão Bicameral (REGRA)
	Casa: Câmara dos Deputados (513)
	Casa: Senado Federal (81)
	
Maioria absoluta: 257
	
Maioria absoluta: 41
2. Sessão CONJUNTA do Congresso Nacional (Exemplos: § 3º do art. 57)
	Casa: Câmara dos Deputados (513)
	Deputados
(513)
	Senado Federal
(81)
	
Maioria absoluta: 257
	
Maioria absoluta: 41
3. Sessão UNICAMERAL do Congresso Nacional (Exemplo: art. 3º do ADCT)
	Casa: Câmara dos Deputados (513)
	Deputados
(513)
	Senado Federal
(81)
	594 parlamentares
	
Maioria absoluta: 298
Projeto de Emenda Constitucional 
LIMITES AO PODER CONSTITUINTE DERIVADO DE REFORMA
	FORMAIS
	I, II e III do art. 60; §§ 2º, 3º e 5º do art. 60
	CIRCUNSTANCIAIS
	§ 1º do art. 60
	MATERIAIS
	§ 4º do art. 60
LIMITES AO PODER CONSTITUINTE DERIVADO DE REVISÃO
	FORMAIS
	I, II e III do art. 60; art. 3º do ADCT
	CIRCUNSTANCIAIS
	§ 1º do art. 60
	MATERIAIS
	§ 4º do art. 60
	TEMPORAL
	art. 3º do ADCT
	REFORMA
	REVISÃO
	Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
	I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
	II - do Presidente da República;
	III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
	§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
	§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em DOIS TURNOS, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, TRÊS QUINTOS dos votos dos respectivos membros.
	Art. 3º A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA dos membros do Congresso Nacional, em SESSÃO UNICAMERAL.
	§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
	* Promulgação / Publicação: A MESA DO CONGRESSO NACIONAL
	§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
	I - a forma federativa de Estado;
	II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
	III - a separação dos Poderes;
	IV - os direitos e garantias individuais.
	§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
	
· Diferenças entre os Direitos:
· Direitos Fundamentais: são aqueles direitos básicos individuais, sociais, políticos e jurídicos que estão previstos na Constituição Federal. 
· Direitos Humanos: são direitos relativos a vida, a liberdade, a educação, entre outros que devem ser respeitado independente de qualquer tipo de discriminação.
· Direitos do Homem: são os direitos não positivamos, ou seja, aqueles naturais ao homem. 
Poder Constituinte - Exemplo
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
	PODER CONSTITUINTE
	ORIGINÁRIO
	DERIVADO
	
	DE REVISÃO
	DE REFORMA
	
	(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
	(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
	1988 a 1994
	1994 a 2007
	2007 a ...
	c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente, ou
venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
	c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira; 
	c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
· O processo de reforma da Constituição é mais complicado devido ao fato deste apresentar como caraterística fundamental a rigidez. Deste modo, qualquer tipo de alteração à Constituição Federal deverá passar por um intenso processo legislativo. Ao contrário da revisão constitucional, que foi prevista para ser realizada somente uma única vez devido ao fato de não se ter certeza que modelo de Estado o Brasil adotaria.
· Para a ocorrência da revisão constitucional se faz necessária esperar um prazo de 5 anos, na qual, necessitaria somente a aprovação da maioria absoluta dos parlamentares para a sua modificação → Art. 3 da ADCT: A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
· Emenda de Revisão = serão 594 parlamentardes, necessitando apenas da aprovação de maioria absoluta para que ocorra a alteração (298 parlamentares).
· É mais difícil ser aprovada uma reforma, pois, se faz necessário a aprovação em dois turnos em ambas as casas do Congresso Nacional.
· (F) Há limite temporal para a alteração da Constituição.
· A Constituição poderá ser alterada a qualquer momento, porém, deverá sempre respeitar as condições previstas na Carta Magna.
· (F) Há limite temporal para a reforma da Constituição. 
· A Constituição Federal pode ser reformada a qualquer tempo, desde que, respeitados os trâmites legais previstos (Art. 60 da CF).
· (V) Há limite temporal para a revisão da Constituição. 
· A revisão constitucional exigia um prazo mínimo de 5 anos para ser alterada, porém, não havia limite máximo para até quando essa alteração pudesse ocorrer.
Aula 5 (01/03)
· Observação da Aula Passada:
· No processo de emenda à Constituição pode acontecer de não haver consenso entre as Casas acerca de um dos artigos do projeto de emenda. Porém, caso incida esta hipótese, não havendo divergência em relação ao restante do projeto, a parte que foi aprovada pelasduas Casas será promulgada e publicada. Assim, desmembra-se o projeto de emenda para que a parte controvertida seja novamente discutida (Ex: Emenda Constitucional 45).
Classificação das Constituições:
· Conteúdo:
· Material: normas fundamentais e estruturais do Estado; a organização de seus órgãos; os direitos e garantias fundamentais (o que é essencial para que o Estado possa ser constituído).
· Formal: a Constituição que elege como critério o processo de sua formação e não o conteúdo de suas normas.
· Qualquer regra nela contida terá caráter de constitucional.
· Forma:
· Escrita/Instrumental: é uma Constituição formada por um conjunto de regras sistematizadas e organizadas em um único documento, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado.
· Costumeiras/Consuetudinárias: não traz as regras em um único texto solene e codificado. São textos esparsos, reconhecidos pela sociedade como fundamentais, e baseia-se nos usos, costumes, jurisprudências e convenções.
· Elaboração:
· Dogmática: sempre escritas, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais do Estado (criada com o rompimento constitucional anterior).
· Histórica: constituem-se através de um lento e contínuo processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um povo.
· Origem:
· Outorgadas: são as constituições impostas, de maneira unilateral pelo agente revolucionário (grupo ou governante) que não recebeu do povo a legitimidade para em nome dele atuar.
· Promulgadas: democrática, votada ou popular, é aquela constituição fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo para em nome deles atuar. Nasce, portanto, de uma deliberação da representação legítima popular.
· Cesaristas ou Bonapartista: não é propriamente outorgada, mas tampouco é demográfica, ainda que criada com a participação popular. A participação não é democrática, pois visa apenas ratificar a vontade do detentor do poder.
· Pactuadas: tais constituições pactuadas foram bastante difundidas no seio da monarquia estamental da Idade Média, quando o poder estatal aparecia cindido entre monarca e as ordens privilegiadas. Constituição pactuada é aquela que exprime um compromisso instável de duas forças políticas rivais: a realeza absoluta debilitada, de uma parte, e a nobreza e a burguesia de outra.
· Proveniente de um acordo de determinados setores da sociedade (alguns autores não o consideram como uma Constituição, pois, esta não poderia ser pactuada por determinados setores da sociedade).
· Ex: Magna Carta Libertatum de 1215 - era um acordo de vontades entre o rei e os nobres ingleses (o rei concedia direitos aos nobres, mas, não detinha poder para manter, uma vez que é necessário a aprovação de 25 barões). Não havia uma declaração de direitos, pois, nesta carta não havia a separação de poderes e nem instrumentos para garantir os direitos declarados.
· A separação dos poderes é tão importante, pois, sem este instrumento, no Brasil não seria possível a alteração de, por exemplo, tributos sem a aprovação do Congresso (salvo os tributos extrafiscais, sendo eles: imposto de importação, imposto de exportação, IPI, IOF e IEG - impostos para controlar o mercado).
· Obs: Distinção entre Constituição e Carta - A Constituições está relacionada a constituições promulgadas e a Carta está relacionado a constituições outorgadas.
· Extensão:
· Sintéticas: concisas, breves, sumárias, sucintas. Seriam aquelas enxutas, veiculadas apenas dos princípios fundamentais e estruturais do Estado.
· Analíticas: amplas, extensas, largas, prolixas. Abordam todos os assuntos que os representantes do povo entenderem fundamentais.
· Obs: Qual a razão da existência de Constituições analíticas? A preocupação de dotar certos institutos de proteção eficaz; o sentimento de que a rigidez constitucional é anteparo ao exercício discricionário da autoridade.
· Alterabilidade: mutabilidade, estabilidade e consistência.
· Rígidas: exigem, para a sua alteração um processo legislativo mais árduo, solene e dificultoso do que o processo de alteração das normas não constitucionais.
· Flexíveis: não possui um processo legislativo de alteração mais dificultoso do que o processo legislativo de alteração das normas infraconstitucionais (não haveria controle repressivo de constitucionalidade, apenas preventivo).
· Semi-rígidas: o procedimento de alteração é um pouco mais flexível, pois, parte dela apresenta hierarquia superior (portanto, mais difícil para alterar) e outra parte tem a mesma hierarquia de uma lei federal (fácil alteração).
· Ex: Art. 178 da CF de 1824.
· As normas que apresentariam hierarquia superior são as normas formais e materialmente constitucionais.
· Imutável: não admite qualquer tipo de alteração.
Constituição Brasileira de 1988: 
· Classificação da Constituição Brasileira: é escrita, dogmática, promulgada, analítica, mista, rígida.
· No Brasil, a Constituição Federal é mista quanto ao seu conteúdo, pois, antes da Emenda Constitucional 45, não havia outras normas com força constitucional. Entretanto, após o Brasil ratificar o Pacto de São José da Costa Rica, qualquer tratado internacional assinado por este que recaia sobre os direitos humanos apresentará força constitucional (tratado este que deverá ser aprovado como emenda constitucional fosse, ou seja, em dois turnos com mais de 3/5 de aprovação). Assim, por haver normas fora do texto constitucional com a mesma hierarquia da Constituição, o Brasil passou a apresentar conteúdo misto.
Sentidos de Constituição
· Sentido Sociológico: Ferdinand Lassalle.
· Conceito: se um texto de uma Constituição contrariar os fatores reais do poder, tal documento passará ser uma mera folha de papel (Constituição sem validade). 
· Os fatores reais do poder direcionado às ações do poder constituinte.
· Fatores Reais do Poder: Poder Político; Poder Social; Poder Rural; Poder Econômico; Poder Militar.
· É considerado o expoente a teoria sociológica do direito constitucional uma vez que este atribuía mais importância a efetividade e eficácia da norma do que propriamente a própria norma.
· Simples folha de papel = a Constituição escrita não corresponde aos fatores reais de poder (conjunto de regras sociais que servem para manutenção da ordem). 
· Sentido Político: Carl Schimit.
· "Toda Constituição vem de uma decisão política fundamental".
· Quem decide politicamente? São as instâncias que detém o poder formal (titular do poder constituinte).
· A Constituição representa o resultado da vontade política fundamental do Poder Constituinte originário quanto aos temas ligados à estruturação do Estado. 
· O autor diferencia Constituição de Leis Constitucionais. Com efeito, no texto constitucional, haveria normas que se destacariam pela enorme relevância política, por dizerem respeito à estrutura do Estado, aos direitos e garantias fundamentais, ao regime político, à organização dos Poderes etc. (Constituição). Por outro lado, haveria normas que não apresentariam essa relevância, que só se encontrariam inseridas na Constituição para adquirirem maior estabilidade jurídica (Leis constitucionais).
· Sentido Jurídico: Hans Kelsen.
· Art. 192, § 3º da CF/88.
· Hans Kelsen: "Importa a validade da norma, de modo a não ser relevante o conteúdo desta" → Positivismo Jurídico.
· Prestigia a Constituição como um corpo de normas jurídicas fundamentais à estruturação do Estado, dotada de plena força normativa capaz de conduzir o processo político, servindo de fundamento de validade para a produção normativa. 
· Plano Lógico Jurídico:
· A Constituição significa a norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental de validade da Constituição em sentido jurídico-positivo. Kelsen não admitia como fundamento de validade da Constituição positiva algo de real, de índole sociológica, política ou filosófica. A norma lógica jurídica existiria apenas como pressuposto lógico de validade das normas constitucionais positivadas.
· Plano Jurídico Positivo:
· A Constituição corresponde à norma jurídica suprema,o fundamento de validade das demais normas do ordenamento jurídico. As normas infraconstitucionais só existem e são aptas a produzir os seus efeitos se forem compatíveis com a Constituição em seu sentido jurídico-positivo.
Aula 6 (09/03)
Regras e Princípios:
· As regras e os princípios abrangem a mesma hierarquia constitucional → Portanto, as normas abrangem tanto os princípios quanto as regras.
· Princípios:
· Possuem um valor superior devido ao seu caráter axiológico.
· Sua maior valoração ocorre pelo fato dos princípios serem utilizados para compreender e produzir as regras.
· São plurifuncionais: servem tanto para a elaboração, interpretação ou aplicação de uma regra.
· Regras:
· São unifuncionais: possuem uma única função, o qual seja, trará uma obrigação, ou uma proibição ou uma autorização.
· Para a população, detentores do poder, as regras estabelecem uma obrigação ou uma proibição (pois, para nós, tudo já é autorizado).
· Para o Estado, as regras irão estabelecer uma obrigação ou uma autorização (pois, para este tudo é proibido).
· Tem como caraterística a subsunção.
Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais
· Aplicabilidade da Norma:
· Positivo: é produção concreta do dispositivo constitucional (o que estiver na Constituição já poderá ser aplicado).
· Negativo: é a retirada de nosso ordenamento um dispositivo materialmente incompatível com a atual Constituição (esta lei será não recepcionada).
· Recepção/Não Recepção: se uma norma é anterior a nossa atual Constituição, o que ocorre com as normas editadas antes deste período é que estas poderão ser recepcionadas ou não pelo novo diploma legal.
· Para que uma norma antes de 1988 fosse recepcionada, se faz necessário que esta seja materialmente compatível com a Constituição de 1988.
· Caso a norma anterior a 1988 fosse materialmente compatível com a atual legislação, mas, que sua forma fosse incompatível; esta também seria recepcionada.
· Compatibilidade Material = não entra em choque com o conteúdo da atual Constituição. 
· Compatibilidade Formal = a espécie normativa para criar a norma deverá ser a mesma que exigida hoje.
· Já uma norma criada após 1988, deverá esta ser tanto materialmente compatível quanto formalmente compatível (sob pena de ser considerada inconstitucional). Antes de 1988, basta ser somente materialmente compatível.
· É possível uma recepção parcial da norma. 
· Revogação.
· Obs: Toda norma constitucional produz, no mínimo, direta e imediatamente efeitos negativos! Entretanto, no caso dos efeitos positivos, este poderá produzir tanto efeitos direitos e imediatos quanto indiretos e mediatos.
· Rui Barbosa:
· Normas Autoexecutáveis/Autoaplicáveis: O dispositivo constitucional é suficiente para produzir efeitos concretos, ou seja, os efeitos positivos (+) do dispositivo constitucional são diretos e imediatos.
· Art. 5º, III da CF: Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
· Normas Não Autoexecutáveis/Não Autoaplicáveis: são normas que necessitam de complementação (lei) para que o dispositivo constitucional possa produzir os seus efeitos. O dispositivo constitucional não é suficiente para produzir efeitos concretos, ou seja, os efeitos positivos (+) do dispositivo constitucional são indiretos e mediatos.
· Art. 5, XXXII da CF: o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
· José Afonso da Silva:
· Plena: apresenta aplicabilidade direta e imediata (tanto na aplicação positiva quanto negativa). É integral, não restringível e basta em si.
· Contida: apresenta aplicabilidade direta e imediata (tanto na aplicação positiva quanto negativa). Não é integral, é restringível e não basta em si.
· São normas auto executáveis. Porém, nesta hipótese, mesmo que a norma esteja pronta para ser executada, poderá o legislador limitar o alcance da norma.
· Limitada: apresenta aplicabilidade indireta e mediata (quanto a aplicação positiva). Somente irá produzir efeitos diretos e imediatos quando a aplicação for negativa. Apresenta caráter/aplicabilidade reduzida.
· Dependerá de norma posterior que lhe aplique o caráter executório.
· De Princípio Programático /Programática:
· Um único dispositivo constitucional não é suficiente para atingir o seu objetivo, havendo a necessidade da participação do Estado (legislativo, executivo e judiciário), bem como da sociedade.
· Uma Constituição que possui normas programáticas é nominada de Constituição Dirigente, pois direciona a atuação do Estado → Se o Estado não caminhar nesse sentido, discute-se um controle de Constitucionalidade.
· Exemplos: Incisos do art. 3º da CF.
· Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
· I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
· II - garantir o desenvolvimento nacional;
· III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
· IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
· De Princípio Institutivo /Organizativo:
· Imperativa: a constituição determina que seja elaborada a norma para regulamentar o dispositivo constitucional.
· Permissiva: a constituição autoriza que seja elaborada a norma para regulamentar o dispositivo constitucional.
	
	(Art. 37) VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
	(Art. 22) Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	INDIRETOS e MEDIATOS
	INDIRETOS e MEDIATOS
	Rui Barbosa
	NÃO AUTOEXECUTÁVEIS
	NÃO AUTOEXECUTÁVEIS
	José Afonso da Silva
	EFICÁCIA LIMITADA
	EFICÁCIA LIMITADA
	
	IMPERATIVA
	PERMISSIVA
EXEMPLOS PARA ESTABELECER AS DIFERENCIAÇÕES:
	
	(Art. 5º) III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
	(Art. 5º) XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	INDIRETOS e MEDIATOS
	Rui Barbosa
	AUTOEXECUTÁVEL
	NÃO AUTOEXECUTÁVEL
	José Afonso da Silva
	EFICÁCIA PLENA
	EFICÁCIA LIMITADA
	
	(Art. 5º) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
	(Art. 5º) XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Rui Barbosa
	AUTOEXECUTÁVEL
	AUTOEXECUTÁVEL
	José Afonso da Silva
	EFICÁCIA CONTIDA
	EFICÁCIA PLENA
	
	(Art. 5º) XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
	(Art. 37) VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	INDIRETOS e MEDIATOS
	Rui Barbosa
	AUTOEXECUTÁVEL
	NÃO AUTOEXECUTÁVEL
	José Afonso da Silva
	EFICÁCIA PLENA
	EFICÁCIA LIMITADA
	
	(Art. 5º) VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
	(Art. 5º) XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
 a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	INDIRETOS e MEDIATOS
	INDIRETOS e MEDIATOS
	Rui Barbosa
	NÃO AUTOEXECUTÁVEL
	NÃO AUTOEXECUTÁVEL
	José Afonso da Silva
	EFICÁCIA LIMITADA
	EFICÁCIA LIMITADA
	
	(Art. 5º) XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
	(Art. 5º) XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
	(Art. 5º) VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosaou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Rui Barbosa
	AUTOEXECUTÁVEL
	AUTOEXECUTÁVEL
	AUTOEXECUTÁVEL
	José Afonso da Silva
	EFICÁCIA PLENA
	EFICÁCIA PLENA
	EFICÁCIA CONTIDA
	
	(Art. 192) § 3º As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar.
	(Art. 192) § 3º As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar.
	Efeitos (-)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	DIRETOS e IMEDIATOS
	Efeitos (+)
	DIRETOS e IMEDIATOS
	INDIRETOS e MEDIATOS
	Rui Barbosa
	AUTOEXECUTÁVEL
	NÃO AUTOEXECUTÁVEL
	José Afonso da Silva (TEORIA)
	EFICÁCIA PLENA
	EFICÁCIA LIMITADA
	STF
	EFICÁCIA LIMITADA (SÚMULA VINCULANTE N. 7)
	EFICÁCIA LIMITADA (SÚMULA VINCULANTE N. 7)
Aula 07 (15/03)
· Correção dos Exercícios:
· Art. 5, XIII da CF: é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
· Jurisprudência do STF: Analisou uma lei que regulamentava a profissão de músico. Por esta norma, exigia-se que a pessoa deva ter um curso de nível superior em música para poder exercer a profissão de músico. Esta matéria chegou ao STF mediante uma ação direta de inconstitucionalidade na qual posicionou este tribunal no sentido de que tal regulamentação seria inconstitucional, pois, a possiblidade de restringir a profissão somente será legítima se este ofício causar algum risco a sociedade.
· Art. 230, § 2º da CF: Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
· É uma norma de eficácia plena e que, portanto, apresenta autoexecutoriedade. Caso esta norma seja violada, há de ser impetrado um mandado de segurança para que tal direito seja exercido. Caso esta norma fosse contida, não seria possível impetrar um mandado de segunda haja visto a necessidade de se ter uma lei que o regule.
· O fato de tal lei ser regulamentada não significa que este dispositivo constitucional seja de eficácia contida, pois, somente pela leitura do texto constitucional se faz possível que tal direito seja exigido.
· Art. 5 da CF:
· XXII - é garantido o direito de propriedade;
· XXIII - a propriedade atenderá a sua função social.
· Pergunta: o direito à propriedade é uma norma de eficácia contida ou plena? Será uma norma de eficácia contida haja vista que somente será garantido o direto a propriedade se for atendida a sua função social. É uma norma de eficácia contida pela própria norma constitucional (e não infraconstitucional).
· Norma limitada de princípio Programática: necessita a criação de várias leis para se efetivar as medidas (direciona a atuação do Estado para algo).
· Norma limitada de princípio Institutivo: determina ou autoriza a criação de uma norma que regulamente o dispositivo constitucional (estrutura o Estado).
· Art. 16 da CF: A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
· É uma norma de eficácia plena!
Aula 8 (16/03)
Gerações e Dimensões dos Direitos 
Direitos
· O que são Direitos? São conquistas da humanidade. Sendo sua divisão realizada da seguinte maneira:
· Direitos do Homem: são aqueles direitos naturais (inerente ao homem) não positivados.
· Direitos Humanos: são os direitos naturais ao homem positivadas em instrumentos internacionais.
· De acordo com o Art. 5, §3º da CF, uma vez que um tratado que recaia sobre os direitos humanos, e aprovada pelo Congresso, será este instrumento normativo internalizado pela nossa legislação de tal modo que este instrumento deixou de ser um Tratado e apresenta a forma de Direito Fundamental.
· Na seara dos Direitos Humanos há duas correntes: a corrente universal dos direitos humanos e o relativismo cultural. 
· Se há uma universalidade dos direitos humanos não haveria uma singularidade de cada Estado (entre um tratado e uma declaração, apresenta maior importância internacional uma declaração, pois, este instrumento não necessita de assinatura dos países; as declarações universais apresentam uma força moral que direciona os países; já os tratados, por ser uma opção do Estado em internalizar, no caso do Brasil, se for aprovado na mesma maneira que uma norma constitucional, ele irá apresentar força constitucional).
· Direitos Fundamentais: são escolhas do Estado em proteger determinados direitos; são normas positivadas em leis constitucionais.
· Obs: Para que haja direitos, se faz necessário a presença da separação dos poderes (sem esta separação não há como se exigir um direito real, um direito que possa ser respeitado - Ex: Magna Carta Libertatum de 1215). Caso haja um Estado, como por exemplo, o Brasil, que detém uma Constituição que prega os preceitos estabelecidos pela Declaração dos Direitos do Homem; em caso de eventual violação a esses direitos (Art. 5, inciso XXXV da CF) poderá a pessoa entrar com uma medida judicial.
· A separação dos poderes se faz importante para que haja um limite para a atuação do Estado.
· Obs 2: Se faz imprescindível para a existência de um direito a presença de instrumentos de garantia (nada adianta ter um direto declarado se não forem criados instrumentos para assegurar o exercício destes direitos).
· Importância da Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão: 
· Art. 16: A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
· O objetivo da Constituição é constituir o Estado e limitar a atuação do próprio Estado para proteger os seus titulares (o povo).
Nota: 
· A Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão foi criada em 1789, na qual, pelo seu Art. 16, foi estabelecida de que qualquer Constituição que não assegurasse garantias aos direitos não seria este instrumento considerado uma Constituição.
· A Constituição dos EUA fora criada em 1787. Portanto, a Constituição Americana não trouxe direitos ao povo pois, pela linha cronológica, os direitos somente surgiram após 1789. Assim, em 1791, foi criado um instrumento denominado Bill of Rights, carta que inseriu na Constituição dos EUA as 10 primeiras emendas à Constituição (que, por influência da Declaração Universal, garantiu os direitos que antes não existia).
· Qual foi a 1ª Constituição positivada (escrita)? A Constituição Americana de 1787.
· Qual foi a 1ª Constituição clássica (aquela com as separações dos poderes + declarações de direitos)? A Constituição Francesa de 1791.
Gerações dos Direitos: 
· Contexto Histórico:
· A França passava por um período de dificuldade devido ao fato dos súditos viverem em situações de miserabilidade enquanto os nobres, cleros e reis (período de monarquia absolutista) conviviam na fartura (constatando o abuso de poder praticado na figura do rei). 
· Os burgueses apresentam um importante papel para instigar as revoluções haja visto que este grupo, por ser detentor das riquezas, estavam inconformados com o abuso de poder exercido pelo rei. Os burgueses desejavam limitar o poder do rei por almejar a proteção dos direitos já conquistados. 
· Neste tempo, os nobres deste movimento criaram uma corrente filosófica (o Iluminismo) na qual tinha por prerrogativa em não mais aceitar os dogmas impostos pela Igreja (que visava manter o poder) de modoa surgir o pensamento reflexivo.
· Assim, juntando essas considerações, o povo consegue derrubar o Estado Absolutista → Intenção: que o Estado parasse de violar os direitos inerentes ao ser humano. Deste modo, a população almejava por uma proteção contra decisões arbitrárias do Estado.
· Conquistas com a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão: o direito do rei em não violar a vida, liberdade, tratar de forma igual (igualdade formal), propriedade, etc.
· Reflexos dessa Declaração no Brasil: Art. 5 da CF.
· Com estes direitos assegurados, buscava-se uma segurança jurídica (mínimo de previsibilidade na atuação do Estado).
· Quem desenvolveu a teoria das gerações dos direitos? 
· Karel Vasak, em 1979, na Universidade de Estrasburgo.
· Críticas sobre o termo "Gerações de Direitos":
· A doutrina atual crítica o termo gerações de direitos, pois "geração" significa que uma substitui a outra, ligada especificamente ao positivismo. Está no sentido de que os direitos não existiam e foram criados naquele momento específico em que foram positivados.
· Atualmente prefere-se o termo dimensão (doutrina), pois uma dimensão vai se agregando a outra. Hoje temos várias dimensões dos direitos na nossa Constituição:
· 1ª Geração: Art. 5, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
· 2ª Geração: Art. 6 - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
· 3ª Geração: Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
· Caraterísticas de cada Geração:
· 1ª Geração: Liberdade (proporcionada pela separação dos poderes e garantias).
· Influência: Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Cidadão.
· Local: França, 1789.
· Caraterísticas: Direitos Civis e Políticos.
· Focada nas Garantias Individuais.
· Não fazer do Estado - Direito Conquistado: o Estado não poderia retirar direitos que pertencem à população.
· Estado Absenteísta.
· Negativos (-) / Neutros.
· 2ª Geração: Igualdade (o Estado deveria intervir nas relações de modo a se evitar as desigualdades, pois, o não intervir na vida da sociedade gerou em uma exploração).
· Influência: Constituição Mexicana e Constituição de Weimar.
· Local: México, 1917 e Alemanha, 1919.
· Caraterísticas: Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
· Focada nos Direitos Sociais.
· Estado Prestacional.
· Obs: Princípio da Reserva do Possível - Criada na Alemanha; ideia de que o Estado apresenta um limite do que poderá fazer. Seu surgimento ocorreu, pois, o Estado alemão não apresentava recursos financeiros para oferecer a educação a toda população (o Estado é obrigado a oferecer educação a todos, porém, dentro de seus limites e condições). Problema: quando o Brasil adotou este princípio não se foi observado que este princípio somente será aplicado aos casos que não ferissem a integridade física e saúde das pessoas.
· Relacionado a ideia de Fazer.
· Positivos (+).
· 3ª Geração: Fraternidade (necessidade de se proteger a vida da humanidade)
· Influência: Criação da ONU.
· Período: Fim da 2 Guerra Mundial, 1945.
· Caraterísticas: Fraternidade, Vida Humana, Paz Mundial.
· Direitos Coletivos (Lato Sensu)/Transindividuais/Metaindividuais: são ações tuteladas por pessoas específicas, tais como o MP, associações, etc.
· Difusos: são direitos indivisíveis de uma coletividade indeterminada e indeterminável de pessoas unidas por uma circunstância de fato.
· Ex: Vazamento de óleo no mar.
· Coletivos (Stricto Sensu): são direitos indivisíveis de uma coletividade indeterminada mas determinável de pessoas unidas por um vínculo jurídico (classe/categoria de pessoas).
· Ex: Criação de uma lei que viola os direitos dos advogados.
· Individuais Homogêneos: os direitos são divisíveis e a lesão ocorreu em decorrência de um fato comum (lesão que pode ser individualizada).
· Ex: Vazamento de esgoto em um condomínio fechado; queda de avião. 
· Ondas Renovatórias do Processo: visa proporcionar o acesso à justiça.
· 1ª Onda: advogados atuando para o Estado.
· 2ª Onda: antes, havia-se uma individualização dos problemas causados por relações individuais. Com o advento de produções em massa, surgem reclamações em massa; de tal forma que não se há o interesse em solucionar de forma individual.
Aula 9 (22/03)
Organização do Estado
· Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
· I - a soberania: é a qualidade do Estado Nacional que não reconhece poderes acima do seu (no máximo, encontrará poderes de equivalência na seara internacional, pois, todos os Estados são iguais).
· A soberania é uma qualidade da República do Brasil! A União somente irá representar a soberania que pertence à República (portanto, a União, os Estados, o DF e os Municípios não detém soberania! Apenas autonomia).
· Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
· Autonomia: é a capacidade de se auto-organizar, auto-ordenar e de se criar as suas próprias leis e suas próprias decisões políticas.
· Entes que formam a Federação Brasileira: União, Estados, DF e Municípios (todos autônomos nos termos da Constituição, ou seja, são livres e independentes).
· Obs: Exceção - Intervenção Federal: ocorre nos casos de manutenção do próprio pacto federativo. No caso da intervenção, poderá ser suspensa a função do governador (o afastando) e colocando outra pessoa no poder para tomar conta e resolver os problemas de acordo com o artigo 34 da Constituição.
· A intervenção federal ocorrerá mediante uma decisão autorizada. Não é uma opção do governador, é uma violação a autonomia do ente (Art. 21, V da CF; Art. 84, X da CF; Art. 49, IV).
Diferenciação:
· Federação (Art. 18 da CF): a federação é caraterizada pela autonomia dos entes que a formam.
· O Brasil é uma Federação haja visto que é um Estado formado por entes que possuem autonomia (que é a tríplice capacidade dos entes em se auto-organizar - criar a sua própria lei maior; capacidade de se auto-governar através da eleição de seu legislativo e seu executivo; capacidade de se criar as próprias leis e próprias decisões políticas administrativas). 
· Estado Unitário: há uma subdivisão interna e política com leis internas. 
Formação:
· Federação: 
· A primeira federação criada foi nos Estados Unidos com as Treze Colônias Inglesas. Em 1736, as Trezes Colônias se tornaram independentes de modo a se tornarem Estados soberanos (países). Estes países se uniram de tal forma a se criar um bloco, chamado de Confederação (que é a união de Estados soberanos; é possível que um desses países do bloco se separe, pois, são autônomos). Pelo fato de uma Confederação ser um bloco frágil, houve uma guerra nos entre esses países de tal forma a ter a vitória dos federalistas, de modo a surgir em 1787 a primeira federação. Ao criar este único país gerou como consequência "abrir mão" da soberania de modo a manter para cada um desses Estados uma grande parcela de autonomia.
· A essência da federação foi criada com o movimento de agregação e centrípeto (de fora para dentro).
· No caso do Brasil, que era uma grande colônia de Portugal, sofreu com um processo de desagregação (o Brasil era único até que resolveu ser dividido em vários estados) e centrífuga (de dentro para fora).
Repartição das Competências Constitucionais
· Competência Constitucional: é uma atribuição dada pela Constituição para que um ente da Federação exerça uma de suas funções.
· União: 
· Art. 21 da CF: Competência exclusiva da União,pois, não é passível de delegação (a própria Constituição não autoriza a delegação). Está relacionado a uma competência da União administrativa (esta competência administrativa é uma decisão política realizada pelo chefe do poder executivo - presidente; entretanto, sua decisão estará limitada a legalidade, ou seja, necessitará ser aprovada ou ratificada pelo Congresso Nacional - Art. 37 da CF).
· Art. 22 da CF: Competência Legislativa da União. A competência privativa da União que poderá ser delegada, pois, o parágrafo único autoriza a delegação (delegação que somente será permitida mediante a criação de lei complementar; esta delegação não ocorre de forma livre uma vez que a delegação está restrita a questões específicas).
· Art. 23 da CF: Competência Comum entre todos os entres da Federação. É uma competência não passível de delegação, uma vez que é uma competência que beneficia a todos os entres. É de competência administrativa material.
· Art. 24 da CF: Competência concorrente (parágrafo terceiro: inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender às suas peculiaridades). 
· Exemplo de competência concorrente: No caso da pesca, se não existir nenhuma lei da União sobre a pesca poderá os Estados legislar sobre a pesca.
· Contudo, se a União tiver legislado sobre o tema pesca, não há mais de se falar em competência concorrente (§ 2º do Art.24), mas sim, passaram a ter uma competência suplementar (é uma complementação de algo já existente). Portanto, uma vez que a União já legislou sobre pesca, os Estados poderão suplementar segundo as suas peculiaridades → o Estado não poderá contrariar as normas previstas em lei (que poderá ter a eficácia suspensa, pois, não há revogação).
· Estados: Art. 25, § 1º da CF.
· Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
· § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição - Competência residual dos Estados! Terá competência para atuar sobre aquilo que não for de competência da União ou dos Municípios.
· § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. 
· § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
· Não é possível existir região metropolitanas que abranjam mais de um Estado (a lei de um Estado não poderá abranger outro Estado). Assim, quem poderá legislar sobre uma região específica que abranja mais de um Estado será a União. 
· De quem é a competência dos serviços de transporte público? Depende. Se for transporte público local a competência será do Município. Se for transporte público for de um município a outro a competência será Estadual. Se for transporte público que transita de um Estado a outro a competência será da União. Se o transporte público transitar fora do território brasileiro será da União.
· Municípios: Art. 30 da CF: Compete aos Municípios 
· I - legislar sobre assuntos de interesse local; (interesse predominantemente local).
· Ex: horário de funcionamento do comércio - é um assunto predominantemente local e, portanto, de competência dos municípios. Já o horário do expediente bancário não é um assunto predominantemente local, de tal forma a não ser competência municipal.
· IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
· Art. 18, § 4º da CF: A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
· Assim, é possível que um distrito se torne um município. Porém, não há como um distrito virar um município, pois, depende uma legislação complementar que regule a matéria (norma de eficácia limitada).
· E o Município de Luís Eduardo de Magalhães? Não poderia ser criado, porém, com base nos princípios da Supremacia da Constituição e da Presunção Relativa de Constitucionalidade, mesmo que este município não pudesse existir, uma vez criado, ele foi considerado presumidamente constitucional (embora seja um município inconstitucional, enquanto não for declarada a sua inconstitucionalidade será este considerado constitucional).
Questões:
· Municípios podem legislar sobre as matérias do rol do Art. 24?
· Sim. De acordo com o inc. II do Art. 30, os municípios possuem competência para suplementar a legislação federal e a legislação estadual no que couber.
· Municípios possuem competência concorrente do rol das matérias do inciso 24 da CF? 
· Não. De acordo com o caput do Art. 24, a competência concorrente para legislar sobre as matérias dos seus incisos pertence apenas a União, aos Estados e ao DF na competência estadual.
· Municípios possuem competência concorrente?
· Antes de 2015: Não, de acordo com o caput do Art. 24 da CF.
· Depois de 2015: Art. 219-B, § 2 da CF.
Aula 10 (23/03)
Intervenção Federal 
· Regra: Autonomia dos entes Federados - ideia de que os entes federativos podem se auto-organizar, auto-governar e auto-legislar/administrar.
· Ideia de que um ente federativo não irá mandar em outro ente federativo.
· Não há hierarquia entre a União, Estados e Municípios; mas sim, há uma repartição de competência entre eles, na qual quem determina o que cada um poderá fazer será a própria Constituição Federal.
· Exceção: Intervenção Federal - violação à regra da autonomia; será uma medida tomada de forma temporária. 
· Conceito: É uma autorização para que ocorra a violação do ente autônomo.
· O maior ente da República Federativa do Brasil é a União, de tal forma que este poderá violar a autonomia do ente menor, sendo ele o Estado.
· Aos Estados também se é possível violar a autonomia dos Municípios.
· E se houver um território federal, de quem será a competência? Da União.
· Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
· § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título - Qual o ente maior de um município que estaria dentro de um território (um território não é autônomo)? União. Quem poderia intervir num município que estivesse dentro de um território seria a União.
· Previsão Legal: 
· Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal.
· Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal.
· Procedimento: A atribuição da União em realizar a intervenção federal é materializada pela União Executiva na qual deverá ser mantida ou aprovada pela União Legislativa. Antes do Executivo decretar e executar a intervenção federal, se fará necessário uma prévia consulta ao Conselho da República (Art. 90, I da CF) e ao Conselho de Defesa Nacional (Art. 91 da CF), de modo que, a ausência desta opinião prévia é uma violação ao procedimento previsto na Constituição. Deste modo, podendo tornar a medida inconstitucional. 
· O parecer dos Conselhos não vincula o Presidente, porém, é uma exigência constitucional. 
· Uma vez decretada a intervenção federal, por atribuição do Poder Executivo, para que a medida possa ser mantida, se faz necessário a aprovação pelo Congresso Nacional (Poder Legislativo) para manter a decisão já decretada e executada pelo Presidente.
· É diferente do que ocorre no estado de defesa e no estado de sítio, pois, ao decretarem essas medidas elas não serão executadas de forma automática (deve se pedir uma autorização, por exemplo, para se decretar o estado de sítio; no caso de estadode defesa o Presidente poderá decretar, porém, não poderá executar de forma imediata).
· Quem decreta a intervenção federal? Presidente da República.
· Há algum pressuposto para que o Presidente da República decrete a intervenção de ofício? Sim, aos termos do artigo 90 e 91 da CF deverá o Presidente da República ouvir os Conselhos da República e da Defesa Nacional.
· Os pareceres do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional são vinculantes? Não. Os pareceres são apenas para auxiliar o Presidente da República a tomar uma decisão, já que a intervenção federal irá violar a autonomia do ente da federação.
· Se o parecer dos conselhos da República e de defesa nacional não vinculam, o presidente da República pode deixar de ouvi-los? Segundo a doutrina, não!
· Quem decreta e executa a intervenção estadual? Governador do Estado.
· Tipos de Intervenção Federal:
· De Ofício/Espontânea: o Presidente da República, verificando uma das hipóteses a seguir, poderá entender que é o caso, após ouvir previamente o Conselho, de decretar e executar a intervenção (não necessita de provocação).
· Hipóteses: Art. 34, incisos I, II, III e V.
· I - manter a integridade nacional → Essência da intervenção, o qual seja, manter o pacto federativo (ex: qualquer movimento separatista poderá ensejar na intervenção federal).
· II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
· III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
· V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
· a) suspender o pagamento da dívida fundada (dívida que já foi discutida e que o Estado deve pagar) por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;
· b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
· Provocada:
· Por Solicitação: Hipótese do Art. 34, inciso IV + Primeira Parte do Art. 36, inciso I.
· IV (Art. 34) - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação + I (Art. 36) - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido.
· Ex: O poder legislativo do Estado de São Paulo está sendo coagido a não cumprir com as suas obrigações constitucionais, de tal modo que este Estado poderá pedir ao Presidente da República que decrete e execute a intervenção federal no Estado. Ao Presidente poderá ser rejeitado o pedido.
· Por Requisição: Hipótese do Art. 34, inciso IV + Segunda Parte do Art. 36, inciso I; Art. 34, inciso VI, Segunda Parte + Art. 36, inciso II.
· IV (Art. 34) - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação + I (Art. 36) - ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;
· Ex: Se o poder judiciário do Estado de São Paulo estiver sofrendo com algum tipo de coação, o judiciário de SP não irá entrar com o pedido para o Presidente da República, mas sim, irá comunicar para o STF sofre a coação sofrida. Entendo o STF sobre a coação sofrida, poderá este requisitar ao Presidente da República que decrete e execute a intervenção federal. Nesta hipótese, o Presidente da República não poderá negar o pedido de intervenção federal. Nem sempre o STF precisa ser provocado (caso o próprio STF verifique está coação, ele mesmo já poderá realizar o pedido para o Presidente da República).
· VI (Art. 34) - prover a execução ..... ordem ou decisão judicial + II (Art. 36) - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;
· Ex: Não cumprida uma decisão judicial, quem poderá requisitar a intervenção federal será o STF, STJ e o TSE
· Por Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva: Hipótese Art. 34, inciso VI, Primeira Parte + Art. 36, inciso III; Art. 34, inciso VII + Art. 36, inciso III.
· VI (Art. 34) - prover a execução de lei federal .... + III (Art. 36) - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
· Trata-se de uma ação que somente terá legitimidade ativa para ajuizar, segundo o Art. 36 inc. III, o Procurador Geral da República quando entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva. Há um procedimento para que possa ser decretado a intervenção federal.
· Esta ação será proposta junto ao STF e, caso este julgue procedente a ação, caberá a ele requisitar ao Presidente da República que decrete e execute a intervenção federal.
· VII (Art. 34) - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais + III (Art. 36) - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.
· Leitura dos Artigos: Art. 36 da CF.
· § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.
· Não é obrigatório a nomeação de um interventor! 
· § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.
· Se houver recesso, haverá o controle político de modo a ser convocado uma sessão extraordinária.
· § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
· Nem sempre que for decretado a intervenção federal se fará necessário à apreciação do feito pelo Congresso Nacional, pois, nos casos em que há a requisição do STF não se faz necessário a existência de um controle político (que somente será realizada pelos atos praticados pelo Presidente, e não do STF). 
· Se o Congresso Nacional não aprovar a intervenção o Presidente da República deverá suspender a intervenção. Caso o Congresso determine a suspensão e o Presidente da República mantenha a intervenção este estará cometendo crime de responsabilidade (Art. 85, VIII da CF), podendo ser processado pelo Senado Federal se a Câmara dos Deputados autorizar.
· § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.
· Como estudar bens da União e dos Estados? Ler artigos 20 (bens da União) e 26 (bens dos Estados) da Constituição Federal. Primeiramente, deve-se ler o artigo 26 para depois ser lido o artigo 20.
Aula 11 (05/04)
Processo Legislativo Constitucional
Processo Legislativo Ordinário:
· Definição: Em regra, não há prazo para o Congresso Nacional deliberar/votar o projeto de lei.
· Fases do Processo Legislativo:
· 1º Fase: Introdutória.
· Art. 61 da CF: A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
· Art. 69 da CF: As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
· Art. 47 da CF: Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros – Regra Geral.
· 2º Fase: Deliberativa.
· Legislativa.
· Executiva.
· 3º Fase: Complementar.
· Pressupostos:
· Sessão Legislativa Ordinária: é o período de trabalho no CongressoNacional, que irá compreender dos dias 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
· Art. 57 da CF: O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
· Sessão Legislativa Extraordinária: é o período de trabalho durante o recesso do Congresso Nacional (somente irá ocorrer nos casos das hipóteses previstas na CF). 
· Hipóteses: Art. 57, § 6º da CF.
· Tipos de Sessão do Congresso Nacional:
· Sessão Bicameral Simples: votação e discussão em cada uma das casas do Congresso Nacional (tempo e espaço distintos).
· Maioria Absoluta: CD - 257; SF - 41
· Sessão Bicameral Conjunta: votação e discussão no Congresso Nacional na casa da Câmara dos Deputados (mesmo tempo e espaço). Entretanto, mesmo votando juntos os votos são contados em separado.
· Maioria Absoluta: CD - 257; SF - 41 
· Sessão Unicameral: Discussão e votação do Congresso Nacional na casa da Câmara dos Deputados (mesmo tempo e espaço). Vota-se junto e conta-se junto.
· Maioria Absoluta: 298.
· Ex 1: Um projeto de Emenda à Constituição segue todos os trâmites legais para a sua promulgação, de tal modo que, tal medida foi aprovada em dois turnos em cada uma das casas, sem sofrer alteração, por maioria qualificada de 2/3. Pergunta: Este projeto de emenda será considerado constitucional ou inconstitucional? Os 3/5 dos 513 da Câmara dos Deputados correspondem a 308 votos a favor do projeto; de tal modo que, a aprovação por 2/3 (342 votos a favor) da Câmara se demostra constitucional por ter atingido o quórum mínimo para a aprovação (o qual seja, os 308 votos).
· Ex 2: O quórum de aprovação de uma lei complementar é por maioria absoluta. Caso seja instituída uma lei ordinária aprovada pelo quórum da maioria absoluta (quórum de lei complementar) poderá esta lei ser alterada por maioria simples.
· Ex 3: Uma lei complementar poderá ser alterada por lei ordinária? A lei complementar não poderá ser alterada por lei ordinária. Entretanto, o conteúdo inserido em uma lei complementar poderá ser derrogado ou alterado por uma lei ordinária (Ex. Art. 146, III da CF - em matéria tributária, somente as normas gerais devem ser mencionadas por lei complementar. Se não for uma norma geral, poderá ser criada por lei ordinária. Uma lei complementar que traz normas gerais e específicas em matéria tributária: a norma específica que está dentro da lei complementar poderá ser alterada por lei ordinária).
· Ao criar uma lei complementar com matéria de lei ordinária, esta lei não será complementar, mas sim, ordinária!
· Não será possível aprovar com o quórum de lei ordinária uma lei complementar. Entretanto, com o quórum de uma lei complementar (mais difícil de ser aprovada) se faz possível aprovar uma lei ordinária.
· Quem define qual matéria será legislada por lei complementar será Constituição (é um rol taxativo); enquanto a lei ordinária é um rol exemplificativo (se não tiver expresso que deverá ser crida por lei complementar, deverá ser criado mediante lei ordinária).
· Ex: Art. 18, § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar - Assim, se criar uma região metropolitana por lei ordinária será inconstitucional.
· Ex: Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (deve ser criada mediante lei ordinária).
· O processo legislativo de lei ordinária (maioria simples ou relativa) e de lei complementar (maioria absoluta) é semelhante, entretanto, somente muda o quórum de aprovação e o conteúdo que cada lei deverá reger.
· Fases do Processo Legislativo:
· 1º Fase: Introdutória.
· Art. 61 da CF: A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
· Em resumo:
· Qualquer membro/comissão da Câmara dos Deputados.
· Qualquer membro/comissão Senado Federal.
· Qualquer membro/comissão do Congresso Nacional.
· Presidente da República.
· Supremo Tribunal Federal.
· Tribunais Superiores.
· Procurador Geral da República.
· Cidadãos.
· Tipos de Iniciativa:
· Geral: é aquela que abrange todos os elencados no rol do caput do artigo 61.
· Privativa/Exclusiva/Reservada: somente um determinado ente ou pessoa poderá dar início ao processo legislativo.
· Exemplos:
· Art. 61, § 1º (Presidente da República): São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que ...
· Art. 51, IV (Deputado): dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
· Art. 52 (Senador): Compete privativamente ao Senado Federal ...
· Art. 93 (STF): Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios ...
· Art. 96 (STF e STJ): Compete privativamente aos tribunais ....
· Concorrente: as matérias que não forem de iniciativa privativa/exclusiva/reservada a nenhuma pessoa específica, remanescem para aqueles que possuem inciativa concorrente, ou seja, concorrem para apresentar projetos de Lei: Deputados, Senadores, Presidente da República, Cidadãos (somente detém iniciativa concorrente).
· Compartilhada: é aquela que há entre o Procurador Geral da República e o Presidente da República (é uma atribuição que não pode ser delegada, mas que a própria CF faz esta delegação) - José Afonso da Silva.
· Art. 61, § 1º, II, d: organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados + Art. 128, § 5º: Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente aos seus membros.
· Conjunta: Art. 48, XV da CF - a fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, o projeto deveria ser de iniciativa conjunta de todos os Presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo (Revogado).
· Atualmente, não existe mais este tipo de iniciativa.
· Do Art. 67: Iniciativa de projeto de lei que não foi aprovado.
· Art. 67: A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
· Parlamentar: é aquela feita pelo parlamento (composta por deputados e senadores).
· Extraparlamentar: é aquela que não é feita pelos parlamentares (ex: presidente da república, etc.).
· Unicidade da Constituição:
· Art. 48, VI: incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas + Art. 18, § 3º: Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Aula 12 (06/04)
Processo Legislativo Constitucional
Processo Legislativo Ordinário
· 2º Fase: Deliberativa → Art. 66 da CF.
· Legislativa.
· Executiva.
Procedimento da 2º Fase:
→ → Promulgação/Publicação

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