Buscar

Sobre o desenho do Estado uma perspectiva agent x principal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sobre o desenho do Estado: uma perspectiva agent x principal
Síntese - analisa os tipos de relação entre "principals e agents" - regulação, supervisão e responsabilização – defendendo o maior controle do governo
Reforma do Estado - construir instituições que possibilitem ao Estado fazer o que ele deve fazer e impeçam de fazer o que não deve
Liberalismo 
 Keynesianismo 
 Neoliberalismo
O governo pode fazer coisas melhor do que o livre mercado, mas não tem motivos para crer que ele não excederá os limites da intervenção ótima
O Estado se fortalece e atrai para si interesses privados. Logo, o motivo para o Estado agir acabam sendo, no limite, interesses particulares
A ideia de que o mercado é eficiente já não é mais aceita - Falta de mercados e informação imperfeita. Algumas formas de intervenção são inevitáveis, garantias, propriedade, lei e ordem.
Noção de Estado vs. Mercado é enganosa. São instituições específicas que podem induzir atores a agir de forma benéfica ou não
A população representa o principal (indivíduo que emprega um ou mais agentes para atingir um objetivo) e os políticos, o agente (indivíduo empregado por um principal para atingir os objetivos deste).
Economia é rede de relações entre agents e principals, cidadãos, políticos, burocratas, empresários, trabalhadores. A economia depende da boa estrutura dessas relações.
Relação especial (agents determinam a conduta do principal). Mas isto é justificado porque são eleitos.
Controle prospectivo e retrospectivo ???????
Propostas: 
Valorização do profissional
Sistemas de monitoramento com perda do cargo em caso de mau desempenho
Recrutamento com avaliação de sinais de alto desempenho
Fiscalização institucional (possibilidade de um agente bloquear outro quando ação puder causar dano)
Múltiplos principal e agent com funções opostas
Incentivar competição e descentralização
Conclusão
Intervenção pode ser melhor que não intervenção. Objetivo da reforma não pode ser desaparelhar o Estado
Exemplo: 40% dos subsídios a alimentação chegam aos que precisam. Melhor continuar e melhorar do que acabar com programa, mesmo que a eficiência perfeita não seja factível
A complementaridade entre a reestruturação econômica e a reconstrução
do Estado na América Latina
Liberação econômica em vários países da américa latina, privatizzção como forma de estabilização, criticada e apludida .
Glade expõe a complementaridade entre a reestruturação econômica e a Reforma do Estado, primando por defender sua urgência na América Latina. A justificativa é de que três processos de mudança estão em curso: a democratização, a crescente liberalização e privatização e a necessidade de proteção social.
Administração pública que incorporava princípios de administração privada ao gerenciamento das organizações governamentais.
O alvo geral dessas reformas – envolveram uma mudança de administração pública para gerenciamento público – tem sido, pelo menos ostensivamente, tornar os processos decisórios mais transparentes e mais correspondentes a uma faixa mais ampla das necessidades da nação, aumentar a responsabilidade e a eficiência na implementação e, como parte da reestruturação, priorizar os gastos públicos com maior cuidado, aumentar a eficiência na coleta de impostos e economizar o uso dos recursos do setor público dentro de apertados limites fiscais impostos pela estabilização macroeconômica
agências multilaterais, como o Banco Mundial e o FMI, foram importantes para as reformas econômicas e administrativas em diversos países
Inegavelmente, o “gigantismo estatal” somado à ineficiência prestacional de serviços públicos foram fatores que propulsionaram a preocupação de enxugamento (downsizing) da máquina pública. Esse cenário foi fortemente influenciado pela mudança de direção na execução de políticas públicas que, a partir de então, dispersou-se neste novo direcionamento, repartindo-se com a iniciativa privada. No Brasil, contribuiu para a descentralização o fato de as empresas públicas e as sociedades de economia mista não terem apresentado desempenho satisfatório na consecução de atividades de interesse público, notadamente devido à adoção do regime predominantemente de direito privado até o advento da Constituição da República de 1988
De fato, a forte predominância dos requisitos econômicos do ajuste estrutural na definição do perfil programático das reformas foi ressaltado por investigadores que apontavam para as convergências históricas e políticas entre o processo de reestruturação econômica e as reformas do Estado no continente , embora admita-se que há uma total assimetria entre o processo de reestruturação econômica e as reformas do Estado, visto que estas se defrontam com entraves políticos mais poderosos, principalmente por parte da burocracia estatal 
Em defesa da descentralização argumentou-se que trazia mais eficiência ao serviço público concretizando a ideia de que cada bem público deve ser provido pelo nível de governo que represente a forma mais próxima à área geográfica que se beneficia daquele bem, e seria ainda capaz de gerar inovações e modernização gerencial permitiria um maior controle popular, acresceria a transparência na prestação do serviço, fortaleceria a democracia, aumentaria os níveis de accountability e evitaria o aparecimento de “nichos geradores de vantagens
o projeto de reforma de Estado foi gestado desde o princípio sob uma ótica neoliberal, o que a nosso ver limitou significativamente o potencial inerente aos projetos de mudança e transformação concebidos para o aparelho de Estado, ficando os mesmos condicionados a uma visão voltada meramente para a flexibilização das relações entre Estado e mercado, relegando a segundo plano, ou mesmo ignorando, propostas que apontassem para a efetiva reconstrução das relações entre sociedade e Estado em bases políticas mais democráticas e, portanto, pautadas pelos interesses dos principais atores das decisões em jogo
Assim, embora a política neoliberal e as propostas de reforma de Estado tenham dissipado-se pelo mundo, proclamando o fim do Estado Social e de outras vias alternativas possíveis ao modelo defendido, não são poucos os autores que vaticinam contra as mesmas, imputando-lhes a responsabilidade pelo esmaecimento do Estado e pelo alastramento da pobreza e da miséria em escala mundial.
O fato é que, no inicio dos anos 1980, após o dois choques de petróleo da década anterior e a elevação das taxas de juros no mercado internacional, os países da América Latina foram afetados e optaram pelo modelo liberal como forma de readequar o modelo de desenvolvimento e sintonizá-lo com a tendência predominante9
Conforme já se salientou, o neoliberalismo, que se desenvolveu como teoria marginal desde meados dos anos quarenta até o fim da década de sessenta, obtém uma aceitação incontrastável nas duas décadas seguintes, liderando em sofisticação e profundidade as análises acerca da crise econômica. Seu diagnóstico situava a causa do baixo desempenho verificado em quase todas as economias capitalistas desenvolvidas, e em seguida nas em desenvolvimento, na ineficiência do setor público, no esgotamento e na perversidade do modelo de Estado social, caracterizado pela prestação direta de bens e serviços para o mercado e pela intervenção maciça no mercado, bem assim nas distorções da teoria econômica keynesiana que lhe serviu de fundamento. O assim chamado Welfare State corresponde a uma concepção falida de Estado que necessariamente conduz a desequilíbrios inflacionários, déficit público, elevadas cargas tributárias que reduzem a capacidade de poupança e investimento privados, pune a produtividade e sobrecarrega o capital com direitos trabalhistas e encargos sociais, fatores estes que se combinam para engendrar a crise fiscal. Tudo isso devido a permeabilidade do Estado às demandas sociais e sua injustificada falta de confiança no mercado. A reestruturação macroeconômica passa, portanto, pela redefinição do papel do Estado, agora hipertrofiado, distorcido e fiaco.A necessidade de economizar a fim de aliviar a crise fiscal e as contas públicas é o que conecta as duas problemáticas, a econômica e a político-administrativa1 
Neste sentido, as iniciativas de mudança do Estado ocorridas nos países da América do Sul nem sempre estão plenamente alinhadas com o perfil de mudança necessária à reconstrução do Estado moderno, de vez que algumas surgem focadas em ajustes fiscais e ações para corrigir déficits de organismos estatais e paraestatais, o que precisa ser transcendido para conferir às mudanças a capacidade de adaptação dos países ao cenário competitivo onde se encontram. (GLADE, 2006, p. 125)

Continue navegando