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RESUMO IED PRIVADO I (CIVIL I) - AV1 (AURISVALDO)

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RESUMO IED PRIVADO I
Gabriela Brasil – T2A (2017.2)
DIREITO PÚBLICO x DIREITO PRIVADO
Enquanto o Direito Público é aquele cujas normas regulam as relações jurídicas entre Estados ou entre indivíduo e Estado (este com supremacia de poder) – e pode ser dividido em interno ou externo, o Direito Privado trata das relações entre particulares (é horizontalizada) ou particulares e o Estado (este não atuando com supremacia) – é o Civil, Empresarial, do Consumidor, do Trabalho.
DIREITO CIVIL x DIREITO PRIVADO
Inicialmente não havia divisão entre eles, contudo, com o surgimento dos outros ramos no século XX fez-se necessário da divisão. Diante disso, a relação será regulada pelo Civil quando não houver características específicas dos outros ramos.
FONTES
Constituição Federal, Código Civil e a Legislação Extravagante.
EVOLUÇÃO DO DIREITO CIVIL
Enquanto colônia aplicávamos as legislações portuguesas e eram extremamente católicos – influenciados pelo Direito Canônico; tiveram três ordenações: Afonsinas, Manuelinas e Filipinas e, como esta última é de 1603 tivemos, portanto, uma maior influência dela e após a independência utilizamos como nossa.
Teixeira de Freitas foi convocado para elaborar um novo código e em 1890 elaborou a consolidação das leis civis preparando logo após um esboço do Código; ele demorou e, por conta disso, o esboço serviu para o Código Civil Argentino. Outros vieram e Clóvis Bevilaqua terminou o anteprojeto em 6 meses e tramitou de 90 até 1916.
Convivemos com esse Código até que Miguel Reale, em 1973, liderou uma comissão e seu projeto estancou devido à Constituinte; em 90 o convocaram novamente para atualizar seu trabalho e em 2002 foi editado e entrou em vigor em 2003.
DIREITO CIVIL CONSTITUCIONALIZADO
É a aplicação do Direito Civil sob as luzes e orientação dos princípios constitucionais. Não existe mais aquela dicotomia. Impõe-se uma unidade hermenêutica, cujo objetivo é superar a lógica da existência patrimonial humana pela da dignidade humana. 
PERSONALIDADE JURÍDICA
Consiste numa aptidão, que é genérica, para titularizar direitos e contrair deveres. 
OBS: CAPACIDADE DE DIREITO ≠ CAPACIDADE DE FATO EXERCÍCIO.
	ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
	RELATIVAMENTE INCAPAZES
	Consiste apenas naqueles menores de 16 anos;
	Maiores de 16 anos e menores de 18;
Ébrios habituais;
Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
Pródigos.
	REPRESENTAÇÃO: o representante deve aplicar o ato sozinho; caso o representado realize o ato, este será considerado nulo – um “nada jurídico”. 
OBS: o ato nulo pode ocorrer a qualquer tempo; ele não sana com o decurso do tempo.
	ASSISTÊNCIA: o assistente e o assistido devem praticar o ato juntos, porque devem se somar as declarações de vontade dos dois; caso apenas um realize o ato, este será considerado anulado.
OBS: o ato anulável possui um prazo; ele sana após esse tempo.
OBS: a representação ou assistência por causa da menoridade será incumbida aos pais, na ausência deles será função do tutor e este deverá ser nomeado juridicamente. Quando não derivada da menoridade, incumbirá ao curador, que recairá, provavelmente, aos pais. 
LEGITIMAÇÃO: é um requisito específico, exigido pela lei, para que certas pessoas pratiquem determinados atos. Exemplo: autorização do cônjuge, autorização do descendente.
QUANDO É ADQUIRIDA A PERSONALIDADE JURÍDICA? A partir do nascimento com vida, ou seja, início do funcionamento do aparelho cardiorrespiratório. Contudo, desde sua concepção, o nascituro possui direitos.
CONTRADIÇÃO: o nascituro possui direitos antes mesmo de adquirir personalidade jurídica. Para tratar dessa contradição, existem três teorias:
TEORIA NATALISTA: a aquisição da personalidade ocorre a partir do nascimento com vida e que o nascituro possui uma expectativa de direito. 
CRÍTICAS: existem direitos inerentes que o nascituro desfruta – direito à vida e alimentação.
TEORIA CONCEPCIONISTA: a aquisição da personalidade ocorre no momento da concepção. 
CRÍTICAS: Todos os embriões fertilizados em vítreo tem o direito à vida, portanto, deveriam nascer. Os concepcionistas defendem que só ocorre concepção no momento da nidação e concorda que o direito patrimonial só ocorre com a percepção da vida.
TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL: afirma que o nascituro tem personalidade jurídica, embora condicional – teriam direitos condicionais (direito subordinado a um evento futuro e incerto).
ESTATUTO DA DEFICIÊNCIA: o deficiente, hoje, é plenamente capaz – não há mais incapacidade decorrente de deficiência. Entretanto, as pessoas que não tiverem efetivamente nenhum discernimento irão, excepcionalmente, ser submetidos a curatela (é determinada pelo próprio juiz) e esta só interfere em atos de caráter patrimonial e negocial. 
TOMADA DE DECISÃO APOIADA: quando o próprio deficiente opta por um acompanhamento – processo pelo qual uma pessoa com deficiência escolhe pelo menos duas pessoas idôneas para tomarem decisões sobre sua vida civil.
ESTATUTO DO ÍNDIO: 
QUEM É O ÍNDIO: todo indivíduo de origem pré-colombiana (conceito étnico) e a pessoa deve cultivar características culturais ancestrais (conceito cultural);
O índio está submetido a um regime tutelar e podem ser liberados através do Presidente da República desde que tenha idade mínima de 21 anos, conheça a língua portuguesa e tenha habilidade para exercício de atividade útil na nossa cultura.
	CLASSIFICAÇÃO
	ISOLADOS
	EM VIAS DE INTEGRAÇÃO
	INTEGRADO
	Aqueles que não tem contato algum com a nossa cultura.
	Aqueles que apresentam hábitos tradicionais, contudo, apresentam traços e sofrem influência da nossa cultura.
	Aqueles que já estão integrados em nossa cultura, mas não deixam de ser índios.
	ATENÇÃO: são considerados nulos os atos praticados entre qualquer índio não-integrado e pessoas estranhas à sociedade indígena, a não ser que seja auxiliado pela FUNAI. 
Ele pode ser absolutamente incapaz para uns casos, relativamente para outros ou ainda nenhum dos dois para outros.
	
OBS: o ato será considerado se ficar provado que o índio demostrava domínio do ato que praticado.
EMANCIPAÇÃO
É possível que a pessoa adquira a plenitude da capacidade jurídica com menos de 16 anos – a emancipação; não opera nenhuma consequência fora da órbita civil (contratos, testamentos, casar, CNH, etc.). É irreversível.
	VOLUNTÁRIA
	JUDICIAL
	LEGAL
	Decorrente da vontade dos pais – deve ser concedida por ambos; só um em casos de morte, ausência ou destituição familiar;
Não há necessidade de homologação judicial.
	Só ocorre com o menor, a partir dos 16 anos, estiver sob tutela;
Só pode ser outorgada pelo juiz.
	Aquela que decorre de fatos que a lei considera, por si sós, capazes de antecipar a plenitude da capacidade civil;
Casamento, exercício de emprego público efetivo, colação de grau em curso de ensino superior, estabelecimento civil ou comercial ou relação de emprego desde que em alguma delas o indivíduo obtenha economia própria.
OBS: o divórcio não retorna a pessoa emancipada por casamento à situação de incapacidade; na anulação do casamento putativo (aquilo que se tem convicção de que é verdadeiro, mas não é), a emancipação é conservada pelo cônjuge de boa-fé. 
EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL
Ocorre com a morte e suas consequências são:
Cessação da personalidade jurídica; alguns autores afirmam que esses direitos são transferidos para a família;
Abertura da sucessão;
Extinção do casamento;
Extinção dos contratos personalíssimos (aqueles que só podem ser executados pela própria parte).
MOMENTO DA MORTE: para autores do passado ocorre com a cessação do funcionamento do aparelho cardiorrespiratório; contudo, atualmente, esse aparelho pode continuar a operar com a ajuda de aparelhos. Portanto, a grande maioria dos autores atuais afirmam que a morte ocorre com o fim da atividade cerebral e utilizam como fundamento a lei do transplante.
ATENÇÃO: em casos de acidente com mais de um corpo: primeiramente, verifica se é possívelestabelecer a sequência de morte (checando a causa da morte); se for possível, definimos a premoriência, ou seja, quem morreu primeiro; quando não for possível, presume a comoriência que consiste na morte simultânea de pessoas que morreram na mesma circunstância sem que se consiga definir a sequência das mortes.
MORTE CIVIL: não existe na atualidade. Consiste em considerar juridicamente morto, alguém que está fisicamente vivo – decorria de pena ou de certas ordens religiosas; alguns autores dizem que nosso sistema conservou vestígios:
Exclusão por indignidade do herdeiro, ou seja, o herdeiro que atenta contra a vida do autor da herança é excluído da sucessão. Embora excluído, o seu próprio herdeiro (que deve existir no momento de morte do autor), herda como se o primeiro morto estivesse;
Exclusão de alguns militares – dependendo do tempo de serviço e da patente, o dependente recebe a pensão como se esse militar estivesse morto.
MORTE PRESUMIDA: é considerar alguém morto e as hipóteses disso acontecer são:
AUSÊNCIA: ausente é aquela pessoa que desaparece de seu domicílio sem deixar notícias de seu paradeiro e não está numa condição especial de risco conhecido por outros – é apenas uma situação de fato.
	PROCEDIMENTOS PARA DECLARAR AUSÊNCIA
	
FASE DE CURATELA
	Caso o ausente tenha patrimônio é necessário que este seja protegido. Diante disso, há duas hipóteses para que se escolha o administrador:
Alguém nomeado pelo ausente (caso esta não possa, queira ou não tenha poder suficiente, declara-se ausente e nomeia se um curador);
Curador (aquele nomeado pelo juiz); há uma ordem de preferência:
Cônjuge (não separado há mais de dois anos);
Os pais do ausente;
Descendentes;
Qualquer pessoa nomeada pelo juiz.
OBS: esse processo dura um ano após a declaração ou caso ele tenha deixado representante ou procurador dura três anos.
OBS²: caso o ausente retorne, receberá seus bens na sua integralidade.
	
FASE DE SUCESSÃO PROVISÓRIA
	Apenas o cônjuge, herdeiros, os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte e os credores de obrigações vencidas e não pagas podem requerer. A abertura é feita por sentença – é passível de recurso (ao não comportar mais recurso – transito em julgado).
Os herdeiros já são chamados a suceder e recebem a posse provisória;
Cônjuges, ascendentes e descendentes irão se apropriar na integralidade dos frutos e rendimentos.
OBS: caso o ausente retorne, ele recebe os bens em sua integralidade e os frutos parciais.
OBS²: se provado que a ausência foi voluntária, o herdeiro herda 100%.
OBS³: Caso o herdeiro seja o irmão/amigo do ausente, ele precisará prestar uma garantia através da cessão de um bem de valor equivalente ou superior ao do ausente, para ter a posse provisória do bem do ausente, e receberá metade dos frutos e rendimentos. Se ele não quis prestar a garantia não será emitida sua posse, além disso, ele não receberá nada dos rendimentos, e caso ele não tivesse patrimônio para garantir o bem, ele recebe sua parte de frutos e rendimentos, não sendo emitida sua posse. 
Após 10 anos de transito em julgado, pode-se requerer a sucessão definitiva – se o ausente possuir mais de 80 anos e suas últimas notícias datarem 5 anos, pode-se declarar morte presumida. 
	
FASE DE SUCESSÃO DEFINITIVA
	Aqui a morte presumida pode ser declarada. 
Herdeiros tem posse do bem – é chamada de Propriedade Resolúvel, pois se o ausente retornar no período de 10 anos de declarada a sucessão definitiva, ele recebe os bens no estado em que estiverem (sem os frutos); 
O que estava sendo capitalizado para o ausente (no caso do indivíduo não ser cônjuge, ascendente ou descendente), vai para o herdeiro e não há mais a necessidade de prestar garantias.
Caso se passem 10 anos, o ausente não tem mais direito a nada, assim como ao morto presumido.
SITUAÇÃO DE PERIGO: quando é extremamente provável que exista uma circunstância de perigo.
DESAPARECE EM CAMPANHA OU FEITO DE PRISIONEIRO: é morte presumida caso essa pessoa não retorne em até dois anos após o término da guerra e se aplica aos militares.
Nessas duas últimas hipóteses, a declaração de morte presumida somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Caso o morto presumido seja casado, a doutrina propõe que o primeiro casamento seja dissolvido de maneira irreversível.
NOME DA PESSOA NATURAL
Para identificar uma pessoa utiliza-se, tradicionalmente, três elementos:
NOME: é a designação pela qual a pessoa é reconhecida e identificada na família e na sociedade que é o nome completo do indivíduo, que é formado por duas partículas, o prenome (partícula inicial) e o patronímico (ou sobrenome), tendo como a natureza jurídica (a categoria jurídica no Direito) do nome dividida em três teorias:
Integrar a propriedade do indivíduo – cada um de nós nos relacionaríamos com o nosso nome assim como nos relacionamos com nossos bens. Não é aceita no Brasil, uma vez que aqui o nome é indisponível, ou seja, não podemos renunciá-lo ou vende-lo.
O nome é um direito suis generis (de gênero próprio em latim), ou seja, um direito singular, peculiar. Para essa teoria, o nome serve apenas para a necessidade de identificar a pessoa. Também não é aceita no Brasil, porque podemos defender o nome.
O nome é um direito de personalidade (é aquele que recai sobre os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa – não há uma pessoa que não o tenha). É a teoria aceita no Brasil.
PRENOME: atribuído pelos pais para os filhos com grande liberdade.
	RESTRIÇÕES
	HIPÓTESES CONSAGRADAS EM QUE SE É POSSÍVEL MODIFICAR
	O nome da pessoa não pode expô-la ao ridículo;
A grafia do nome deve obedecer às regras ortográficas da Língua Portuguesa (com exceção dos nomes estrangeiros com grafia consagrada);
Irmãos, filhos dos mesmos pais.
	Evidente erro gráfico (muda-se para corrigir o erro e é a única que precisa de advogado);
Exposição ao ridículo do portador;
Substituição ou adição de cognomes públicos e notórios;
Quando a pessoa sofre alguma coação ou ameaça em decorrência da colaboração no processo de apuração de um crime;
Tradução de prenomes estrangeiros;
Adoção;
No primeiro ano após atingir a maioridade;
Homonímia que cause prejuízo;
Transexual que não realizou a cirurgia de readequação.
SOBRENOME: atribuído pelos pais para os filhos sem muita liberdade, uma vez que deve indicar a ancestralidade da pessoa; não precisa ser, necessariamente, dos pais, mas também de avós ou ainda mais antigos, desde que se comprove. Pode ser formado pela combinação da família paterna e materna ou somete por uma delas – não há ordem específica.
Pode ser modificado caso de: adição de sobrenome de ascendente; adoção (obrigatório); e de separação ou divórcio (nesse caso a mudança é apenas para retirar o sobrenome que foi adicionado pelo cônjuge – é facultativo).
	DISTINÇÕES NECESSÁRIAS
	COGNOME
	É a forma pela qual a pessoa é popularmente conhecida (epíteto e alcunha possuem sentido pejorativo) e pode ser formado a partir do próprio nome ou parte dele.
	APELIDO
	Pode ser o mesmo que cognome ou no sentido de sobrenome.
	AGNOME
	É a partícula do nome que serve para distinguir pessoas de determinada família que tem o mesmo nome e ela não integra o sobrenome.
	PSEUDÔNIMO
	É o nome que a pessoa utiliza no exercício de alguma atividade profissional que desemprenhe.
TUTELA JURÍDIC DO NOME: a lei prevê que todos temos o direito de proteger os nossos nomes da utilização comercial não autorizada assim como na utilização em qualquer publicação ou representação que nos exponha ao ridículo – o pseudônimo também recebe a mesma tutela, desde que seja utilizado em atividade lícita.
ESTADO: compreende uma série de características juridicamente relevantes da pessoa que permite identifica-la na sociedade (brasileiro, casado ou solteiro, capaz ou incapaz, etc.). É uma herança dos romanos, eles tinham o status civitatis (romanoou estrangeiro; transformamos em estado político), status familie (pater família ou não; transformamos em estado familiar) e status libertatis (escravo ou não; substituímos para estado individual).
ESTADO POLÍTICO: brasileiro ou estrangeiro, onde o brasileiro pode ser naturalizado ou nato, não sendo regulado pelas normas do Direito Civil.
ESTADO FAMILIAR: pode ser visualizado pelo prisma matrimonial e pelo prisma do parentesco.
PRISMA MATRIMONIAL: neste prisma possuímos cinco estados: casada, solteira, viúva, separada ou judicialmente separada; alguns autores discutem a existência de um sexto estado, o convivente – aquele que mantém uma união estável –, contudo, a maioria dos autores acredita que isso não interferiria na vida familiar, em seu estado civil.
OBS: separação judicial põe fim a sociedade conjugal e aos deveres inerentes ao casamento, mas não ao casamento enquanto o divórcio acaba com o casamento. 
PRISMA DO PARENTESCO: as pessoas se vinculam por consanguinidade ou por afinidade.
CONSANGUINIDADE: vínculo sobre pessoas que procedem de um tronco comum – existência de um ancestral em comum. Pode ser por linha reta que são aquelas que se vinculam na condição de ascendente ou descendente (como netos ou avôs) ou linha colateral (ou transversal) em que o vínculo não está entre si na condição de ascendente ou descendente (como irmãos ou primos).
AFINIDADE: é o vínculo que há entre alguém e os consanguíneos de seu cônjuge. Em linha reta como descendente ou ascendente (como a sogra) e em linha colateral (como o cunhado).
A afinidade por linha colateral é extinguida com o divórcio, enquanto a linha reta permanece.
A linha reta é infinita, enquanto a linha colateral vai até o quarto grau em consanguinidade e até o segundo em afinidade. Definição de graus: Pai e Mãe (1º Grau), Irmãos e Avôs (2º Grau), Tio-Avô (3º Grau), Primo do Pai/Mãe (4º Grau). 
OBS: a regra geral do Direito Civil faz limitações em relação ao grau de parentesco. Contudo, leis diferentes podem colocar limites diferentes (em casos de concurso, por exemplo).
ESTADO INDIVIDUAL: ele é residual e os aspectos que são considerados nesse estado estão, ou estiveram, historicamente, relacionados a capacidade da pessoa: idade, sexo e saúde. Idade no sentido de maioridade ou menoridade; sexo, no passado, tinha a ver com a questão da mulher e sua “incapacidade”, até 1967 com o advento do Estatuto da Mulher Casada; e, por fim, a saúde nesse caso entende-se por saúde mental.
São três elementos em relação ao estado de uma pessoa:
INDISPONIBILIDADE: em Direito, dispor é se desfazer de algo, onde a disposição é feita pela alienação, que se dá através da venda e doação (transmitir a propriedade à outra pessoa), e renúncia (abrir mão do objeto sem transmitir especificamente para outra pessoa). Portanto, podemos dizer que o Estado da Pessoa é Indisponível, não podendo alienar ou renunciar o seu Estado.
INDIVISIBILIDADE: uma pessoa não pode ostentar estados contraditórios (com exceção da dupla cidadania).
IMPRESCRITIBILIDADE: o estado da pessoa, qualquer que seja, não sofre prejuízo com o passar do tempo.
AÇÃO DE ESTADO: no sentido de ação judicial e estas objetivam criar, modificar ou extinguir um estado da pessoa natural (como divórcio, interdição, investigação de paternidade, etc.). Essas ações envolvem interesse público e, em razão disso, são personalíssimas. Também são imprescritíveis e exigem intervenção do Ministério Público (como fiscal da lei).

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