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Tema de Estudo - Coqueluche

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Larissa Ueno T2000
COQUELUCHE
896 – 909 VERONESI VOLUME 1
1
É uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, de alta contagiosidade, que provoca tosse paroxísticas de intensidade variável e com duração de várias semanas.
Etiologia 
O gênero Bordetella compreende quatro espécies: Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis, Bordetella bronchiseptica e Bordetella avium. Os microorganismos Bordetella tem a forma de minúsculos cocobacilos gram-negativos que crescem aerobicamente em ágar-sangue com amido ou meios completamente sintéticos com nicotinamida como fator de crescimento, aminoácidos como fonte de energia e resina de ciclodextrina ou carvão para absorver substâncias nocivas.
 Quando cultivada em meio de cultura adequado a Bordetella pertussis dá origem a “fases”, sendo que a fase 1 se constitui de colônias bem caracterizadas, capsuladas, virulentas; são utilizadas na preparação de vacinas. As fases 2, 3 e 4 se constituem de colônias pleomórficas, não capsuladas, praticamente avirulentas, não associada à doença clínica.
Etiologia 
 A Bordetella não é invasiva;
As manifestações sistêmicas parecem ser medidas pelas toxinas que atuam também diretamente no SNC; colaboram na produção da tosse e paralisa ciliar, com aumento da secreção de muco, em geral de viscosidade aumentada; pode haver estase e inspiração de secreção, constituindo-se em outro fator importante no desencadear do acesso de tosse.
Etiologia 
Imunidade
 Admite-se hoje que a coqueluche é uma doença que não confere imunidade duradoura e reincidência se apresenta com quadros bem menos graves, por vezes assintomáticos.
Epidemiologia
 o homem é o único hospedeiro conhecido da Bordetella pertussis, sendo que a transmissão ocorre pelas gotículas respiratórias.
 Após a implantação da vacinação compulsória nos programas nacionais houve uma redução substancial da doença. Desde o final da década de 1980, cerca de 80% de todas as crianças do mundo têm recebido a vacina contra coqueluche.
 É uma doença de notificação compulsória;
 É extremamente contagiosa;
 Não sobrevive por períodos prolongados no meio ambiente; 
 Após a exposição intensa, como no caso de contato intradomiciliar, a taxa de infecção subclínica pode atingir até 80% dos indivíduos completamente imunizados ou naturalmente imunes. 
Epidemiologia
 O período de transmissibilidade se estende de 7 dias após a exposição até 3 semanas após o início das crises paróxisticas. 
A doença natural ou imunização não conferem imunidade completa ou permanente contra a doença.
 A proteção contra a doença típica começa a se reduzir 3 a 5 anos após vacinação, sendo indetectável após 12 anos.
 A reinfecção contribui de forma significativa para a imunidade contra a doença, atribuída à vacina e infecção prévia.
Epidemiologia
Quadro Clínico
 A coqueluche é uma doença de seis semanas, englobando tosse com duração acima de 14 dias, com pelo menos um sintoma associado de paroxismo, guincho ou vômitos pós-tosse, confirmação por cultura. Apnéia ou cianose (antes da apreciação da tosse) são pistas em crianças menores de 3 meses de idade. Incubação que dura de 7 a 15 dias, três estadiamentos clínicos podem ser encontrados, a sabe: fases catarral, paróxistica e convalescente.
Fase Catarral
 dura de 7 a 14 dias;
 Sintomas inespecíficos: anorexia, espirros, lacrimejamento, coriza, mal-estar, irritabilidade, febrícula e tosse seca discreta, que aumenta progressivamente em frequencia e intensidade, principalmente à noite.
 O diagnóstico nessa fase é importante, tratamento precoce reduz gravidade da doença.
 Uma leucocitose relativa ou absoluta já se inicia.
Fase Paróxistica
 Dura cerca de 4 semanas e se inicia quando a tosse explode em surtos, sendo maus severa à noite e rebelde ao tratamento.
 A tosse é inicialmente curta e seca, intermitente, irritadiça, e evolui para os paroxismos inexoráveis, que são a marca registrada da coqueluche.
 Surgem inúmeros de paroxismos de tosse, também conhecidos em “quintas”, com intensa sensação de asfixia.
 Os acessos podem ser desencadeados por leve pressão sobre a laringe, ambiente pouco ou excessivamente ventilado, perturbações físicas ou emocionais, irritantes aéreos, temperaturas extremas.
 Os paroxismos caracterizam-se por cinco ou mais expirações curtas e rápidas, seguindo-se uma parada respiratória e uma inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico: o “guincho”.
Fase Paróxistica
 Vômitos surgem ao fim dos acessos. A febre não aparece nesse período, a não ser que surjam complicações secundárias.
 Pela pressão venosa aumentada no segmento cefálico, podemos encontrar congestão facial, língua protrusa, lacrimejamento, salivação, distensão das veias do pescoço, edema periorbitário e hemorragias, desde epistaxes e hemorragias conjuntivais e petequiais, até as de maior extensão e gravidade, como do SNC.
 Embora os pacientes pareçam estar bem entre os acessos, o quadro é dramático durante os paroxismos, com fácies de angústia; a doença pode determinar perda importante do peso.
Fase Paróxistica
Fase de Convalescença
 A medida que vai iniciando este período, o número, a gravidade e a duração dos episódios diminuem, cessando em 3 ou 4 semanas. Paradoxalmente em lactentes, a tosse e os guinchos podem tornar-se mais ruidosos e mais clássicos.
 Crianças imunizadas apresentam encurtamento de todos os estágios de pertussis . Os adultos não têm fases distintas. Em lactentes menores de três meses, a fase catarral dura em geral apenas alguns dias ou simplesmente não é reconhecida quando se apresenta como crises de apnéia.
Complicações
 É no período paroxistico que costumam surgir as complicações da coqueluche. As complicações mais graves e frequentemente levam a óbito são as respiratórias.
 As principais complicações podem aparecer nos sistemas: respiratório, digestório e neurológico; podem ocorrer hemorragias, complicações secundárias ao aumento de pressão intra-abdominal e intratorácica.
Página 902 veronesi volume 1
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Diagnóstico
 O hemograma é o mais acessível e as vezes a única maneira de presumir a doença com relativa certeza;
 Observa-se uma leucocitose (> 20.000 células/mm³) que já se inicia na fase catarral e atinge seu pico em torno da terceira semana de doença; há aumento relativo de polimorfonucleares e aumento relativo e absoluto de linfócitos típicos, que podem chegar a 90% do total, constituindo-se em formas pequenas e maduras.
 O diagnóstico com certeza só poderá ser feito pelo isolamento da Bordetella pertussis de secreções respiratórias semeadas em culturas.
 Culturas negativas: ATB prévio, imunidade parcial pela vacina, doença de vida a outras etiologias, inabilidade do laboratório e eliminação espontânea de Bordetella pelo organismo.
 Culturas positivas: para adenovírus, nos pacientes com clínica de coqueluche, não excluem a possibilidade de a Bordetella estar presente e coexistirem os dois agentes etiológicos.
Diagnóstico
Tratamento
 O objetivo da terapia é limitar o número de paroxismos, observar a gravidade da tosse, oferecer assistência quando necessária e otimizar o estado nutricional, o repouso e recuperação sem sequelas. A coqueluche não complicada deve ser tratada em casa.
Agentes Microbianos
 Deve ser ativo contra a Bordetella pertussis e deve ter boa difusão, alcançando concentração satisfatória no trato respiratório. Tanto a eritromicina como a tetraciclina e o cloranfenicol mostram-se efetivos em curas bacteriológicas precoces, sendo úteis na erradicação da bactéria. 
Profilaxia
 As medidas de controle que devem ser tomadas à simples suspeita diagnóstica, visando evitar a disseminação da doença, são:
Isolamento;
Vacinação de bloqueio (DPT) – tríplice bacteriana (Difteria, Pertussis e Tétano);
Quimioprofilaxia com eritromicina.
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