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A Abrangencia da Antropologia

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A ABRANGÊNCIA DA ANTROPOLOGIA
 Antropologia é uma palavra iluminante, e é composta por dois substantivos, ambos da origem grega: anthropos = homem, e logos = estudo, e também “razão”, “lógica”. “Estudo do homem” ou “lógica do homem”, são duas possíveis definições distintas, porem convergentes, daquilo que se entende por antropologia.
 Não foram os gregos que criaram a antropologia. Para surgir a antropologia, cuja característica mais essencial é mirar o outro como um possível igual a si mesmo. Seria um tempo de dúvidas e ao mesmo tempo de abertura ao conhecimento do valor próprio de outras culturas. Só surgiria tempos séculos depois, quando a Europa, em vias de perder sua velha identidade medieval, ainda incerta sobre o viria a ser, duvidou de si mesmo e pôde assim olhar e conceber outros povos, ao menos teoricamente, como variedades da humanidade, cada qual com seus próprios valores e significados.
 O pensar antropológico, o pensar sobre o aparente paradoxo de o homem ser um só, como espécie da natureza, e ao mesmo tempo ser múltiplo em suas expressões coletivas, a cultura; o pensar sobre o diferente ser o mesmo; sobre as potencialidades reais e recônditas de cada cultura, é fruto desse momento criativo do Iluminismo. A antropologia situa – se no campo da Filosofia, da especulação sobre o homem e suas possibilidades de agir e ser. É método na qual o homem usa para reconhecer diferentes faces ao mesmo ser. Filosoficamente a antropologia é o modo de pensar a variedade do homem, outras culturas, o Outro no mesmo patamar que se coloca a cultura de onde surge esse pensar.
Para obter esse pensar é preciso ter ou criar a capacidade de sair ou tomar a distância de sua própria cultura, dos seus valores, para sim penetrar e entender outras culturas
A antropologia nasceu dentro do campo da Filosofia. Ao longo do tempo a antropologia passou a ser pensada como como uma ciência que iria contribuir para enquadrar e suas culturas num plano contínuo, ao menos paralelo ao plano biológico. O pensar antropológico passou a ser ciência e pensar filosófico, teoria e especulação, explicação e interpretação.
 Antropologia como ciência toma o homem como o ser humano, ou seja homem e mulher, com o homem. A antropologia se coloca como uma ciência lado a lado com a Sociologia, Politicologia, a Economia, a Psicologia e suas respectivas especialidades e subdisciplinas. A antropologia é uma ciência humana que que estuda um pouco de tudo que cada outra ciência aprecia. Em primeiro lugar ela trata da questão básica da natureza do homem e sua condição mental, em segundo, visa ai homem como ser de cultura, um modo de ser para além dos condicionamentos da natureza, subentende uma inteligência capaz de encerrar o mundo através de convenções simbólicas.
 A Sociologia cuida da sociedade, o homem como ser coletivo vivendo em família, em grupos, em cidades, repartindo em classes sociais, em castas, em nações ou problematizados em lutas, conflitos e revoluções.
 A Economia estuda o homem em seu aspecto material, a produção de bens de uso com a produção de bens de troca, as instituições de distribuição, e as consequências advindas do eventual mal resultado, ou do resultado desigual da distribuição e do consumo desses bens.
 A Politicologia ou Ciência Política, estuda a dimensão do poder que permeia as relações entre os homens, as classes sociais, as instituições, especialmente o Estado, as sociedades e as nações. Ela foi pensada pelos filósofos gregos como um saber e uma arte de equilibrar interesses díspares em prol de um bem comum.
 Já a Psicologia perscruta a psique dos homens, sua formação mental e emocional, a relação própria de cada pessoa com o ambiente em que vive. A figura a mais destacada é Sigmund Freud (1854-1938), que descobriu que o inconsciente humano tem sua própria razão de ser e seu próprio modo de agir, aquém e além do inconsciente.
 A antropologia se apresenta como quatro subdisciplinas: Antropologia Física ou Biológica; Arqueologia; Linguística; e Antropologia Social ou Cultural.
 Antropologia biológica representa frequentemente, a comparação com os macacos, o poder do instinto sobre a cultura e civilização. Em Neander, na Alemanha, em 1856, foi descoberto um esqueleto, seria o esqueleto de um proposto ancestral do homem. O chamado homem de Neanderthal virou o elo perdido entre o homem e os grandes símios, eis como o tema foi conjeturada e alardeada essa descoberta, o tema continua a prevalecer o imaginário coletivo até hoje. Mas em 1859, o biólogo Charles Darwin publicou o livro Evolução das Espécies, cuja teoria seria na sua primeira forma humana “homo sapien” ele era bem parecido com um macaco, e com o passar do tempo ele foi adquirindo a forma humana que se vê hoje, e que a vida além de depender da capacidade de uma série de processos químicos de troca de energia, está sujeito a um imperativo fundamental, que é sua continuidade, a qual depende da capacidade de disputa de cada espécie dentro do ambiente em que está inserida. A famosa frase “a sobrevivência do mais apto” sintetiza a teoria da evolução, mesmo que se compreenda modernamente que a disputa entre as espécies da vez, com frequência, a processos cooperativos.
 Para a antropologia Biológica, o homem é visto e definido com um ser da natureza que evoluiu fisicamente até chegar, há uns 80.000 anos (apartir de seu surgimento há cerca de 200.000 anos), á condição atual, desde então praticamente sem mudanças essenciais, apenas as derivadas de adaptações físicas aos quatro cantos do planeta.
 De certo modo, a temática da mais importante Antropologia Biológica é tentar encontrar o lugar do homem na natureza e ao mesmo tempo conhecer a especificidade de sua natureza. A ideia por trás do estudo é saber quanto de “animal” está no homem, o quanto seu comportamento social é próximo ou distante do comportamento social dos seus primos antropoides ; mas também o quanto de inteligente e cultural existem nos próprios antropoides.
 A arqueologia é outra subdisciplina que auxilia na compreensão da evolução do homem ao longo do tempo. E fundamental para reconstruir antigas sociedades e culturas. Arqueologia pode ser definida como “o estudo dos tempos primevos”, eles se dedicam a estudar tanto de estudar remanescentes ósseos que podem elucidar na compreensão da escalada evolutiva do homem, quanto de sociedades que não mais existem, ou ainda daquelas de tempos pretéritos que hoje em dia são bastante diferentes do que eram.
 Linguística é uma ciência humana das que mais se aproxima do modelo de ciência sistemática( o que os americanos costumam chamar de hard Science), como a física e a biologia. Em muitas Universidades dos EUA e Europa elas faz parte do currículo de Antropologia como uma subdisciplina com seus próprios méritos. Seu objetivo é, evidentemente, a língua, as línguas humanas, suas estruturas internas, suas conexões mútuas, suas histórias, sua capacidade de mudança e, especialmente, o significado que elas dão ao homem e à cultura. Os antropólogos linguistas estudam em especial as línguas não europeias, particularmente as dos povos indígenas, africanos e oceânicos.
ANTROPOLOGIA COMO FILOSOFIA DA CULTURA
 Antropologia também se presume uma “lógica do homem”, no que ela se aproxima das matérias do campo filosófico: a lógica como expressão formal de um modo de pensar e sua correspondência com um modo de ser, tal como foi intuído um dia pelo filósofo Parmênides, a metafísica como o conhecimento do ser próprio da vida e das coisas do mundo( do qual o homem partilha e pensa), e a hermenêutica , como modo de conhecer pela interpretação onde a palavra e os atos se interpenetram e dão sentido ao homem.
 Nesse sentido, a concentração do interesse da Antropologia sobre cultura e a indagação sobre as qualidades, sou ser, sendo este ser a própria interpretação do homem, ou seu espírito, para falarmos nos termos de Hegel, faz da Antropologia uma coadjuvante mais sensitiva da Filosofia, daí é que podemosconsiderar que a antropologia também é uma Filosofia da Cultura.
Crítica
 A antropologia é uma área muito complexa para estudos do homem, ou lógica do homem. A antropologia é dividida em duas partes: Antropologia como Ciência e Antropologia Biológica.
 Na parte da Antropologia como Ciência toma o homem, isto é, o ser humano como homem e mulher, de coletividade, mas também de espécie da natureza e de ser da cultura e da razão, como um objeto de estudo. Mas deveria mudar a forma desse estudo, ou seja, deveria estudar a mulher e o homem separado, pois ambos são muito diferentes um do outro, na verdade todo ser humano é diferente do outro, os homens agem de uma forma, as mulheres agem de outra forma totalmente diferente, é claro que seria mais complexo o estudo, e com isso a Antropologia, porém não é uma coisa que é impossível de ser feita, pois a Antropologia utiliza um pouco da Sociologia, Economia, Politicologia ou Ciência Política e Psicologia. Como essas quatro formas de estudo é possível fazer ótimos estudos o “homem e a mulher”, dividindo-os e procurando informações de porque os homens agem de uma forma e as mulheres de outra, etc. E é claro que é chamado de “o homem”, porque sempre fomos uma sociedade machista. E com a ajuda da tecnologia atual torna-se mais fácil concretizar estudos sobre o homem e a mulher. 
 Com a ajuda da antropologia os seres humanos já fizeram milhares de descobertas, sabem muita coisa da nossa história, por exemplo: o primeiro ser humano foi uma forma de homem e macaco, chamado homo sapien, sabe como foi culturas de povos extintos, como Incas, Maias, etc... 
 Conclui-se que a antropologia ajudou a termos diversas informações e saber como foi a sociedade de tempos atrás, o que faziam, qual a sua cultura, o que era valioso na época, o comportamento humano, etc.

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