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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL AFRO-BRASILEIRA CURSO: ENFERMAGEM. DISCIPLINA: PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DO ADULTO. DISCENTES: FRANCISCA MANUELE OLIVEIRA SILVA. ESTUDO DE CASO Celulite infecciosa Acarape-CE 2017 FISIOPATOLOGIA A celulite infecciosa é uma inflemação da pele e tecido subcutaneo e geralmente afeta com maior frequencia as extremidades inferiores, que se apresentam com áreas de pele dolorosa, edemaciada e eritematosa. Segundo BRUM et al, 2016: Trata-se de uma infecção da pele e dos tecidos moles de etiologia essencialmente estreptocócica, porém ocorrendo em alguns casos por Staphylococus, Haemophilus influenzae. (Pág 01) Estas bactérias espalham-se rapidamente sobre a área, ampliando a extensão da lesão. O tratamento consiste em antibioticoterapia, além de analgesia, medidas de repouso, elevação do membro afetado entre outros. Ainda segundo BRUM et al, 2016: Os fatores de risco sistêmicos gerais incluem insuficiência venosa (tida como o mais frequente), linfedema (como fator predisponente ou complicador), doença vascular periférica, diabete e obesidade. No início da doença, as lesões cutâneas apresentam somente aumento de temperatura, mas posteriormente tornam-se bastante dolorosas. (Pág 01) Essa infecção afeta negativamente a saúde e a qualidade de vida da população e resultando em alta taxa de morbidade e consequentes custos financeiros aos sistemas de saúde do mundo todo. PLANO DE CUIDADOS HISTÓRICO 01/06/17 às 08:30hs: Paciente E.R.F, 58 anos, sexo masculino, casado, pai de 4 filhos e reside com a esposa, 2 (duas) filhas e 3 (três) netos em Fortaleza-CE. Foi transferido da UPA e foi admitido no hospital Hospital Waldemar de Alcântara, no dia 26 de maio do presente ano, com queixa principal de “dor e queimação na perna, frio e calafrios há 3 dias”. Relata que a dor surgiu durante o trabalho de porteiro noturno. Classifica a dor, quanto à intensidade, como nota 10. A dor é constante e aumenta sempre que movimenta a perna, dificultando a deambulação. É portador de Diabetes Mellitus tipo 2 há 10 anos. Relata que ingere 2 comprimidos diários, de Glibenclamida, metformina e hidroclorotiazida. Descobriu recentemente que é portador de Hipertensão Arterial, ingere 1 comprimido de captopril diário. Fuma há 40 anos. Bebeu durante 30 anos e parou há 10 anos. Nega internações anteriores. Em relação à nutrição, ingere diariamente água, sucos, leite, café, arroz e carne. Nega dificuldades de urinar e evacuar diariamente. A urina possui coloração amarela. Relata evacuar uma vez ao dia, pela manhã. Em relação ao sono e repouso, dorme, em média, 8 horas por noite. Sente-se descansado quando acorda. Relata que não gosta de sair muito de casa, apenas para o trabalho, prefere ficar em casa com a família. qAo exame físico sinais vitais: T: 36,3°C; P: 62 bpm; Frequência respiratória: 19 rpm; PA: 122/90 mmHg. Cabeça simétrica, cabelos grisalhos e curtos. Sobrancelhas simetricas. Avaliação ocular indica acuidade visual preservada, com ligeira dificuldade de enxergar para perto. Acuidade auditiva também preservada. Nariz sem inflamação ou deformidades. Boca, labios e dentes com achados normais. Pescoço sem lesões ou deformidades. Membros superiores D e E, com pele integra e unhas sem sujidades. Torax de forma normal, ausculta cardíaca fisiológica. Sons respiratórios normais (murmurios vesiculares). Abdome semi-globoso, flacido, sem massas e indolor à palpação. MIE com presença de edema, hiperemia, parestesia, dor, calor ao toque e integridade da pele afetada por lesão, com tecido necrótico, esfacelo e secreção serupurulenta. Após os resultados dos exames laboratoriais, o hemograma completo indicou leucocitose (inflamação) e infecção. O diagnóstico médico foi de celulite infecciosa, que evoluiu de uma erisipela no MIE. Com prescrição medica dos antibióticos ceftriaxona e oxacilina, e de dipirona como analgésico. DIAGNÓSTICOS Dor aguda relacionada à agente lesivo biológico (infecção) caracterizado por expressão facial de dor e gestos de proteção. Integridade da pele prejudicada relacionada à lesão por agente biológico caracterizada por alteração na integridade da pele. Integridade tissular prejudicada relacionada ao volume excessivo de líquidos e mobilidade prejudicada caracterizada por edema. Deambulação prejudicada relacionada à dor caracterizado por capacidade prejudicada para percorrer as distâncias necessárias. DIAGNÓSTICO 1: Dor aguda relacionada à agente lesivo biológico (infecção) caracterizado por expressão facial de dor e gestos de proteção. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se assegurar ao paciente a diminuição e/ou controle da dor; Espera-se promover o bem-estar pessoal; Espera-se promover o estado de conforto físico. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Realizar uma avaliação completa da dor, incluindo local, caracteristicas, início/duração, frequência, qualidade, intensidade e gravidade, além de fatores precipitantes; Determinar o impacto da experiência da dor na qualidade de vida (p. ex., sono, apetite, 3atividade); Investigar com o paciente os fatores que aliviam / pioram a dor; Assegurar que o paciente receba cuidados precisos de analgesia. DIAGNÓSTICO 2: Integridade da pele prejudicada relacionada à lesão por agente biológico caracterizada por alteração na integridade da pele. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se assegurar a manutenção e melhoria da integridade da pele; Espera-se promover manutenção do estado nutricional adequado; Espera-se garantir a detecção e controle dos riscos. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Examinar a pele e as mucosas quanto a cor, textura e calor; Realização diaria de curativo na lesão; Aplicar antibiótico tópico à área afetada, conforme o prescrito (sulfadiazina de prata, sete dias); Orintar quanto à importancia de alimentação adequada para o processo de cicatrização; DIAGNÓSTICO 3: Integridade tissular prejudicada relacionada à infecção e mobilidade prejudicada caracterizada por edema. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se promover a diminuição do edema; Espera-se assegurar melhorias na qualidade do sono; Espera-se promover a mobilidade física do paciente. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Monitorar a pele quanto a ressecamento e umidade excessivos; Oferecer suporte a áreas demasiadas (p. ex., travesseiro debaixo do calcanhares), conforme o apropriado; Orientar quanto ao uso de compressas de gelo; Massagear ao redor da área afetada. DIAGNÓSTICO 4: Deambulação prejudicada relacionada à dor caracterizado por capacidade prejudicada para percorrer as distâncias necessárias. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se promover a deambulação independe; Espera-se garantir o repouso e a conservação da energia; Espera-se promover o conforto físico do paciente. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Ajudar o paciente na deambulação inicial e corforme a necessidade; Encorajar deambulação independente dentro de limites seguros; Orientar quanto à administração de analgesicos, conforme prescrição. AVALIAÇÃO O presente estudo avalia como positivas as intervenções de Enfermagem realizadas. Inicialmente, o paciente E.R.F classificou a dor, quanto à intensidade, como nota 10 (dez) na escala númerica de dor, após o inicio das intervenções, ele relatou que a dor havia dimunido e uma semana depois, ele disse que a dor era nota 04 (quatro). A lesão no MIE inicialmente era irregular, com presença de tecido necrótico, esfacelo e bastante secreção seropurulenta, uma semana depois, após o antibiótico (sulfadiazina de prata por sete dias) e o início da papaína à 10%, a lesão ainda apresentava tecido necrótico e esfacelo, mas as bordas já estavam mais regulares e apresentava diminuição visivel da quabtidade de secreção seropurulenta. O edema estava presente por toda a extensão do MIE, este quando comparado ao MID, apresentava temperatura mais elevada e textura mais rigida. Depois, o edema reduziu visivelmente e a temperatura diminuiu. A dor, o edema e a lesão dificultavam a deambulação, o paciente só caminhavacom auxílio, também não conseguia colocar o pé de forma plana no chão e nem movimentar os dedos de MIE, depois das intervenções o paciente já consegue deambular sem auxílio, ainda com alguma dificuldade, mas já deambulando, colocando o pé plano no chão e movimentando os dedos. REFERÊNCIAS BULECHEK, G. M.; BUTCHER, H. H.; DOCHTERMAN, J. M. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). [Tradução Soraya Imon de Oliveira, et al] – Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Classificação dos resultados de enfermagem (NOC)/Sue Mooread [et al]; [Tradução Regina Machado Garcez, et al] – Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017/ NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed, 2015.
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