Buscar

Componentes Sistema Respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário do Norte
Discente: Elton Wallace Silva Cardoso
Matrícula: 16346033
Docente: João Arthur Alcantara
ESTUDO DIRIGIDO - 1
Componentes do Sistema Respiratório
Componentes do Sistema Respiratório 
Cavidade Nasal
O nariz é formado primariamente por cartilagens, exceto no dorso do nariz onde estão situados os ossos nasais. Anteriormente, o ar entra ou sai do nariz através das narinas, que se abrem para o vestíbulo do nariz, enquanto que, posteriormente, a cavidade nasal se comunica com a parte nasal da faringe através de duas aberturas denominadas coanas.
A cavidade nasal está separada da cavidade do crânio por porções dos ossos frontal, etmoide e esfenoide, e da cavidade oral inferiormente pelo palato duro. O septo nasal, em geral desviado ligeiramente para um dos lados, divide a cavidade nasal em duas câmaras, uma direita e uma esquerda. O terço anterior do septo nasal é cartilagíneo, e os dois terços posteriores são ósseos.
A parede lateral da cavidade nasal é caracterizada pela presença de três prateleiras semelhantes a conchas, que fazem uma protrusão para dentro da cavidade nasal e, com seu epitélio respiratório de revestimento nasal, aumentam muito a área de superfície para o aquecimento, umidificação e filtragem do ar. No ponto mais superior da cavidade nasal, se localiza a parte olfatória, com seu epitélio e células olfatórias sensitivas especializadas para a detecção de odores.
Faringe
A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. A faringe é dividida em três regiões anatômicas: Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.
A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou Nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faríngeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do óstio faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.
A parte intermediária da faringe, a Orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do hioide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento.
Laringe
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais.
A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda antero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).
A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos.
A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (Cartilagem Tireóidea, Cricoidea e Epiglótica) e três são pares (Cartilagem Aritenoidea, Cuneiforme e Corniculada).
A Cartilagem Tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores.
Traqueia
A traqueia é um tubo de 10 a 12,5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita.
O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais.
Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos.
Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais, direito e esquerdo.
A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência antero-posterior que recebe o nome de carina da traqueia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios.
Brônquios 
Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traqueia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos.
Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos Brônquios Lobares.
Os brônquios lobares subdividem-se em Brônquios Segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar.
Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados Bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem.
Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados Ductos Alveolares.
Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados Alvéolos.
Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo.
A Função dos Alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.
 
Pulmões
Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces.
Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular
Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado).
Margens do Pulmão: O pulmão apresenta três margens: Uma Anterior, uma Posterior e uma Inferior.
Bordas do Pulmão: A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino
Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas.
Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros.
Faces: O pulmão apresenta três faces:
a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica.
b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática. 
c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão.
Divisão:Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes.
O Pulmão Direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio.
O Pulmão Esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão.
Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico.
Pulmão Direito
Lobo Superior: apical, anterior e posterior
Lobo Médio: medial e lateral
Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral
Pulmão Esquerdo
Lobo Superior: apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior
Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral
Pleuras
A superfície externa de cada pulmão e a parede interna da caixa torácica são revestidos por uma membrana serosa dupla, chamada pleura. A membrana na superfície externa de cada pulmão é denominada Pleura Visceral, e a que reveste a parede da cavidade torácica é chamada Pleura Parietal.
Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a Cavidade Pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração.
Hilo do Pulmão:
A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os Brônquios Principais, Artérias Pulmonares, Veias Pulmonares, Artérias e Veias Bronquiais e Vasos Linfáticos.
Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o Nervo Frênico. Posteriormente relaciona-se com o Nervo Vago.
ESTUDO DIRIGIDO - 2
Doenças Infecto-contagiosas e crônico-degenerativas do sistema respiratório 
Doença infecto-contagiosa - Cavidade Nasal
Rinite Alérgica
A rinite alérgica é uma reação imunológica do corpo a partículas inaladas que são consideradas estranhas. Essas substâncias são chamadas de alérgenos. O nariz é a porta de entrada para o ar e substâncias carregadas por ele, e tem a função de filtrar as impurezas, além de umidificar e aquecer o ar que vai chegar aos pulmões.
Etiologia
Poeira, pólen e alguns alimentos são substâncias que podem causar alergia. No Brasil a poeira domiciliar é o fator de risco mais importante. Ela é constituída por descamação da pele humana e de animais, por restos de pelos de cães e gatos, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e por ácaros, organismos microscópicos da família dos aracnídeos.
Existem vários tipos de ácaros. Entre todos, o que mais frequentemente está relacionado com a alergia é o Dermatophagoides ssp., nome que significa “aquele que se alimenta de pele”, visto que uma de suas fontes de alimentos é a descamação da pele.
No colchão de nossas camas e nos móveis estofados de nossas casas, podem acumular-se muitos fragmentos de descamação de pele. Exatamente por essa razão, nesses locais, é grande a quantidade de ácaros, aracnídeos que vivem nas camadas profundas dos tecidos, abraçados as fibras. Ácaros não são capazes de viver sobre uma superfície lisa, por exemplo, em paredes.
Fisiopatologia
O indivíduo alérgico tem uma reação exagerada aos alérgenos. Seu sistema imunológico reage de forma intensa a estas substâncias estranhas na tentativa de defesa do organismo. Na crise da rinite, a pessoa apresenta obstrução nasal, coriza, espirros e coceira no nariz. Se a pessoa tiver uma predisposição para asma, pode apresentar também uma crise de asma, com falta-de-ar e cansaço.
Sintomatologia
Os sintomas que os pacientes portadores de rinite alérgica apresentam são obstrução nasal (entupimento), coriza, espirros (algumas vezes o paciente espirra mais 20 vezes seguidas) e coceira no nariz. Essa coceira pode ser na garganta ou nos olhos.
Semiologia
O diagnóstico da rinite alérgica é feito através da história clínica detalhada do paciente, sendo perguntado tudo que existe em relação à mesma, os fatores desencadeantes, como são os sintomas, e até como é a residência e o trabalho do paciente, se tem animais de estimação ou não. O exame físico é também muito importante, onde são vistas as evidências de rinite alérgica no paciente.
Prognóstico
O tratamento dos pacientes portadores de rinite alérgica é composto por três pilares principais: higiene ambiental, medicamentos e imunoterapia.
Higiene ambiental
A forma mais simples de se prevenir de crises de rinite alérgica é evitando o contato com a substância que desencadeia os sintomas.
Medicamentos
Anti-histamínicos (antialérgicos), descongestionantes nasais e corticosteróides são medicamentos usados para tratar uma crise rinite alérgica.
Imunoterapia
Vacinas antialérgicas também são uma opção para casos em que não houve melhora com as medicações e uma alternativa para casos em que não se pode evitar contato com o alérgeno. Ela está indicada se o teste cutâneo ou sanguíneo comprovar o alérgeno. Nesse tratamento, são aplicadas em injeções ou gotas sublinguais com quantidades controladas da substância para que o organismo deixe de ser hiperreativo a ela. O objetivo é que, no passar do tempo, as crises se reduzam e a pessoa consiga até suspender as medicações.
Fisioterapia
A fisioterapia respiratória no tratamento de rinites utiliza técnicas baseadas em drenagem manipulativa associada ao uso de aparelho terapêutico em regiões dos seios paranasais e as cavidades existentes ao redor do nariz, auxiliando na melhora das funções das vias aéreas superiores (VAS), como seios paranasais, de forma preventiva e curativa.
Doença crônico-degenerativa
Pólipo Nasal
Pólipos nasais são massas polipoides, ou seja, pequenas bolsas de tecido inflamado que crescem na camada interna do nariz (mucosas nasais), ou nos seios paranasais.
Etiologia
Ainda não se sabe totalmente os motivos que podem dar origem aos pólipos nasais. Não está claro, por exemplo, por que algumas pessoas desenvolvem inflamação crônica nas mucosas nasais ou por que uma outra inflamação, que já está em curso, é capaz de desencadear a formação de pólipos nasais em algumas pessoas mas em outras não. A inflamação ocorre no revestimento interno do nariz e também nos seios paranasais. Algumas doenças e outros fatores de risco parecem ter papel fundamental para a formação dos pólipos nasais.
Os pólipos nasais podem se formar em qualquer idade, mas são mais comuns em mulheres jovens e em adultos de meia idade. Além disso, toda e qualquer condição que desencadeia a inflamação crônica nas passagens nasais, como alergias e infecções, podem aumentar o risco de desenvolvimento de pólipos nasais.
Fisiopatologia
Pólipos nasais são pequenos crescimentos benignos de tecido inflamado na camada mucosa do nariz ou dos seios nasais, que fazem saliências para dentro deles. Começam geralmente perto dos seios etmoidais, situados na parte superior interna do nariz e se espalham para áreas abertas. Eles podem variar em tamanho, formato, coloração e localização, serem uni ou bilaterais e podem se localizar em diferentes regiões do nariz e dos seios da face. Podem ser únicos ou múltiplos ou confluírem formando verdadeiros “cachos”.
Sintomatologia
Os sintomas do pólipo nasal dependemdo seu tamanho ou número. Quando são grandes o suficiente para obstruir as vias nasais ou os seios nasais, os pólipos costuma causar um quadro de sinusite crônica. Entre os sintomas mais comuns, podemos citar:
– Coriza.
– Constipação nasal.
– Diminuição do olfato.
– Diminuição do paladar.
– Dor de cabeça ou na face (semelhante à que ocorre na sinusite).
– Dor nos dentes superiores.
– Sensação de peso ou pressão nos seios nasais.
– Coceira nos olhos.
– Roncos ao dormir.
A presença de pólipos além de poder causar sinusite crônica, facilita a ocorrência de infecções respiratórias. Os pólipos também podem causar crises de asma, apneia obstrutiva do sono e infecções do olhos.
Semiologia
O médico pode fazer o diagnóstico com base nas respostas do paciente às perguntas feitas sobre sintomas e histórico médico e familiar. Além disso, um exame físico geral e um exame minucioso do nariz também podem ajudar o especialista a realizar o diagnóstico.
Outros testes de diagnóstico incluem:
-Endoscopia nasal; Exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética; Testes de alergia; Exame de sangue; Teste de fibrose cística
Prognóstico
O principal objetivo do tratamento do pólipo nasal é reduzir seu tamanho ou eliminá-lo completamente. Para isso, tanto o médico quanto o paciente podem partir para diferentes abordagens. O uso de medicamentos é, geralmente, a primeira opção. No entanto, a cirurgia às vezes também pode ser necessária, mas pode não resolver completamente o problema, uma vez que os pólipos nasais tendem a reaparecer no futuro.
Medicamentos
Os medicamentos mais usados para o tratamento de pólipo nasal são: 
Budecort Aqua, Busonid, Celestone, Nasonex e Predsim.
Doença Infecto Contagiosa – Faringe 
Faringite
A faringite é um dos vários distúrbios que podem acometer a região da garganta, assim como a laringite e a amigdalite. Os sintomas são mais comuns no inverno, época em que o ar seco e aglomeração maior de pessoas em ambientes fechados facilitam a entrada de vírus e bactérias pelas vias aéreas.
Etiologia
A faringite viral costuma surgir em casos de infecções causadas por vírus, como o resfriado comum, a gripe e a mononucleose. A faringite também pode surgir em pessoas com doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), a exemplo da gonorreia. Outros fatores como alergias, clima seco, poluição, distensão nos músculos da garganta e até problemas mais graves, como tumores e infecção por HIV, também podem levar a um quadro de faringite.
Fisiopatologia
Os agentes etiológicos da faringite são transmitidos através do contato pessoa-a-pessoa, provavelmente através de gotículas de secreções nasais ou saliva. Os sintomas manifestam-se muitas vezes depois de um período de incubação que varia de 1 a 5 dias, e ocorrem mais no inverno ou início da primavera.
A causa bacteriana mais comum de faringite, o GAS, também é conhecido como Streptococcus pyogenes e pode existir isolado, emparelhado, ou acorrentado com cocos Gram-positivos. Estas bactérias possuem proteína M, de um fator de virulência potente que inibe a fagocitose bacteriana, bem como uma cápsula de ácido hialurônico que aumenta a sua capacidade de invadir tecidos. Várias exotoxinas e duas hemolisinas (estreptolisina S e estreptolisina O) aumentam ainda mais a virulência do GAS. Cocos podem ser deletados em culturas, testes de aglutinação de látex, ou testes rápidos utilizando anticorpos monoclonais marcados.
Sintomatologia
Os sintomas da faringite são de fácil identificação, mas são igualmente fáceis de serem confundidos com sintomas de outras inflamações que acometem a garganta, como a laringite e a amigdalite. A dor de garganta é o principal desses sintomas, mas outros também podem entrar para a lista:
Dificuldades para engolir ou falar
Garganta seca
Voz rouca e abafada.
Os sintomas são semelhantes tanto na faringite viral quanto na bacteriana. Em ambos os casos, a membrana mucosa que reveste a faringe pode estar ligeira ou intensamente inflamada e coberta por machas brancas ou pus. A febre, a inflamação dos gânglios linfáticos do pescoço e uma contagem elevada de glóbulos brancos no sangue são típicos tanto da faringite viral como da bacteriana, embora estes sintomas possam ser mais evidentes na forma bacteriana.
Diagnostico de faringite
Dores de garganta, dificuldade para engolir e febre não são sintomas exclusivos da faringite, por isso o médico deverá realizar procedimentos específicos para fazer o diagnóstico. No primeiro deles, aplicado tanto em crianças quanto em adultos, o médico utiliza um instrumento para analisar a garganta e, eventualmente, os ouvidos e as vias aéreas também. Trata-se de um exame físico, em que o especialista também poderá querer avaliar os batimentos cardíacos do paciente.
Outro exame que o médico poderá fazer é também bem simples. Com o auxílio de um instrumento fino, semelhante a um cotonete, ele retirará amostras de secreção de dentro da garganta do paciente doente para enviá-las a um laboratório especializado em doenças causadas por bactérias do estreptococo, causadora da faringite bacteriana. Os resultados saem em apenas alguns minutos. Se o resultado for positivo, então o paciente é diagnosticado com faringite bacteriana. Se for negativo, a faringite é viral.
O diagnóstico pode ser feito, ainda, por outros dois procedimentos: hemograma e testes alergênicos. O primeiro produz uma contagem completa dos diferentes tipos de células presentes no sangue do paciente doente. Dependendo do resultado, é possível saber se a faringite foi causada por vírus ou por bactéria.
Prognóstico
Faringite causada por vírus geralmente não demanda muitos cuidados nem um tratamento específico. Além disso, a inflamação desaparece de cinco a sete dias, em média.
No entanto, para a faringite bacteriana, é necessário consultar um médico para saber também qual o melhor tratamento disponível para cada caso. Geralmente, ele é feito à base de antibióticos e analgésicos.
Fisioterapia no tratamento da faringite
Quando faringite para reduzir a inflamação médico pode prescrever técnicas fisioterapêuticas, tais como:
• laser vermelho
• UHF
• alta frequência terapia magnética
• laser infravermelho
• medicamentos de terapia de inalação
• terapia de ultra-som
• iontoforese
Farmacologia
Os medicamentos antibióticos são necessários para combater as bactérias causadoras da faringite bacteriana, chamadas de estreptococos. Além disso, os sintomas da doença serão diminuídos e desaparecerão em bem menos tempo, se comparados a não medicar-se.
Os medicamentos antibióticos mais receitados pelos médicos para a faringite são: Astro, Azitromicina, Bi Profenid, Broncho-Vaxom, Ceclor, Cefaclor, Cefadroxila, entre outros.
O profissional de saúde também pode recomendar ao paciente a injeção intramuscular de penicilina benzatina G. A administração oral geralmente recomendada dura dez dias, enquanto esta é dosagem única.
Doença Crônica Degenerativa
Câncer da faringe
O câncer na faringe consiste no aparecimento de tumores (benignos ou malignos, como nos outros tipos de câncer) na região da garganta.
Etiologia
O câncer na garganta ou faringe não tem causa definida e, especialistas ainda estudam os fatores que levam ao seu aparecimento. No entanto, fatores de risco podem aumentar as chances de um indivíduo saudável desenvolver a doença.
Existe uma série de fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento da doença. Aqui vai uma lista dos principais:
Tabagismo
Alcoolismo ou mesmo o consumo frequente de bebidas alcoólicas
Ausência de dieta e hábitos saudáveis
A presença de doença por HPV (que também pode causar câncer de colo de útero em mulheres)
O consumo regular ou excessivo de erva mate, planta de propriedades estimulantes muito consumida na região sul e sudeste do Brasil
O tabagismo é um dos maiores fatores de risco para esta doença. Além dele, o HPV também é uma doença muito associada a este tipo de câncer.
Fisiopatologia
O câncer de laringe que se forma nas cordas vocais (glote),muitas vezes causa rouquidão ou alterações na voz. Isto pode levar a um diagnóstico em estágio inicial. As pessoas que apresentam alterações de voz, como rouquidão, que não melhoram em duas semanas devem procurar um médico. Para uma avaliação completa, podem ser encaminhados para um especialista em ouvido, nariz e garganta (otorrinolaringologista) ou um cirurgião de cabeça e pescoço.
Para os tumores que não se iniciam nas cordas vocais, a rouquidão ocorre somente após os mesmos atingirem um estágio avançado ou terem invadido as cordas vocais. Muitas vezes, estes tumores não são diagnosticados antes de se disseminarem para os gânglios linfáticos, de modo que o paciente perceba uma massa no pescoço.
Sintomatologia
O principal sintoma deste tumor é a rouquidão. Nas pessoas que já tem a voz mais rouca, a piora deste sintoma ou a modificação da voz pode indicar alguma alteração nas cordas vocais, alteração esta que pode estar relacionada a este câncer. Pode vir acompanhado de dor no ouvido, tosse persistente, dificuldade ou dor para engolir e gânglios (linfonodos ou ínguas) aumentados na região lateral do pescoço (quando se considera avançado localmente).
Semiologia
Quando uma pessoa sente um dos sintomas de um provável câncer na faringe, principalmente se é fumante e usa regularmente bebidas alcoólicas, deve procurar um médico de sua confiança. Este médico fará um exame físico de sua garganta (por dentro) e do seu pescoço.
Se o médico achar necessário, ele fará uma laringoscopia - exame no qual se coloca um espelho ou um aparelho de endoscopia próprio para a garganta para ver alguma alteração que explique o que o paciente está sentindo. Caso alguma alteração seja encontrada, uma biópsia (retirada de um pequeno pedaço do revestimento da laringe ou da lesão) será realizada para poder fazer um exame mais detalhado em um laboratório de patologia (Exame anátomo-patológico).
Se o diagnóstico de câncer for confirmado, o médico encaminhará o paciente para um local onde se tratam pacientes com câncer e mais exames serão realizados para se avaliar a extensão da doença (exames de estadiamento). Estes exames podem incluir tomografias computadorizadas e exames de sangue.
Prognostico
O prognostico desde tipo de câncer pode ser feito por meio de uma cirurgia local, para a retirada dos tumores, ou, dependendo do caso, sessões de quimioterapia e radioterapia.
Tudo vai depender do estágio do câncer, do tumor ser maligno ou benigno e da saúde geral do paciente.
Se você foi diagnosticado, existem vários tratamentos alternativos que aliviam o desconforto e podem até reduzir a inflamação, dependendo do caso.
No entanto, nenhuma terapia alternativa exclui a necessidade de um tratamento médico específico. A cirurgia, se necessária, geralmente traz bons resultados e não envolve grandes fatores de risco.
Em aproximadamente 80% dos casos, existe chance de cura para este tipo de câncer. No entanto, a doença pode causar alguns danos irreversíveis a nossa saúde.
Fisioterapia no tratamento de câncer da faringe
A fisioterapia apresenta um papel relevante na reabilitação dos pacientes com câncer nesses locais. Nesse sentido a fisioterapia dispõe de diferentes recursos terapêuticos indicados para prevenir, minimizar e tratar as complicações respiratórias, motoras e circulatórias advindas do tratamento dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, incluindo: exercícios de alongamento global; fortalecimento muscular; exercícios passivos, ativo-assistidos e ativos; exercícios respiratórios e uso de aparelhos respiratórios; manobras de drenagem linfática manual e atividades funcionais. Podem ser utilizados ainda recursos fisioterapêuticos analgésicos, como a crioterapia, a mobilização passiva, relaxamento muscular, estimulação elétrica transcutânea.
Doença Infecto contagiosa - Laringe
Laringite 
A laringite é uma inflamação na laringe que pode provocar rouquidão e perda de voz. Na maioria das vezes causada por infecção viral ou fala excessiva, a doença deixa as cordas vocais irritadas, o que gera uma distorção nos sons emitidos.
Etiologia
Dentro da laringe há as cordas vocais - duas dobras da membrana mucosa que cobrem um músculo chamado músculo vocal. Normalmente, suas cordas vocais abrem e fecham suavemente, formando sons através de seu movimento e vibração.
Mas na laringite, suas cordas vocais ficam inflamadas ou irritadas. Ocorre um inchaço, que leva à distorção dos sons produzidos pelo ar que passa sobre elas. Como resultado, sua voz soa rouca. Em alguns casos de laringite, sua voz pode se tornar quase indetectável. A maioria dos casos de laringite é desencadeada por infecção viral temporária ou esforço vocal e não são graves.
A maioria dos casos de laringite é temporária, ou aguda. Causas de laringite aguda incluem infecções virais semelhantes às que causam resfriado, esforço vocal, causada por uso excessivo da voz, infecções bacterianas, como a difteria, embora seja raro.
Laringite crônica
Laringite que dura mais de duas semanas é conhecida como laringite crônica. Este tipo de laringite é geralmente causado pela exposição a substâncias irritantes ao longo do tempo. Laringite crônica pode causar tensão das cordas vocais e lesões ou tumores na corda vocal (pólipos ou nódulos). Estas lesões podem ser causadas por irritantes inalatórios, como a vapores químicos, alérgenos ou fumaça, doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), sinusite crônica, uso excessivo de  e fumar.
Fisiopatologia
Inflamação difusa do epitélio, eritema e edema da traqueia e alteração da mobilização das cordas vocais.
Mucosa da região subglótica é pouco aderente, edema, comprometimento das vias aéreas.
Edema restringe o fluxo de ar gerando estridor inspiratório.
Sintomatologia
Os sintomas da laringite geralmente incluem dor de garganta ao engolir e rouquidão. Esses e outros sintomas aparecem por causa da inflamação da laringe provocada por vírus ou bactérias, alergias ou inalação de substâncias tóxicas.
Os principais sintomas da laringite aguda são tosse seca e rouquidão, mas a laringite pode manifestar-se através de outros sintomas como febre, dificuldade para engolir, dor de garganta, mal estar e dificuldade para respirar.
Os sintomas da laringite crônica são iguais aos da laringite aguda, mas demoram mais tempo a desaparecer, cerca de 2 semanas. Por outro lado, os sintomas da laringite alérgica, além dos sintomas apresentados, o paciente pode ter também espirros, coriza ou inchaço da laringe.
Semiologia
O médico ou médica pode identificar laringite fazendo um exame físico que provavelmente incluirá sentir o pescoço do paciente, afim de encontrar áreas sensíveis ou caroços. Também será avaliado o nariz, boca e garganta.
Se você tiver problemas de voz e rouquidão que não têm uma causa óbvia e que duram mais de duas semanas, o médico pode encaminhá-lo a um especialista (otorrinolaringologista). A aparência de suas cordas vocais e o som de sua voz vai ajudar o especialista descobrir se a laringite vai embora por conta própria ou se você precisa de tratamento.
Além disso, um otorrinolaringologista pode realizar os exames de videolaringoscopia, no qual uma câmera filma a laringe e pode-se detectar a laringite ou outras alterações como nódulos, pólipos ou até tumores em fase inicial e biópsia.
Prognóstico
Em alguns casos de laringite aguda causadas por infecções virais ou bacterianas por exemplo muitos dos sintomas tendem a desaparecer sem necessidade de tratamento. Laringites crônicas por outro lado costumam requisitar uma atenção mais especial e até mesmo cirurgia.
Repouso de voz e inalações podem ajudar muito a diminuir o desconforto na área. Dependendo da causa da laringite pode ser prescrito o uso de antialérgicos ou de antibióticos. Outros medicamentos para alívio dos sintomas também podem ser indicados entretanto somente o médico poderá avaliar qual é a melhor abordagem. Casos graves de laringite crônica podem resultar até mesmo na retirada da laringe por completo. Radioterapias e quimioterapias tambémcostumam ser medidas necessárias em algumas circunstâncias.
Fisioterapia
O médico pode prescrever a conduta de procedimentos, como a eletroforese novocaine na área da laringe, UHF. Guiados pela informação recebida, o especialista irá nomear um tratamento complexo, que pode entrar procedimentos diferentes: lubrificar a garganta, inalação, fisioterapia.
Farmacologia
Os medicamentos mais usados para o tratamento de laringite são:
Antux, Azitromicina, Bi Profenid, Broncho-Vaxom, Cefalexina, Ceftriaxona Dissódica, Ceftriaxona Sódica, Cetoprofeno, Cefanaxil, Clindamin-C, Clobutinol + Succinato de Doxilamina, Doxiciclina, Eritromicina, Flanax, Ibuprofeno, Nimesulida, Paracetamol.
Doença crônico-degenerativa
Câncer da laringe
A laringe é a parte da garganta que contém as cordas vocais e participa da fala, mas tem outras importantes funções como a respiração e a proteção dos pulmões da aspiração de alimentos na deglutição. A laringe pode ser acometida por um dos cânceres mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças malignas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 acomete a laringe supraglótica (ou seja, localizam-se acima das cordas vocais).
Etiologia
Há uma nítida associação entre a ingestão excessiva de álcool e o vício de fumar com o desenvolvimento de câncer nas vias aerodigestivas superiores. O tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de laringe.
Quando a ingestão excessiva de álcool é adicionada ao fumo, o risco aumenta para o câncer supraglótico. Pacientes com câncer de laringe que continuam a fumar e beber têm probabilidade de cura diminuída e aumento do risco de aparecimento de um segundo tumor primário na área de cabeça e pescoço.
Fisiopatologia
O câncer de laringe que se forma nas cordas vocais (glote), muitas vezes causa rouquidão ou alterações na voz. 
Para os tumores que não se iniciam nas cordas vocais, a rouquidão ocorre somente após os mesmos atingirem um estágio avançado ou terem invadido as cordas vocais. Muitas vezes, estes tumores não são diagnosticados antes de se disseminarem para os gânglios linfáticos, de modo que o paciente perceba uma massa no pescoço.
Sintomatologia
O primeiro sintoma é o indicativo da localização da lesão. Assim, odinofagia (dor de garganta) sugere tumor supraglótico e rouquidão indica tumor glótico e falta de ar é mais frequente em tumores subglóticos (abaixo das cordas vocais). Estes sintomas permanecem por mais de 15 dias e tendem a piorar.
O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais e sintomas como a alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de um "caroço" na garganta.
Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, pode ocorrer dor na garganta, disfagia e dispneia (dificuldade para respirar ou falta de ar).
Alguns pacientes têm como primeira manifestação o aparecimento de um nódulo no pescoço. Outros podem apresentar pigarro ou tosse persistentes. Sintomas severos como falta de ar, perda de peso e astenia são menos frequentes.
Semiologia
O diagnóstico do câncer de laringe considera os sintomas, o histórico do paciente, se é ou foi fumante e usuário habitual de álcool. Exames de imagem como a laringoscopia direta e indireta para visualizar a região afetada são importantes para o diagnóstico, mas não dispensam a realização da biópsia, que pressupõe a retirada de fragmento do tumor para análise, a fim de determinar se é maligno ou não. Se for maligno (nem todos são), é fundamental saber o grau de estadiamento da doença para orientar o tratamento.
Prognóstico
De acordo com a localização e estágio do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. Para pacientes com tumores em estádio inicial existem possibilidades de tratamento curativo com cirurgias conservadoras, as chamadas laringectomias parciais que podem ser realizadas por incisão no pescoço ou por via endoscópica usando-se equipamento a laser. Estas cirurgias preservam a voz. Como alternativa o paciente pode ser submetido a radioterapia
Por outro lado, para pacientes com tumores avançados, em alguns casos, com o intuito de preservar a voz, a radioterapia pode ser selecionada primeiro, deixando a cirurgia para o resgate quando a radioterapia não for suficiente para controlar o tumor. Com este tratamento, cerca de 2/3 dos pacientes elegíveis podem ter sua laringe preservada.
Para pacientes com tumores muito avançados não existe outra possibilidade de tratamento curativo sem a perda total da laringe, a laringectomia total. Mesmo nesses casos as taxas de cura são altas, o paciente pode continuar a deglutir alimentos e pode-se reabilitar a fala com fonoterapia ou instalação de próteses traqueoesofáticas, conhecidas como válvulas de fala.
Fisioterapia
O paciente poderá apresentar sequelas funcionais, após ser submetido à cirurgias, e precisará da fisioterapia o mais precocemente possível, para que o paciente adquira a função do seu membro superior. Nos pacientes que realizam uma traqueostomia definitiva, poder ser necessário acompanhamento com Fisioterapia Respiratória, a fim de evitar complicações e facilitar uma melhor ventilação pulmonar. Em alguns casos o paciente pode ainda evoluir com o Linfedema (inchaço) na Face, em virtude da cicatriz, nestes casos o acompanhamento fisioterapêutico deverá ser realizado por um profissional habilitado na Fisioterapia Descongestiva Complexa, para o mais precocemente possível tratar esta complicação e oferecer qualidade de vida ao pacientes, para que o mesmo realize suas atividades de vida diária com maior conforto.
Farmacologia
Os medicamentos quimioterápicos padrão agem sobre as células que se dividem rapidamente, incluindo as células cancerígenas. As drogas utilizadas com mais frequência para tumores de laringe e hipofaringe incluem:
Cisplatina.
Carboplatina.
Fluorouracilo.
Docetaxel.
Paclitaxel.
Bleomicina.
Metotrexato.
Ifosfamida.
Doença infecto-contagiosa - Traqueia
Estenose da Traqueia
A estenose da traqueia, nada mais é do que um estreitamento traqueal, dificultando a passagem de ar aos pulmões, e em casos mais graves podendo gerar grave insuficiência respiratória (falta de ar).
 
Etiologia
A causa mais frequente, responsável por mais de 90% dos casos é a estenose pós intubação traqueal. Quando um paciente, geralmente com uma doença grave, utiliza um ventilador mecânico, para auxiliar em sua respiração e na oxigenação do sangue, é necessário que utilize um tubo na traqueia para insuflar o ar no pulmão. Este tubo possui um balão de ar (cuff) na ponta, para "vedar" a via aérea, evitando que o ar que entra nos pulmões escape ou que restos alimentares provenientes da boca ou esôfago, caiam nos pulmões.
 
Porém, este balão exerce uma pressão na parede traqueal, o que dificulta a circulação sanguínea nesta, assim podendo gerar isquemia (falta de sangue e oxigênio) e por isso, morte de suas células. As células ao morrerem são substituídas por tecido cicatricial (fibrose) que pode gerar a estenose. 
 
Outras causas de estenose são: tumores traqueais, doenças inflamatórias como tuberculose e sarcoidose e estenose idiopática, em que não é possível determinar a causa da estenose.
 
Imagem de broncoscopia mostrando à direita traqueia normal e à esquerda estenose traqueal.
Na maioria dos casos, uma estenose menor que 25% do calibre da traqueia é praticamente assintomática, gerando sintomas apenas aos grandes esforços. Uma estenose maior que 50%, por sua vez, gera sintomas mesmo com a pessoa em repouso e é a que gera maior risco.
 
Fisiopatologia
Na estenose há uma obstrução (fechamento) da região interna da traqueia devido à formação de um processo cicatricial para dentro da traqueia e que evolui para o fechamento (oclusão) parcial ou total de sua luz (orifício interno),impedindo que o ar consiga passar através do local.
Sintomatologia
Os sintomas mais frequentes são dispneia (falta de ar) e estridor ou cornagem (sons de timbre grave à respiração).
 
A estenose maior que 50% tem um risco importante de morte, pois uma rolha de catarro, mesmo pequena, pode obstruir completamente a traqueia na altura do estreitamento, impedindo a respiração.
Semiologia
O próprio quadro clínico (história de intubação ou traqueostomia, falta de ar e estridor ou cornagem) geralmente já indica o diagnóstico, que pode ser confirmado pela broncoscopia (exame de escolha) ou por tomografia computadorizada.
 
As tomografias e a broncoscopia também têm a vantagem de permitir um estadiamento da doença, isto é, saber quanto da traqueia está doente e o grau de doença, já permitindo avaliar uma abordagem definitiva do problema.
Prognóstico
Fase Aguda
Na fase aguda, isto é, quando o paciente apresenta a estenose, gerando sintomas importantes existem duas opções de tratamento.
 
A primeira é a dilatação da estenose via broncoscopia rígida, onde são passados tubos metálicos de calibre crescentes pela estenose, fazendo uma calibragem desta e assim alargando sua luz. Em uma pequena minoria dos casos pode resolver o problema definitivamente, porém na grande maioria, pelo fato da própria dilatação traumatizar a traqueia, esta predispõe a um novo fechamento e por isso, a dilatação é geralmente usada como ponte, isto é, para tirar o paciente daquele quadro de urgência e programar um procedimento definitivo.
 
Outra opção é a traqueostomia, confeccionada na altura ou abaixo da estenose, para que o ar passe direto do traqueostoma (abertura da traqueia) ao pulmão, sem passar pela área de estenose. Sua vantagem é a resolução também em longo prazo, sua desvantagem é a impossibilidade de fala (pois o ar não passa mais pelas cordas vocais) e o fato que se não for realizada adequadamente pode dificultar outro tratamento futuro (traqueoplastia).
Tratamento Definitivo
A decisão sobre tratamento definitivo basicamente envolverá dois fatores: a extensão da doença e o estado de saúde do paciente em que ela se encontra. A extensão da doença é importante, pois para se realizar uma traqueoplastia, é necessário pelo menos 50% da extensão da traqueia sem doença. Também, a localização da doença (no terço proximal, médio ou distal) influenciará na técnica usada para sua realização. O estado de saúde é importante, pois não sendo a traqueoplastia um procedimento simples e um procedimento que necessita da colaboração do paciente no pós operatório, pacientes com déficit neurológico ou doenças sistêmicas graves (cardiopatias, por exemplo) não são bons candidatos à sua realização.
 
Pacientes com estenose extensa (maior que 50% do comprimento traqueal), porém com boa saúde, jovens geralmente é indicada a órtese traqueal. A cada seis meses tal órtese é trocada e a traqueia reavaliada, caso a extensão tenha se reduzido, pode ser indicada a traqueoplastia.
 
Finalmente, em pacientes com estenose menor que 50% e boa saúde indica-se a traqueoplastia, que apesar de ser o procedimento mais trabalhoso, restaurará a dinâmica normal da respiração e fonação.
Doença crônico-degenerativa
Colapso de traqueia
Colapso de traqueia trata-se de uma condição de origem congênita que os cachorros de raça pequena costumam sofrer, sobretudo os Poodle, Yorkshire Terrier, Chihuahua, Pomerânia, Maltês e Pequinês, entre outros.
Etiologia
Existem diversos fatores que podem influenciar na ocorrência de colapso de traqueia, não sendo algo muito claramente definido. Alguns pontos em comum como genética, doenças infecciosas e o processo de envelhecimento podem ser fatores que colaboram com o aparecimento dos sintomas dessa doença. É possível, inclusive, que um cão nasça com esse problema mas passe muitos anos sem demonstrar sintomas ou crises, até que um fator desencadeia a crise.
Esses fatores podem ser inalação de produtos de limpeza tóxicos, traumas na região do pescoço, infecções, intubação para cirurgias ou obesidade, podendo estes, inclusive, piorar a situação dos cães.
Fisiopatologia
Consiste em uma deformação da traqueia, órgão que conecta a parte superior do sistema respiratório com a inferior, e cuja obstrução impede que circule quantidade de ar suficiente. A traqueia está composta por cartilagens que se deformam, o que faz com que o espaço para passar o ar fique menor, ocorrendo um colapso da traqueia.
Sintomatologia
A tosse seca, náuseas e dispneia são um dos sintomas da doença, a tosse costuma se manifestar de forma esporádica quando o colapso da traqueia é mínimo, normalmente em situações de estresse ou emoções fortes, e converte-se em constante quando a condição piora. Devido às suas caraterísticas, é possível confundi-la com a tosse de canil, embora ao vir acompanhada de outros sintomas possa se descartar facilmente.
Como o colapso da traqueia piora com o tempo, o que impede o animal de receber a quantidade de oxigênio que precisa, é comum desenvolver outras doenças, como a bronquite, a traqueíte, ou inclusive aparecer hipertensão pulmonar, o que a longo prazo pode derivar em uma insuficiência cardíaca.]
Semiologia
O modo mais comum para o diagnostico a doença é realizar uma radiografia, na qual se poderá examinar o estado da traqueia e o resto do sistema respiratório.
Além disso, esta pode ser complementada com uma análise fluoroscópica que permite estudar o comportamento das vias durante o processo de respiração. Também é possível que o especialista recomende uma traqueobroncoscopia, a fim de observar melhor o estado no qual se encontram as cartilagens.
Prognóstico
Quando se trata dos três primeiros graus de colapso da traqueia, opta-se por tratamento com medicamentos, enquanto que no grau 4 apenas é útil a intervenção cirúrgica:
Em relação aos medicamentos, recomendam-se broncodilatadores, para favorecer a respiração, além de antibióticos, se existir alguma infecção, como também o uso de corticoides e, se for necessário um sedante que permita diminuir a ansiedade, pois o nervosismo apenas estimula ainda mais a tosse e dificulta a respiração. Todos estes medicamentos, assim como as suas doses, devem ser receitados por um veterinário. O objetivo dos medicamentos é reduzir o efeito dos sintomas e melhorar a qualidade de vida do cachorro, embora não sejam capazes de curar a condição.
A cirurgia recomenda-se apenas quando o cachorro chega ao grau 4 da doença, considerado o pior. No entanto, nem todos os pacientes podem ser enviados para cirurgia, depende de cada caso se esta é ou não uma opção válida. Com a intervenção cirúrgica procura-se reconstruir a forma da traqueia, e pode-se inclusive recorrer à colocação de uma prótese ou de implantes endotraqueais para melhorar a função respiratória.
Doença Infecto-contagiosa - Bronquios 
Bronquite (Aguda)
A bronquite é a inflamação das principais passagens de ar para os pulmões. 
A forma aguda da bronquite é muito comum e, geralmente, vem acompanhada de outras condições, como a gripe ou outro problema respiratório.
Etiologia
A Bronquite aguda é geralmente causada por vírus. A doença costuma estar acompanhada de uma outra infecção viral respiratória, como gripes e resfriados. No início, ela afeta o nariz, a garganta e, depois, se espalha para os pulmões. Às vezes, pode-se contrair uma infecção bacteriana secundária nas vias respiratórias. Isso significa que uma bactéria infectou as vias respiratórias, além do vírus.
Fisiopatologia
Bronquite é uma inflamação dos brônquios, canais que conduzem o ar inalado até os alvéolos pulmonares. Ela se instala quando os minúsculos cílios que revestem o interior dos brônquios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias. Esse acúmulo de secreção faz com que eles fiquem permanentemente inflamados e contraídos.
Sintomatologia
Os sintomas da bronquite, tanto aguda quanto crônica, são:
Tosse com presença de muco
Ronco ou chiado no peito
Fadiga
Dificuldade para respirar e faltade ar
Febre e calafrios
Desconforto no peito.
Mesmo após o desaparecimento da bronquite aguda, você ainda pode ter uma tosse seca e incômoda que se estende por várias semanas.
Semiologia
O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, o histórico do paciente e o exame clínico. Em algumas situações, a Prova de Função Pulmonar, ou Espirometria, ajuda a estabelecer o diagnóstico diferencial.
Além de um exame físico tradicional, o especialista poderá solicitar que você realize os exames de RaioX torácico e exame de expectoração
Prognóstico
A bronquite aguda é uma doença autolimitada, que dura no máximo dez, quinze dias. Não existe tratamento específico para combater os episódios provocados por vírus. Boa hidratação, uso de vaporizadores, de analgésicos, de descongestionantes e evitar a exposição aos fatores de risco são recursos úteis para aliviar os sintomas e prevenir as crises.
Fisioterapia
A fisioterapia busca tratar de quadros de bronquite por meio da fisioterapia respiratória Fisioterapia Respiratória, que utiliza técnicas manuais e/ou aparelhos e exercícios respiratórios, com o objetivo do paciente eliminar as secreções, favorecer a expectoração, facilitar a respiração e melhorar o estado pulmonar do paciente. Além de receberem tratamento pela fisioterapia respiratória, pacientes com bronquite podem receber tratamento por meio da Reeducação Postural Global (RPG).
Doença crônico-degenerativa
Bronquite crônica
Etiologia
O fumo é o principal responsável pelo desenvolvimento da bronquite crônica. Poluição e a emissão de gases tóxicos no meio ambiente ou no ambiente de trabalho também estão entre as prováveis causas. 
Fisiopatologia
A bronquite crónica é uma doença que afeta os pulmões e que dificulta a função respiratória. Trata-se de uma inflamação crónica da mucosa que reveste os brônquios e que origina uma alteração da função respiratória.
Sintomatologia
Na bronquite crônica, a tosse é o principal sintoma, na aguda, ela pode ser seca ou produtiva. Na crônica, é sempre produtiva e a expectoração clara no início, pode tornar-se amarelada e espessa com a evolução da enfermidade. Falta de ar e chiado são outros sintomas da bronquite crônica.
Outros sintomas de bronquite crônica consistem em inchaço nos tornozelos, pés e pernas, lábios roxos devido ao nível baixo de oxigênio e infecções respiratórias frequentes, como resfriados ou gripes.
Semiologia
O diagnóstico da bronquite crónica é essencialmente clínico, ou seja, baseado nos sintomas referidos pelo doente (tosse persistente acompanhada de expectoração e dificuldade em respirar).
Para confirmar o diagnóstico e avaliar posteriormente a eficácia do tratamento o médico irá propor a realização de alguns exames como testes de função respiratória, radiografia do tórax, electrocardiograma e análises ao sangue. O exame mais importante para o diagnóstico é o estudo da função respiratória. Para fazer o estudo da função respiratória o doente sopra para uma máquina que mede a profundidade e a velocidade com que o ar circula nos pulmões. Um estudo da função respiratória que confirme a obstrução à circulação do ar nas vias aéreas, associado a uma história de tosse e expectoração crónicas, confirma o diagnóstico de bronquite crónica.
Prognóstico
O tratamento da bronquite crônica deve ser sempre feito sob orientação médica, já que se trata de uma doença de evolução progressiva e potencialmente fatal. Deve evitar a exposição à poluição atmosférica ou a substâncias inaladas irritantes (gases, solventes, aerossóis, poeiras) e para reduzir a obstrução brônquica e melhorar a circulação do ar nos pulmões o doente deverá fazer tratamento crónico com corticóides e broncodilatadores em aerossol ou em inaladores.
O uso de antibióticos está habitualmente reservado aos períodos de agudização da bronquite (quando a expectoração se infecta com bactérias) e deve ser iniciado logo que a expectoração se torne espessa e de cor amarelo esverdeada, com ou sem febre.
A fluidificação da expectoração melhora a sua drenagem, por isso, pode ser indicado o uso de xaropes ou comprimidos fluidificantes e expectorantes. No entanto, a medida mais eficaz é a ingestão abundante de líquidos para manter a hidratação e a fluidez do muco.
Doença Infecto-contagiosa - Pulmão
Tuberculose
Etiologia
A tuberculose é uma doença causada por uma infecção por Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e microti.
A primoinfecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez. Proximidade com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados favorecem o contágio.
Fisiopatologia
A inoculação pelo bacilo pode resultar em dois processos: infecção latente assintomática ou uma doença ativa. Dependendo da população, entre 10 e 30% dos inoculados progridem diretamente para a doença ativa. Entretanto, mais comumente a inoculação pelo bacilo de Koch resulta em uma infecção latente assintomática. Inicia-se com uma reação inflamatória aguda e inespecífica, formando um pequeno foco de broncopneumonia. Evolui então para uma reação granulomatosa específica (2-4semanas). Evolui para a cura por fibrose e calcificação sendo que nem todos os bacilos são destruídos podendo permanecer viáveis por décadas. 
Sintomatologia
Tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento são os principais sintomas da tuberculose. Nos casos mais avançados, pode aparecer escarro com sangue. Pessoas com esses sintomas associados ou isoladamente devem procurar um Posto de Saúde o mais rápido possível, pois o tratamento é gratuito e deve ser iniciado imediatamente.
Semiologia
Leva em consideração os sintomas e é confirmado pela radiografia do pulmão e análise do catarro. Ajudam a confirmar o diagnóstico o teste de Mantoux, que consiste na aplicação de tuberculina (extraída da própria bactéria) debaixo da pele, a broncoscopia e a biópsia pulmonar.
Prognóstico
O tratamento para a tuberculose é geralmente é feito com a dose diária de comprimidos para combater o bacilo e inclui o uso de antibióticos, como Rifampicina ou Isoniazida por exemplo, durante 6 meses. Porém, o tratamento pode demorar 2 anos ou mais, caso o indivíduo não o sega corretamente, ou se for uma tuberculose multirresistente, por exemplo.
Doença crônico-degenerativa
Enfisema pulmonar
Etiologia
O enfisema pulmonar apresenta como causa principal o tabagismo e destaca-se pela maior incidência em homens com mais de 50 anos. Vale destacar que essa doença também é frequente em cidades poluídas, portanto, algumas substâncias poluentes podem ter relação direta com o desenvolvimento da doença. Além desses fatores externos, causas internas parecem exercer influência no desenvolvimento do enfisema pulmonar, como distúrbios genéticos.
Fisiopatologia
O enfisema é caracterizado pela perda da elasticidade do tecido pulmonar, destruição dos alvéolos e seus capilares. Conforme os danos aumentam, as vias aéreas colapsam, resultando em menos superfície para trocas gasosas, levando a uma forma obstrutiva de doença pulmonar: o ar entra nos pulmões e não sai.
Sintomatologia
Os sintomas da doença surgem apenas quando ela já foi disseminada no pulmão, uma vez que pequenos volumes de enfisema geralmente são assintomáticos. Entre os principais sintomas dessa enfermidade, podemos citar:
Tosse não produtiva (sem catarro);
Dispneia (dificuldade de respirar);
Fadiga;
Dificuldade de recuperar o fôlego.
Semiologia
O diagnóstico é realizado por meio da análise de exames e sintomas. Entre os exames complementares, podemos citar os exames de imagem, sangue e espirometria. Esse último exame é realizado para medir o volume e a velocidade do ar ao entrar e sair dos pulmões.
Prognóstico
O enfisema pulmonar é uma doença sem cura, entretanto, existe tratamento para amenizar os sintomas emelhorar a qualidade de vida do doente. Esse tratamento baseia-se no uso de medicamentos, como broncodilatadores (que abrem as vias respiratórias) e anti-inflamatórios. Além disso, recomendam-se interromper o uso do cigarro, evitar a exposição a substâncias poluentes e realizar fisioterapia. Essa última técnica é essencial para o paciente, uma vez que melhora a capacidade pulmonar e também evita problemas decorrentes do acúmulo de secreções. Em casos avançados da doença, o transplante pulmonar e a cirurgia de redução dos pulmões são recomendados.
Doença infecto-contagiosa – Pleuras
Pleurisia
Etiologia
A pleurisia geralmente é causada por uma infecção viral ou bacteriana. Ela também pode ser secundária a uma patologia pulmonar como uma pneumonia, tuberculose, ou um câncer de pulmão.
Fisiopatologia
Pleurisia é a inflamação das pleuras, tecidos que revestem os pulmões e a parede do peito. 
Sintomatologia
O principal sintoma da pleurisia é a dor, que em geral estará sempre presente, mas piora quando você respira ou tosse. Além disso, alguém com pleurisia também pode apresentar:
Dor de um lado do peito
Dor nos ombros ou costas
Respiração encurtada, para evitar a dor
Dor de cabeça
Dor nas articulações
Tosse
Febre
Semiologia
A diagnóstico da pleurite é feito com base nos sintomas que o paciente apresenta. É necessário, ainda, auscultar os pulmões para verificar a presença de líquido na pleura. A confirmação da pleurite pode ser feita com uma radiografia dos pulmões e suas causas podem exigir uma tomografia, bem como uma análise do conteúdo do líquido existente na pleura. 
Prognóstico
O tratamento é feito de acordo com a causa do problema. Podem ser prescritos antibióticos, no caso de infecções por bactérias, medicamentos contra tuberculose, caso seja confirmado o diagnóstico, ou quimioterapia, na presença de células tumorais. Em casos de urgência, dependendo do estado do paciente, pode ser necessário fazer uma aspiração do líquido presente na pleura por meio de um pequeno furo na região torácica. 
Doença crônica-degenerativa
Derrame Pleural
Eitologia
As principais causas de derrame pleural estão relacionadas com a inflamação dos tecidos do pulmão ou da pleura, que incluem pneumonia, tuberculose, câncer no pulmão ou embolia pulmonar. No entanto, o derrame também pode ser causado por problemas que levam ao aumento de líquido em todo o organismo como insuficiência cardíaca descompensada, cirrose ou doenças renais em estado avançado.
Fisiopatologia
O derrame pleural ocasiona um acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural, que é o espaço virtual entre as pleuras visceral e parietal, as quais deslizam uma sobre a outra, separadas por uma fina película de líquido.
Sintomatologia
Os sintomas mais frequentes, independentemente do tipo de líquido no espaço pleural ou de sua origem, são dificuldade respiratória e dor torácica. A dor torácica geralmente é de um tipo chamado dor pleurítica (o termo pleurisia não é mais usado ou é usado apenas raramente). Ela pode ser sentida apenas quando a pessoa respira profundamente ou tosse, como também estar presente continuamente e ser agravada pela respiração profunda e tosse. A dor geralmente é sentida na parede torácica exatamente sobre o local da inflamação. 
A dor torácica pleurítica decorrente de derrame pleural pode desaparecer conforme o líquido se acumula. Grandes quantidades de líquido podem causar dificuldade para expandir um ou ambos os pulmões durante a respiração, causando falta de ar.
Semiologia
Uma radiografia torácica, mostrando líquido no espaço pleural, geralmente é o primeiro passo para se estabelecer o diagnóstico. Porém, pequenas quantidades de líquido podem não ser visíveis na radiografia torácica.
Uma ultrassonografia pode ajudar os médicos a identificar um pequeno acúmulo de líquido.
Os médicos podem realizar uma toracocentese (Toracocentese). Neste procedimento, uma amostra do líquido é retirada para análise usando-se uma agulha. O aspecto do líquido pode ajudar a determinar sua causa. Certos exames laboratoriais avaliam a composição química do líquido e determinam a presença de bactérias, incluindo as bactérias que causam tuberculose. A amostra de líquido também é examinada para determinação do número e dos tipos de células e para verificar a presença de células cancerosas.
Prognóstico
O tratamento para derrame pleural pode ser feito como uma simples drenagem do líquido é apenas um procedimento paliativo, já que, se a causa não for tratada, a maior hipótese é de que o derrame se forme novamente.
O derrame pleural será resolvido assim que a doença que o está causando for controlada. Infecções são controladas com antibióticos, insuficiência renal com hemodiálise, doenças auto-imunes com imunossupressores, etc.
Em algumas situações, quando a doença de base não tem tratamento efetivo, como em muitos casos de cânceres metastáticos, uma opção para se evitar a formação repetida de derrames pleurais é a esclerose da cavidade pleural. Injeta-se uma substância irritante dentro da pleura causando uma grande cicatrização da mesma e aderência dos folhetos parietal e visceral, eliminado assim, o espaço pleural.
Fisioterapia 
Após a retirada do excesso de líquido, o médico pode recomendar que fisioterapia respiratória que consiste num conjunto de exercícios respiratórios ensinados pelo fisioterapeuta que ajudam o pulmão a voltar o seu tamanho normal, após ter sido pressionado pelo derrame.
Esses exercícios são importantes para reduzir o desconforto ao respirar, mas também para aumentar a quantidade de oxigênio no organismo.
ESTUDO DIRIGIDO - 3
Estruturas da laringe 
Estruturas da Laringe
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais
As cartilagens que constituem a laringe são:
Cartilagem Tireóidea: é a maior das cartilagens que constitui a laringe. Nela há uma proeminência popularmente chamada de pomo-de-adão. Protege as cordas vocais.
Cartilagem Cricoidea: é um anel formado de cartilagem hialina que fica na parte inferior da laringe, ligando-a à traqueia.
Cartilagens Aritenoideas: são pequenas cartilagens onde se fixam as cordas vocais.
Epiglote: é uma fina estrutura cartilaginosa, que fecha a comunicação da laringe com a traqueia durante a deglutição, impedindo que o alimento entre nas vias aéreas.
As cartilagens estão ligadas por tecido conjuntivo fibroso entre si por ligamentos e articulações, desse modo as cartilagens podem deslizar, uma sobre a outra, realizando movimentos comandados pelos músculos da laringe.
Os músculos do laringe são de três tipos:
Adutores - são os crico-aritenoideos e aritenoideo transverso e oblíquo, eles aproximam as cordas vocais, ou seja, fazem com que ela feche. São também chamados de constritores da glote (esse é o nome da abertura entre as pregas) e atuam principalmente na fonação.
Abdutores - são os crico-aritenoideos posteriores, que afastam as cordas vocais, abrindo-a. Também são conhecidos como dilatadores da glote e participam da respiração.
Tensores - são os tireo-aritenoideos e os crico-tireóideos, que fazem a distensão das cordas vocais, sendo atuantes na fonação.
ESTUDO DIRIGIDO - 4
Traqueostomia / Cricotomia
Traqueostomia
A traqueotomia é a realização de uma abertura cirúrgica na porção cervical da traqueia para ventilação. A comunicação da traqueia com o meio externo permite uma redução de 10 a 50% no espaço morto anatômico, o que reduz a resistência e aumenta a complacência pulmonar, favorecendo pacientes com reserva pulmonar reduzida. É uma medida extremamente necessária em muitos casos, além de ser uma via aérea mais segura, mais fácil de ser retirada e recolocada do que a cânula de intubação orotraqueal e não aumentaa incidência de pneumonias. As desvantagens desse procedimento incluem o comprometimento do mecanismo de tosse e da umidificação do ar inspirado, o que reduz a limpeza broncopulmonar e a alteração da composição dos gases alveolares, devido à ausência do fechamento da glote e da pressão expiratória final positiva.
As principais indicações da traqueotomia são: 
- Obstrução de vias aéreas superiores. 
- Intubação orotraqueal prolongada (para reduzir risco de estenose subglótica).
- Edema devido a queimaduras, infecções ou anafilaxia. 
- Tempo prévio ou complementar a outras cirurgias bucofaringolaringológicas.
- Facilitar aspiração de secreções de vias respiratórias baixas. 
- Apnéia do Sono (SAHOS). 
- Reduzir o espaço morto durante a ventilação para facilitar desmame de ventilador.
O procedimento para fazer a traqueostomia depende da maior ou menor urgência. Idealmente, ela deve ser feita num centro cirúrgico, sob anestesia geral. O pescoço do paciente deve ser limpo e assepsiado. Logo em sequência o médico faz incisões para expor os aneis cartilaginosos que formam a parede externa da traqueia. 
Posteriormente, o cirurgião corta dois desses aneis (geralmente entre o 2° e 3°) e insere nesse orifício uma cânula metálica ou plástica, que permite uma comunicação entre a traqueia e o exterior. Essa cânula tem um balão envolvendo sua ponta interna, o qual é insuflado para ajustá-la ao diâmetro da traqueia evitando, assim, vazamento ao redor da cânula. Na sua extremidade externa são conectados os aparelhos de respiração artificial. 
O acesso cirúrgico para a traqueostomia pode ser realizado acima, abaixo ou através do istmo da glândula tireoide, ou ainda por outras técnicas menos usuais, de conhecimento do especialista. Quando a traqueostomia não é mais necessária, dá-se início ao processo chamado de decanulação. Gradualmente troca-se a cânula por outras com diâmetros progressivamente menores, até que o paciente fique sem nenhuma cânula e o orifício feche espontaneamente. 
 A recuperação da incisão, após a retirada da cânula, depende de diversos fatores, variando de cinco a trinta dias. A traqueostomia sempre traz dificuldade para falar, uma vez que o ar expelido não passa pelas cordas vocais, mas a fala é recuperada quando a traqueostomia é desfeita. Em casos de haver uma obstrução da via aérea acima da traqueia como, por exemplo, nos tumores da laringe, a traqueostomia pode perdurar até que se resolva a obstrução ou até ser definitiva.
Cricotireoidostomia
A Cricotireoidostomia deve ser realizada nos casos em que outros meios para garantir uma via aérea definitiva tenham falhado. Na maioria dos casos a cricotireoidostomia é preferível em comparação à traqueotomia de emergência. A principal vantagem deve-se ao fato da membrana cricotireóidea ser próxima da superfície cutânea, desta maneira menor dissecção é necessária, evitando lesões de estruturas mediastinais, parede posterior da traqueia e esôfago. A grande limitação é o risco de lesão da laringe subglótica, estando mais associada ao tempo de permanência da cânula. O procedimento é contra-indicado em crianças menores de 12 anos, infecção da laringe, trauma laríngeo e tumores laríngeos. 
Deve-se palpar a cartilagem tireóide e deslizar o dedo até o espaço cricotireóide, sendo realizada uma incisão diretamente pela membrana cricotireóidea. Uma vez que o espaço subglótico é acessado, o cabo do bisturi é inserido na incisão e girado verticalmente, abrindo a incisão e permitindo a introdução da cânula. Se a manutenção da via aérea é necessária por mais de 3 a 5 dias, a cricotireotomia deve ser convertida para traqueotomia afim de se evitar estenose subglótica e laríngea. Durante a conversão, as cartilagens devem ser exploradas para possíveis fraturas ocorridas no procedimento inicial e corrigidas, assim como os tecidos de granulações na cricotireotomia.

Outros materiais