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RELATÓRIO perfil renal

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ROTEIRO DE PRÁTICA PERFIL RENAL (ÁCIDO ÚRICO, CREATININA E UREIA)
1.Qual o objetivo da aula prática? 
Aplicar o método do teste enzimático colorimétrico para determinação de ácido úrico; método do teste colorimétrico para determinação de creatinina; e o método do teste cinético para determinação de ureia. 
2.Qual a importância clínica da determinação destes parâmetros? 
O ácido úrico em níveis elevados serve como auxílio para diagnóstico de gota, insuficiência renal, insuficiência cardíaca congestiva, toxemia de gravidez (eclâmpsia), leucemias e linfomas, cetoacidose, síndrome de Down. 
Já a creatinina em níveis elevados indica insuficiência renal aguda e crônica, na obstrução do trato urinário, na insuficiência cardíaca congestiva, na desidratação, no choque, no diabetes mellitus e, em níveis diminuídos podem ser observados: nas distrofias musculares, desnutrição diminuição da massa muscular, doença renal severa. Enquanto a ureia em níveis elevados pode indicar várias doenças, entre elas: 
Causa pré-renal: resultante de defeitos de excreção observado na descompensação cardíaca, choque hemorrágico, desidratação aguda, catabolismo protéico elevado (queimaduras, febre).
Causa renal: como consequência de doença renal aguda ou crônica (glomerulonefrite, pielonefrite, necrose tubular) com níveis plasmáticos de Ureia de 300 mg/dL ou mais.
Causa pós-renal: geralmente resultante de uma obstrução do trato urinário, pode ocorrer nas litíases renais, nos tumores por compressão da bexiga. 
A diminuição da ureia sérica ocorre apenas em poucas situações como na insuficiência hepática aguda, na inanição, no último trimestre da gravidez.
3. Quais os materiais usados na prática (reagentes, vidrarias e instrumental)? 
Ácido úrico: 
Reagentes: n°1 Reagente enzimático e n° Padrão.
Vidrarias: tubos de ensaio, cubeta de vidro e pipeta volumétrica 5mL.
Instrumental: espectrofotômetro, banho-maria 37°C, cronômetro, pipeta 5-50µL e pêra.
Creatinina:
Reagentes: n°1 Reagente alcalino, n° Ácido Pícrico, n°3 Reagente Ácido e n°4 Padrão.
Vidrarias: tubos de ensaio, cubeta de vidro e pipeta volumétrica de 5mL.
Instrumental: espectrofotômetro, banho-maria 37°C, cronômetro, pipetas 100µL e pêra.
Ureia:
Reagentes: n°1 Tampão, n° Coenzima e n°3 Padrão.
Vidrarias: tubos de ensaio, cubeta de quartzo e pipeta volumétrica 5 mL.
Instrumental: espectrofotômetro, banho-maria 37°C, cronômetro, pipeta 5-50µL e pêra.
4. Qual o nome do fabricante do “kit” e o princípio do método? 
Ácido Úrico:
Fabricante: Bioclin.
Princípio do método: O ácido úrico reage com peróxido de hidrogênio em presença da uricase, formando peróxido de hidrogênio, gás carbônico e alantoína. O peróxido de hidrogênio formado com o não consumido pela primeira reação junto com DHBS e 4-aminoantipirina em presença de peroxidase formam cromógeno cereja que varia na coloração de acordo com a concentração de ácido úrico e água. 
Creatinina:
Fabricante: Bioclin
Princípio do método: Cinética de Tempo Fixo: a variação na velocidade de formação do Picrato alcalino, sem acidificação do produto formado, é obtida através de duas leituras espectrofotométricas nos primeiros minutos. As leituras assim obtidas são livres da reação do Picrato com os cromogênios, permitindo, assim, a determinação da Creatinina. 
Ureia:
Fabricante: Bioclin.
Princípio do método: A ureia é hidrolisada em NH3 e CO2 pela urease, a Glutamato Desidrogenase (GLDH) na presença de NH3 e a-Cetoglutarato, oxida o NADH para NAD+, a oxidação de NADH a NAD+, medida pela diminuição de absorbância é proporcional à concentração de ureia na amostra.
5. Que material biológico pode ser usado nesta determinação? 
Ácido Úrico: Soro obtido livre de hemólise, Plasma (colhido com heparina ou EDTA) e Urina.
Ureia: Soro, plasma (colhido com EDTA, heparina ou citrato) e urina.
Creatinina: Soro ou plasma colhido com heparina, oxalato, fluoreto, citrato ou EDTA- Bioclin.
6. Como deve ser feita a armazenagem dos reagentes? 
Ácido Úrico: Número 1 - Reagente Enzimático - Conservar entre 2 e 8°C. Não congelar;
Número 2 - Padrão - Conservar entre 2 e 8°C. 
Ureia: Número 1 - Tampão - Conservar entre 2 e 8°C.
Número 2 - Coenzima - Conservar entre 2 e 8°C. 
Número 3 - Padrão - Conservar entre 2 e 8°C.
Creatinina: Número 1 - Reagente Alcalino - Conservar entre 15 e 30°C.
Número 2 - Ácido Pícrico - Conservar entre 15 e 30ºC. 
Número 3 - Reagente Ácido - Conservar entre 15 e 30°C. 
Número 4 - Padrão - Conservar entre 15 e 30ºC. Após o manuseio, conservar na geladeira entre 2 e 8°C para evitar evaporação.
7. Os reagentes já vêm preparados de fábrica? Se não, como devo prepara-los? 
Os reagentes da determinação de ácido úrico não necessitavam de preparo. De acordo com as bulas de ureia e creatinina, os reagentes necessitavam de preparo, porém no laboratório estes já se encontravam prontos para uso.
 8. Como deve ser feito o armazenamento antes e após aberto o kit? E o prazo de validade antes e após aberto são iguais ou diferentes? Citar o prazo nas duas condições.
Ácido Úrico: A temperatura de armazenamento deverá ser de 2 a 8°C. O transporte, em temperaturas entre 15 e 30°C, não deverá exceder 72 (setenta e duas) horas. Manter ao abrigo da luz e evitar umidade. Não congelar.
Ureia: A temperatura de armazenamento deverá ser de 2 a 8ºC. O transporte, em temperaturas entre 15 e 30ºC, não deverá exceder a 72 (setenta e duas) horas. Manter ao abrigo da luz e evitar umidade. Não congelar.
Creatinina: A temperatura de armazenamento e transporte deverá ser de 15 a 30ºC. Manter ao abrigo da luz e evitar umidade.
Nos 3 casos: A qualidade dos reagentes é assegurada até a data de validade mencionada na embalagem de apresentação, desde que armazenados e transportados nas condições adequadas.
9. Quais os materiais que são necessários para a prática, mas não são fornecidos pelo fabricante? 
Ácido úrico: Espectrofotômetro ou colorímetro, banho-maria 37ºC, relógio ou cronômetro, pipetas, tubos de ensaio.
Ureia: Espectrofotômetro termostatizado, relógio ou cronômetro, pipetas, tubos de ensaio.
Creatinina: Espectrofotômetro ou colorímetro, banho-maria 37ºC, relógio ou cronômetro, pipetas, tubos de ensaio.
10. Qual a linearidade das reações? 
Ácido Úrico: A reação é linear até 20,0 mg/dL.
Ureia: A reação é linear até 300 mg/dL.
Creatinina: A reação de cor é linear até a concentração de 10 mg/dL.
11. Quando ultrapassar a linearidade como devo proceder? 
Ácido Úrico: Para amostras com valores acima de 20 mg/dL ou densidade óptica acima de 0,8, recomenda-se diluir a amostra com água destilada ou deionizada, repetir a dosagem e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
Ureia: Para amostras com valores acima de 300 mg/dL ou densidade ótica acima de 0,8, diluir a amostra com água destilada ou deionizada, repetir a dosagem e multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição.
Creatinina: Para valores maiores, diluir a amostra com Cloreto de Sódio 0,85% e repetir a determinação. Multiplicar o valor obtido pelo fator de diluição.
12. Quais os cuidados e precauções devem ser aplicados na manipulação dos reagentes? 
Primeiramente se deve ter o cuidado ao manusear os frascos dos reagentes para que não haja queda, quebra ou danos aos mesmos. Segundo, deve-se ter atenção no uso dos reagentes, observando se as ponteiras estão devidamente limpas para que não haja contaminação, trocar as ponteiras das pipetas sempre que houver necessidade ou quando for usar reagentes distintos. Por último, sempre fechar os frascos dos reagentes após o uso para que não haja contaminação dos mesmos para com o ambiente.
13. Quais são os interferentes desta determinação?
Ácido Úrico: Utilizar amostras de plasma contendo apenas EDTA ou Heparina. Outros anticoagulantes interferem na reação, sendo o Fluoreto inibidor da Uricase. O citrato pode causar resultados falsamente diminuídos. O uso de medicamentos altamente redutores, como o Ácido Ascórbico (Vitamina C), interfere na reação, pois estes competem como consumo de H2O2, fornecendo valores falsamente diminuídos.
Ureia: A contaminação da água, da vidraria do ambiente e/ou da amostra com amônia, podem levar a resultados falsamente elevados. Algumas drogas como Aminoglicosídeos, Cefalosporinas, Alopurinol, Metildopa, Furosemida, Propranolol podem produzir interferências nos resultados, elevando os valores de ureia.
Creatinina: O processo cinético só poderá ser realizado em espectrofotômetro com cubeta termostatizada à 37°C, devido ao pequeno intervalo de tempo de reação. As metodologias descritas não deverão ser utilizadas para amostras extremamente lipêmicas.
14. Qual a estabilidade dos analitos na amostra?
Ácido Úrico: O analito é estável no plasma, soro ou urina por 3 dias entre 2 e 8ºC, e 7 dias a 10ºC negativos.
Ureia: A Ureia é estável no plasma ou soro por 7 dias entre 2 e 8ºC e por 90 dias a 10ºC negativos.
Creatinina: O analito é estável 07 dias entre 2 e 8°C. A urina deve ser colhida por um período de 24 horas e conservada em geladeira até o momento da dosagem.
15. Quais os cuidados prévios quando amostrar-se urina? 
Ácido Úrico: Urina de 24 horas - Preparo da amostra: Anotar o volume (V) de urina de 24 horas em mL, homogeneizar, separar uma alíquota de 10 mL e acertar o pH entre 7 e 9 com NaOH 5%. Se a amostra estiver turva, aquecer em banho-maria por 10 minutos a 56ºC, para dissolução dos cristais. Diluir a urina 1:10 (100 mL de urina + 900 mL de água destilada ou deionizada). Multiplicar o resultado obtido por 10. Proceder a dosagem como descrito para o soro.
Ureia: Para dosagem da Ureia na urina coletar amostra de 24 horas em frasco contendo 2,0 mL de HCl a 50% (v/v). 
Creatinina: Hidratar o paciente com no mínimo 600 mL de água e, em seguida, orientá-lo para esvaziar a bexiga. A depuração da Creatinina deverá ser realizada utilizando o volume total de urina colhida em 4, 12 ou 24 horas, de acordo com o procedimento padrão do laboratório. Em qualquer momento do intervalo de tempo escolhido, colher uma amostra de sangue. Medir o volume total de urina e calcular o volume por minuto (VM).
16. Como é feita a diluição da urina? 
Ácido Úrico: 1:10 (100 mL de urina + 900 mL de água destilada ou deionizada).
Ureia: 1:50 (100 mL de urina + 4,9 mL de água destilada ou deionizada).
Creatinina: 1:25 (0,1 mL de urina e 2,4 mL de água destilada ou deionizada).
17. Como é feito o cálculo quando tratar-se de urina?
Ácido Úrico:
Ureia:
Creatinina: Realizar depuração, lembrando de corrigir para superfície corporal do paciente.
 	18. Como é feita a coleta de urina de 24 horas? 
Na coleta de urina 24h é preciso ao levantar pela manhã esvaziar a bexiga e marcar a hora e os minutos com precisão e a partir desse momento coletar todas as urinas no dia seguinte urinar na mesma hora em que esvaziou a bexiga no dia anterior e guardar essa urina também no frasco mantendo sempre na geladeira. Todo material coletado deve ser enviado ao laboratório, sem perda de nenhuma amostra e o mais rápido possível. No laboratório é recomendado que a amostra de urina contida no frasco primário seja alíquota em frascos secundários para a realização de análises químicas, microbiológicas e morfológicas, a fim de evitar o risco de contaminação.
19. Sabendo que usaremos um soro controle como amostra, descreva o protocolo da determinação.
Ácido Úrico: Marcou-se 3 tubos de ensaio com as letras B (branco), P (padrão) e A (amostra). Ao tubo A, adicionou-se 50 microlitros de amostra, ao tubo P, adicionou-se 50 microlitros de reagente nº2 e, aos tubos B, A e P adicionou-se 2,0 mL de reagente nº1. Homogeneizou-se ambos os tubos e os colocou em banho-maria 37ºC por 5 minutos. Após 5 minutos, regulou-se o espectrofotômetro em 505 nm e acertou-se o zero com o conteúdo do tubo B (branco), em seguida leu-se as absorbâncias dos tubos A e P através de cubeta de vidro.
Ureia: Marcou-se 2 tubos de ensaio com P (padrão) e A (amostra), em seguida em ambos os tubos se adicionou 2,0mL de reagente de trabalho. Regulou-se o espectrofotômetro em 340 nm, zerou-o com água destilada e, em seguida ao adicionar os primeiros 10 microlitros de padrão ao tubo P, disparou-se o cronômetro, seguido da adição de mais 10 microlitros de padrão ao tubo, homogeneizou-se o tubo P, transferiu-se seu conteúdo para uma cubeta de quartzo e colocou-se ao equipamento. Anotou-se as absorbâncias em 30’’ e 90’’. Repetiu-se os mesmos procedimentos com o tubo A, porém adicionando 20 microlitros de amostra ao tubo A, disparando o cronômetro ao adicionar os primeiros 10 microlitros, homogeneizando-o e adicionando seu conteúdo a cubeta de quartzo para as leituras das absorbâncias em 30’’ e 90’’.
Creatinina: Marcou-se 2 tubos de ensaio com P (padrão) e A (amostra), em seguida em ambos os tubos se adicionou 2,0mL de reagente de trabalho. Regulou-se o espectrofotômetro em 510 nm, zerou-o com água destilada e, em seguida ao adicionar os primeiros 100 microlitros de padrão ao tubo P, disparou-se o cronômetro, seguido da adição de mais 100 microlitros de padrão ao tubo, homogeneizou-se o tubo P, transferiu-se seu conteúdo para uma cubeta de vidro e colocou-se ao equipamento. Anotou-se as absorbâncias em 30’’ e 90’’. Repetiu-se os mesmos procedimentos com o tubo A, porém adicionando 200 microlitros de amostra ao tubo A, disparando o cronômetro ao adicionar os primeiros 100 microlitros, homogeneizando-o e adicionando seu conteúdo a cubeta de vidro para as leituras das absorbâncias em 30’’ e 90’’.
 	20. Segundo o procedimento, como é classificada esta reação? 
Ácido Úrico: Reação Ponto Final Enzimática Colorimétrica. 
Creatinina: Reação Cinética Não-Enzimática Colorimétrica.
Ureia: Reação Cinética Enzimática Ultra-Violeta.
21. Calcular a concentração da amostra 
Ácido Úrico:
Ureia:
Creatinina:
22. Fazer uma análise e discussão dos seus resultados, do ponto de vista clínico. 
ÁCIDO ÚRICO
		É uma substância que se origina da degradação das bases púricas um tipo de proteínas presente nos alimentos que ingerimos e dos ácidos nucléicos DNA e RNA e das nucleoproteínas. (CALDEIRA, TEAGO, SILVA, 2008). 
 	A concentração do ácido úrico no soro vai variar de acordo com diversos fatores de um indivíduo para o outro, como: sexo, dietas, constituição genética, gravidez e outros, os indivíduos mais afetados são os homens, nas mulheres os níveis costumam ser baixos devido à presença do estrogênio que ajuda na eliminação do ácido pelos rins. (CALDEIRA, TEAGO, SILVA, 2008). 
 	 Quando o nível de ácido úrico é elevado são índices que indica uma desordem no metabolismo das substâncias que se origina de defeitos na eliminação, ocorrendo a hiperuricemia e doenças devido a esse aumento como artrite gotosa. (CALDEIRA, TEAGO, SILVA, 2008).
 	As causas que levam o aumento de ácido úrico são decorrentes do aumento de sua produção ou defeitos na sua excreção ou os dois ao mesmo tempo. As patologias associadas ao aumento de ácido úrico são: gota, aumento da destruição de ácidos nucleicos ou doença renal e defeitos enzimáticos. (GALANTE, ARAUJO, 2014). 
 	Gota é uma doença que é mais comum em homens do que em mulheres, que tem por característica a hiperuricemia, devido ao aumento da síntese e depósito de cristais de uratos nas articulações, levando a crises muito dolorosas e deformações ósseas. (GALANTE, ARAUJO, 2014).
	Na pessoa com gota, os níveis de ácido úrico no sangue ficam tão altos que ocorre a formação de cristais de ácido úrico que se depositam nas articulações e nos tecidos causando inflamação do revestimento da articulação. (PINHEIRO, 2008).
 	
CREATININA
	A creatinina é quase exclusivamente um produto do metabolismo da creatina e da fosfocreatina no músculo esquelético. Portanto, os valores de referência da creatinina variam com a massa muscular do indivíduo; sendo diferentes para crianças, mulheres e homens adultos. Os resultados laboratoriais da creatinina sérica devem ser interpretados com cautela em pacientes idosos, obesos, desnutridos, vegetarianos, paraplégicos, comdoenças musculoesqueléticas, acamados ou severamente doentes (SALGADO et al., 2010).
 	A dosagem isolada da creatinina sérica pode ser utilizada para a avaliação da função renal, sendo que o aumento dos níveis tem uma boa correlação com a falência renal. É um método útil para essa análise, tendo-se em vista a facilidade e rapidez com que pode ser realizado. A realização simultânea da dosagem da ureia sérica ajuda a minimizar algumas de suas limitações, já que os fatores que influenciam os níveis séricos de ureia, como a desidratação, a ingestão excessiva de proteínas e a presença de hemorragia digestiva, não são os mesmos que alteram a creatinina sérica (GARCIA, et al. 2014).
 	O fato da creatinina ser uma substância produzida pelo próprio organismo, dispensando infusão venosa, e a facilidade de sua mensuração no plasma e na urina popularizaram a depuração da creatinina como método prático e rápido de estimativa da filtração glomerular (GARCIA, et al. 2014).
 	A depuração de creatinina renal também conhecida como clearence mede a velocidade da remoção de uma substância do sangue durante a sua passagem pelos rins. É um teste que avalia a velocidade de filtração glomerular. (MOLINA, SILVA, RODRIGUES, et al 2010). 
 	A concentração de creatinina no sangue é bastante solicitada pelos médicos para avaliação qualitativa da capacidade excretora do rim, mas é a depuração que constitui um método mais sensível e específico para uma avaliação por ser mais precisa e proporcionar um diagnóstico mais seguro, pois estudos revelam que alguns indivíduos que apresentam valores normais de creatinina no sangue já apresentam comprometimento renal que necessitam de um acompanhamento médico, e esse comprometimento renal pode ser detectado por métodos que são mais sensíveis e preciso como a depuração. (MOLINA, SILVA, RODRIGUES, et al 2010).
UREIA
	É formada pelo fígado como produto final do metabolismo e da digestão de proteínas. Durante a digestão, as proteínas são degradadas em aminoácidos e, no fígado, esses são catabolizados, com a formação de amônia livre. As moléculas de amônia combinam-se ainda no fígado para formar a ureia no ciclo da ornitina, uma substância menos tóxica. Essa ureia produzida no fígado é então liberada no sangue para ser excretada pelo rim (GARCIA, et al. 2014).
 	Sendo assim, a ureia relaciona-se com as funções hepática e renal. Encontra-se diminuída em pacientes com disfunção hepática grave, já que não consegue ser produzida. E encontra-se aumentada na disfunção renal porque não consegue ser excretada (GARCIA, et al. 2014).
 	Dosagem sérica de ureia é menos útil do que a de creatinina no que se refere à avaliação de função renal propriamente dita, mas serve também como um indicador do grau de catabolismo proteico. Outra aplicação clínica da determinação da ureia advém do conhecimento de que a depuração de ureia geralmente é inferior à de inulina. Já a de creatinina é, em média, superior à de inulina e essa diferença acentua-se à medida que o paciente perde função renal. Assim, a ureia é bastante utilizada na avaliação de pacientes com doença renal crônica em fase terminal, juntamente com a creatinina sérica, inclusive por meio da determinação das suas depurações. Considerando-se que a média aritmética de ambas se aproxima da depuração de inulina, essa média mostra-se um indicador mais fidedigno da função renal nessa fase (KIRSZTAJN; SCHOR, 2011).
Avaliação Da função glomerular
 	A estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG) é usada clinicamente para avaliar o grau de insuficiência renal e acompanhar a evolução da doença (GARCIA, et al. 2014).
	A depuração de substâncias que tenham certas características é uma excelente alternativa na estimativa da TFG. A inulina é uma substância fisiologicamente inerte, livremente filtrada e que não é secretada, reabsorvida, sintetizada ou metabolizada pelo rim. Por essas propriedades, a depuração da inulina tem sido considerada o padrão-ouro na avaliação da TFG. Porém, por necessitar de infusão venosa e ser pouco solúvel em solução aquosa, o que dificulta a sua administração, a depuração da inulina também não é usada na rotina dos nefrologistas (GARCIA, et al. 2014).
	Os principais atributos da cistatina C como marcador bioquímico para avaliar a função renal de filtração glomerular são o pequeno tamanho e o alto ponto isoelétrico, os quais permitem que essa proteína seja facilmente filtrada através da membrana glomerular, sendo reabsorvida no túbulo proximal em uma proporção significativa e catabolizada de forma quase total nesse sítio (GARCIA, et al. 2014).	
 	A cistatina C apresenta-se também como um marcador fidedigno no monitoramento da função renal em pacientes idosos, hipertensos e diabéticos, correlacionando-se fortemente com marcadores precoces de lesão renal como a microalbuminúria (SALGADO; FRANCA et al., 2013). Em pacientes com idade muito avançada, equações para estimativa da TFG que combinam cistatina C e creatinina séricas têm obtido melhores resultados na classificação dos pacientes com doença renal (LOPES et al., 2013). De modo interessante, a cistatina C também tem sido considerada uma forte preditora de eventos cardiovasculares e mortalidade, associando-se com aterosclerose e inflamação, principalmente em pacientes com doença renal crônica (SALGADO; SOUZA; SALGADO, 2013). A utilização da cistatina C na prática médica ainda é limitada pelo custo elevado da sua determinação, em comparação com a dosagem da creatinina (GARCIA, et al. 2014).
Insuficiência Renal
	A insuficiência renal aguda (IRA) é caracterizada por uma redução abrupta da função renal, com azotemia (elevação de ureia e creatinina) que se mantém por períodos variáveis de tempo, resultando na incapacidade de os rins exercerem suas funções básicas de excreção e manutenção da homeostase hidroeletrolítica do organismo (KELLUM et al., 2008).
 	A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma síndrome clínica, podendo ser especificada por uma redução expressiva, lenta, gradual e crescente, mostrando não apenas falência da excreção renal, mas também das funções metabólicas e endócrinas dos rins (BARBOSA; SALOMON, 2013).
	O diagnóstico e o acompanhamento da IRC é por meio da avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG), além de antecipar complicações e contribuir no suporte terapêutico, sendo que uma redução nessa taxa pode estar associada a manifestações de sinais e sintomas de falência renal. A TFG é avaliada indiretamente através de exames laboratoriais como o clearance ou depuração de creatinina e a creatinina sérica (SODRÉ; OLIVEIRA, 2014). 
 	Havendo distúrbios na função renal, o nível de ácido úrico no sangue aumenta, pois, a maior parte de ácido úrico é excretada via renal. Alguns exemplos são: intoxicação por metais pesados, insuficiência renal crônica, ou drogas como os salicilados e alguns diuréticos. A hiperuricemia também pode levar à formação de cálculos renais devido à deposição de cristais de uratos. (GALANTE, ARAUJO, 2014).
 	A creatinina é eliminada do plasma por filtração glomerular, o que ocorre dentro do rim. Sua eliminação também ocorre de forma ativa quando seu nível sanguíneo aumenta consideravelmente. Assim, na insuficiência renal sempre ocorre o aumento da concentração de ureia de forma precoce ao aumento da creatinina, uma vez que esta é facilmente excretada. Porém, valores elevados de creatinina podem ser encontrados quando aproximadamente 50% da função renal tenha sido prejudicada (KRIGER et al., 2013).
	Observou-se com os resultados obtidos no laboratório, que o ácido úrico está um pouco alterado e a creatinina e ureia apresentaram-se quase três vezes à mais do valor máximo estabelecido. Portanto, conforme citado anteriormente, os níveis séricos elevados dessas enzimas em conjunto, é um indicativo de comprometimento renal.
 	Portanto, conclui-se que devido os valores elevados de ácido úrico, creatinina e ureia em conjunto, há uma grande probabilidade de o paciente apresentar um diagnóstico de Insuficiência Renal Aguda. Porém nãoé descartado o diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica, sendo assim, é indispensável a anamnese, exame de imagem, exames complementares se o mesmo julgar válido. Para então, com bases em todos esses parâmetros, o médico chegar a um diagnóstico. 
 	A creatinina sérica é o marcador mais usado para avaliação da função renal, ela sofre influência de fatores como massa muscular, hipercatabolismo e drogas, portanto pode superestimar ou subestimar a taxa de filtração glomerular (TFG). Além disso, há de se saber que pequenos aumentos no valor da creatinina correspondem a grandes perdas de TFG (CHEUNG et al.,2008). A consequente bioquímica dessa redução de função se traduz pela retenção no organismo de inúmeros solutos tóxicos, geralmente provenientes do metabolismo proteico, que podem ser avaliados indiretamente pelas dosagens de ureia e creatinina plasmáticas, que se elevam progressivamente (PRADO; RAMOS; VALLE, 2007).
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M.L. Dosagem de ureia e creatinina em soro humano através da Técnica de Espectroscopia Raman comparada com o método bioquímico. Dissertação (mestrado em Bioengenharia). 57p. São José dos Campos, Universidade São Camilo Castelo Branco, 2014. 
BARBOSA, Ana Carolina da Silveira Calado Siqueira; SALOMON, Ana Lucia Ribeiro. Resposta inflamatória de pacientes com doença renal crônica em fase pré-dialítica e sua relação com a ingestão proteica. Ciências Saúde, 22: 4, pp. 111125, 2013.
Bula de método de dosagem de ácido úrico-BIOCLIN.
Bula de método de dosagem de creatinina-BIOCLIN.
Bula de método de dosagem ureia-BIOCLIN.
FRANCA, A. K. et al. Estimated visceral adipose tissue, but not body mass index, is associated with reductions in glomerular filtration rate based on cystatin C in the early stages of chronic kidney disease. International Journal of Nephrology, v. 2014, p. 574267, 2014.
GALANTE, Fernanda; ARAUJO, Marcus Vinicius Ferreira - FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA - 2014 cap-25. Pag 484, 485.
GARCIA, Maria Alice Terra; KANAAN, Salim. Bioquímica Clínica. São Paulo: Atheneu. 2014.
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