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Obrigações divisíveis e indivisíveis Unidade 3 Faculdade Estácio do Pará (Estácio – FAP) Curso de Graduação em Direito Disciplina: Direito Civil II Profª. Msc. Lorena Mesquita Silva Viana Estrutura de Conteúdos Introdução Conceito Espécies de indivisibilidade Efeitos 4.1 Pluralidade de devedores 4.2 Pluralidade de credores Perda da indivisibilidade 1. Introdução Obrigações simples x Obrigações compostas (plurais) Pluralidade subjetiva Art. 257, CC – Obrigação divisível Regra: rateio entre credores e devedores daquilo que será cumprido e recebido (as partes se satisfazem pelo concurso) Exceção: em caso de solidariedade ou de indivisibilidade (art. 259, CC): Credor pode exigir pagamento integral de cada devedor Devedor pode efetuar o pagamento integral a um dos credores 2. Conceito Obrigação indivisível Obrigação divisível Quanto tem por objeto uma coisa ou fato suscetível de divisão; Conceitos definidos de acordo com a noção de bem divisível e indivisível (arts. 87 e 88, CC) 3. Espécies de indivisibilidade A indivisibilidade da prestação decorre da: Natureza das coisas (indivisibilidade natural) Determinação da lei (indivisibilidade legal) Vontade das partes (indivisibilidade subjetiva ou intelectual) 4. Efeitos Se a obrigação é divisível (art. 257, CC): Cada devedor só deve a sua quota-parte A insolvência de um não aumenta a quota dos demais Cada credor só tem direito a exigir a sua fração Se a obrigação é indivisível, depende se há vários devedores ou credores. 4. Efeitos 4.1 Pluralidade de devedores (art. 259, CC) Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. Cada devedor é obrigado pela dívida toda (solidariedade de fato); O que paga dívida dispõe de ação regressiva para cobrar a quota-parte dos outros; Qualquer devedor pode ser demandado isoladamente; 4. Efeitos 4.2 Pluralidade de credores (art. 260, CC) Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a todos conjuntamente; II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. Cada devedor é obrigado pela dívida toda; Qualquer devedor pode ser demandado isoladamente; Art. 261, CC 4. Efeitos 4.2 Pluralidade de credores 4.2.1 Remissão de dívida Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão. Perdão da dívida Reembolsa o devedor pela quota do credor remitente 5. Perda da Indivisibilidade Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. § 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais. (“pro rata”) § 2º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos. Perecimento com culpa do devedor Objeto indivisível que pereceu devedor entrega equivalente ($) + perdas e danos ($) Culpa de um devedor: os demais se exoneram da indenização, não de suas cotas. 6. Atividades Julgue as assertivas: Na obrigação indivisível com pluralidade de devedores, ocorrendo o inadimplemento, o credor poderá demandar o cumprimento da obrigação por inteiro de qualquer dos devedores, porém pela indenização em dinheiro dos prejuízos que lhe foram causados, responderá somente o devedor culpado pela inadimplência. Havendo pluralidade de credores de obrigação indivisível, a remissão da dívida por um dos credores não prejudica os demais, que podem exigir toda a obrigação sem desconto, dada a impossibilidade de cisão de seu objeto. 7. Caso Concreto nº. 06 Antônio, Bernardo e Carlos vendem a Diego o quadro "X" de Romero Brito, que deverá ser entregue dentro de 6 meses. Foi estipulado que, em caso de inadimplemento da obrigação, deveria ser paga multa de R$ 90.000,00. Por ocasião do adimplemento da obrigação, Bernardo verificou que o quadro fora destruído juntamente com alguns objetos antigos, por descuido de Antônio. Diego ingressou em juízo, para pleitear seus direitos, em face de Antônio, Bernardo e Carlos para receber a multa de R$ 90.000,00. Os amigos devedores rebelaram-se contra isso e procuraram um excelente advogado, que fizera seu curso de Direito na Universidade Estácio de Sá. Pergunta-se: Qual a defesa apresentada por este advogado?
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