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Hermenêutica Jurídica Hermes (Interpretação) Conceitos: 1) Margarida Lacombe Camargo “Processo de Interpretação e aplicação da lei que implica a compreensão total do fenômeno que requer solução.” “Processo” Compreender Fenômeno Solução Interpretar Fator social Lei Conflito Sentença 2) Richard Palmer Hermenêutica é: dizer, explicar e traduzir.” Natureza Zetética O sentido, buscar o significado, o alcance X Tópica 3) Carlos Maximiliano “A Hermenêutica Jurídica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressão e do Direito. Hermenêutica é a teoria científica da arte de interpretar.” Objeto – Categorias Jurídicas ( Norma Jurídica, Relação Jurídica, Fontes do Direito, Lacunas e Antinomias). Ciência Metodologia – (Hermenêutica) Sistematizar Teoria Científica X Arte de Interpretar (Objetividade) X (Subjetividade) Desafio Kelseniano: Segundo Kelsen, interpretação autêntica é a que é a realizada pelos órgãos competentes, enquanto que a doutrinária é a realizada por entes que não têm qualidade de órgãos. Necessidade de determinar objetivamente os pontos de partida. Desafio Kelseniano Possibilidade subjetiva de sempre se encontrarem diversos sentidos. É a tentativa de alinhar objetivamente os pontos de partida com a subjetividade própria do ato de interpretar. 4) Tercio Sampaio Ferraz Júnior “ A determinação do sentido da norma, o correto entendimento do significado dos seus textos e intenções, tendo em vista a decidibilidade de conflitos constitui a tarefa da dogmática hermenêutica” A busca do sentido e do alcance das expressões do direito visando a decidibilidade de conflitos constitui o objeto da dogmática hermenêutica. Dogmática Hermenêutica “Toda norma, pelos simples fato de ser posta, é passível de interpretação.” “A consciência de que a questão hermenêutica é um objeto teórico, ou seja, a tematização da interpretação como um problema científico consolida-se no século XIX.” Palavra: Aspecto Onomasiológico (Sentido do Senso Comum) Aspecto Semasiológico (Sentido Técnico) Revisão IED: Norma: a) Validade: Respeito aos requisitos dispostos no próprio ordenamento jurídico. b) Vigência: Tempo. c) Eficácia: Efeitos. d) Vigor: Imperatividade (Força). Visão Hermenêutica por Hans Kelsen: Autêntica (Estado) – Poder Executivo, Legislativo e Judicial. Interpretaçâo: Doutrinária Peter Haberle: Hermenêutica Constitucional Aberta Segundo Peter Haberle, todo aquele que vive a norma e é destinatário dela esta legitimado a interpreta-la. Concepção e Interpretação: Concepção Subjetivista: Interpretar é compreender o pensamento do legislador, manifestado no texto da lei. Concepção Objetiva: Interpretar a norma é ir em busca da convicção comum do povo - “espírito do povo”. Antiguidade Clássica: O direito não tinha pretensão de generalidade, ele era dito e construído dentro de cada caso concreto; Pretores ou jurisconsultos; Argumento de autoridade; Jurisprudência = Raciocínio de Analogia. Idade Média: Ideologia Teocêntrica; Hermenêutica: Interpretação das Escrituras Sagrados; Sumas ou comentários; Universidade = Tradução do “Corpus Iuris Civilis”; Escolástica; Princípio da Unidade: Wieacker; Renascimento: Antropocentrismo; Racionalidade; Escola Historicista. Iluminismo: Século XIX Hermenêutica para integrar o campo da logica formal; Métodos clássicos de interpretação: a) Gramatical; b) Lógico; c) Sistemático; d) Histórico; Ciências Sociais = Ciência dos Espíritos Métodos Características Escolas Hermenêuticas Exemplos Gramatical, Literal ou Filológico Desvenda o significado da norma; Fornece coerência ao texto lido; Apego ao significado das palavras; Necessidade de clareza para a interpretação do texto; Analisa a relação entre as palavras de forma dicionarizada; Apego a letra da lei, ou seja, a literalidade da norma; Preocupação com a segurança jurídica. França: Escola da Exegese; Alemanha: Positivismo. 1,3 Lógico Resolver antinomias e contradições; Chegar a um resultado coerente; Princípio da identidade; Analogia; Raciocínio harmônico entre os dispositivos legais; Jurisprudência. Alemanha: Jurisprudência dos Conceitos (Putcha); Princípio da pirâmide de Hans Kelsen. 4,6 Sistemático Interpretação do ordenamento como um todo; Sistema coerente; Não permite contradições; Análise da constitucionalidade da norma e incompatibilidades; Lacunas. Histórico Busca a vontade do legislador; Conformidade com o contexto histórico; Semelhança com os antepassados; Análise do contexto histórico em que a norma foi criada; precedentes normativos. Alemanha: Escola Histórica do Direito (Savigny). 4,6 Sociológico Busca a vontade da lei; Interpretação dos valores atuais da sociedade; Analisa o presente; Analisa os costumes; Verificação do sentido das palavras imprecisas; Analisa o clamor social. 6 Teleológico Busca a finalidade da norma; Aplica a norma tendo em vista os fins pretendidos pelo legislador. Jurisprudência dos Interesses (Ihering). 2,5,6 Axiológico Define os valores atribuídos pela norma. Cultura = Valores. Jurisprudência dos Valores (Larenz) Justiça. 7 A hermenêutica da Escola da Exegese era apegada a literalidade da lei, pelos seguintes motivos: 1 – Para que não houvessem retrocessos ao ANTIGO REGIME; 2 – Para que os direitos e garantias fundamentais não sofressem violação; 3 – Para que os interesses liberais fossem preservados.
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