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AGOSTINHO - Demonstração da existência de Deus baseada na presença da verdade ppt

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Contribuição de agostinho ao problema de deus: Demonstração da existência de Deus baseada na presença da verdade na mente humana
Santo Agostinho
354 - 430
Na segunda com Fr. Jéverson, tivemos o tema do problema de Deus em Orígenes.
Baseado nisso, temos Agostinho, no qual é o tema que vamos conversar hj, a 
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Vida
Tagaste, Africa – 354.
Estudos: Tagaste → Madaura.
Cartago, ensino da retórica.
386 – conversão.
Sacerdote e bispo
morte em 430
Santo Agostinho iniciou seus estudos em Tagaste, em seguida, foi para Madaura, onde iniciou os estudos de retórica.
Neste tempo em Cartago, Agostinho, passou a seguir ali o maniqueísmo (doutrina que divide o mundo entre bom e Mau). Como todos os jovens de sua época e classe social, Agostinho adotou um estilo de vida hedonista (prazer como bem supremo) por um tempo.
No verão de 386, depois de ouvir a história da vida de Santo Antão do Deserto por Placiano e seus amigos, Agostinho se converteu
Em 391, foi ordenado sacerdote em Hipona e Em 395, foi nomeado bispo coadjutorde Hipona
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Obras
386 – Solilóquios 
390 – A verdadeira religião
395 – O livre-arbítrio	
399 – Confissões 
419 – A Trindade
426 – A cidade de Deus 
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A existência de Deus conhecida por todos
“Por isso nunca deixei de acreditar na vossa existência, apesar de ignorar o que éreis e desconhecer que o governo das coisas humanas Vos pertencem. (...) Porém, sempre acreditei que existíeis e cuidáveis de nós, não obstante ignorar o que devia pensar da vossa substância, ou que caminho nos levaria ou reconduziria a Vós”.
(Confissões, VI, 5, 7-8)
Agostinho nunca pôs em dúvida a existência de Deus. A questão do “se Ele é” não se apresentava como problema para ele. Entretanto, aquilo que lhe inquietava era a questão do “o que Deus é”. Agostinho ignorava se Deus era ou não governador de todas as coisas, desconhecendo o caminho que leva até o próprio Deus. Como ele mesmo afirma nas confissões:
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A existência de Deus conhecida por todos
“O nome de Deus não pode ser desconhecido de criatura alguma, mesmo dos gentios, ainda antes de acreditarem em Cristo. É tão grande a virtude da verdadeira Divindade, que não pode ser absolutamente ignorada da criatura racional que já tem uso da razão. Com exceção de poucos, nos quais a natureza se encontra profundamente depravada, todo o gênero humano proclama Deus como autor do mundo”.
(Comentário ao Evangelho de São João: da cruz à glória, V, CVI, 4)
Agostinho afirma ainda que a existência de Deus é conhecida por todos os homens que gozavam do uso da razão. De forma que, segundo ele, todos admitiam a existência de Deus como autor do mundo. 
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A existência de Deus conhecida por todos
“A existência de Deus não é proclamada somente pela autoridade dos livros santos, mas toda a natureza que nos cerca e à qual pertencemos, proclama que reconhece a existência de um Criador excelso”.
(A Trindade, XV, 4, 6)
No comentário aos salmos, Agostinho refere-se a Deus como alguém “a quem ninguém consegue conhecer, e a quem não é permitido a alguém ignorar” (Comentário aos salmos, v. II, 74, 9).
Acredito que ele queira ressaltar que inobstante (apesar de; não obstante) nos fosse vedado conhecer a sua substância nesta vida, a sua existência era manifesta a todos, por toda a natureza criada. Como ele mesmo argumenta na sua obra A Trindade.
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A existência de Deus conhecida por todos
“Eu nunca pensaria que é razão que funda a existência de Deus e que é o raciocínio que garante que Deus deve existir”.
(Lettera 162.2)
Uma coisa que se percebe em agostinho é que ele não pretende provar a necessidade de DEUS EXISTIR. Apenas chamar a atenção dos homens para o fato, assaz (bastante, suficientemente) e evidente de Sua existência.
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A prova da existência de Deus pela verdade
“Está, pois, claro que os objetos percebidos por nossos sentidos corporais, sem entretanto os transformarmos, ficam, entretanto, estranhos à natureza de nossos sentidos. E assim são eles um bem comum, porque não são convertidos nem transformados em algo próprio nosso, e por assim dizer, naquilo que é de nosso uso privativo”. 
(O Livre-Arbítrio. II, 7, 19)
Para agostinho todo homem capaz de percepção, encontra-se, de certa forma, enclausurado em sua própria percepção, ou seja, a percepção que lhe advém de um determinado objeto só a ele pertence. Todavia, os objetos de sua percepção são comuns a outrem. A isto ele fala na sua obra do livre arbítrio.
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A prova da existência de Deus pela verdade
“todos aqueles que raciocinam e a quem Deus concedeu o espírito, (...) são forçados a reconhecer que a lei e a verdade dos números escapam ao domínio dos sentidos corporais, e que essas eis são invariáveis e puras, oferecendo-se universalmente aos olhos de todos aqueles que são capazes de raciocínio”. 
(O Livre-Arbítrio. II, 8, 24)
Com isso, basta saber se há objetos comuns à razão, como há aos sentidos. E sem dúvida que há: as verdades matemáticas. Temos os números que podemos dizer que são perceptíveis aos sentidos, entretanto, as leis que os regem e as relações entre eles não pertencem aos sentidos, e nem a uma razão particular, mas são comuns a todos os seres racionais.
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A prova da existência de Deus pela verdade
“A pedra existe, mas não vive nem pensa, O animal vive e existe, mas não pensa. O homem conhece e, conhecendo, vive e existe. De forma que o pensar envolve os dois outros conceitos, sendo, portanto, o mais perfeito”. 
(BOEHNER, Philotheus e GILSON, Etienne. A prova da existência de Deus, p. 154)
Agostinho elabora algumas fases da prova da existência de Deus.
Primeiro ele fala sobre a ordem ou gradação dos fatos fundamentais. No qual, graças às verdades básicas ele acredita que até mesmo o homem que duvida sabe que existe, vive e pensa. A esta afirmação, ele se indaga sobre qual desses conceitos ser o supremo ou mais perfeito.
Nesta primeira fase ele compreende o pensar como o conceito mais perfeito para se chegar a existência de Deus.
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A prova da existência de Deus pela verdade
Sentidos com objetos próprios X Objetos com vários sentidos
“(...) tal conhecimento não pode ser provir dos próprios sentidos externos; pressupõe a existência de uma força superior, capaz de julgar os sentidos, a saber, de sentido interior. (...) nós sentimos, e sabemos que sentimos. Este conhecimento pode proceder dos sentidos externos; também ele deve atribuir-se, (...) ao sentido interior”. 
(BOEHNER, Philotheus e GILSON, Etienne. A prova da existência de Deus, p. 154-155)
Depois, ele trabalha sobre a ordem do conhecimento sensível.
Para se chegar a certa hierarquia do saber, ele começa pelo mais evidente: o sensível.
Como se sabe, tem sentidos que tem seus objetos exclusivamente próprios
Vista: apreende as cores
Ouvido: apreende os sons
Objetos com varios sentidos
Figura e forma dos corpos, sensível à vista e ao tato
Slide
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A prova da existência de Deus pela verdade
Razão → bem mais elevado.
Existe algo superior a razão?
“Em qualquer caso, basta verificar que existe algo acima da razão, para dispormos de uma prova da existência de Deus”. 
(BOEHNER, Philotheus e GILSON, Etienne. A prova da existência de Deus, p. 154)
Ulteriormente, agostinho fala sobre a ordem do conhecimento intelectivo.
Aqui, ele percebe que “aquele que julga, sem ser julgado, é superior e mais perfeito que este outro”. Sendo assim, ele vê a razão como o que há de mais elevado no homem.
Agostinho pergunta-se o que poderia ser superior à razão, a cujo julgamento esta se deve submeter.
Agostinho verifica que se aquilo que estiver acima da razão não é uma realidade suprema, segue-se que esta realidade é algo mais supremo ainda. A isto ele conclui que slide.
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A prova da existência de Deus pela verdade
“Tendo constatado que, acima da razão há uma regra imutável que não pode proceder, nem das coisas sensíveis, posto que são mutáveis, nem da razão, visto que também é mutável, temos apenas que: ou esta medida é Deus ou, superior a ela, só o próprio Deus”. 
(Campos. A prova da
existência de Deus pela verdade, p. 17)
Pois bem, agostinho volta a pergunta, se, a regra eterna, presente em nossa mente e superior a razão é o próprio Deus.
Ele esboça resposta, dizendo que tais normas e regras tornam-se expressas em todos os nossos julgamentos. Não se tratando de uma impressão física, mas de uma impressão espiritual.
O que toca diretamente à prova da existência de Deus, a pergunta se existe, acima destas regras e normas eternas algo ainda mais elevado é de somenos (irrelevante; inferior) importância para agostinho.
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A prova da existência de Deus pela verdade
“Está entendido. Pois batar-me-á, então, mostrar a existência de tal realidade que, ou bem aceitarás como Deus; ou bem, caso haja outro ser acima dela, concordarás que esse mesmo ser é verdadeiramente Deus. Assim, haja ou não algum ser superior a essa realidade, será evidente que Deus existe, desde que, com a ajuda desse mesmo Deus, eu tiver conseguido demonstrar, como o prometi, a existência de uma realidade superior à razão”. 
(O Livre-Arbítrio. II, 6, 14)
Com isso, Agostinho conclui que slide
Esta prova da existencia de Deus é feita por conta de uma diálogo com Evódio.
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Conclusão
“Deus, pois, existe. Ele é a realidade verdadeira e suma, acima de tudo. E eu julgo que essa verdade não somente é objeto inabalável de nossa fé, mas que nós chegamos a ela, pela razão, como sendo uma verdade certíssima, ainda que sua visão nos seja muito profunda, pelo conehcimento”. 
(O Livre-Arbítrio. II, 15, 39)
O caminho da prova é de facil compreensão. Ele exige apenas um termo, a saber, que encontremos algo superior a nossa razão, quer esta realidade seja o próprio Deus, quer seja a verdade. Para chegar a esta constatação, percorremos a seguinte via: do que é exterior passamos ao que nos é interior. Feito isso, pelos motivos que aduzimos (expor; apresentar argumentos), descobrimos em nosso intimo, segundo agostinho, que nos é superior. Com isso, encontramos Deus. Destarte, ao menos no âmbito natural, não importa se esta presença divina em nós se dê tão somente pela iluminação das regras eternas, o fato é que, uma vez provada a existência de algo superior à nossa razão, é comprovada, demonstrativamente, a existencia de Deus.
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Excluir este slide
Confissões, VI, 5, 7-8
Comentário ao Evangelho de São João: da cruz à glória, V, CVI, 4
A Trindade, XV, 4, 6
Lettera 162.2
A verdadeira Religião, V, 31, 57
BOEHNER, Philotheus e GILSON, Etienne. A prova da existência de Deus, p. 154
O Livre-Arbítrio. II, 7, 19
O Livre-Arbítrio. II, 6, 14
O Livre-Arbítrio. II, 15, 39
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Referências 
Agostinho de Hipona. In. Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona. Acesso em: 19/09/2017.
AGOSTINHO. A Trindade. [Trad.: Agustinho Belmonte; Rev.: Nair de Assis Oliveira]. – São Paulo: Paulus, 1994.
__________. A verdadeira Religião. [Trad.: Nair de Assis Oliveira; Rev.: Gilmar Corazza] – São Paulo: Paulinas, 1987.
__________. Confissões. [Trad.: Maria Luiza Jardim Amarante; Ver.: Antônio da Silveira Mendonça]. – São Paulo: Ed. Paulinas, 1984.
__________. Lettera 162. Disponível em: http://www.augustinus.it/italiano/lettere/index2.htm. Acesso em 19/09/2017. 
Referências 
__________. O livre-arbítrio. [trad., Org., Int., notas: Nair de Assis Oliveira; rev.: Honório Dalbosco ]. – São Paulo: Paulus, 1995.
CAMPOS, Sávio Laet B. Agostinho: A prova da existência de Deus pela verdade. Disponível em: http://filosofante.org/filosofante/not_arquivos/pdf/Agostinho_Prova_Pela_Verdade.pdf. Acesso em: 20/09/2017.
FRAZÃO, Dilva. Santo Agostinho: Filósofo e Teólogo romano. Disponível em: https://www.ebiografia.com/santo_agostinho/. Acesso em: 20/09/2017.
NELLESSEN, Carlos Augusto B. Santo Agostinho: vida e obra. Disponível em: http://www.agostinianomendel.com.br/santo-agostinho-vida-e-obra/. Acesso em: 19/09/2017.
PEREIRA, Roberto. A existência de Deus segundo Santo Agostinho. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3704816. Acesso em 17/09/2017.

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