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RESUMO B1 – CLÍNICA DE REABILITAÇÃO ORAL I (ENDODONTIA): CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA DOR: Sede – localizada ou difusa. Aparecimento – provocada ou espontânea. Duração - curta ou prolongada. Frequência – intermitente ou contínua. Intensidade – Leve (0-3), Moderada (4-7) ou Severa (8-10). FÍSTULA: FÍSTULA: Consiste numa via de drenagem intra-oral entre uma infecção endodontica crônica e a superfície gengival. PARÚLIDE: aumento de volume externo, crescimento epitelial na superfície gengival, no qual termina a via de drenagem da fistula. FÍSTULOGRAFIA: rastreamento radiográfico. Recurso utilizado quando não é possível identificar a origem da fistula por meio dos demais exames complementares. Localização (adjacente ou distante) x infecção. Técnica: Inserir o cone de gutapercha (#25) através da parúlide até encontrar resistência, depois realizar radiografia periapical para rastreamento. FRATURA DENTAL: Fraturas dentais podem ocorrer na coroa ou raiz, sendo muitas vezes de difícil identificação. Técnicas para identificação da fratura dental: - técnica da mordida sobre superfície maleável: solicitar que o paciente morda um objetivo maleável com o dente suspeito (ex: sugador, cotonete, tooth slooth, frac finder), ampliação da mordida (vagarosa), liberação de mordida rapidamente, presença de dor com liberação da mordida. - técnica do uso de corantes (azul de metileno): remover carie ou restauração, aplicar solução aquosa de azul de metileno de 1 a 2%, aplicar acido ortofosfórico 37%, analisar em microscopia. ALTERAÇÕES CROMÁTICAS DA COROA: Coloração escura – necrose pulpar. Coloração leitosa ou amarelada – calcificação. Coloração rósea – dentes traumatizados, reabsorções internas (Dente Mummery). DIAGNÓSTICO CLÍNICO: EXAME CLÍNICO: - ANAMNESE: História clínica, relato da sintomatologia. - INSPEÇÃO DENTÁRIA: visualização, sensibilidade tátil. - PERCUSSÃO DENTÁRIA: percussão vertical (perpendicular a coroa – origem endodontica) e percussão horizontal (paralela a coroa – origem periodontal). - PALPAÇÃO: palpação digital, exame de saliências, depressões e sensibilidades. Possíveis achados: edemas (fases de evolução do abscesso dento-alveolares, endurecidos, ou com ponto de flutuação), creptações em estruturas ósseas (cistos). - SONDAGEM: analise da destruição dos tecidos de sustentação periodontal. - MOBILIDADE DENTÁRIA: avaliar condições do periodonto. - TESTES DE SENSIBILIDADE PULPAR: estimulação da dor através de agentes térmicos e ou elétricos, induz uma resposta dolorosa podendo identificar o dente acometido por uma patologia pulpar. teste térmico – frio: Estímulos de terminações nervosas através de alterações vasculares, a baixa temperatura promove vasoconstricção e diminuição da pressão interna, quanto maior a redução da temperatura maior será o estimulo, e o objetivo é uma resposta dolorosa aguda de curta duração. Ex: bastão de gelo, gás ou spray refrigerante. RESULTADOS: ESTADO PULPAR RESPOSTA Polpa normal ou fase reversível Dor de rápida instalação e declínio Fase de transição Declínio mais demorado Fase irreversível Aumento da dor e alivio da dor Necrose pulpar Não há respostas teste térmico – calor: estímulos de terminações nervosas através de alterações vasculares, ao elevar a temperatura promoverá vasodilatação e aumento da pressão interna. É menos confiável, pois a exacerbação da dor pelo calor, devido o aumento de volume dos gases purulentos pode surgir a presença de micro-abscessos pulpares. Ex: bastão de gutapercha, taça de borracha, água morna. RESPOSTAS: ESTADO PULPAR RESPOSTA Polpa normal ou fase reversível Dor de rápida instalação e declínio Fase de transição Declínio mais demorado Fase irreversível Aumento da dor sem alivio da dor. Necrose pulpar Não há respostas c) teste elétrico: estímulos de terminações nervosas através da aplicação de uma corrente elétrica de baixa voltagem. RESPOSTAS: FALSO POSITIVO: FALSO NEGATIVO: Contato com a gengiva Isolamento inadequado Existência de fibras colágenas remanescente Necrose de liquefação – solução salina Ansiedade excessiva do paciente Paciente sob forte medicação Região de esmalte Traumas dentais (7 dias) Rizogenese incompleta Calcificações coronárias EXAME RADIOGRÁFICO: auxilia no diagnostico, determinação do comprimento de trabalho, acompanhamento das etapas de instrumentação e obturação do canal radicular, proservação do tratamento. - Principais técnicas de diagnóstico: Paralelismo, bissetriz, técnica de Clark, técnica de LeMaster. PRINCÍPIOS DA ENDODONTIA: Manutenção da cadeia asséptica: - Cadeia asséptica - Biossegurança - Adequação bucal - Isolamento absoluto - Substancias químicas auxiliares: Hipoclorito de sódio 1%, Hipoclorito de sódio 2,5%, Hipoclorito de sódio 5%, Clorexidina 2%. - Medicação intra canal: Tricresol Formalina, Otosporin, Calen, Calen PMCC, Gel de Clorexidina. - Restauração provisória e selamento coronário. - Esterilização dos instrumentais: autoclave (calor úmido sob pressão), desinfecção dos cones de gutapercha (Hipoclorito de sódio 2,5% em 1min), esterilização industrial (cones absorventes). Cavidade de acesso. Limpeza e modelagem. Biocompatibilidade. Selamento hermético. FATORES QUE INTERFEREM NO PLANEJAMENTO TRATAMENTO ENDODONTICO: LOCAIS: Anatômico (est. de forma radicular, den sin dens, dens invaginatus), Abertura de boca comprometida,Retratamento com restaurações protéticas e retenção intra-radicular, Posicionamento (dentes girovertidos, mal posicionados). SISTÊMICOS: Gravidez (não é contra-indicação, cuidados especiais, período gestacional (2ºtrimestre)), Doenças Cardiovasculares (tratamento eletivos (devem ser adiados nos seguintes casos:infarto agudo a menos de 6 meses, AVC a menos de 6 meses), uso de vasoconstrictores, contra-indicado: hipertensão desconhecida, angina pectores instável, digitálicos (digoxina) – risco de arritmias), Diabetes (pacientes controlados não há contra-indicação, cuidados, consultas pela manha e de curta duração, pacientes bem alimentados), Pacientes Imunocomprometidos (contagem de linfócitos CD4 e nível de imunossupressão (CD4 > 400mm3; CD4 < 200mm3, infecções oportunistas, drogas profiláticas)). DIAGNOSTICO DAS ALTERAÇÕES PULPARES E PERIAPICAIS: DIAGNOSTICO PULPITE REVERSÍVEL PULPITE IRREVERSÍVEL PULPITE CRÔNICA HIPERPLASICA PULPITE CRÔNICA ULCERADA NECROSE PULPAR SEDE LOCALIZADA LOCALIZADA LOCALIZADA LOCALIZADA - APARECIDO PROVOCADA PROVOCADA PROVOCADA PROVOCADA - FREQUENCIA INTERMITENTE INTERMITENTE, CONTÍNUA INTERMITENTE INTERMITENTE, CONTÍNUA - DURAÇÃO RAPIDA LONGA DURAÇÃO CURTA DURAÇÃO LONGA DURAÇÃO - NATUREZA DA DOR AGUDA AGUDA, PULSÁTIO, INTENSA AGUDA AGUDA, PULSÁTIO, INTENSA ASSINTOMATICA TESTE DE SENSIBILIDADE PULPAR POSITIVO POSITIVO POSITIVO POSITIVO NEGATIVA TESTES PERIRADICULARES NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO NEGATIVO/POSITIVO ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS: AGUDAS: Reversíveis e Irreversíveis. - INFLAMAÇÃO PULPAR AGUDA: Resposta inflamatória de rápida duração, 2 a 3 dias, com resposta inespecífica. - Diagnóstico: Pulpite Reversível, Pulpite Irreversível. CRÔNICAS: Irreversíveis. - INFLAMAÇÃO PULPAR CRÔNICA: Pode suceder uma inflamação aguda, agentes agressores de baixa toxicidade, resposta específica. - Diagnóstico: Pulpite Crônica Hiperplasica, Pulpite Crônica Ulcerada. Características da dor Características clínicas Características radiográficas PULPITE REVERSÍVEL - Usualmente assintomática - Dor ao frio é a queixa principal - Prognostico favorável ao dente e a polpa (pois não fará pulpectomia). - Lesão de carie - Restaurações extensas - Presença de imagens sugestivas de lesão de carie e ou restaurações extensas próximas à câmara pulpar. - Lamina dura e espaço do ligamento periodontalíntegros. PULPITE IRREVERSÍVEL - Usualmente sintomática - Alivio com o frio e exacerbação com o calor - Exposição pulpar - Prognostico favorável ao dente e não favorável a polpa (tratamento: pulpectomia). - Lesão de carie - Restaurações extensas - Exposição pulpar uma vez removida - Exposição não é condição essencial - Presença de imagens sugestivas de lesão de carie e ou restaurações extensas próximas a câmara pulpar. - Lamina dura integra - Possível aumento do espaço do ligamento periodontal. PULPITE CRÔNICA HIPERPLASICA - Usualmente provocada pela mastigação - Pacientes relatam dor suportável (moderada) - Prognostico favorável ao dente e ou à polpa remanescente - Lesão de carie extensa - Presença de Pólipo pulpar - Diagnostico diferencial – invaginação gengival. - Presença de imagens sugestivas de lesão de carie com comunicação direta com a câmara pulpar - Lamina dura integra - Possível aumento do espaço periodontal. PULPITE CRÔNICA ULCERADA - Usualmente provocada pela mastigação. - Dor espontânea – obstrução da cavidade - Dor moderada - Prognostico favorável ao dente e a polpa remanescente - Lesão de carie extensa - Presença de ulcera na superfície da polpa exposta - Presença de imagens sugestivas de lesão de carie com comunicação direta com a câmara pulpar - Lamina dura integra - Possível aumento do espaço periodontal. NECROSE PULPAR - Geralmente assintomática - Possíveis alterações cromáticas - Teste da cavidade - Cavidade de carie ou restauração com comunicação com a câmara pulpar. - Aumento do espaço do ligamento periodontal. CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DA POLPA VITAL: Consistência firme Resistência ao corte Hemorragia abundante Sangue vermelho brilhante ALTERAÇÕES PULPARES DEGENERATIVAS: CALCIFICAÇÕES: Nódulos Pulpares (polpa coronária: Concêntricas,Livres ou Aderidas, Idiopático, Radiografia) e Calcificações Difusas (câmara e canais: Irregular, Trauma). - Calcificação Distrófica: Amarelado leitoso - Calcificações Difusas – Degenerativas. - RESPOSTAS AOS TESTES: Térmico e elétrico (diminuídos ou inexistentes), Percussão e palpação (negativos). REABSORÇÕES: - Reabsorção interna: Polpa vital, Respostas positivas aos testes térmicos e elétricos, Podem evoluir para necrose,Tratamento: pulpectomia. - Reabsorção externa: Causada pela infecção e inflamação perirradicular. MORTIFICAÇÃO PULPAR: NECROSE PULPAR GANGRENA PULPAR: Invasão microbiana ao tecido pulpar mortificado, odores fétidos após a abertura coronária 6
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