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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA 
Módulo 3 
Disciplina: LEI DE EXECUÇÕES PENAIS 
Docente: Prof. Marco Aurélio Silveira de Albuquerque 
AULA 3 
 
INTRODUÇÃO 
 
O trabalho, em qualquer circunstância, é o melhor remédio para reparar o dano 
causado pela prática de uma conduta antissocial. 
Mirabete (MIRABETE, 1996, p. 92) conceitua o trabalho penitenciário como 
sendo “a atividade dos presos e internados, no estabelecimento penal ou fora dele, 
com remuneração equitativa e equiparado ao das pessoas livres no concernente à 
segurança, higiene e direitos previdenciários e sociais”. 
O trabalho prisional deve ser um mecanismo de complemento do processo de 
reinserção social para prover a readaptação do preso, prepará-lo para uma profissão, 
resgatar-lhe hábitos de trabalho e evitar a ociosidade. 
O trabalho penitenciário deve manter semelhança com o trabalho livre, 
submetendo assim, os presos e os internados aos mesmos riscos deste, de modo que, 
havendo os mesmos perigos para os trabalhadores presos e livres, devem existir 
também as mesmas proteções. 
O trabalho do preso não está sujeito as normas da Consolidação das Leis do 
Trabalho. Apesar das similitudes exigidas na Lei de Execução Penal entre o trabalho 
prisional e o livre, aquele deste se distancia quanto à sua natureza. O condenado não 
tem direito à férias, 13° salário e outros benefícios que se concedem ao trabalhador 
livre. 
O trabalho do preso e do internado deve ser remunerado adequadamente, nos 
termos legais, o trabalho será remunerado mediante prévia tabela, não podendo ser 
inferior a três quartos do salário mínimo. 
 
 
TRABALHO DO PRESO 
 
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, 
terá finalidade educativa e produtiva. 
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à 
segurança e à higiene. 
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser 
inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. 
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: 
 a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados 
judicialmente e não reparados por outros meios; 
 b) à assistência à família; 
 c) a pequenas despesas pessoais; 
 d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do 
condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas 
letras anteriores. 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na 
medida de suas aptidões e capacidade. 
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser 
executado no interior do estabelecimento. 
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente 
em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou 
Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em 
favor da disciplina. 
 
 
DEVERES DO PRESO 
 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva 
relacionar-se; 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de 
subversão à ordem ou à disciplina; 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
VI - submissão à sanção disciplinar imposta; 
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; 
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a 
sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho; 
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
X - conservação dos objetos de uso pessoal. 
 
 
DIREITOS DO PRESO 
 
Com a condenação, o apenado perde o direito de permanecer, por certo período 
disposto na sentença, em liberdade e sofre outras restrições previstas em lei ou 
decorrentes da sentença. No entanto, é importante lembrar que, mesmo recolhido(a) 
em sua cela, você não deixa de ser sujeito de direitos, especialmente os inerentes à 
pessoa natural. 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
Consiste no fornecimento de alimentação, roupas, instalações adequadas, entre 
outros. Caso o preso esteja doente e necessite de alimentação diferenciada, a direção 
da unidade prisional deverá providenciá-la, de acordo com a prescrição médica. O 
mesmo deve acontecer com a presa que está amamentando . 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - Previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a 
recreação; 
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas 
anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; 
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias 
determinados; 
XI - chamamento nominal; 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da 
pena; 
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; 
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da 
leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os 
bons costumes. 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da 
responsabilidade da autoridade judiciária competente. 
 
 
DISCIPLINA 
 
A disciplina é um ato de colaboração com as regras a que o reso deve se 
submeter, com o respeito aos agentes e autoridades. As faltas disciplinares são 
classificadas em leves, médias e graves e podem dificultar ou impossibilitar a obtenção 
dos benefícios. As faltas leves e médias e as consequências de praticá-las são fixadas 
de acordo com as regras do estabelecimento penal e do Estado da Federação em que 
o preso está. 
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal 
ou regulamentar. 
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do 
condenado. 
§ 2º É vedado o emprego de cela escura. 
§ 3º São vedadas as sanções coletivas. 
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será 
cientificado das normas disciplinares. 
 
 
FALTAS DISCIPLINARES 
 
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação 
local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. 
 
 
FALTAS GRAVES 
 
As faltas graves provocam a perda de benefícios, inclusive do tempo que foi 
remido, a partir do trabalho ou do estudo, para a redução da pena. 
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; 
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de 
outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39,desta Lei. 
(II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva 
relacionar-se; V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;) 
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou 
similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente 
externo. 
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva de direitos que: 
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; 
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação imposta; 
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. 
 
 
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO – RDD 
 
É um conjunto de regras rígidas que orienta o cumprimento da pena privativa de 
liberdade (quanto ao réu já condenado) ou a custódia do preso provisório. 
O preso que pratica fato definido como crime doloso, ocasionando subversão da 
ordem ou disciplina interna. Também estará sujeito quem apresente alto risco para 
ordem e segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; e aquele sobre quem 
recaia fundada suspeita de envolvimento ou participação, a qualquer título, em 
organização criminosa, quadrilha ou bando. 
É o regime de disciplina carcerária especial, com maior grau de isolamento e 
restrições de contato com o mundo exterior, aplicado como sanção disciplinar ou 
medida de cautelar. O RDD é a espécie mais drástica de sanção disciplinar, 
restringindo, como nenhuma outra, a liberdade de locomoção do preso e alguns dos 
seus direitos. Este foi introduzido pela Lei 10.792/2003 que alterou a Lei de Execuções 
Penais - LEP e o Código de Processo Penal - CPP, e consta do art. 52 da LEP. 
A inclusão do preso em regime disciplinar depende de requerimento elaborado 
pelo diretor do estabelecimento ou autoridade administrativa, como por exemplo, o 
secretário de segurança pública ou da administração penitenciária. O RDD é decretado 
por um juiz da vara de execução penal, a partir de decisão fundamentada, no prazo de 
15 dias, mediante consulta prévia do Ministério Público e a defesa. O MP também pode 
requerer inclusão de preso no RDD, sempre dependendo de solicitação. Importante 
salientar que o RDD não comporta sanção disciplinar coletiva. 
A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir 
penitenciárias exclusivas aos presos provisórios e condenados que estejam em regime 
fechado, sujeitos ao RDD. O isolamento provisório ou inclusão preventiva será 
computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando 
ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou 
condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as 
seguintes características: 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da 
sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da 
pena aplicada; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de 
duas horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a 
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
§ 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o 
condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a 
qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
 
 
SANÇÕES DISCIPLINARES 
 
As sanções para faltas graves podem ser a advertência verbal, a repreensão, a 
suspensão ou restrição de direitos, o isolamento na própria cela ou em local adequado 
e, nos casos graves, a inclusão em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: 
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos 
que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão aplicadas por ato motivado do 
diretor do estabelecimento e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do juiz 
competente. 
§ 1º A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de 
requerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra 
autoridade administrativa. 
§ 2º A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de 
manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo máximo de quinze 
dias. 
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom comportamento reconhecido em favor do 
condenado, de sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao trabalho. 
Art. 56. São recompensas: 
I - o elogio; 
II - a concessão de regalias. 
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão em conta a natureza, os 
motivos, as circunstâncias e as consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso 
e seu tempo de prisão. 
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V 
do art. 53 desta Lei. 
(III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); IV - isolamento na 
própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento 
coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. V - inclusão no regime disciplinar 
diferenciado.) 
 
 
APLICAÇÃO DAS SANÇÕES 
 
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a 
trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. 
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao Juiz da execução. 
 
 
PROCEDIMENTO DISCIPLINAR 
 
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o procedimento para sua 
apuração, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa. 
Parágrafo único. A decisão será motivada 
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso 
pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no 
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz 
competente. 
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar 
diferenciado será computado no período de cumprimento da sanção disciplinar. 
 
 
ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL 
 
Art. 61. São órgãos da execução penal: 
I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; 
II - o Juízo da Execução; 
III - o Ministério Público; 
IV - o Conselho Penitenciário; 
V - os Departamentos Penitenciários; 
VI - o Patronato; 
VII - o Conselho da Comunidade. 
VIII - a Defensoria Pública 
 
 
REFERÊNCIAS 
SANDES, Iara Boldrini. Regime Disciplinar Diferenciado – RDD. Disponível em: 
<http://atualidadesdodireito.com.br/iaraboldrini/2012/06/06/regime-disciplinar-
diferenciado-rdd-2/ >. 
JÚNIOR, S. R. M. Manual de execução penal - teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1999.

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