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Resumo Fiorini

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA 
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E HUMANIDADES
CURSO DE LETRAS
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DA LINGUAGEM
PROFA. DRA. EDNA FARIA 
18 AGO. 2017
ANDERSON MAGESKI
VISÃO GERAL DA HISTÓRIA DA LINGUÍSTICA
	Segundo o texto de Saussure existiram três fazes que antecederam o surgimento da ciência que se constituiu em torno dos fatos da língua, começou com o surgimento da gramática que foi um estudo inaugurado por gregos e continuado pelos franceses. A seguir veio a filologia e em seguida a gramatica comparada. Numa obra intitulada sistema da conjugação do sânscrito, Franz Bopp estudou as relações que unem o sânscrito ao germânico, ao grego, ao latim, etc. Ao lado de Bopp aviam outros linguistas como Jacob Grimm, o fundador dos estudos germânicos, Pott, cujas pesquisas etimológicas colocaram uma quantidade considerável de materiais ao dispor dos linguistas; Kuhh, cujos trabalhos se ocuparam, ao mesmo tempo, da linguística e da mitologia comparada; os indianistas Benfey e . Aufreecht, e com destaque aparecem Max muller, G Curtius e August Scheleicher. A fisionomia dessa escola comparatista constitui o primeiro período da linguística indo-europeia. Em 1870 aproximadamente foi que se indagou quais seriam as condições de vida da língua. A linguística propriamente dita, que deu origem à comparação o lugar que exatamente lhe cabe, nasceu do estudo das línguas românticas e das línguas germânicas. A partir de 1875 com o livro A vida da linguagem do norte-americano Whitney se afirmou uma nova escola, a dos neogramáticos cujos seus fundadores eram todos alemães. Seu mérito constituiu em colocar em perspectiva histórica todos os resultados da comparação e por ela encadear os fatos em sua ordem natural. Ao mesmo tempo, compreende-se quão errôneas e insuficientes eram as ideias da filologia e da gramatica comparada.
MATÉRIA E TAREFA DA LINGUÍSTICA; SUAS RELAÇÕES COM AS CIÊNCIAS CONEXAS
 	A matéria da linguística é constituída inicialmente por todas as formas de manifestações da linguagem humana e todas as formas de expressões. A linguística possui três tarefas fundamentais que são: fazer a descrição e a história de todas as línguas que puder abranger; procurar as forças que estão em jogo, de modo permanente e universal; delimitar-se a definir-se a si própria.
	A linguística tem relação bastante estreita com outras ciências, ela deve ser cuidadosamente distinguida da etnografia e da pré-história. As relações da linguística com a fisiologia é unilateral no sentido que o estudo da língua pede esclarecimento à fisiologia dos sons. Quanto a filologia, ela se distingue nitidamente da linguística, malgrado os pontos de contato das duas ciências e os serviços mútuos que se prestam.
OBJETO DA LINGUÍSTICA
 	O fenômeno linguístico apresenta duas faces que correspondem e das quais uma não vale sem a outra, as sílabas que se articulam são impressões acústicas percebidas pelo ouvido, mas os sons não existiriam sem os órgãos vocais; assim, um N existe somente pela correspondência desses dois aspectos. Não se pode reduzir então a língua ao dom, nem separar o som da articulação vocal; não se pode definir os movimentos dos órgãos vocais se se fizer abstração da impressão acústica. O som forma por sua vez uma unidade complexa, fisiológica e mental. A linguagem tem um lado individual e outro social, sendo impossível conceber um sem o outro.
	Mas afinal oque é língua? Ela não se confunde com a linguagem; é somente uma parte determinada, essencial dela, individualmente. É ao mesmo tempo, um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. A língua ao contrário, é um todo por si e um principio de classificação, a esse princípio poder-se-ia objertar que o exercício da linguagem repousa numa faculdade que nos é dada pela natureza. Whitney considera que a língua é uma instituição social da mesma espécie que todas as outras, é por acaso e simples razões de comodidade que nos servimos do aparelho vocal como instrumento da língua; os homens poderiam também ter escolhido gestos e empregar imagens visuais em lugar de imagens acústicas.
	A língua não constitui, pois, uma função do falante, é o produto que o individuo registra passivamente; não supõe jamais premeditação, e a reflexão nela intervém somente para atividade de classificação. A fala é ao contrário, um ato individual de vontade e inteligência no qual convém distinguir: 1ª, as combinações pelas quais o falante realiza o código da língua no proposito de exprimir seu pensamento pessoal; 2º, o mecanismo psico-físico que lhe permite exteriorizar essas combinações.
	A língua é um objeto bem definido no conjunto heteróclito dos fatos da linguagem, é distinta da fala e um objeto que se pode estudar separadamente, sendo assim delimitada e de natureza homogênea e concreta que oferece grande vantagem para seu estudo. Essas característica nos levam a descobrir uma outra ainda mais importante, assim delimitada no conjunto dos fatos de linguagem, é classificável entre os fatos humanos, enquanto que a linguagem não o é. A língua é um sistema de signos que exprimem idéias, e é comparável, por isso, à escrita, ao alfabeto dos surdos-mudos, aos ritos simbólicos, às formas de polidez, aos sinais militares etc. Ela é apenas o principal desses sistemas.
LINGUISTICA DA LINGUA E LINGUISTICA DA FALA
	O estudo da linguagem comporta, duas partes: uma, essencial, tem por objeto a língua, que é social em sua essência e independente do indivíduo; esse estudo é unicamente psíquico; outra, secundária, tem por objeto a parte individual da linguagem, vale dizer, a fala, inclusive a fonação e é psico-física. 
	A língua existe na coletividade sob a forma duma soma de sinais depositados em cada cérebro, mais ou menos como um dicionário cujo exemplares, todos idênticos, fossem repartidos entre os indivíduos. Trata-se, pois, de algo que esta em cada um deles, embora seja comum a todos e independa da vontade dos depositários.
	A fala é a soma do que as pessoas dizem, e compreende as combinações individuais, dependente da vontade dos que falam, e dos atos de fonação igualmente voluntários, necessários para a execução dessas combinações. Nada existe portanto de coletivo na fala; suas manifestações são individuais e momentâneas. Pode-se conservar o nome de linguística para cada uma dessas duas disciplinas e falar duma linguística da fala será porém necessário não confundi-la com a linguística propriamente dita, aquela cujo objeto é a língua. 
ELEMENTOS INTERNOS E ELEMENTOS EXTERNOS DA LINGUA
	De acordo com Seassure tudo oque se relaciona com a extensão geográfica das línguas e o fracionamento dialetal releva da linguística externa. Sem dúvida, é nesse ponto que a distinção entre ela e a linguística interna parece mais paradoxal, de tal modo o fenômeno geográfico está intimamente associado à existência de qualquer língua; entretanto, na realidade, ele não afeta o organismo interno do idioma.
	Pensamos que o estudo dos fenômenos linguísticos é muito frutuoso; mas é falso dizer que, sem eles, não seria possível conhecer o organismo linguístico interno. Tomamos por exemplo, o empréstimo de palavras estrangeiras; pode-se comprovar, inicialmente, que não se trata, de modo algum, de um elemento constante na vida duma língua. 
	A linguística externa pode acumular pormenor sobre pormenor sem se sentir apertada no torniquete dum sistema. Por exemplo, cada autor agrupará como lhe aprouver os fatos relativos á expansão duma língua fora do seu território; se se procuram os fatores que criaram uma língua literária em face dos dialetos, poder-se-á sempre usar a enumeração simples; se se ordenam os fatos de modo mais ou menos sistemáticos, isso é feito unicamente devido ao fato da clareza.
	A linguística interna, as coisas se passam de modo diferente, ela não admite uma disposição qualquer; a língua é um sistema que conhece somente sua ordem própria.

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