Buscar

Monografia

Prévia do material em texto

Faculdades Metropolitanas Unidas
UNI FIAM-FAAM
VILA ECONOMIZADORA
SÃO PAULO – SP
2014
Juliana Camargo
João Paulo
Martha Franco
Paula Morais
VILA ECONOMIZADORA
Texto relacionado à Vila Economizadora
destacando suas características, sua história,
os patrimônios históricos e a influência que a
vila teve sobre a cidade de São Paulo.
SÃO PAULO – SP
2014
SUMÁRIO
- Introdução 
- Contexto – político, social, econômico e geográfico (virada do século XIX para o XX e início do século XX)
- Quadro da habitação social em São Paulo no início do século XX
- A inserção da Vila Operária como opção de moradia e suas principais características e exemplos
- A concepção da Vila estudada e seus promotores 
- A concepção urbana da Vila estudada e seus promotores
- A unidade habitacional na Vila: tipologias e sistema construtivo
- Cartografia Histórica
- Conclusão
- Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO
	Após a abolição da escravatura, foi incentivada pelo governo a vinda de imigrantes para trabalhar na indústria brasileira, já que a agricultura foi destinada aos antigos escravos, que estavam habituados a lidar como tal. Em meados do século XIX, a produção cafeeira cresceu significativamente. Posteriormente, o advento de linhas férreas e a revolução industrial provocou uma enorme procura pela área urbana, o qual desencadeou a procura por habitações , que até então precárias, demandando um novo projeto urbano para solucionar os problemas de superpopulação, o qual consistia em desapropriar cortiços e criar as chamadas Vilas Operárias que serão explicadas no decorrer do texto.
Contexto – político, social, econômico e geográfico (virada do século XIX para o XX e início do século XX)
	No inicio do século XIX, São Paulo ainda era uma pequena cidade que não prosperava e não dava sinais de que passaria por uma grande transformação e se tornaria uma das cidades mais importantes do Brasil e do mundo. Nessa época, a atual metrópole, era predominantemente habitada por portugueses, índios, e a língua mais comum era a tupi guarani.
	A evolução da cidade aconteceu de forma gradativa, desorganizada e lenta. Por não ser uma cidade planejada, São Paulo possuía as ruas irregulares, sem regras, formando um verdadeiro ninho. O embrião da cidade foi um triangulo de ruas, que hoje é denominado de triangulo histórico: é composto por três ruas principais, sendo estas: Rua São Bento, que liga o mosteiro de São Bento à Igreja de São Francisco, Rua 15 de novembro, paralela a Rua Boa Vista e pátio do colégio para se encontrar na antiga Igreja da Sé com a Rua Direita, em caminho do viaduto do chá e capela do Santo Antônio de Pádua.
	A produção agrícola, principalmente de café, era a principal fonte monetária da cidade e do país. Aproximadamente em 1870, dos 32 mil habitantes de São Paulo, um terço era negro ou mulato (antigos escravos, seus filhos e netos).
	Enquanto o Brasil ainda possuía economia agrária, os países mais evoluídos já estavam aderindo às novas técnicas resultadas da Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra em 1760.
	Apenas em 1867 foi implantada a primeira ferrovia na cidade, que interligava Santos (litoral) a Jundiaí (interior). Em 1900 São Paulo rapidamente acumula capitais, atraindo europeus. O governo incentiva a imigração, ocasionando um intenso fluxo imigratório europeu, logo depois atraindo sírios, libaneses e judeus, vindos principalmente da Europa Oriental no pós-guerra (1914-18).
	Na virada do século, São Paulo continha mais de 250 mil habitantes, onde 150 mil eram estrangeiros. No decorrer de 1888 a 1900 passaram por São Paulo cerca de 900 mil imigrantes, sendo aproximadamente 630 mil italianos. A cidade sofreu uma grande mudança, recebeu influências europeias tanto no modo de viver das pessoas como também em grande parte para a arquitetura.
	Logo após, em 1920 a cidade vivia um grande momento: durante anos de expansão da cultura cafeeira, São Paulo foi o maior ponto de atração monetária e populacional em todo o país. 
	Apesar do Brasil não ter participado diretamente da Primeira Guerra Mundial, o país “sofreu” com seu reflexo. Nos anos 20, devido ao colapso industrial internacional, São Paulo viveu seu primeiro surto industrial, baseado principalmente nas indústrias têxteis e alimentícias. A demanda de exportação aumentou significativamente, juntamente com um intenso crescimento demográfico, o qual implicou na procura por terrenos e habitações.
	São Paulo não estava preparada para comportar tantas pessoas, já que houve também um grande surto na urbanização da cidade (chegada excessiva de migrantes e imigrantes), por isso ocorreu um quadro de escassez, especulação e inflação, além da gripe espanhola, causando conflitos sociais, étnicos, culturais, políticos e econômicos. 
	Após todos estes conflitos, o governo resolveu investir na implantação de serviços de água encanada, no transporte por bonde elétrico, na iluminação pública e na pavimentação das vias, causando variações na paisagem.
	A infraestrutura resumia-se às linhas de bonde. O centro e os bairros nobres davam costas à aglomeração industrial e operária que crescia ao longo do cinturão ferroviário nas várzeas do Tietê e Tamanduateí.
A UNIDADE HABITACIONAL NA VILA: TIPOLOGIAS E SISTEMA CONSTRUTIVO
	A Vila Economizadora é um conjunto inicialmente de 147 edificações, sendo 127 residenciais e 20 comerciais, quando em 1970, doze unidades foram desapropriadas a Vila ficou com 135 edifícios com variação de 8 tipologias. Se alguma reforma for adotada pelos moradores, os respectivos terão que seguir algumas orientações para os restauros, e qualquer intervenção deve ter a autorização do CONDEPHAAT, CONPRESP e da Sub Prefeitura da Sé.
	As coberturas são feitas com telhas de barro do tipo Francesa. Os ornamentos das fachadas contêm relevos altos e baixos. As cores das casas são suaves, trazendo uma combinação de: marrom avermelhado, camurça, branco e cinza. Portas e janelas foram estudadas para maior controle de ventilação, janelas com folhas internas para escurecimento do ambiente interno e bandeiras que eram encontradas também nas portas. 	A Vila foi construída com um tipo contínuo de casas germinadas dos dois lados. Este tipo habitacional era adotado por ser lucrativo com relação ao aproveitamento do terreno. 
	Havia um padrão geral para a construção das vilas operárias. Cada senhor adaptava o projeto ao seu modo dentro deste padrão, é por isso que cada vila carregava seu nome. O padrão se baseava dentro destes conceitos: A área comum em frente das habitações teria de 30m² para cada habitação. Deveria haver poço ou torneira com água e um pequeno tanque de lavagem para cada grupo de seis habitações no máximo. Uma latrina para cada duas habitações, tendo essas latrinas água suficiente para o uso necessário. A área comum ou ruela de passagem seria a partir de então arborizada. Cada habitação disporia de uma área de serviço interna, calçada, de 12 m2. O pé-direito das habitações de um só pavimento teria no mínimo quatro metros de altura. Os pavimentos seriam atijolados e os aposentos (sala e quarto) assoalhados de madeira. Cada habitação compreenderia ao menos três compartimentos (sala, quarto e cozinha) não menores de 7,50 m2. Todos eles deveriam ter aberturas para o exterior, propiciando ar e luz em abundância. O assoalho do primeiro pavimento se afastaria do solo 0,50 m no mínimo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.cultura.sp.gov.br/SEC/Condephaat/Bens%20Tombados/vila%20economizadora_cartilha_ultima%202013%2005%2029.pdf
www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18142/tde.../Capitulo1.pdf
http://www.arquiamigos.org.br/info/info19/i-estudos.htm
http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_ruth2.htm
http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=2967

Continue navegando