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Resumo AV1 de Direito Civil I Feito por Bruno Mozer de Azevedo baseado nas aulas do Professor Raymundo Filho Constitucionalização do direito civil: Fenômeno em que a CF assume a posição de norma hierarquicamente superior, também para o direito privado, revogando parte do CC/1916 e reinterpretando outras. A preocupação com patrimônio foi substituída pela preocupação com a dignidade da pessoa humana. CC/2002 Princípios gerais ou cláusulas gerais: Socialidade (o interesse social deve prevalecer sobre o interesse pessoal), Operabilidade (O legislador faz uso de termos genéricos para alcançar o maior número de casos concretos possível) e Eticidade (Deve se levar em conta a equidade, a boa-fé e a probidade). A personalidade começa com o nascimento com vida e adquire eficácia erga omnes após registro declaratório no RCPN. (o CC adota a teoria natalista). A teoria concepcionista diz que a personalidade começa na concepção. Ao nascer a pessoa adquire capacidade de direitos. Capacidade de fato é a capacidade do exercício de direitos sem auxílio de terceiros. Capacidade Civil Plena é adquirida aos 18 ou após a emancipação. (Direito + Fato) Para alguns atos é necessário além da capacidade civil plena que pré-requisitos sejam satisfeitos para haver legitimação. A emancipação é irrevogável e pode ser voluntária (quando os pais concordam em fazer uma escritura pública por entender que o menor tem discernimento suficiente), judicial (quando o menor estiver sob o regime de tutela ou um dos pais não concordar com a emancipação. Necessária autorização do juiz.), ou legal no caso do casamento, emprego público, colação de grau ou economia própria. Os absolutamente incapazes (menores de 16 anos) devem ser representados e sua vontade não é levada em consideração, comete negócio jurídico nulo, os relativamente incapazes (art. 4º) são assistidos e sua vontade é levada em conta, comete negócio jurídico anulável. Em caso de deficiente pode-se usar a tomada de decisão apoiada, onde o mesmo escolhe duas pessoas para ajudá-lo em decisões de cunho patrimonial. O fim da personalidade acontece com o óbito. E a morte real pode ser declarada diante de laudo médico ou duas testemunhas que tenham visto o corpo. A morte presumida sem declaração de ausência é declarada quando o indivíduo está certamente morto mas não há corpo físico (ação de justificação de óbito). Na morte presumida com declaração de ausência não se tem certeza do óbito e sim da ausência do indivíduo de seu domicilio, o óbito é apenas uma possibilidade, neste caso após ajuizar ação de declaração de ausência será escolhido um curador, um ano depois (se o ausente não tiver deixado procurador) pode-se iniciar a sucessão provisória e dez anos depois a sucessão definitiva, sendo que ainda dez anos após se o ausente retornar ele pode receber os bens tais quais os deixou. A comoriência ocorre quando duas pessoas morrem num mesmo evento e não é possível saber quem morreu primeiro, no direito sucessório cada um será tratado como pré morto. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece residência com animo definitivo. Pode ser voluntário (objetivo=residência ou subjetivo=intenção de permanecer) ou necessário no caso do servidor público, preso, incapaz, militar e marítimo. O domicilio de eleição pode ser adotado para fins de contrato. Aquele que não tiver domicílio fixo, será considerado o local em que for encontrado. A nível de atividades profissional será considerado domicílio para esse fim quaisquer dos locais onde a pessoa exerça esta atividade. Pessoa Jurídica Entidade fictícia que a partir de seu registro adquire personalidade e passa a existir por si só. A grande vantagem é a separação patrimonial entre a PJ e seus sócios. O ato constitutivo (documento com dados e finalidades da PJ) e seu registro dão capacidade de direitos a PJ. O ato constitutivo pode ser um estatuto (associações e fundações) ou contrato social (sociedades) e limitam a capacidade de fato da PJ à sua finalidade. Sociedade de fato não possui registro e na sociedade irregular o mesmo não espelha suas atividades, podendo os sócios responder com seu patrimônio pessoal por dividas da PJ. O condomínio, a família, o espólio, a herança jacente e vacante são entes que não tem personalidade mas possuem capacidade processual. A PJ experimenta alguns diretos de personalidade de natureza da honra objetiva que se relaciona com sua imagem diante da coletividade sendo capaz de requerer indenização por dano moral ou dano material que pode ser dano emergente e lucro cessante. A responsabilidade civil da PJ de direito público é objetiva, não é necessário comprovar dolo ou culpa do agente e não é possível processá-lo, somente sendo cabível ação contra a PJ. No caso da PJ de direito privado é necessário se comprovar dolo ou culpa do agente podendo-se processar ambos Corporações (sociedades e associações) são união de pessoas enquanto fundações são união de bens em favor de uma finalidade. O direito associativo é garantido pela CF. O registro do estatuto da associação é feito do RCPJ. Os associados não precisam ter vínculo entre si. A assembleia é o órgão máximo deliberativo da associação, podendo apenas ela fazer modificações no estatuto e destituir administradores. Em caso de fim da associação, os bens, caso os possua, pode retornar aos membros que os doaram na ocasião da criação da mesma. As etapas da criação de uma fundação são: 1. afetação ou dotação, onde o instituidor separa seu patrimônio e define a finalidade da fundação. 2. elaboração do estatuto, por pessoa definida pelo instituidor ou pelo MP 3. aprovação do estatuto, pelo MP e 4. registro, junto ao RCPJ A alteração do estatuto de uma fundação poderá ser realizado por dois terços dos administradores + MP. Em caso de extinção da fundação, os bens não retornam ao instituidor, sendo doada para instituição constante no ato constitutivo ou com finalidade semelhante escolhida pelo juiz. A fundação poderá ser extinta se sua finalidade se tornar impossível, ilícita ou inútil. Associações e fundações são entidades sem fins lucrativos. Nos termos do art. 50, pode haver a desconsideração da personalidade jurídica da PJ, permitindo que os bens dos sócios sejam alcançados para pagar dívidas da PJ. A responsabilidade dos membros da PJ é subsidiária, ou seja, só poderá se alcançar o patrimônio dos sócios caso a PJ não possua mais patrimônio suficiente. A teoria maior objetiva, adotada pelo CC/2002 reza que só se pode alcançar o patrimônio dos sócios se ficar caracterizada a confusão patrimonial atrelada ao fato de a PJ não ter mais patrimônio, não se discutindo se o sócio tinha intenção ou não de fazê-lo, o que da alçada da teoria maior subjetiva. A teoria menor é adotada em nosso ordenamento em caso de recomposição de danos ambientais, reclamações trabalhistas e relação de consumo. A desconsideração inversa ocorre quando um indivíduo esconde seus bens pessoais no patrimônio da PJ e se vê necessário que esse patrimônio retorne para o indivíduo como nos casos de divórcio, para divisão justa do patrimônio. Direitos da Personalidade O direitos da personalidade são, sob o olhar da doutrina: - Absolutos, na medida que todos têm que respeitar. - Inatos, à condição humana. - Vitalícios, não prescrevem. - Impenhoráveis, não podem ser apreendidos judicialmente para pagamento de dívidas do titular. - Imprescritíveis, não prescrevem. Sob o olhar do CC: - Intransmissíveis, não se transmite pelo óbito aos herdeiros e não podem ser alienados. - Irrenunciáveis, não se pode abrir mão. ADMITE EXCEÇÕES, como por exemplo o direito a imagem (é possível ceder em caráter temporário e com finalidade específica), a cirurgia de transgenitalização (pode se mudar o nome e o sexo no registro civil) e o transplante de órgãos (deve ser autorizado expressamente pelo doador, incapaz só pode doar medula óssea e com autorização) A defesa dos direitos da personalidade pode se dar através da tutela inibitória ou de tutela condenatória. É possível requerer dano material (dano emergente e lucro cessante), dano moral, dano estético ou dano à imagem. As pessoas públicas tem menor proteção a imagem quando estão em público. O nome é nítido direito da personalidade e compreende prenome, sobrenome e agnome. A liberdade na escolha do nome não é absoluta nos termos do art. 55 parágrafo único da LRP. Em caso de adoção de menor é permitida a troca de nome, após a maioridade o indivíduo tem um ano para alterar seu nome sem justificativa. Após os 19 anos completos continua sendo possível a alteração do prenome através de ação de alteração do registro civil, porém, o titular precisará justificar, fundamentar o seu pedido. Após os 19 anos completos continua sendo possível a alteração do prenome através de ação de alteração do registro civil, porém, o titular precisará justificar, fundamentar o seu pedido. A própria lei de registros públicos prevê duas situações que isso é viável: a pessoa que é inserida em programa de proteção à testemunha e aquele que pretende a mudança por apelidos públicos notórios. Apesar da norma só fazer menção expressa à essas duas situações, é possível esta mudança em qualquer outra hipótese desde que devidamente fundamentada. Quanto a troca de sobrenome, a mesma é obrigatória em se tratando de adoção de criança ou adolescente. O casamento também é claro exemplo, e em caso de divórcio não é obrigatório que a pessoa mude o nome de casado. A troca do sobrenome é admitida na forma do art. 57 em toda e qualquer situação jurídica em que o judiciário, com a participação do MP, em ação de alteração de registro civil entender que há justificativa razoável para a substituição do sobrenome. Bens Teoria do patrimônio mínimo: busca preservar o mínimo existencial para manter as necessidades vitais do indivíduo, institui também o bem de família legal onde o devedor terá direito de pretender resguardar um único imóvel do casal que não poderá ser usado para pagamento de dívidas, estendido aos bens móveis usualmente encontrados numa família de classe média e os bens de uso profissional. Por regra não se resguarda o imóvel de domicilio e sim o de menor valor, em caso de posse de mais de um imóvel. Nos termos do art. 3º pode-se perder o único imóvel possuído. Bens Imóveis: art. 80 - Propriamente dito - Por acessão natural - Por acessão artificial - Por definição legal A doutrina define em corpóreos e incorpóreos. Bens móveis - Propriamente dito - Semoventes - Por antecipação - Por definição legal A doutrina
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