Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
18/05/2011 1 Respiração Introdução � Respiração e fotossíntese → processos fundamentais no nosso planeta � Maioria dos organismos → absorver O2 e fragmentar compostos de carbono (carboidratos, lipídeos, proteínas, etc…) � Utilizar energia → desenvolvimento e manutenção Introdução � Fotossíntese → fornece unidades orgânicas básicas das quais dependem as plantas � Respiração → libera de maneira controlada a energia armazenada nos compostos de carbono para o uso celular Conceito Respiração aeróbica é o processo biológico pelo qual compostos orgânicos reduzidos são mobilizados e subsequentemente oxidados de maneira controlada Equação Geral C12H22O11 + 12O2 → 12CO2 + 11H2O Fotossíntese __________________________________________ Energia solar + 6 CO2 + 12 H2O → C6H12O6 + O2 → 6 CO2 + 12 H2O + energia química Respiração 18/05/2011 2 Resumão � Composto de carbono→ “desmontado” → citoplasma celular � Produtos de degradação →mitocôndrias � Transformações de fragmentos → composto energético (ATP) Adenosina trifosfato � Utilizado pela cél. em todos processos de contrução de móls. � Compostos fenólicos, proteínas e DNA � Desenvolvimento de um organismo → contruir móls. não é suficiente (devem ser utilizadas para estruturas mais complexas) – necessário energia Um problema para as plantas � Nem todas as partes vivas da planta são capazes de realizar fotossíntese (ex. raízes) � Todas as partes vivas respiram � Principais ptos de produção (folhas) → açúcares têm que ser transportados - onde há céls vivas Outro complicador � Fotossíntese → depende de luz (limitada ao dia) � Células vivam vegetais → respiram o tempo todo � Até a noite (menores intensidades) � Translocação de fotoassimilados → demais céls (tempo todo/momento certa) Milho: Latitude e altitude Latitude considerada entre 10 e 27° Ideal entre Ideal entre 850 e 1000 m 850 e 1000 m de altitudede altitude Ideal entre Ideal entre 850 e 1000 m 850 e 1000 m de altitudede altitude Mitocôndria � Usina processadora de açúcares nas céls. Vegetais � Ocorre em diferentes qtdes na planta � Taxa respiratória do tecido 18/05/2011 3 Etapas da respiração � Dividido com base na localização celular 1) Glicólise → citossol 2) Ciclo dos ácidos tricarboxilicos (ciclo de Krebs)→matriz mitocondrial 3) Cadeia de transporte de elétrons (cadeia respiratória)→ cristas mitocondriais Produtos de respiração � Calor (energia calórica ~ 2870 KJ.mol-1 glicose) � ATP (energia química) � Compostos intermediários para biomoléculas de outras rotas metabólicas (precursores de Aas, nucleotídeos, etc…) Funções da respiração � Básica → geração de energia � Gera esqueletos de carbono para diversos processos bioquímicos � Interação com outros processos bioquímicos → um dos processos centrais do metabolismo Fermentação � Situações de baixa disponibilidade de oxigênio → cél não consegue completar as três fases da respiração � Falta de oxigênio → impede a oxidação do citocromo (bloqueio das etapas seguintes) � CTE → responsável pela maior qtde de energia � EX. Raízes – solo encharcado Fermentação: o que acontece? � Fluxo de carbono é desviado no final da via glicolítica � piruvato é reduzido pela enzima desidrogenase do lactato – produzindo lactato � Acúmulo de lactato no citossol → acidificação →morte da célula 18/05/2011 4 Magalhães & Durães (2006). Evitar a morte da célula � Piruvato pode ser descarboxilado a acetaldeído e reduzido a etanol � Acúmulo de etanol causa menos danos a célula (desde que não seja acumulado acetaldeído) Quociente respiratório (QR) � Razão entre a produção de móleculas de CO2 e o consumo de O2 � Dá ideia dos substratos que estão sendo oxidados Quociente respiratório (QR) � Sacarose C12H22O11 + 12 O2 → 12 CO2 + 11 H2O QR = 12/12=1,0 � Lipídeos (ricos em hidrogênio) C18H24O2 + 25,5 O2 → 18 CO2 + 17 H2O QR = 18/25,5=0,71 Quociente respiratório (QR) Germinação de sementes � Reservas lipídeos → sementes oleaginosas (ex. soja, canola, girassol) – mais exigentes a aeração do solo � Reservas amido → sementes de trigo, milho, aveia, cevada – menos exigentes a aeração do solo (tolera mais umidade) Respiração Lipídica � Oxidação dos lipídios (triglicerídeos) → sacarose � Importante na formação de plântulas de oleaginosas � Desprezível no desenvolvimento da planta � Triglicerídeos → 30-40% da massa seca 18/05/2011 5 Respiração Lipídica � Plântulas não são capazes de transportar gorduras do endosperma para tecidos radiculares � Necessidade: converter o C em uma forma mais móvel Respiração Lipídica � Óleos → oleossomos � Membrana possuem lipases → responsáveis pelo desdobramento inicial � Óleos (insolúveis em água) serão convertidos em substâncias solúveis (glicerol e ács. graxos) CAT Localização da lipase: - milho, algodão, mamona (oleossomo) - soja, amendoim (glioxissomo) Respiração: processo dinâmico � Planta inundada: - uso de via alternativa insensível ao cianeto � Produção de calor: - informação para polinizadores � Enchimento de grão: - produção de grandes qtdes de carboidratos e proteínas � Metabolismo secundário: - ataque de um patógeno Respiração celular e produtividade � Principal processo de acúmulo de matéria seca (depois da assimilação de CO2) � Produtividade dependente das perdas respiratórias ao longo do ciclo � 20-40% do que é produzido → perdido na respiração 18/05/2011 6 Respiração celular e produtividade � Temperatura � Fotossíntese e respiração variam em função da temperatura � Acima de 30°C a fotossíntese diminui nas C3 � Taxas respiratórias aumentam acima de 30°C Respiração celular e produtividade � Respiração fornece energia e substratos para todos processos bioquímicos de manutenção das estruturas existentes → manutenção � Formação de novas estruturas e componentes celulares → crescimento � Facilita a compreensão da variação de taxas respiratórias � Crescimento intenso → plantas ou orgãos tendem a respirar mais. Maturidade (inverso) Respiração celular e produtividade � Evidências concretas: Obtenção de plantas mais produtivas combinando baixas taxas de respiração com elevadas taxas de fotossíntese � Estudo com Azevém perene (Lolium perene) – variações de taxas de respiração 2,0 mg CO2 g-1 h-1 a 3,5 mg CO2 g-1h-1) � Correlação negativa entre respiração e taxa de crescimento (manipulação genética) CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA VEGETAL Parte II C&D PESQUISA E DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA LTDA RUA MORON N˚1420, BAIRRO PETRÓPOLIS 99051-400, PASSO FUNDO – RS FONE: (54) 9627 5906 Transporte no floema 18/05/2011 7 Trigo: eficiência na translocação � Altamente eficiente em remobilizar assimilados armazenados na pré- antese; � De cada grama de assimilados armazenado, cerca de 0,68-0,78 g é remobilizado para a produção de biomassa do grão (Kiniry, 1993; Gebbing et al., 1999). Fixação de Nitrogênio 18/05/2011 8 Fenologia e fixação � Estádio de crescimento influi na fixação � Ex. Soja e amendoim → sementes ricas em proteínas – maior atividade de fixação após a floração � Nestas espécies: 90% da fixação ocorre neste período (restante no desenvolvimento vegetativo) Período do dia e fixação � Maior no início da tarde – translocação mais rápida de açúcar das folhas para os nódulos � Manhã – corrente transpiratória auxilia a remoção dos compostos nitrogenados das raízes e nódulos Adubação e fixação � Adição de fertilizantes não aumenta a fixação (sobretudo nitrato – reduz fixação) � Solos pobres em N: adição favorece o desenvolvimento inicial da planta até o princípio da fixação pelos nódulos � Fertilizantesà base nitrato podem provocar: - inibição na adesão do rizóbio nos pêlos - impedir formação de corrente de infecção - inibir a fixação em nódulos já desenvolvidos - acelerar senescência dos nódulos N e inoculação Máx. nodulação R2-R6 N mineral � Constatação de déficit em R1 � Excesso de palha (alta relação C/N) 8-12 Kg N/ha � Falta pesquisa! Suplementação tardia de N 18/05/2011 9 Suplementação tardia de N Cuidados na inoculação a) fazer a inoculação à sombra e semeadura no mesmo dia (especialmente em semente tratada c/ fungicidas e micronutrientes ) b) evitar o aquecimento em demasia (depósito da semeadora) → altas temperaturas reduzem o número de bactérias viáveis aderidas à semente c) para melhor aderência dos inoculantes turfosos, recomenda-se umedecer a semente com 300 mL.50 kg-1 semente de água açucarada a 10% d) é imprescindível que a distribuição do inoculante turfoso ou líquido seja uniforme em todas as sementes Fungicidas e inoculação a) maioria das combinações de fungicidas indicados para o tratamento de sementes reduz a nodulação e a FBN b) frequência de efeitos negativos maior com fungicidas na FBN ocorre em solos de 1º ano de cultivo com soja (deve-se evitar o tratamento de sementes com fungicidas) c) sementes de boa qualidade fisiológica, livre de pragas quarternárias ou não-quarternárias, solo com boa disponibilidade hídrica e temperatura adequada para rápida germinação Inoculação � 21 após a infecção inicia-se a fixação � podem ocorrer novas multiplicações de bactérias � alguns inoculantes apresentam flavonóides Mo versus fixação de N � o contato do Mo com o inoculante prejudica o Bradyrhizobium � In vitro: redução do nº de céls. viáveis em 17% → redução tb na nodulação e FBN � Possibilidade: inserir Mo na fabricação do inoculante � Fontes na semente: molibdato de amônio e óxido de Mo Azospirillum (assimbiótico) � Não produzem nódulos � Bactéria coloniza tecidos ou se ancora na superfície das raízes 18/05/2011 10 Azospirillum: Resultados �Aumentou volume de raízes � Aumentou rendimento de massa seca AS 1575 e SHS 5050 �Maior população nas raízes que em colmos � Rendimento: Plantas inoculadas + 50 Kg de N p/ ha = não inoculadas + 150 Kg de N p/ ha Germinação Qualidade da semente � Necessidades: - pureza genética e física - qualidade fisiológica: - poder de germinação - vigor - baixa deterioração - longevidade Entendimentos dos processos fisiológicos e bioquímicos envolvidos Maturação Fisiológica Semente Umidade (%) Soja 50 Milho 35 Arroz 32 Azevém 35 Sorgo 30 Trigo 30 Feijão 45 Algodão 50 Maturação Fisiológica � Folhas e ramos nas plantas (dificuldade de colheita mecânica) � Alto teor de água: dano mecânico nas sementes � Necessidade de método rápido e eficiente de secagem (nem sempre possível) 18/05/2011 11 Fase I Membrana despreparada (gel) e embebição rápida: danos nas membranas das sementes Ex. Soja, milho, feijão, etc... (permitir hidratação inicial na presença de umidade) Respiração e acúmulo de ATP Síntese de mRNA e reparo de DNA Ativação de polissomos Síntese de proteínas a partir de mRNA Aumento volume e tamanho – potencial matricial Final da fase:Ψm = 0, semente hidratada � Duração variável (depende da temp.) � Semente túrgida (s/ influência do Ψm) �Ψsemente = o Síntese e duplicação de DNA Início da degradação de reservas Céls da radícula alongam-se Protrusão da radícula Mitose Cevada, manona, arroz → não apresentamesta fase 18/05/2011 12 � Semente absorve água (Ψp semente<Ψo embrião) � Ψsemente<0 Mitose Condições adversas: manter a QF Henning et al. (2010). C/ TS S/ TS BIOESTIMULANTES? CAT Localização da lipase: - milho, algodão, mamona (oleossomo) - soja, amendoim (glioxissomo) 71 2,5 5,0 7,5 10,0 cm2,5 5,0 7,5 10,0 cm Corte Transversal no perfil do soloCorte Transversal no perfil do solo 72 2,5 5,0 7,5 10 cm Raízes seminais Raízes coronais Mesocótilo 18/05/2011 13 Cor da flor: soja Hipocótilo verde Hipocótilo roxo (antocianinas) Nutrição Mineral Solo Sistema Complexo e Vivo Física - Química- Biologia Física = Espoja Química = “Sopa de letrinhas” N K Zn Fe P B + Subst. orgânicas e Inorgânicas Biologia - macrofauna e mesofauna -minhocas, besouros... (trabalho pesado) - microfauna (-5% do espaço poroso) Bactérias, fungos (decomposição e mineralização da MO) SPD x Convencional � Ganho de carbono → 800 Kg.ha.ano-1 � MO → C(18%), N (16%) � Microbiota → C(35%), N (23%) � 70% da microbiota→ 0-30 cm � 82% + massa microbiana Babujia et al. (2010). Lei do mínimo (Sprengel-Liebig) CO2 (fotossíntese) C (44%) O (45%) H2O H (6%) Demais nutrientes (5%) N (1,5%) P (0,20%) K (0,95%) Ca (0,23%) Mg (0,18%) Fe (0,06%) Si (1,10%) Outros (0,64%) 18/05/2011 14 Classificação quanto à mobilidade H2O Luz Temperatura O2 [ ] íons pHMagalhães & Durães (2006). Espaço livre aparente (ELA) ELA compreende: - Espaço livre da água (EL da água): água livre com ou sem solutos - Espaço livre de Donnan (ELD) ocorre troca de cátions repulsão de ânions Absorção de N e K em tomateiro (Lycopersicun esculentum) Maior absorção: 48 (floração) e 60 (frutificação) dias Planta tem controle das taxas de absorção: atividade de canais e carreadores 18/05/2011 15 Absorção de nutrientes pela folhas � Plantas terrestres – absorção restrita de solutos (presença nas paredes externas das céls da epiderme – cutícula e camada cerosa) � Cêras – álcoois de cadeia longa, cetonas e ésteres de ácidos graxos de cadeia longa � Abaixo da cutícula - camada cutinizada (esqueleto de celulose incrustado com cutina, cera e pectina) Absorção de nutrientes pela folhas � Duas camadas – diversas funções � Principal – reduzir a perda de água e nutrientes pela transpiração excessiva � Poros na cutícula - 1nm Ø (permeáveis a íons e substâncias solúveis como ureia, 0,44 nm Ø) � Mas, impermeáveis a complexos de ferro (EDTA) Absorção em folhas de citrus 18/05/2011 16 Absorção de nutrientes pela folhas � Cátions – podem ficar retidos na cutícula foliar pelas cargas negativas (– OH e –COOH, qdo H+ dissociado) das pectinas, cêras e cutinas � Lavagem com água destilada (laboratório para a análise foliar) não remove 20% do Zn retido na cutícula de folhas de macieira � Quando as folhas foram lavadas com solução contendo 0,001 mol L-1 de HCl, 99% do Zn retido na cutícula foi retirado Absorção de nutrientes pela folhas � Epiderme superior (abaixo da cutícula): - tricômas (pêlos) – aumentam a propriedade de molhamento da folha - ectodesmas – (protuberâncias do citoplasma) – se projetam na cutícula, reduzindo o percurso do íon da superfície externa até a membrana Absorção de nutrientes pela folhas � Estômatos →variáveis com as espécies � Allium porum (alho-poró) Absorção de ânios e cátions depende da abertura, densidade � Idade das folhas - novas (recém-maduras) → maior habilidade de absorver íons - maior atividade metabólica, cutículas mais finas, maior velocidade de absorção e demanda Absorção de nutrientes pela folhas: Velocidade � Depende do estado nutricional � Plantas deficientes em P podem absorver duas vezes mais rápido que plantas normais Absorção de nutrientes pela folhas �Duas fases � 1º fase→ Difusão � 2º fase → Ativa (gasto de ATP) ou Passiva (difusão) Absorção de herbicidas � Umidade inferior a 55-60% � Adensamento da cutícula � Aplicação não recomendada 18/05/2011 17 Fornecimento via foliar: Problemas � Baixas taxas de penetração (folhas com cutículas espessas, citrose café) � Escorrimento de superfície hidrofóbica � Lavagem da folha pela chuva � Secagem muito rápida da solução pulverizada Fornecimento via foliar: Vantagens � Prevenção de sintomas de deficiência de micronutrientes (anuais e perenes) � Eficiente em deficiência leve a moderada de B em frutíferas (floração – pegamento dos frutos) � Brássicas (nabo e couve-flor) → coração-preto Falta de B – pode ser prevenido via foliar � Zn, Cu e Mn – citros e café → repetida anualmente Macro e Micronutrientes NITROGÊNIO � Absorvida nas formas iônicas: - NO3- e NH4+ � Absorção aumenta com o aumento das concentrações no meio externo (NO3-) � N é móvel no xilema e floema podendo ser transportado na forma de nitrato, Aas e amidas 18/05/2011 18 21 Kg. N-1 → 1 ton. de grãos (75% exportado para os grãos) Coelho & França, 1995. 0,9-1,2 % nos tecidos → máx. Produção de MS (Amado, 1997). Estima-se 83 Kg.N-1 ↓ Produção de 1 ton. de grãos Maior importância → semeadura e de V4-V10 A absorção intensa → 40 dias após a semeadura (elongação, estádio V6- folhas) até o florescimento masculino (pendão) - 70 % da necessidade total. � V6 → pode ocorrer perfilhamento � Fatores: - genética da cultivar - estado nutricional - espaçamento - ataque de pragas - alterações bruscas de temperatura � Poucas evidências → influência negativa na produção Magalhães & Durães (2006). Excesso de N � Crescimento excessivo da parte aérea em detrimento das raízes � Favorece o acamamento em gramíneas � Efeito mais visível qdo aplica-se nitrato (provavelmente associado a balanço nos fitormônios) 18/05/2011 19 Desenvolvimento do meristema apical no trigo � Emergência→ Duplo anel � Duplo anel → Espigueta terminal � Espigueta terminal → Antese � Antese → Maturação final Desenvolvimento do meristema apical no trigo Desenvolvimento do meristema apical no trigo Desenvolvimento do meristema apical no trigo Excesso de nitrato em vegetais � Excesso em vegetais é danoso à saúde humana � Produz substância cancerígenos (N- nitrosaminas) � Diminui o transporte de oxigênio (na forma de nitrito) � Não deve-se ultrapassar 400g de frutas e verdura por dia (EFSA, 2008) Excesso de nitrato em vegetais � Pesquisa na Lituânia � Redução de nitrato com uso de leds (3 dias) � Alface, cebolinha e orégano � ↓ 44-65% 18/05/2011 20 Excesso de nitrato em vegetais - 3 dias em média - redução de 44-65% Teores de clorofila � Pode estimar rapidamente o estado nutricional (nitrogênio) � Agricultura de precisão � Teor de clorofila: análise química (laboratório) e clorofilômetro (campo) � Necessário padrões de referências 10 folhas FÓSFORO � H2PO4- → forma iônica preferida pelas plantas � Falta de P no meio externo → aumento de 2 a 4 vzs a absorção � Pi é rapidamente absorvido e incorporado a açúcares (forma ésteres de açúcar-fosfato) � Ésteres → Transportados radialmente e liberado no xilema (na forma de Pi) 18/05/2011 21 Funções do P na planta (a) elemento estrutural dos ács. nucléicos (RNA, DNA) (b) elemento transferidor de energia nas ligações energéticas do fosfato e pirofosfato com os açúcares, com o gliceraldeído e com as coenzimas AMP, ADP, ATP, UTP e GTP (c) o Pi (iônico) armazenado no vacúolo é liberado no citoplasma e atua como regulador de diversas vias de síntese Fosfitos � Originados da neutralização do ác. fosfônico � Forma fosfito de potássio (Ca, Mg, Zn, Mn) � Possui atividades fitossanitárias e ativadora de defesas � Alto grau de solubilidade (rapidamente absorvidos) Fosfitos Fosfitos neutralização 18/05/2011 22 Fosfitos – Soja � Constatou-se que, para as doses inferiores a 360 g.ha-1 → menores efeitos de intoxicação nas plantas, menor porcentagem de redução de crescimento � A associação de fosfito com glyphosate nas doses de 180; 90; 45 g.ha-1 → incremento de massa seca de 13, 5 e 2%, respectivamente Fosfitos Fosfitos induz fitoalexina POTÁSSIO � Íon monovalente (pequeno raio iônico) � Absorção altamente seletiva e acoplada aos processo metabólicos � Elevada mobilidade dentro da planta (cél e longa distância no xilema e floema) � Não é assimilado em compostos orgânicos (não é metabolizado) Funções do Potássio (a) Regulação osmótica (b) Balanço de cátions/ânios (c) Movimento dos estômatos (d) Estabilização de pH do citoplasma (e) Ativação enzimática (f) Síntese proteínas (g) Fotossíntese (h) Transporte de açúcares no floema (estimula a saída de fotoaasimilados do simplasto → apoplasto) (i) Movimentos seismonásticos 18/05/2011 23 CÁLCIO � Absorvido pelas plantas na forma bivalente (Ca2+) � Maior que o Mg (porém menor raio de hidratação) – maior vantagem na absorção e seleção pela planta � Absorção passiva → canais de íons na membrana plasmáticas das raízes Funções do Cálcio (a) Elemento estrutural – altas concentranções na lamela média das paredes e na parte externa da membrana plasmática (estabilidade) (b) Elemento regulatório – equilíbra cátions/ânions e atua na regulação osmótica (c) Divisão e expansão celular (cresc. de raiz e tubo polínico) e nos processo secretórios Funções do Cálcio (d) Segundo mensageiro no citoplasma – sinais externos aumentam a concentração no citoplasma (estresse ambiental, patógenos, injúria mecânica) – associa-se a calmodulina - canais ativados (>[ ] no citoplasma) (e) Estimula diversas enzimas e proteínas – calmodulinas (moduladas pelo Ca2+) e as kinases (dependente de Ca2+) – acionam processos de defesas 18/05/2011 24 Podridão estilar ou fundo-preto, causado por deficiência de cálcio. Ocorrem também em melão, maçã e pimentão. - Redução de crescimento do tecido meristemático no caule, na folha e na ponta da raiz - A deficiência normalmente aparece primeiro nas folhas novas e nos pontos de crescimento Excesso de Cálcio � Estocado no vacúolo das céls � Baixa mobilidade: não há descrição de sintomas de seu excesso MAGNÉSIO � Absorvido pelas plantas na forma de íon bivalente � Pequeno íon, grande raio de hidratação � Absorção pode ser fortemente reduzida: K+, NH4+, Ca2+, Mn2+ e H+ em baixo pH (déficit induzido – comum) � Bastante móvel no xilema e floema � Transporte e redistribuição: forma iônica MAGNÉSIO � Maior parte encontra-se na forma iônica – vacúolo � Qtde menor na lamela média – pectatos Funções do Magnésio (a) Elemento estrutural – centro da mól. de clorofila e forma pectatos ajudando na estabilidade das membranas e paredes (b) Elemento-ponte – estabilidade da conformação de proteínas e enzimas (habilidade de interagir com móls complexas – ex. enzima/substrato) (c) Elemento ativador – ativação enzimática (reações de fosforilação e na fotossíntese – enzimas) 18/05/2011 25 Funções do Magnésio � Principal função – centro da mól de clorofila � Proporção ligada a clorofila: - depende da espécie, suprimento e intensidade de luz - normalmente: 25% do Mg das folhas na clorofila - 5-10% nos pectatos das paredes ou precipitados com sais solúveis nos vacúolos - 60-90% - forma iônica (solúvel em água) Fitatos � Conhecidos também como ácido fítico � Utilizados para armazenar o mineral fósforo no interior de suas células � Considerados fatores antinutricionais, pois reduzem a biodisponibilidade no organismo de minerais divalentes como: cálcio, ferro, magnésio, manganês, cobre e zinco Fitatos � Também são potentes agentes antioxidantes (prevenindo a oxidação ou envelhecimento das células) � Soja → 1,5% da composição do grão � Feijão → 2,5% � Farelos como o de trigo e o arroz → 4,5% Deficiência de magnésio. ENXOFRE � Absorvido pelas raízes na forma de sulfato (SO42-) � Atmosfera → pode ser absovido na forma de SO2(dióxido de enxofre) � Falta de sulfato – ativa o sistema de alta afinidade para SO42- na membrana plasmática da raiz – ↑ 500 vzs na absorção � Diferente do N, o S é mais móvel no floema e uniformemente distribuido nas folhas velhas e novas Enxofre � Constituinte de dois Aas: Cisteína e Metionina � Falta destes Aas: afeta síntese protéica � Plantas superiores – aspectos comuns na assimilação de sulfato e nitrato 18/05/2011 26 Trigo � Produtora de óleo e de proteína → exigente em termos de suprimento de S � Deficiência de enxofre causa alta taxa de abortamento de flores, síliquas pequenas, mal formadas, apresentando engrossamento Canola Canola BORO � Absorvido preferencialmente na forma molecular, sem carga (H3BO3) � Tendência a formar complexos catiônicos dentro da planta: - compostos orgânicos (cis-diol) - açúcares e seus derivados - ácido urônico - alguns difenóis abundantes na parede 18/05/2011 27 Deficiência de Boro � Engrossamento da parede celular do ápice das raízes � Deformações provocadas por aumento da hemicelulose e pectina � Deposição irregular de material de parede e membrana – formação de calos � Folhas novas – crescimento retardado ou necrose Sintomas de deficiência � Miolo-mole: raízes de salsão e beterraba � Frutíferas: Queda de gemas, botões florais e queda de frutos em desenvolvimento, falhas no pegamento ou má-formação (maçã e citros) � Miolo-oco: soja � Trigo → Falhas na formação do grãos (chochamento) CLORO � Facilmente absorvido pela planta (forma de Cl-) � Móvel e abundante na litosfera � Ocorre em concentrações relativamente elevadas nas plantas (comparado a outros micro) � Demanda é bem menor que a ocorrência 18/05/2011 28 COBRE � Absorvido na forma de Cu2+ � Mobilidade variável no floema (depende da espécie) � Elemento de transição – fácil mudança do seu estado de oxidação (semelhante ao Fe) � Habilidade na formação de quelatos estáveis � Relevante em processos fisiológicos de oxirredução Funções do Cobre � Estrutural em enzimas que podem agir diretamente com o oxigênio molecular (catalisa processos terminais de oxidação) � Proteínas que contêm cobre atuam na: - fotossíntese - respiração - desintoxicação dos radicais livres - lignificação FERRO � Absorção na forma reduzida (Fe2+) � Translocação na planta (Fe3+) � Eficiência de absorção varia de acordo com espécies e genótipos � Algumas plantas – expulsão prótons na rizosfera, baixando pH e favorecendo a absorção de Fe2+ 18/05/2011 29 Funções do Ferro � CTE da fotossíntese – membranas dos tilacóides (várias hemogrupos contendo Fe e Fe-S) � Também constitui proteínas com grupo Fe-S Glifosato versus absorção de nutrientes � Glifosato aplicado em soja e girassol (6% da dose – simulando deriva) � Redução na absorção e translocação de Fe, Mn e Zn � Translocação mais afetada que a absorção � Antagonista na absorção de Ca, Mg, Mn e Fe (formação de complexos pouco solúveis) Glifosato versus absorção de nutrientes MANGANÊS � Absorvem na forma de cátion bivalente (Mn2+) � Célula: forma ligações fracas com ligantes orgânicos e pode ser rapidamente oxidado (Mn3+, Mn4+ e Mn6+) Funções do Manganês � Facilidade de mudança de estado de oxidação: - importante nos processos de oxirredução - transporte de elétrons na fotossíntese - desintoxicação dos radicais livres (O2-) � Função mais estudada é seu envolvimento com a fotossíntese � Enzima que atua na partição da H2O tem 4 mól de Mn e transfere elétrons para o PSII 18/05/2011 30 Glifosato e Manganês � Poderia retardar a absorção e a translocação do manganês na planta � Efeito adverso em microrganismos do solo responsáveis pela redução do elemento na forma disponível para a planta � Estes fatores exigiria a adição suplementar de manganês Gordon (2007). K → pode causar uma redução na absorção de Mn Aplicação de calcário (sobretudo mal distribuído) Alternativa: Suplementação foliar (350 g Mn.ha-1) cv. M-SOY 8008 RR Calcário à olho Deficiência de Manganês (a) Diretamente na fotossíntese e evolução do O2 - até em deficiência moderada (b) Quebra da estrutura do cloroplasto - deficiência grave (c) Queda da atividade do superóxido dismutase (da mesma forma que Fe, Cu e Zn) – proteção de efeitos deletérios de radicais livre de oxigênio � Deficiência de Mn. � Maior eficiência de aplicação na folha (qdo houver sintomas) 18/05/2011 31 MOLIBDÊNIO � Elemento de transição � Ocorre nas plantas na forma do íon molibidato (Mo6+ ) � Mo5+ e Mo4+ � Configuração eletrônica: semelhante ao tungstênio e vanádio Toxidez de Molibdênio � Característica única deste elemento � Ampla faixa entre a deficiência e a toxidade � Pode chegar a 104 em determinadas espécies � Em geral, não se observa toxicidade em plantas com 200-1000 mg Kg-1 NÍQUEL � Quimicamente relacionado ao Fe e ao Co � Absorvido pelas plantas na forma de Ni2+ � Forma mais comum de oxidação em sistemas biológicos: Ni+ e Ni3+ � Ni forma complexos estáveis com Aas e ác. orgânicos � Constitui enzimas com cisteína e citrato Funções do Níquel � Germinação e crescimento (diversas espécies) – influências em baixas concentrações � Função na urease de plantas superiores (única enzima que contém Ni) � Ausência de Ni – não assimilam ureia e podem sofrer com sua toxidez 18/05/2011 32 ZINCO � Absorvido pelas plantas na forma catiônica (Zn2+) � Não está sujeito a mudanças de valência (ao contrário dos demais micro-metais) Funções do Zinco � Relacionado ao acoplamento de enzimas aos seus substratos � Formação de quelatados com diferentes complexos orgânicos (inclusive polipeptídios) � Enzimas que contêm Zn: desidrogenase de álcoois, dismutase de superóxidos, anidrase carbônica e polimerase de RNA � Muitas enzimas são ativadas pelo Zn Faixa clorótica longitudinal de cada lado da nervura central. Deficiência de zinco. Deficiência de Zn. Zn CONTROLE Britzke (2010). 18/05/2011 33 Zn + N CONTROLE Britzke (2010). ELEMENTOS BENÉFICOS � Estimulam o crescimento � Mas não são essenciais � Excessões: essenciais para algumas espécies � Sódio, Silício, Cobalto, Selênio e Alumínio COBALTO � 1963 – Isolada a Cobalamina (coenzima B12) de raízes de leguminosas e não-leguminosas � Demonstrou-se a interdependência entre o suprimento de Co, conteúdo da coenzima B12 em Rhizobium, formação da leg-hemoglobina e a fixação de N2 � Estabelecida exigência de Co em microrganismos fixadores de N COBALTO � Cobalamina possui Co3+ (componente metálico ligado a 4 nitrogênios) � Rhizobium e Bradyrhizobium existem três enzimas importantes que contêm Co � Leguminosas dependentes de fixação - sintomas de déficit de Co são típicos de N SILÍCIO � Abundante na crosta terrestre (O, Si, Al, Fe...) � Forma predominante: ácido monossilícico [Si(OH)4] � Semelhante ao ácido bórico (fraco em sol. aquosa e interagem com pectinas e polifenóis da parede) � Essencial apenas para um pequeno grupo (Equisetum arvense e gramíneas inundadas) 18/05/2011 34 SILÍCIO � Arroz: queda do crescimento e produção de grãos. Porém, completa o ciclo na falta de Si � Plantas diferem na capacidade de absorver Si: - Cyperaceae e gramíneas inundadas 100-150 mg Kg-1 na MS - Cereais e gramíneas de sequeiro (cana-de- açúcar) 10-30 mg Kg-1 na MS - Maioria das dicotiledôneas (Leguminosas) < 5 mg Kg-1 na MS SILÍCIO � Depositado nas paredes do xilema (rigidez e resistência) � Importante na compressão dos vasos (elevadas taxas de transpiração) � Acamamento de plantas � Invasão de patógenos e parasitas no córtex � Processo não é puramente físico (metabólico tb) ALUMÍNIO � Abundantenos solos (3º elemento +) – O, Si � Disponível ou livre na forma Al3+ � Dependente de pH - baixas concentrações: acima de 5,5 - altas concentrações: mais baixos que 5,5 � Sem evidências de função no metabolismo (nem em plantas acumuladoras) ALUMÍNIO � Baixa solubilidade – teores no lençol freático atingem centésimos ou décimos de mg.L-1 � Solos ácidos (<5,0) – dissolução de óxidos e hidróxidos de Al � Importantes complexantes – ác. orgânicos: cítrico, oxálico, húmico e fúlvicos (maior qtde de grupos funcionais ex. COOH-) Sintomas toxidez � Diminuição do elongamento radicial � Menor produção de biomassa radicial do que a parte aérea 18/05/2011 35 Toxidez na célula � Alterações na membrana da raiz � Inibição da síntese de DNA (aumenta estabilidade e inibe replicação), microtúbulos e filamentos de actina � Inibe divisão celular � Inibição do elongamento celular Toxidez na célula � Aumenta a rigidez da parede celular (ligação com pectinas) � Efeito na simbiose rizóbio/leguminosa � Afeta as mitocôndrias (inibe produção de ATP) � Alteração na absorção de nutrientes e no balanço nutricional (fósforo, potássio, cálcio, magnésio e ferro) Efeito do Al sobre outros mineirais � Pode afetar a absorção do P: precipitação do fosfato próximo à raiz ou no ELA (efeitos variáveis) � Competição catiônica: Ca e Mg pH 5,1 Saturação por Al (%) = 23 Sorgo Sorgo 18/05/2011 36 Tolerância ao Al 1) algumas espécies (arroz, milho – alguns genótipos) que aumentam o pH do meio: - diminuem a solubilidade e a toxidez do alumínio são tolerantes - já as que não modificam o pH do substrato são sensíveis Tolerância ao Al 2) a tolerância pode estar relacionada a um mecanismo de absorção que exclui o excesso de Al do processo Outras plantas podem transportar menos alumínio para a parte aérea, concentrando este elemento nas raízes Tolerância ao Al 3) Cultivares de trigo, cevada e soja, a tolerância ao Al está associada à capacidade de absorver mais cálcio ou de transportá-lo para a parte aérea Tolerância ao Al 4) De um modo geral, a tolerância ao alumínio, em muitas espécies, se relaciona positivamente à capacidade de absorver e utilizar fósforo Fungos que auxiliam a absorção de nutrientes Ectotróficos 18/05/2011 37 Vesículo-arbusculares Bioestimulantes Reguladores sintéticos �Auxinas �Citocininas �Giberelinas � Existem extratos de algas também… ETILENO Soja → estresse ambiental → estímulo da produção de radicais livres e ACC sintase→ Etileno INSETICIDAS �Thiametoxan e Imidacloprid (neonicotinóide) � Aldicarb (Metilcarbamato de oxina) � Incremento na produtividade em feijão → via semente (Barbosa et al., 2002) INSETICIDAS � O tratamento de sementes com os inseticidas levam à formação de raízes de soja mais finas (efeito tônico) → aldicarb, thiametoxan, imidacloprid � Aldicarb prejudica o vigor e a germinação � Inseticidas não proporcionam maior crescimento das raízes 18/05/2011 38 1-MCP (1-metilciclopropeno) � Opositor de etileno � Vem sendo utilizado em diversas frutas � Inibidor do amadurecimento � Bananas, maçãs, goiabas Transporte de produtos fitossanitários FUNGICIDAS Classificação: Mobilidade Tópicos ou imóveis Não são absorvidos nemtranslocados (Ex. Tiran, Captan) Mesosistêmicos Afinidade com camada de cêras formando um depósito (Ex. Estrobilurinas) Loco-sistêmicos, de profundidade ou translaminares Gramíneas – translocação completa dentro das folhas Folha larga – movimento a pequenas distâncias Sistêmicos ou móveis Acropetal - Ex. benzimidazóis e triazóis Exceção (floema): Fosetil Alumínio Maior afinidade com lipídeos Absorção mais rápida 22-30 dias 14 dias RESIDUAL 18/05/2011 39 Fonte: Barlett et al. (2002). Fonte: Barlett et al. (2002). HERBICIDAS Fonte: Roman et al. (2007). HERBICIDAS Fonte: Roman et al., 2007. GLIFOSATO � Móvel no floema � Rapidamente translocado por todas partes da planta (sobretudo raízes) → importante característica � Tende a se acumular em regiões meristemáticas INSETICIDAS � A maioria dos sistêmicos se movimentam na via ascendente (xilema) � Raramente via floema 18/05/2011 40 GratoGrato pelapela atençãoatenção geraldochavarria@upf.brgeraldochavarria@upf.br (54) 3316(54) 3316--81678167 (54) 91617449(54) 91617449
Compartilhar