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Interesses difusos e coletivos em word ok

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Interesses difusos e coletivos
A denominação metaindividuais ou transindividuais é utilizada como sinônimo para conceituar uma categoria intermediária de interesses, os quais se encontram entre o interesse particular e o interesse público. 
-Transindividuais porque atingem grupos de pessoas que têm algo em comum, de tratar-se relação jurídica entre si ou com a parte contrária, ou mesmo mera circunstância ou situação fática. Os interesses transindividuais constituem o gênero do qual os interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos são espécies. 
CARACTERISTICAS DOS INTERESSES DIFUSOS
Os interesses difusos diferenciam-se por ter seus titulares indetermináveis unidos por fatos decorrentes de eventos naturalísticos, impossíveis de diferenciar na qualidade e separar na quantidade de cada titular.
Ex.: Poluição do ar - Fauna e Flora - Poluição sonora - Meio ambiente
A norma que caracteriza interesse difuso é uma norma que, embora esteja no Código de Defesa do Consumidor, possui caráter geral. Os titulares de interesses difusos são indetermináveis, ainda que possam ser estimados numericamente. A relação entre eles é oriunda de uma situação de fato, ou seja, não há relação jurídica que os una. O objeto da relação será sempre indivisível, igual para todos. Não é possível identificar os lesados e individualizar os prejuízos. Os direitos difusos pertencem a todos, sem pertencer a ninguém em particular. 
Ex o dano ambiental. Todos os moradores de um núcleo urbano são afetados por um dado dano ambiental, bem como os que eventualmente estejam no local (visitantes, turistas). A união dos lesados na categoria de titulares do direito ao meio ambiente sadio é dada em razão da simples circunstância de estarem no local, nele residirem etc. Evidentemente, todos também têm o mesmo direito, igual para todos.
Interesses coletivos
Os interesses coletivos, são interesses de um determinado grupo de pessoas que foram unidas por uma rel. jurídica única. É uma lesão inseparável na qualidade e quantidade. Ex.: Os mutuários da SFH – uma ilegalidade no contrato atinge a todos
CARACTERÍSTICAS DOS INTERESSES COLETIVOS
No interesse coletivo a relação jurídica precisa ser resolvida de maneira uniforme para todos. Os titulares dos interesses coletivos são determináveis ou determinados. Normalmente formam grupos, classes ou categorias de pessoa. Entre seus titulares ou, ainda, entre estes com a parte contrária, há uma relação jurídica, uma situação de direito. Temos o interesse de todos dentro da coletividade, por isso seu objeto é indivisível. 
por exemplo, em uma ação civil pública visando a nulificação de uma cláusula abusiva de um contrato de adesão; julgada procedente, a sentença não conferirá um bem divisível para os componentes do grupo lesado. O interesse em que se reconheça a ilegalidade da cláusula se relaciona a todos os componentes do grupo de forma não quantificável e, assim, indivisível. Esclarecendo: a ilegalidade da cláusula não será maior para quem tenha feito mais de um contrato com relação àquele que fez apenas um: a ilegalidade será igual para todos eles. 
Os titulares estão unidos por uma situação jurídica, formando um grupo, classe ou categoria de pessoas, que deve ser resolvida de modo uniforme. A co-relação entre os titulares é existente, por exemplo, no condomínio; ou ainda, com a parte contrária, na adesão a um consórcio (os consorciados). Em ambos casos há relação entre si, ou seja, os titulares de pretenso direito se interagem, se correlacionam por um mesmo ideal. 
Individuais homogêneos
Caracterizam-se por ser um grupo determinado de interessados, com uma lesão divisível, oriunda da mesma relação fática. Cada um pode pleitear em juízo, mas como o grupo foi lesionado homogeneamente, estes podem recorrer ao litisconsórcio unitário ativo facultativo.
Ex.:Compradores de uma TV com defeito de serie.
Características:
São interesses que têm a mesma origem, a mesma causa; decorrem da mesma situação, ainda que sejam individuais. Por serem homogêneos, a lei admite proteção coletiva, uma única ação e uma única sentença para resolver um problema individual que possui uma tutela coletiva. Encontramos titulares determináveis, que compartilham prejuízos divisíveis, oriundos da mesma circunstância de fato. Existem algumas situações que podem atingir, concomitantemente, a esfera de mais de um interesse, ou seja, a lesão pode ocorrer, por exemplo, em face de interesse difuso e individual homogêneo. Exemplo: A poluição em cursos de água 
 Em relação ao meio ambiente: interesse difuso. 
 Em relação aos pescadores: interesse individual homogêneo. 
 Em relação à cooperativa dos pescadores: interesse coletivo. 
AÇÃO CIVIL PUBLICA
Dos Bens Tutelados: Conforme o art. 1º, Lei 7.347/85, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados ao meio ambiente; ao consumidor; a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; a qualquer outro interesse difuso ou coletivo e por infração da ordem econômica.
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
l - ao meio-ambiente;
ll - ao consumidor;
III – à ordem urbanística;
IV – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
V - por infração da ordem econômica e da economia popular;
VI - à ordem urbanística.
Parágrafo único.  Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados.
ACP na Constituição Federal de 1988: Em primeiro lugar, não se pode perder de vista a norma constitucional que expressamente contempla a ação civil pública (art. 129, III),e que por isso mesmo, é a fonte primária desse específico instrumento de proteção. Ocorreu o fenômeno da recepção da Lei. 7.347/85 Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
A nova Constituição Federal, no art. 129, III não só se referiu à ação, como ao objeto de sua tutela.No caso de objeto da tutela, a vigente Carta Magna o tornou mais amplo e, portanto, mais suscetível de proteger outros direitos transindividuais. Além de alcançar a proteção ao patrimônio público, converteu em simplesmente enumerativa a relação taxativa que a lei contemplava, já que se referiu a outros interesses difusos e coletivos.
DA ADMISSIBILIDADE DA CONCOMITANTE DA AÇÃO POPULAR
Reza o art. 1º da lei 7.347/85 que as ações civis públicas, de responsabilidade por danos aos interesses sob tutela, pode ser ajuizadas sem prejuízo da ação popular . A ação popular, hoje prevista no art. 5º LXXIII, da CF/8 e disciplinada pela Lei 4.717/65 visa a anulação não apenas de atos lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, bem como das lesões de moralidade, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. A legitimação ad causam para esse tipo de ação foi atribuída exclusivamente ao cidadão.
Quando é possível a concomitância: Desde que observados os requisitos específicos que as caracterizam, e que nem sempre coincidem. Se por exemplo, se pretender proteger interesses relacionados com o meio ambiente, tanto pode ser proposta ACP como AP. Trata-se, pois, de concomitância de ações para o mesmo tipo de tutela jurisdicional.
Responsabilidade por danos: “ação de responsabilidade por danos”, empregada no art. 1º da Lei 7.347/85?
O que é responsabilidade: É o instituto em relação ao qual a lei confere a determinada pessoa aptidão jurídica para responder perante a ordem jurídica por ato praticado por ela ou por terceiro, ou em virtude de determinado fato jurídico.
Como regra aresponsabilidade emerge da ocorrência de ato ilícito, violador de regra jurídica, e, desse modo, pode alcançar mais de uma esfera conforme a natureza da norma violada.
Qual a responsabilidade da ACP? A responsabilidade apurada na lei há de ser a civil. Penal, não pode ser, porque sua apuração se dá através de mecanismos próprio, a ação penal. Também não poderá ser administrativa: esta como é sabido, é constatada através dos processos que tramitam na via administrativa, inerentes ao próprio poder de autotutela do Estado.

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