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PROVA DE ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL
O objetivo de uma empresa capitalista é maximizar lucros. Comente.
No final do século XIX e início do século XX o enfoque microeconômico predominante era o marshalliano, de que uma empresa tinha como único objetivo a maximização de lucro, tendo pleno conhecimento de suas funções de custo e demanda. 
Os estudos que deram origem à Organização Industrial questionaram esse princípio. Hall e Hitch (1939), por exemplo, investigaram diversas firmas, em sua maioria do setor industrial, e concluíram que: 
A estrutura de mercado predominante era a oligopolista, logo, as firmas não agem isoladamente, mas sim de modo estratégico, levando em consideração a interdependência das suas ações nos seus concorrentes; 
As firmas pesquisadas não agiam de forma a maximizar o seu lucro, isto é, não faziam uso do princípio marginalista, pois não tinham informação completa (conhecimento das funções custo e demanda) e tinham racionalidade limitada (dado o conhecimento das funções de custo e demanda, as firmas teriam plena capacidade de resolver o problema da maximização de lucros). 
Pode-se concluir que o objetivo de uma empresa nem sempre é o de maximizar lucros. A função de utilidade de uma firma pode conter elementos que afetam sua carreira, como: parcela de mercado, grau de risco e crescimento das vendas (tais fatores inclusive competem com os lucros).
Qual a principal classificação de estrutura de mercado proposta por Chamberlin? Discorra sobre cada uma delas.
Chamberlin classificou as estruturas de mercado de acordo com as condições nas quais as empresas produzem:
Concorrência Pura: nenhum fabricante pode afetar significativamente o preço de mercado variando a sua produção;
Monopólio Puro: a curva de demanda da firma é negativamente inclinada, e como não existem substitutos próximos, o empresário supões que uma alteração no seu preço não causará variações em outras firmas;
Concorrência Monopolística (ou Polipólio): a curva de demanda também é negativamente inclinada, porque o seu produto é diferente dos demais. O empresário supõe que a curva de demanda é independente porque existem tantos concorrentes dentro do “grupo” que nenhum deles é individualmente afetado;
Oligopólio (duopólio): poucas firmas produzem o mesmo produto. As firmas sabem que uma alteração no seu preço induz a uma alteração da mesma natureza no preço ou na produção de um ou mais concorrentes;
Concorrência monopolística com oligopólio: produtos diferenciados. Alterações no preço do concorrente não são independentes.
Qual é a principal crítica à escola (teoria) neoclássica no que se refere ao princípio de maximização de lucros? Pode-se usar o texto de Hall e Hitch.
A escola neoclássica propunha que a maximização de lucros era alcançada por meio do princípio marginalista, isto é, baseava-se na observação direta do processo de decisão empresarial. O lucro era maximizado quando a igualdade RMg = CMg era alcançada.
Hall e Hitch investigaram diversas firmas, e por meio de um questionário aplicado puderam verificar que as firmas pesquisadas não agiam de modo a maximizar o seu lucro, logo, não faziam o uso do princípio marginalista (RMg = CMg). A observação de que as firmas não agiam de forma a maximizar o seu lucro levou os autores a questionar o pressuposto de informação completa e o de racionalidade ilimitada.
O caminho seguido por Hall e Hitch mostrou um novo modo de representação da decisão empresarial que ficou conhecido como princípio do custo total. Nessa nova proposta, as condições marginalistas de maximização de lucro não desempenhavam nenhum papel na decisão empresarial.
Quais são os fatores que levam a certa “rigidez de preços” em Hall e Hitch?
Os produtores não conhecem suas curvas de demanda ou de RMg por dois motivos: 1) eles não conhecem as preferências dos consumidores e, 2) A maioria dos produtores são oligopolistas, e não sabem quais seriam as reações de seus concorrentes em decorrência de uma mudança de preço;
Embora os produtores desconheçam o que seus concorrentes fariam se reduzissem os preços, temem que eles também o façam;
Caso elevem o preço, temem que seus concorrentes não o façam ou elevem bem pouco;
Não reduzem preços através de acordos porque sabem que a elasticidade da demanda para o grupo de produtos é insuficiente para tornar isso vantajoso;
Se os preços estão na vizinhança do custo total, eles não são elevados, pois levaria a um enfraquecimento das firmas a longo prazo causado pela entrada de novos concorrentes;
Alterar preços é dispendioso e inconveniente para vendedores e visto como desagrado por comerciantes e consumidores.
Item a): não permite igualar RMg=CMg;
Item f): Torna indesejável tal igualdade;
Item e): Mostra a razão para que o preço não seja mais alto que o custo total (pois estimula entrantes potenciais).
Explique o princípio do custo total de Hall e Hitch e mostre a importância da curva de demanda quebrada neste contexto.
Segundo o princípio do custo total, as firmas tinham como decisão principal a determinação dos preços – e não da quantidade, como previa a microeconomia tradicional. Esse preço era determinado por meio de uma margem fixa (mark-up) que incidia sobre o custo variável médio (CVMe).
P = CVMe (1+ mark-up)
O preço é relativamente estável, já que para causar sua alteração seria necessária uma alteração no CVMe, ou no mark-up. Como o Mark-up se constituía de uma margem fixa, sua alteração só acontecia com modificações substanciais no mercado. Para explicar porque que os empresários usavam margem fixa, Hall e Hitch utilizaram o argumento da curva de demanda quebrada.
ELASTICO
INELÁSTICO
	
A curva de demanda observada pelos oligopólios era preço-elástica no caso de aumento no preço e preço-inelástica no caso de redução no preço. Se o empresário elevasse o preço de seus produtos, aconteceria uma grande queda na quantidade vendida, pois ele perderia parcela de mercado. Se ele reduzisse seus preços, o aumento na quantidade vendida seria irrisório e não seria duradouro, provocando queda na receita.
A interdependência no mercado oligopolístico pode justificar as características da curva de demanda quebrada: se a empresa elevar seus preços, seus concorrentes vão se aproveitar da oportunidade para elevar a sua participação no mercado mantendo seus preços no nível original, baixando o nível de vendas da empresa que tomou a iniciativa de elevar preço. Se a empresa reduzir preços, seus concorrentes vão reagir reduzindo seus preços afim de manter a sua participação no mercado, causando um aumento irrisório na quantidade vendida da empresa que baixou preços. 
Descreva sobre a natureza e objetivos da firma a partir do texto de Kupfer e Hasenclever, no capítulo 2.
A questão da natureza e dos objetivos da empresa encontra uma diversidade de respostas na Economia Industrial.
Para Chandler a empresa tem várias faces, que podem ou não ser enfatizadas na elaboração teórica:
“Uma empresa é uma entidade legal que estabelece contratos...; entidade administrativa...; instrumento de economias capitalistas para a produção de bens e serviços e para o planejamento e a alocação para a produção e distribuição futuras”
A proposição de Penrose é complementar no sentido de indicar que os teóricos fazem escolhas dentre os múltiplos aspectos da empresa. A visão de funcionamento econômico e a evolução histórica das unidades que organizam a produção tem influência sobre a formulação teórica do significado de empresa.
Antes da escola clássica: lei dos rendimentos
A empresa da escola clássica se identifica com o capitalista, e seu objetivo é acumular capital em um ambiente competitivo representado por um sistema capitalista em expansão.
SMITH: Quanto mais amplo o mercado, maior a divisão do trabalho (Lei dos Rendimentos Crescentes);
RICARDO: incorporação de novas terras agrícolas por ordem de fertilidade e também redução de rendimento em função da intensificação do uso de uma porção fixa de terras (Lei dos Rendimentos Decrescentes).
A empresana escola neoclássica
- Deslocamento da lei dos rendimentos na discussão da expansão do sistema para a discussão do valor das mercadorias como solução do problema alocativo;
- No equilíbrio parcial, a empresa maximizadora de lucros é vista como um agente que toma decisões de quanto produzir (CP) e tamanho da planta (LP). É o local onde se combinam fatores de produção para gerar produto, e a produção é sujeita à lei dos rendimentos;
- No equilíbrio geral a empresa aparece como um empresário que demanda fatores e oferta produto. Os lucros extraordinários se anulam por meio da competição.
Empresas como instituição: contribuição de Coase
- A empresa é vista como um arranjo institucional na qual a forma de contratação de fatores é representada por um vínculo duradoudo.
- Formas de alocação de recursos: (1) Mercado: flexível, elástica, que responde a preços; (2) Hierárquica: corresponde a ordens emitidas pela hierarquia interna da empresa;
- Ideia do TRIÂNGULO.
Outras visões da empresa como instituição: Marshall
- Questão da capacidade pelos responsáveis pela condução da empresa de acompanharem as mudanças no ambiente e introduzir modificações nas áreas que representam vantagens comparativas;
- Capacitações Organizacionais: organizar a produção e a comercialização de quantidades crescentes (ou não) requer novas soluções.
Outras visões: Gerencialistas e Penrose
- GERENCIALISTA: O lucro não é o único objetivo da empresa. A função utilidade de seu gerente profissional contém outros elementos que afetam suas carreiras: parcela de mercado, grau de risco, crescimento das vendas (elementos que inclusive competem com os lucros);
- PENROSE: Destaca a importância dos conhecimentos utilizados no emprego dos recursos produtivos:
- Uma empresa é um exemplar único, em função da experiência e conhecimentos acumulados ao longo de sua existência;
- Os objetivos perseguidos pelos gerentes podem ser englobados no objetivo mais amplo de crescimento;
- Lucros, segurança, parcela de mercado (Market share): resultado e fator de crescimento em uma visão dinâmica da empresa.
A visão Neoshumpeteriana de empresa
- Nelson e Winter: empresas se comportam de acordo com rotinas cristalizadas através de suas experiências;
 - As rotinas coordenam as atividades internas e encerram o conhecimento da organização;
- O conhecimento, em parte, não é transferível por meios formais;
- Rotinas não implicam em comportamento imutável, estando, inclusive associadas a inovação.
Qual é a relação entre a Lei dos Rendimentos e a construção das curvas de custo de curto e longo prazo?
CMeCP: seu formato reflete a lei dos rendimentos marginais decrescentes. No curto prazo a existência de um fator fixo restringe o processo de produção a partir de um determinado ponto, pois a produtividade do fator variável diminui, o que exige um aumento em CV, causando um aumento em CMeCP e dando origem ao seu formato em U;
CMeLP: 
Utilizando-se do texto de Kupfer e Hasenclever (cap. 2) mostre quais são os modelos organizacionais de empresas diversificadas. Comente cada uma delas.
Empresa Multiproduto: Produz vários bens para mercados distintos, porém, relacionados (em termos de P&D, fabricação e marketing). Visa a exploração de economias de escopo.
Empresa verticalmente integrada: Atua em diversos estágios da cadeia produtiva com a justificativa de obter ganhos de eficiência e redução dos custos de transação.
Conglomerado gerencial: presente em vários mercados envolvendo produtos pouco relacionados entre si.
Conglomerado financeiro: presente em diversos mercados que não se relacionam entre si.
Companhia de investimento: de modo semelhante ao conglomerado financeiro também se baseia na distribuição de recursos líquidos entre atividades não relacionadas. No entanto, esse tipo de empresa apresenta uma grande volatilidade em termos de áreas de atuação, para as quais o seu projeto de diversificação se orienta.
Diferencie cadeias produtivas de complexos industriais.
Cadeia produtiva é um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados e transferidos os diversos insumos. Já o complexo industrial é um conjunto – bloco – de cadeias produtivas, no qual o valor médio das compras e vendas entre os setores constituintes é maior que o valor médio das compras e vendas destes mesmos setores com os setores de outros blocos (conjunto de cadeias).
Apresente os argumentos que corroboram a definição de firma como instituição.
Corroborar: Atestar, comprovar, confirmar.
Firmas de “lucro normal” são pequenas firmas de alto custo. Comente esta afirmação.
O que sustenta a hipótese de uma curva de CMeLP em L?
A curva de CMeLP não possui um formato em U como postulado pela teoria tradicional, isso porque no longo prazo as curvas de custo por unidade produzida diminuem com reduzidos níveis de produção e permanecem constantes para escalas de produção elevadas, o que significa que na prática a curva de CMeLP tende a possuir um formato em L.
Ao postular uma curva de CMeLP em formato de U, a teoria tradicional considera implicitamente a forte hipótese de que a planta produtiva é COMPLETAMENTE inflexível, uma vez que qualquer aumento da produção acima do tamanho ótimo, por menor que seja, acarreta crescimento substancial dos custos.
Argumentou-se que as ineficiências gerenciais, apontadas pela teoria tradicional como principal causador do aumento de custos após o tamanho ótimo da planta poderiam ser evitadas com a implementação de modernos métodos de gerência.
Caso as deseconomias gerenciais de fato aparecessem, seriam insignificantes frente às economias de escala, de forma que os custos totais por unidade produzida se manteriam constantes.
Na curva de CMeLP existe uma EME (Escala mínima eficiente) ao invés de um único tamanho ótimo de planta, que representa a menor quantidade a ser produzida de modo a minimizar o CMeLP.
Diferencie economia de escala real de pecuniária.
Economias de escala consistem na queda do CMeLP a medida que se expande a capacidade de produção. Existem economias de escala de duas espécies: 
Economias de escala reais: à medida que cresce a escala de produção são necessários menos insumos para a produção da mesma quantidade de produto; (relacionada com 
Economias de escala pecuniárias: o preço dos fatores de produção decresce com o aumento da quantidade produzida. (relacionada à maior capacidade de barganha ou à economia de escala por parte do fornecedor).
Quais as principais fontes de economias de escala reais?
Divisão do trabalho: permite ganhos com a especialização da mão-de-obra e economia de tempo entre as tarefas realizadas;
Ganhos de especialização: aumenta a produtividade reduzindo CMeLP;
Indivisibilidade técnica: Para cada tamanho de equipamento é possível encontrar retornos crescentes até o esgotamento da capacidade. (exemplo do caminhão – toneladas);
Economias geométricas: Quanto maior a capacidade produtiva do equipamento, menores os custos (médios) de aquisição associados (p.e. capacidade de uma caldeira ou caixa de agua);
Economias associadas à Lei dos Grandes Números: Quanto maior o número de máquinas, menor será o staff de manutenção e o número de peças de reposição necessário (nem todas as máquinas vão quebrar ao mesmo tempo a mesma peça. P.e. ideia do seguro de carro)
Defina economia de escopo.
A Economia de escopo existe quando é mais barato produzir dois – ou mais – produtos conjuntamente do que produzi-los separadamente.
C(qa, qb) < C (qa, 0) + C(0, qb)
FONTES DE ECONOMIAS DE ESCOPO:
Existência de um fator de produção comum: (p.e. a compra de um gerador de energia para suprir quedas eventuais de energia na fabricação de um produto). 
Existência de reserva de capacidade: Ocorre quando insumos podem ser compartilhados para vários produtos em função do processo produtivo (capacidade produtiva ociosa);
Complementariedades tecnológicas e comerciais: (FONTE MAIS IMPORTANTE) Exemplo: NET, que utiliza no mesmo cabo de transmissão de dados 3 serviços.
Diferencieeconomias de escala de economias de escopo.
ECONOMIAS DE ESCALA: Consiste na queda do CMeLP à medida que aumenta a capacidade de produção;
ECONOMIAS DE ESCOPO: Consiste na redução do CMeLP com a diversificação de produtos, pois produzir dois ou mais produtos é menos custoso que produzir um ou outro produto separadamente. 
Dessa forma, a diferença básica entre as economias de escala e de escopo é que as de escala estão relacionadas à capacidade produtiva, ao passo que as economias de escopo estão relacionadas com a diversificação do produto. 
Quais fatores explicam as operações multiplantas de determinadas empresas?
A análise das economias de escala vistas até aqui não levaram em conta a existência de mais de uma planta produtiva por empresa. Porém, na realidade, as empresas multiplantas são as que mais estão presentes. São razões para a existência de operações multiplantas:
Economias de duplicação: Para acompanhar o crescimento do mercado (crescimento da demanda), a empresa deve realizar adições de capacidade produtiva ao longo do tempo;
Custo de transporte: A existência de mercados geográficos dispersos faz com que os custos de transporte de insumos e produtos seja muito alto, criando a necessidade de instalação de uma – ou mais – plantas produtivas para minimizar esses custos;
Alcance de especialização no nível das multiplantas: Acompanhamento de diferentes padrões de demanda; menores custos de reinício;
Flexibilização da operação: possibilidade de compensação produtiva no caso de ocorrência de flutuação ou redução na demanda. (a empresa pode fechar a planta produtiva com maior custo – menor demanda – e operar somente na outras plantas de forma mais eficiente).
Quais os principais fatores que influenciam os custos de transporte quando aumenta o nível de produção de uma empresa?
Levar o produto até o cliente pode limitar as economias de escala no nível de uma única planta produtiva, na medida em que quanto maior o nível de produto, maior deverá ser a venda, e portanto, maior a necessidade de alcançar consumidores. A magnitude do crescimento dos custos de transporte depende de três fatores adicionais:
Tamanho da planta produtiva em relação ao tamanho do mercado: caso a oferta da planta represente apenas uma pequena parcela da demanda, será possível que esta aumente suas vendas sem aumentar seus custos de transporte necessariamente (pelo menos no curto prazo);
Natureza do sistema de preços: Os custos do transporte aumentam com o nível do produto caso os preços sejam uniformes em todos os mercados em que a empresa opera ou é estabelecido por um concorrente local que possua melhores condições competitivas;
Possibilidade de a empresa transferir os custos de transporte para os consumidores: A empresa pode, simplesmente cobrar frete de seus consumidores de acordo com a distância percorrida pelo produto, e dessa forma, fazer com que os custos de transporte cresçam lentamente com o nível de produto.
Quais as explicações da economia tradicional para o decréscimo da eficiência gerencial a medida que cresce o nível de produção?
De acordo com a teoria tradicional da empresa, um aumento na equipe de gerência acarretaria um aumento menos que proporcional na produção, o que causaria, então, o crescimento do CMeLP. Esse decréscimo na eficiência gerencial poderia ser explicado:
Primeiramente pelo fato de que após a empresa ter ultrapassado o tamanho ótimo, a equipe de gerência perderia o controle sobre o processo de decisão.
Maior incerteza inerente ao comportamento da demanda e do processo de competição enfrentado pela empresa de grande porte.
Esses argumentos utilizados pela teoria tradicional para o crescimento do CMeLP foram aos poucos sendo contestados. 
Qual foi o fundador do modelo Estrutura-Conduta-Desempenho?
O modelo ECD foi concebido por Edward E. Mason, da Universidade de Harvard, na década de 1930. Posteriormente recebeu importantes contribuições, dentre as quis destacam-se as realizadas por Bain e Scherer.
Qual é a ideia central do modelo Estrutura-Conduta-Desempenho?
A ideia central do modelo ECD é a de que o desempenho econômico pode ser alterado mediante intervenções sobre a estrutura do mercado e a conduta das firmas, o que serviria de guia para as políticas públicas. 
Apresente as características do modelo Estrutura-Conduta-Desempenho.
DESEMPENHO: depende da conduta ou das estratégias dos compradores e vendedores em diferentes assuntos, como a política e a prática de preços, cooperação explícita ou tácita entre as empresas, estratégias de linha de produto e propaganda;
CONDUTA: Depende da estrutura do mercado relevante, caracterizada pelo número e tamanho dos compradores e vendedores, do grau de diferenciação dos produtos, das barreiras à entrada, entre outros;
ESTRUTURA: é determinada por uma série de condições básicas, do lado da oferta (durabilidade do produto), e do lado da demanda (existência de bens substitutos).
Existem ainda as políticas públicas, que podem interferir na estrutura do mercado ou na conduta, caso o mercado natural falhe na organização da indústria.
Qual a função de um índice de concentração de mercado?
A função de um índice de concentração de mercado é fornecer um indicador sintético da concorrência existente em um determinado mercado. Quanto maior o valor do índice de concentração, menor é o grau de concorrência entre as empresas e mais concentrado (em uma ou poucas empresas) estará o poder de mercado virtual da indústria.
Mercados concentrados são necessariamente menos desejáveis? 
Não. A existência de poder de mercado nem sempre está relacionada a uma ineficiência da concentração de mercado. Uma empresa pode ter uma parcela de mercado elevada não decorrente do poder de mercado, mas advinda de custos reduzidos ou de produtos com qualidade superior. Os consumidores estarão dispostos a pagar mais por um produto que lhe agrade mais, dados os seus gostos subjetivos, logo, o exercício do poder de mercado por parte dessa firma pode inclusive ser benéfico, pois coloca à disposição de seus consumidores um produto com características superiores aos seus substitutos.
Os mercados concentrados não são desejáveis quando existe o oportunista, que busca lucros por avidez e que para isso exerce o abuso do poder de mercado.
Diferencie medidas positivas, normativas, sumárias e parciais.
PARCIAIS: não utilizam os dados da totalidade das empresas em operação na indústria em consideração, mas apenas de uma parte delas (p.e. razão de concentração);
SUMÁRIAS: requerem dados de todas as empresas em operação (p.e. HHI e entropia);
POSITIVAS: são função da estrutura aparente do mercado industrial e não dependem de qualquer parâmetro comportamental;
NORMATIVAS: levam em conta, além da estrutura aparente, os parâmetros comportamentais, que estão relacionados com as preferências dos produtores ou dos consumidores.
Quais são os índices de concentração mais usados? Apresente suas composições.
Explique a capacidade excedente nas industrias onde a entrada é fácil.
O livre ingresso tente a eliminar os lucros anormais, fazendo com que a concorrência imperfeita crie capacidade excedente.
Quais as explicações dos empresários para a existência de capacidade excedente?
Os empresários tendem a negar a existência da capacidade excedente, ou subestimá-las por se sentirem pessoalmente atacados em virtude da perda inerente à capacidade excedente. Um estudo realizado em 1939 explica a capacidade excedente no setor de acabamento de aço por meio de dois fatores:
A demanda está flutuando, e a indústria deve possuir capacidade suficiente para o caso de um período de prosperidade;
A demanda está distribuída entre diversos tipos e qualidades de produto, que exigem instalações separadas, e essa distribuição de demanda entre vários tipos não pode ser prevista corretamente, fazendo-se necessário capacidade de reserva para o caso de possíveis desvios sobre o padrão de demanda. 
Quais as razões apresentadas por Steindl?
EXISTÊNCIA DE FLUTUAÇÕES NA DEMANDA:o produtor deseja ser o primeiro a participar da fase de prosperidade, não deixando a venda para novos concorrentes, que pressionarão o seu mercado quando o período favorável se encerrar;
ATENDER O AUMENTO DA CLIENTELA DE SEU PRODUTO A MEDIDA QUE SE CONSOLIDA NO MERCADO: qualquer produtor que constrói uma nova planta sabe que, durante um período inicial, ele poderá conquistar apenas um mercado restrito, devido à fidelidade dos consumidores e a uma série de fatores bem conhecidos. Assim, ele dimensionará a sua capacidade de modo a deixar bastante campo para uma produção maior, pois espera ser capaz de expandir suas vendas mais tarde.
Porque uma reserva planejada de capacidade pode ser vista como um desperdício do ponto de vista da comunidade?
Porque trata-se de produzir para além da demanda. Para a comunidade como um todo, é possível ocorrer uma expansão do produto por meio da extensão gradativa dos equipamentos de capital, mas o individualismo de um sistema competitivo não permite essa solução, pois cada produtor em concorrência deseja participar de uma expansão de vendas, afim de não perder para novos rivais.
Qual o conceito de capacidade excedente e como pode ser medida a capacidade de uma empresa?
CAPACIDADE EXCEDENTE: refere-se à capacidade excedente existente a longo prazo e trata-se portanto, de uma situação mantida deliberadamente pelos produtores.
	O cálculo da capacidade excedente não é nada simples, e sofre influência de vários fatores externos à análise. Faz-se necessária uma comparação em termos de tempo e/ou uma comparação em termos de firma. A capacidade pode ser medida em termos de horas-máquina: o número de horas-máquina reais dividido pelo número possível de horas-máquina dá a medida de utilização. 
Qual a explicação adotada por Steindl para a rigidez de preços?
A rigidez significa que os preços se modificam com menor frequência e que a amplitude de seus movimentos, nos ciclos econômicos, é muito menos do que nas indústrias “não reguladas pelos preços”.
A explicação para tal rigidez se dá pelos seguintes fatores:
Pequena elasticidade-preço da demanda: os empresários sabem que qualquer redução nos preços acarretaria apenas em um pequeno acréscimo à quantidade vendida; (RELAÇÃO COM A CURVA DE DEMANDA QUEBRADA);
Inclusão do fator tempo: A curva de demanda é mais elástica no longo prazo, no entanto, reduzir preço no curto prazo com recessão não é interessante. Aumentar preços com o aumento dos negócios pode afetar o desenvolvimento da demanda no longo prazo.
Política de preços rígidos é consequência natural;
No longo prazo devem ser considerados os concorrentes estabelecidos e o risco de ingressos novos;
Em períodos de recessão a ameaça à entrada é reduzida: não há motivo para reduzir preços e aumentar preços seria irracional;
Em períodos de expansão a ameaça à entrada aumenta, mas os líderes de preço procurarão não aumentar os preços, pois reduzir preços seria irracional.
Staindl concluiu que a influência do temor de novos ingressos é maior que a elasticidade da demanda na determinação de preços.
 
 
Cite os conceitos de produtor marginal.
Produtor marginal (Ricardo): Satisfaz duas condições: é o produtor de maior custo (médio); e ele não apresenta excedente (P=C). Sob tais condições, todo excedente pode ser explicado pelos diferenciais de custos. (As empresas maiores tem vantagens de custo sobre as menores);
Produtor marginal (produtor de lucro normal): Considera as firmas pequenas como um grupo (melhores e piores juntas) e na média elas juntas estarão em um ponto de equilíbrio com lucro econômico zero (apenas cobre os seus custos).
A competição elimina as pequenas empresas e as médias passam a ocupar essa função.
Firmas de “lucro normal” são pequenas firmas de alto custo Comente essa afirmação.
Qual é a definição de firma para Guimarães? Relacione esta definição com as fontes de financiamento e com a decisão de investir da firma.

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