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Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 1 O que estudamos anteriormente Lei Zero → Temperatura Se dois corpos A e B estão em equilíbrio térmico com um terceiro corpo C (o termômetro) , eles também estarão em equilíbrio térmico entre si. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 2 O que estudamos anteriormente Experimento de Joule → Equivalente Mecânico do calor Mudança de fase Sem mudança de estado físico Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 3 O que estudamos anteriormente Primeira Lei da Termodinâmica ● Calor Q é energia em trânsito de um corpo para outro devido à diferença de temperatura entre eles. ● Trabalho W é a energia que é transferida de um sistema para outro de tal modo que a diferença de temperaturas não esteja envolvida. ● A interação com a vizinhança pode ser de vários tipos: trocando calor, trocando trabalho, ou ambos os casos simultaneamente. ● Q e W são dependentes do processos termodinâmicos pelos quais o sistema passa de um estado de equilíbrio para outro, ou seja, caminhos diferentes fornecem valores diferentes de Q e W. Existe uma variável que independa do caminho? Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 4 O que estudamos anteriormente Primeira Lei da Termodinâmica → Energia Interna Energia interna E é caracterizada pelos diversos tipos de energia possíveis de uma substância quando ela está em determinado estado. A diferença entre a quantidade de calor Q e o trabalho envolvidos em um percurso entre os estados inicial e final, depende apenas dos estados, e fornece o mesmo valor independente do percurso escolhido. dE=dQ−dW dQ=mc dT W if=∫ i f p dV Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 5 O que estudamos anteriormente Primeira Lei da Termodinâmica → Conservação da Energia QAQB=0 QA=−QB Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 6 2º Lei da Termodinâmica Algumas coisas que não acontecem ● Uma moeda deixada sobre uma mesa simplesmente nunca – sem interferência externa – irá flutuar no ar, se tornar tão quente que não possa ser tocada ou inchar até que fique do tamanho de um pires. ● Os fatos citados anteriormente não acontecem, pois é necessário “gastar” ou “usar” energia de algum lugar. Caso contrário estaremos violando o princípio da conservação da energia Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 7 2º Lei da Termodinâmica Algumas coisas que não acontecem ● Café, normalmente em uma xícara, nunca se esfria de modo espontâneo e nem começa a circular. ● Uma extremidade de uma colher colocada em uma mesa nunca se torna quente, de maneira natural, enquanto a outra se esfria. ● As moléculas de ar numa sala nunca se movem, espontaneamente, todas para um canto da sala. Os exemplos anteriores não consomem energia, por que não acontecem? Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 8 2º Lei da Termodinâmica ● Na natureza, temos vários eventos que só ocorrem em um sentido (processo irreversível) de maneira espontânea. ● Imaginem se um corpo quente (temperatura maior que a do ambiente), ao invés de esfriar, aumentasse a sua temperatura? Esse evento não seria impossível, em termos de primeira lei, pois o “corpo quente” retiraria calor do ambiente, e como consequência o ambiente ficaria “mais frio”. ● Por que esse evento não acontece espontaneamente? Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 9 2º Lei da Termodinâmica A direção na qual os eventos naturais acontecem é regido pela Segunda Lei de Termodinâmica, que é expressa de várias formas. Nesta disciplina expressaremos esta lei de quatro formas diferentes, porém equivalentes ● Enunciado de Kelvin ● Teorema de Carnot ● Enunciado de Clausius ● Teorema de Clausius Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 10 2º Lei da Termodinâmica Máquinas Térmicas Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 11 2º Lei da Termodinâmica Máquinas Térmicas ou motor→ Dispositivo que extrai energia do ambiente, na forma de calor, e realiza trabalho útil; Opera em ciclo entre duas fontes térmicas com temperaturas diferentes, ou seja, retira calor da fonte quente e rejeita parte desse calor para uma fonte fria, e a diferença de energia transforma em trabalho mecânico. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 12 2º Lei da Termodinâmica Enunciado de Kelvin É impossível realizar um processo cujo único efeito (processo cíclico) seja remover calor de um reservatório térmico e produzir uma quantidade equivalente de trabalho onde: T 1 e T 2 são as temperaturas da fonte fria e quente respectivamente, W o trabalho realizado pelo motor, e Q 1 e Q 2 são as quantidades de calor da fonte fria e quente respectivamente. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 13 2º Lei da Termodinâmica ε= W |Q2| = |Q2|−|Q1| |Q2| A máquina opera em ciclo, logo ΔE int = 0, e o trabalho resultante feito por ciclo é igual ao calor resultante transferido por ciclo. W=|Q2|−|Q1| A eficiência de uma máquina térmica é: Consequências deste enunciado. ● Não existe uma máquina térmica perfeita, isto é, ε = 1. ● A geração de calor por atrito a partir de trabalho mecânico é irreversível. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 14 2º Lei da Termodinâmica Ciclo de Carnot ● Quatro processos termodinâmicos – Isotérmicos (ab e cd) – Temperatura constante – Adiabáticos (bc e da) – Sem troca de calor com o ambiente Isotermas Adiabáticas Trabalho executado pelo sistema em um gás ideal – Processo isotérmico Gás Ideal Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 15 2º Lei da Termodinâmica ● Comentários em relação ao processo isotérmico (Carnot). – Q2 e Q1 são diferentes de zero, ou seja, são os calores absorvido e descartado pelo sistema respectivamente. – Gás ideal (moléculas que não interagem, ou seja, E pot =0) → Energia interna depende da temperatura. Isotermas Adiabáticas E(T 2)=Ea=Eb E(T 1)=Ec=Ed ΔEab=Qab−W ab→Qab=Q2=W ab ΔEcd=Qcd−W cd→Qcd=Q1=W cd Energia cinética média Para N moléculas Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 16 2º Lei da Termodinâmica ● Quais relações podemos no processo adiabático (bc e da)? Eficiência de uma máquina de Carnot ●Máximo rendimento → Processo reversível ●Nenhuma máquina térmica que opere entre uma fonte quente e fria pode ter rendimento superior ao de uma máquina de Carnot ●Todas as máquinas de Carnot que operem entre essas duas fontes terão o mesmo rendimento. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 17 2º Lei da Termodinâmica Enunciado de Clausius – É impossível realizar um processo cujo único efeito (processo cíclico) seja transferir calor de um corpo mais frio para um corpo mais quente. onde: T 1 e T 2 são as temperaturas da fonte fria e quente respectivamente, W o trabalho executado pelo refrigerador, e Q 1 e Q 2 são as quantidades de calor da fonte fria e quente respectivamente. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 18 2º Lei da Termodinâmica ● O equivalente à eficiência de uma máquina térmica é definido como coeficiente de desempenho de um refrigerador K ● Em um refrigerador de Carnot temos um ciclo passando pelos mesmosestados de uma máquina de Carnot, mas com uma sequência de transformações em um sentido contrário, como mostrado na figura abaixo: Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 19 2º Lei da Termodinâmica ● Enunciado de Kelvin implica Clausius Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 20 2º Lei da Termodinâmica ● Teorema de Clausius – Em um ciclo de Carnot Seja dQ a quantidade de calor que um sistema troca com sua vizinhança, e T a temperatura que ocorre essa troca de calor. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 21 2º Lei da Termodinâmica ● Um processo reversível é composto de pequenos processos entre estados termodinâmicos muito próximos, e quando acontece uma pequena mudança no estado de equilíbrio de um sistema, e ele encontra um novo estado de equilíbrio próximo ao estado inicial. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 22 2º Lei da Termodinâmica ● A entropia S é definida como: ● S é uma função de estado, ou seja, independe do caminho percorrido. ● Para processos reversíveis, a entropia do sistema pode aumentar, diminuir ou permanecer constante. ● A variação de entropia do ambiente é igual, em módulo, e com o sinal oposto a variação do sistema. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 23 2º Lei da Termodinâmica ● Entropia e a 2º Lei da Termodinâmica – Em qualquer processo termodinâmico que vai de um estado de equilíbrio para outro, a entropia do conjunto sistema+ambiente aumenta ou permanece constante. – Não existe máquinas perfeitas ● Ciclo – ΔS sistema =0 → Para sistema, isto é, para o gás que realiza o trabalho. ● A variação de entropia do ambiente é negativo, pois o calor é retirado do reservatório, logo Δs ambiente < 0 ● Logo viola a segunda lei em termos de entropia Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 24 2º Lei da Termodinâmica – Não existe refrigerador perfeito ● Ciclo – ΔS sistema =0 ● Neste caso o ambiente é formado por dois reservatórios ● Como T Q >T F , logo Δs ambiente < 0 ● Logo viola a segunda lei em termos de entropia ΔS= Q TQ − Q T F Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 25 2º Lei da Termodinâmica ● Variação de entropia para processos reversíveis ● Para encontrar a variação de entropia num processo irreversível entre dois estados de equilíbrio, basta encontrar um processo reversível entre estes mesmos estados. – Expansão livre. Q = 0, W=0 e ΔE=0 ● Como T f =T i , escolhemos um processo isotérmico em um gás ideal (dQ=dW) para calcular a variação de entropia. Sf−Si= 1 T∫V i V f dW= 1 T∫V i V f pdV Sf−Si=nRln( V f V i ) Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 26 2º Lei da Termodinâmica – Transferência irreversível de calor ΔSQ= ∫ T +ΔT T dQ T = ∫ T+ΔT T mcdT T =mc ln( T T+ΔT ) ΔSF= ∫ T−ΔT T dQ T = ∫ T−ΔT T mc dT T =mc ln( T T−ΔT ) ΔSQ+Δ SF=mc ln ( T T+ΔT )+mc ln ( T T−ΔT ) Δ S=mc ln ( T 2 T 2+ΔT 2 ) Como a razão do ln é maior que 1, então a variação de entropia é positiva. Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 27 Exercícios Uma máquina térmica absorve 52 kcal de calor e rejeita 36 kcal de calor em cada ciclo. Calcule (a) A eficiência; (b) O trabalho realizado em kcal em kJ por ciclo. Resposta: (a) 0,308; (b)16 kcal Calcule a eficiência de uma usina que usa combustíveis fósseis, consumindo 380 toneladas métricas de carvão por hora para produzir trabalho útil de 750 MW. O calor de combustão de 1kg de carvão é 28 MJ. Resposta: ε = 0,254 Professor Sharon Dantas da Cunha E-mail: sharondantas@ufersa.edu.br 28 Bibliografia Halliday, D., Resnick, R. e Walker, J. Fundamentos de Física Vol. 2, 4º edição. Editora LTC. Nussenzveig, H. M. Curso de Física Básica Vol. 2, 4º edição. Editora Edgard Blücher Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28
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