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Propriedades Térmicas da Matéria - Calor Específico de um Sólido - Parte I Débora Araújo Gois Bacharelado em Ciência e Tecnologia – Laboratório de Ondas e Termodinâmica – Turma XX Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Campus Caraúbas Rio Grande do Norte – Brasil Experimento realizado em 25 de Novembro de 2022 Resumo. Pode-se determinar como calorimetria a parcela da física que estuda as trocas de energia entre corpos ou sistemas. Estas trocas ocorrem na forma de calor no qual um corpo o sistema vai passar calor para o outro e assim ficar em equilíbrio. Esta reação é causada pela passagem de energia térmica do corpo mais quente para o corpo mais frio, consequentemente, a transferência de energia é o que chamamos calor. Palavras chave: “Energia térmica”; “Calor”; “Equilíbrio”. I. Introdução Calorímetros são definidos como aparelhos para medir variações de energia em situações onde a temperatura desempenha um papel primordial. (SIMONI; JORGE 1990). Os calorímetros são uma família de importantes instrumentos destinados a medir variações de energia onde a temperatura desempenha um papel de destaque. Os calorímetros, de um modo geral, são formados por três partes básicas: vaso calorimétrico, ambiente e a parede. (CHAGAS, 1999) A medida direta dos calores envolvidos nas reações químicas é uma parte da calorimetria a qual não é muito valorizada uma vez que muitas destas reações ocorrem sob condições que estão fora do alcance das medidas calorimétricas diretas. (WOLF, 2011) O calor especifico é a capacidade calorifica por unidade de massa. O calor é conservado e flui da substância mais quente para a mais fria até que suas temperaturas se igualem. (MOORE, 1976) Torna-se essencial distinguir a capacidade calorífica no interior de um determinado calorímetro, possibilitando assim o cálculo da quantidade de calor que vem a ser absorvido ou liberado durante a reação. Tal conceito, de acordo com Russel, 1994, fundamenta-se na quantidade de calor essencial para aumentar a temperatura do sistema de 1ºC. Todo corpo ou sistema está propicio a padecer mudanças de estado físico, , estas mudanças ocorrem quando o corpo ou sistema recebe ou perde calor, podendo-se ser definido como calor sensível e latente, isto ocorre quando o corpo ou o sistema recebe calor. A equação que trata o calor sensível é dada pela formula: Q = mc ∆t (Eq.01) Pode-se determinar as variáveis da seguinte maneira: “Q”- Quantidade de calor sensível (cal ou j) “C” – Calor especifico (cal/g°c ou j/kg°c) “M” – Massa (g ou k ) “∆T” – Variação de temperatura (°c) Além disto, tem-se a massa da água equivalente que é calculada pela Eq.02 meq = magq(Tagq – Tf) – magf(Tf – Tagf) (Eq.02) Tf - Tagf Onde magf é a massa de água fria e magq é a massa de água quente. II. Procedimento Experimetal ➢ Material Utilizado: ▪ Calorímetro com agitador; ▪ Um béquer e uma proveta; ▪ Dois termômetros; ▪ Água quente e fria; ▪ Apoio para aquecer o béquer ➢ Experimento: Inicialmente anotou-se o número que estava escrito na parte inferior do calorímetro. Posteriormente, montou-se o aparato experimental, onde colocou -se 50 ml de água fria com uma temperatura de trono de 10°c no interior do calorímetro, tampou-se o conjunto e mediu-se a temperatura inicial do sistema e anotou-se na tabela 01. Preparou-se no béquer 50 ml de água e levou a chapa ate atingir a temperatura morna com temperatura em torno de 45°c ou superior. Leu-se e anotou-se a temperatura inicial da água morna que se encontra no béquer. Derramou-se a água morna do copo de béquer na água fria dentro do calorímetro. Tampou-se o calorímetro. Agitou-se levemente a mistura. Leu-se e anotou-se a temperatura máxima alcançada Tf (temperatura de equilíbrio térmico entre o calorímetro e a mistura). Repetiu-se o procedimento ate o preenchimento da tabela 01. III. Resultados e Discussão Tabela 01: # Tagf (°c) Tagq (°c) Tf (°c) meq (g) 1 28 46 36 12,5 2 28 50 39 4,54 3 28 48 41 16,6 4 28 55 41 3,84 Com os valores expressados na tabela é possível encontrar os valores das massas equivalentes (meq.) Utilizando a equação 02. meq = magq(Tagq – Tf) – magf(Tf – Tagf) Tf - Tagf Então, meq1 = 50 (46 – 36) – 50(36 – 28) 36 – 28 meq1 = 12,5g meq2 = 50(51 – 39) – 50(39 – 28) 39 - 28 meq2 = 4,54g meq3 = 50(56 – 40) – 50(40 – 28) 40 – 28 meq3 = 16,6g meq4 = 50(55 – 41) – 50(41 – 28) 41 – 28 meq4 = 3,84g Assim, como já temos os valores das massas equivalentes, podemos descobrir a massa equivalente média: meqmédio = meq1 + meq2 + meq3 + meq4 4 meqmédio = 12,5 + 4,54 + 16,6 + 3,84 4 meqmédio = 9,37g A água em um calor especifico igual a 1cal/g°C, desta forma podemos encontrar o valor da capacitância do calorímetro: C = mc C = 9,37 g ⸼ 1cal g°C C = 9,37 cal °C Sendo assim a capacitância do calorímetro que foi utilizado na prática é de 9,37 cal/°C. IV. Questionário 1- Quais são as maiores fontes de erro para esta parte do experimento? R: As maiores partes de erros estão relacionadas com as trocas de calor do sistema e ambiente, onde encontrava-se ar condicionado o que pode interferir no sistema. 2- Mostre que a massa do equivalente em água é dada pela Eq.2 R: Qáguaf + Qáguaq = Qcalorímetro m.c.∆t + m.c∆t = m.c∆t E. ∆t +m.c∆t +m,c∆t = 0 E. ∆t = m.c∆t – m.c∆t p/ c=1 E = (m. ∆t – m. ∆t)/ ∆t 3- Qual seria o valor ideal para o equivalente em água do calorímetro para nenhuma perda de calor? R: Igual a 0, pois o equivalente em água é como se considerasse uma quantidade a mais de água dentro do calorímetro que substitui o calorímetro para alcançar as mesmas condições de equilíbrio térmico. Se for igual a 0 não haverá perda. 4- Qual a temperatura final para uma mistura de 20g de água a 10°c com 5g de água a 95°c utilizando o calorímetro dessa prática . R: magf = 20g tagf = 10°c Magq = 5g taq = 95°c meg = 13,31 (tf-10)13,31 = 5(95 – tf) – 20 (tf-10) 13,31 tf – 133,1 = 475 – 5tf – 20tf +200 13,31tf+ 5tf+20tf = 200 +475 +133,1 38,31tf = 808,1 Tf = 21,1°c 5- Um calorímetro contem 370 g de água estando todo o sistema em equilíbrio térmico a 25°c. misturando ao sistema inicial 215g de água a 62°c, a temperatura final de equilíbrio passa a ser de 34°c. Qual o equivalente em água do calorímetro? R: meq = 215(62 -34) – 370 (34-25) = (34-25) 6020 – 3330 9 meq 298,9g V. Conclusão Diante do experimento apresentado constatou-se na prática que em um sistema composto com dois corpos o calor sempre vai passar naturalmente do corpo mais quente para aquele corpo de temperatura menor, logo, ambos os corpos ficam com a mesma temperatura, isto é, ficam em equilíbrio. Além de que, observou-se que quando os sistemas chegavam no ponto que procurávamos tínhamos que tirar os valores imediatamente, pois, a temperatura do corpo varia muito rápido, assim podendo trazer erros para o nosso experimento. Por fim, apesar de alguns erros nos quais são impossíveis descartar, tivemos um resultado satisfatório, onde foi possível comprovar a teoria. VI. Referências [1] SIMONI, José de A.; JORGE, Renato de A. Um calorímetro versátil e de fácil construção. Química Nova, Campinas–SP, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química,v. 13, n. 2, p. 108-111, 1990 [2] CHAGAS, Aécio Pereira. Termodinâmica química: fundamentos métodos e aplicações. Editora da Unicamp. São Paulo, 1999. [3] WOLF, Lúcia Daniela et al. Construção de um calorímetro simples para determinação da entalpia de dissolução. Eclética Química, v. 36, p. 69-83, 2011 [4] MOORE, Walter John. Físico – Química. Volume 1, 4ª edição Americana. São Paulo: Blucher, 1976.
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