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ONLINE Planejamento e Gestao em Servico Social 01

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CADERNO DE ATIVIDADES
Disciplina: Planejame
nto e Gestão em Serv
iço Social
Tema 01: Planejamen
to: fundamentos e in
terpretações
seç
ões
Tema 01
Planejamento: fundamentos e interpretações
Como citar este material:
ASSIS, Maria de Fátima Bregolato Rubira de. 
Planejamento e Gestão em Serviço Social: 
Planejamento: fundamentos e interpretações. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
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Tema 01
Planejamento: fundamentos e interpretações
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Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Contrato de Prestação de 
Serviços: manual teórico e prático”, do autor Jorge Lages Salomo, Editora Juarez de Oliveira, 
2005, PLT 315.
Roteiro de Estudo:
Profa. Marili Siqueira da 
Silva
Administração de Serviços 
de Terceiros 
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Os principais fundamentos do planejamento.
• A relação escola–sociedade.
• A sociedade existente, a hierarquia de valores e a importância de uma visão crítica.
• A realidade e a construção de uma sociedade desejada.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
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Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais as correntes de pensamento que interpretam a relação escola–sociedade?
• Qual a importância do planejamento educacional?
• Qual a dialética entre a realidade existente e a realidade desejada?
• Qual a vinculação do texto ao serviço social?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Planejamento: fundamentos e interpretações
Este tema foi elaborado tendo como base a Parte I, Fundamentos, de seu Livro-Texto, 
A prática do planejamento participativo, do autor Danilo Gandin, p. de 13 a 20. O autor 
trata da importância do planejamento educacional, mas destaca que, ao tratar da escola, 
refere-se aos demais setores da ação social, ou seja, a política, o sindicalismo, a religião e 
suas manifestações, e o governo. Para o autor, quando se pensa a relação da escola com 
a sociedade, são diversos os pensamentos que surgem e estes representam correntes 
filosóficas, científicas, ideológicas ou simplesmente o senso comum. Tais pensamentos 
podem ser completos e globalizantes ou restritos, porém, todos possuem verdades que 
contribuem para explicar a realidade.
Ao fundamentar a necessidade de planejamento, principalmente no âmbito educacional, 
o autor discorre sobre pensamentos que pontuam diferentes visões de educação, escola 
e sociedade. Uma interpretação ingênua e bastante usual pode ser exemplificada com 
a afirmação ”boa escolarização produz bons cidadãos, boas pessoas”. Ou seja, boa 
educação – boa sociedade. “Como não há uma boa educação, não há uma boa sociedade”. 
Essa corrente expressa o pensamento conservador, em que a boa sociedade é aquela 
na qual a harmonia prevalece acima de tudo e o conflito não aparece sob forma alguma. 
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LEITURAOBRIGATÓRIA
Acreditam que a desigualdade entre as pessoas faz parte da natureza humana. Nessa linha 
de pensamento, “a pirâmide social não deve ser questionada”, porque é “assim mesmo”. 
A função da educação é contribuir para que o educando possa ascender nessa pirâmide 
com o próprio esforço, reforçando a tese de que um bom sistema escolar constrói uma 
sociedade boa.
Uma segunda interpretação da relação escola–sociedade parte de um critério, ou seja, uma 
finalidade: o desenvolvimento. Nessa linha de pensamento encontram-se os economistas e 
demais profissionais, que consideram que a “educação é investimento, porque a sociedade 
cresce, desenvolve-se na proporção direta do investimento em educação”. Dessa forma, 
a escola é indicada como investimento para a formação de mão de obra, com vistas ao 
desenvolvimento da sociedade.
Para Gandin (2011, p. 14), essas duas correntes, com possibilidades de várias subdivisões, 
acreditam basicamente que a relação entre a escola e a sociedade é a de que são possíveis 
transformações sociais a partir de mudanças na escola, que é possível introduzir alterações 
significativas na escola sem que tais alterações estejam antes na sociedade. 
A terceira interpretação apresentada pelo autor é completamente oposta no que diz 
respeito ao entendimento sobre a relação escola–sociedade. Enquanto as duas primeiras 
sublinham a força da escola, esta terceira diz que a escola é simplesmente uma função 
da sociedade ou reflexo dessa sociedade em um determinado momento. Tal pensamento 
nasce da reflexão dos sociólogos, cujo critério é a busca da igualdade social. Os adeptos 
dessa corrente questionam: “as escolas podem ajudar na igualdade social numa sociedade 
de desigualdades?”. A resposta encontrada é que nenhum sistema educativo pode ser 
significativamente diferente, melhor ou pior do que é esta mesma sociedade. Gandin (2011, 
p. 16) pontua a questão da reprodução, de forma que os processos educacionais podem ser 
entendidos como reflexos da hierarquia de valores de uma dada sociedade, independente 
desta ser socialista ou capitalista. Isso vale para outras instituições além da escola e para 
outros setores além do educativo. Nessa perspectiva, o processo de reprodução pode ser 
consciente ou não, tendo um discurso diferente de sua prática. 
Para o autor, as pessoas que trabalham em educação podem ser caracterizadas tendo 
como critérios o modo como percebem essa situação e a prática que nela realizam. De 
forma resumida, seguem as características apontadas por Gandin (2011, p. 16):
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1. Os que não se dão conta da incoerência entre o que se diz e o que se faz. Pertencem 
ao grupo dos conservadores.
2. Os que se dão conta dessa situação, mas que, por comodismo, por interesse, por “boa 
vontade” ou por convicção, desejam que tudo siga como está.
3. Os que se dão conta dessa prática reprodutiva, estudam-na e querem transformações 
de maior ou menor envergadura.
Para Gandin, do ponto de vista prático e incluindo todas as possibilidades – dos que se dão 
conta e dos que nem suspeitam que não fazem o que querem –, há três tipos de ações:
a) Dos extremos conservadores: para os quais não há distinção entre a realidade desejada 
e a existente. 
b) Dos extremos revolucionários: para os quais não há ponto de contato entre a realidade 
desejada e a realidade existente.
c) Dos que querem mudanças a partir do que existe: para os quais a realidade desejada e 
a realidade existente têm pontos discordantes.
Para se pensar no planejamento político-social, as pessoas que se encontram representadas 
pela alternativa C são as mais propensas a buscar uma ação transformadora, tendo como meio 
o campo de trabalho em que se atua. Gandin assevera que se trata de uma transformação que 
envolve o crescimento da consciência crítica. Assim, o grupo, o movimento ou a instituição 
deve compreender que se encontra, sempre, num processo de reproduzir. Se as pessoas 
envolvidas não querem viver essa função sem questionamento, é radicalmente importante 
um posicionamento firme, claro e eficaz de impor a seu trabalho um cunho transformador. 
Para o autor, a forma de fazer isto é reproduzindo. Mas não se trata de uma reprodução 
ingênua, com base no senso comum ou na ideologia, mas reproduzindo o que se escolheu, 
com firmeza da opção crítica, teórica e com metodologias eficazes. 
Como isso pode ser feito? Gandin afirma que pode ser feito por meio de um processo de 
planejamento no qual o mais importante seja a tensão, a dialética entre a realidade existente 
e a realidade desejada. Nessa perspectiva, a possibilidade de transformação em dada 
sociedade se dá por meio das ideias divergentes e na hierarquia de valores contraditórios. 
Assim, para Gandin, é possível cultivar o que já está em semente ou em surgimento nessa 
mesma sociedade, através do processo de reprodução consciente e livre. Entende-se, 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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por esse processo de reprodução,que a sociedade desejada exige um projeto educativo 
novo para atingir uma prática transformadora; é um processo de construção cujo caminho 
perpassa pelo planejamento. 
Para relacionar a discussão por ele apresentada ao serviço social, reporta-se a Faleiros 
(2009), que situa sua análise em uma perspectiva de totalidade e essa análise implica a 
busca de contradições e determinações fundamentais de uma problemática, que em outra 
perspectiva seria fragmentada. Sendo assim, a atuação profissional, vista sob a ótica da 
totalidade, coloca-se na mediação entre forças sociais e de forma comprometida com uma 
delas na solução de problemas.
Para Faleiros (2009), 
Essas forças constituem-se a partir de suas praticas, que, por sua vez, inserem-
se e explicam-se pela própria produção do capital e dos homens nesse 
modo de produção. A produção dos homens e sua reprodução, a produção e 
reprodução de seus problemas não são isoladas da produção e da reprodução 
do próprio capital e das relações de dominação que isso implica. (FALEIROS, 
2009, p. 88). 
Ao tratar a relação meio–fim no trabalho social, Faleiros (2009) afirma que a opção objetiva 
por determinados fins profissionais implica, portanto, sua situação nessa relação de poder 
e saber dentro do contexto social global, do desenvolvimento do estado e de suas políticas.
Nesse sentido, 
A atividade humana e as relações entre os indivíduos implicam relações de 
forças e portanto estratégias e táticas [...], o estabelecimento do fim e dos 
objetivos profissionais supõe uma análise das condições em que se realiza 
a própria atuação. Entre elas estão os limites institucionais como também 
os espaços aí disponíveis e as estratégias possíveis. [...] Numa sociedade 
complexa é preciso determinar, portanto, quais são os interesses em jogo em 
relação ao problema específico e assim as funções profissionais podem ser 
teoricamente esclarecidas. (FALEIROS, 2009, P. 89). 
Considerando o contexto brevemente pontuado, assevera-se que a ação social ou a 
intervenção profissional do assistente social insere-se em uma sociedade permeada por 
relações complexas. As problemáticas por ele enfrentadas são polos em torno dos quais há 
interesses em questão. Nesse sentido, Faleiros afirma que: 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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A modificação e a transformação dessas problemáticas não depende, portanto, 
de soluções exclusivamente tecnocráticas, de recursos específicos, mas de 
transformação ou relações que vão além da simples relação profissional. Essa 
perspectiva é que pode permitir a renovação do trabalho social. Com isto 
pode-se superar as visões gerais dos problemas, assim como a submissão 
ao pragmatismo imediatista e ao oportunismo paternalista. As funções do 
Serviço Social não se fundam, portanto, numa simples sociologia ou numa 
historiografia, mas numa análise das forças em presença no desenvolvimento 
global da sociedade. (FALEIROS, 2009, p. 91). 
Resumindo, para que o profissional de Serviço Social tenha uma atuação profissional 
competente, é preciso que traga em sua bagagem o conhecimento histórico da sociedade 
capitalista, bem como das lutas e das forças que comandam a vida em sociedade, de forma 
que seu conhecimento técnico tenha respaldo teórico e compromisso com o projeto ético-
político da profissão.
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Artigos
Acesse o artigo de Vicente de Paula Faleiros, O que Serviço Social quer dizer. Este 
artigo vai lhe dar subsídios para o entendimento do Serviço Social e dos pressupostos 
que historicamente foram construídos para o estabelecimento de uma definição de Serviço 
Social. Revista Serv. Social & Sociedade. n. 108, São Paulo Oct./Dec. 2011. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-66282011000400010&script=sci_arttext>. 
Acesso em: 2 jan. 2014. 
Leia o artigo de Priscila Cardoso; Keli Regina Dal Prá. Disponível em: <http://revistaseletronicas.
pucrs.br/ojs/index.php/fass/article/viewFile/9551/8057>. Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo 
trata da intervenção profissional do assistente social no eixo de planejamento e gestão, e 
vai contribuir para o entendimento do tema desta aula.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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Vídeos
Para uma reflexão acerca da educação e sociedade, do papel da escola e dos educadores, 
assista aos vídeos, com temas afins, que estão disponíveis no seguinte endereço: <http://
www.youtube.com/watch?v=TFWFcJ0Xw2o&feature=autoplay&list=SP369D7EF754D629
40&playnext=5>. Acesso em: 2 jan. 2014.
LINKSIMPORTANTES
AGORAÉASUAVEZ
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
No texto de Danilo Gandin você pode ve-
rificar a intenção de fundamentar a neces-
sidade de planejamento, principalmente no 
âmbito educacional. O autor discorre sobre 
pensamentos que pontuam diferentes vi-
sões de educação e sociedade. Uma das 
visões apresentadas, cuja interpretação é 
ingênua e bastante usual, pode ser exem-
plificada com a afirmação ”boa escolariza-
ção produz bons cidadãos, boas pessoas”. 
Ou seja, boa educação – boa sociedade. 
“Como não há uma boa educação, não há 
uma boa sociedade”. Essa corrente ex-
pressa o pensamento conservador, em que 
a boa sociedade é aquela na qual a har-
monia prevalece acima de tudo e o confli-
to não aparece sob forma alguma. O autor 
acrescenta ainda que nessa linha de pen-
samento, “a pirâmide social não deve ser 
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questionada”, porque é “assim mesmo”. A 
função da educação é contribuir para que o 
educando possa ascender nessa pirâmide 
com o próprio esforço, reforçando a tese de 
que um bom sistema escolar constrói uma 
sociedade boa.
Considerando sua visão de mundo e da 
sociedade, sua vivência como estudante 
e sua experiência enquanto acadêmico 
na modalidade a distância, descreva 
sua opinião sobre a visão conservadora 
da educação, bem como sobre o futuro 
da educação e qual o papel do educador 
na atualidade (mínimo de 15 linhas).
Questão 2:
A afirmação ”boa escolarização produz 
bons cidadãos, boas pessoas”, representa 
uma das visões de educação e sociedade, 
apresentada por Danilo Gandin. Assinale a 
alternativa que indica qual é a corrente de 
pensamento que essa visão expressa:
a) Conservador.
b) Moderno.
c) Desenvolvimentista.
d) Transformação social.
e) Globalizante.
Questão 3:
Uma segunda interpretação da relação es-
cola–sociedade, na visão de Danilo Gan-
din, é feita a partir de um ponto de vista, 
de um critério, ou seja, uma finalidade: 
________________________. Assinale a 
alternativa correta que completa a frase.
a) a igualdade.
b) o desenvolvimento.
c) o crescimento econômico.
d) a escolarização.
e) o planejamento.
Questão 4:
Assinale as alternativas com V para verda-
deiro e F para falso. 
De acordo com Faleiros: 
( ) A atividade humana e as relações entre 
os indivíduos implicam relações de forças 
e, portanto, estratégias e táticas. 
( ) O estabelecimento do fim e dos obje-
tivos profissionais supõe uma análise das 
condições em que se realiza a própria atu-
ação. 
( ) Numa sociedade complexa é preciso 
determinar, portanto, quais são os interes-
ses em jogo em relação ao problema es-
pecífico, e assim as funções profissionais 
podem ser teoricamente esclarecidas. 
AGORAÉASUAVEZ
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( ) Numa sociedade complexa as funções 
profissionais são teoricamente resolvidas, 
pois não existem interesses em jogo.
a) F, V, V, F.
b) V, F, V, V.
c) V, V, V, F.
d) V, V, F, F.e) V, F, F, F. 
Questão 5:
Em uma segunda interpretação da relação 
escola–sociedade, apresentada por Dani-
lo Gandin, encontram-se os economistas 
e demais profissionais, que consideram 
que a “educação é _______________, 
porque a _______________cresce, 
desenvolve-se na proporção direta do 
___________________ em educação”.
Assinale a alternativa que completa as la-
cunas de acordo com o texto.
a) desenvolvimento, população, 
investimento.
b) necessária, população, investimento.
c) imprescindível, sociedade, 
investimento. 
d) o futuro, a população, investimento.
e) investimento, sociedade, investimento. 
Questão 6:
Gandin (2011, p. 16) pontua a questão da 
reprodução, de forma que os processos 
educacionais podem ser entendidos como 
reflexos da hierarquia de valores de uma 
dada sociedade, independente desta ser 
socialista ou capitalista. Isso vale para 
outras instituições além da escola e para 
outros setores além do educativo. Nessa 
perspectiva, o processo de reprodução 
pode ser consciente ou não, tendo um 
discurso diferente de sua prática. 
Para Gandin, as pessoas que trabalham em 
educação podem ser caracterizadas tendo 
como critérios o modo como percebem 
essa situação e a prática que nela realizam. 
Descreva as características apontadas por 
Gandin.
Questão 7:
Para Gandin, para os grupos, movimentos 
ou instituições que compreendem que 
se encontram sempre num processo 
de reproduzir, torna-se radicalmente 
importante um posicionamento firme, 
claro e eficaz de impor a seu trabalho um 
cunho transformador. Para o autor, a forma 
de fazer isso é reproduzindo, já que não 
existe outra alternativa possível. Mas não 
se trata de uma reprodução ingênua, com 
base no senso comum ou na ideologia, 
mas reproduzindo o que se escolheu, com 
AGORAÉASUAVEZ
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firmeza da opção crítica, teórica e com 
metodologias eficazes. 
Com base no texto, responda como isso 
pode ser feito?
Questão 8:
Faleiros (2009) apresenta uma discussão 
cuja análise situa-se em uma perspectiva 
de totalidade. 
A análise sob essa perspectiva implica o 
quê?
Questão 9:
A atuação profissional do assistente social, 
vista sob a ótica da totalidade, coloca-se na 
mediação entre forças sociais e de forma 
comprometida com uma delas na solução 
de problemas.
Para Faleiros (2009), como se constituem 
essas forças?
Questão 10:
Para Faleiros (2009), a intervenção 
profissional do assistente social insere-se 
em uma sociedade permeada por relações 
complexas. As problemáticas por ele 
enfrentadas são polos em torno dos quais 
há interesses em questão. 
Na visão do autor, qual é a perspectiva que 
pode permitir uma renovação do trabalho 
social?
 
AGORAÉASUAVEZ
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Neste tema, você pôde aprender e refletir sobre os fundamentos do planejamento, 
as correntes de pensamento que interpretam a relação escola–sociedade, a sociedade 
existente, o processo de reprodução e as características e as principais ações das pessoas 
que atuam na educação ou em áreas afins. Viu que é fundamental a conquista de uma visão 
crítica da realidade para uma prática transformadora e a construção de uma sociedade 
desejada. Também pode refletir nas relações que envolvem a atuação do assistente social, 
que atua com as problemáticas oriundas de uma sociedade complexa, e que, segundo 
Faleiros (2009), “a modificação e a transformação dessas problemáticas não depende de 
soluções exclusivamente tecnocráticas, de recursos específicos, mas de transformação ou 
relações que vão além da simples relação profissional. Essa perspectiva é que pode permitir 
a renovação do trabalho social”. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
FALEIROS, Vicente de Paula. Metodologia e Ideologia do Trabalho Social. 11. ed. – São 
Paulo: Cortez, 2009.
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo: na educação e em outras 
instituições, grupos e movimentos dos campos cultural, social, político, religioso e 
governamental. 19. Ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
REFERÊNCIAS
16
Planejamento: planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um 
conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade 
um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente.
Estratégia: arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista 
a objetivos específicos.
Planejamento estratégico: é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a direção 
a ser seguida pela organização e a definição de meios para se realizar um objetivo.
Reprodução social: processo mediante o qual uma sociedade, através de diversos 
mecanismos, reproduz a sua própria estrutura.
Totalidade: perspectiva de trabalho para compreender a realidade nas suas contradições 
e transformá-las praticamente.
Pragmatismo: doutrina segundo a qual as ideias são instrumentos de ação que só valem 
se produzirem efeitos práticos.
GLOSSÁRIO
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GABARITO
Questão 1
Resposta: Nesta questão a resposta é livre, pois pretende-se que o aluno relate, considerando 
seu conhecimento e sua vivência.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Justificativa: Ao fundamentar a necessidade de planejamento, principalmente no âmbito 
educacional, o autor discorre sobre pensamentos que pontuam diferentes visões de 
educação, escola e sociedade. A interpretação pontuada nesta questão expressa o 
pensamento conservador, onde a boa sociedade é aquela em que a harmonia prevalece 
acima de tudo e o conflito não aparece sob forma alguma.
Questão 3
Resposta: Alternativa B.
Justificativa: A frase completa consta no texto. Segundo o autor, o desenvolvimento é posto 
como um critério ou finalidade. Nessa linha de pensamento encontram-se os economistas e 
demais profissionais, que consideram que a “educação é investimento, porque a sociedade 
cresce, desenvolve-se na proporção direta do investimento em educação”.
Questão 4
Resposta: Alternativa C.
Justificativa: As frases consideradas verdadeiras constam no texto do autor e estão 
contempladas também no item Leitura Obrigatória deste caderno. A única frase falsa não 
consta no texto.
18
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Justificativa: A questão 5 solicita o preenchimento das lacunas. A frase completa consta no 
texto do autor e no item Leitura Obrigatória.
Questão 6
Resposta: As características apontadas por Gandin são:
1. Os que não se dão conta da incoerência entre o que se diz e o que se faz. Pertencem ao 
grupo dos conservadores.
2. Os que se dão conta dessa situação, mas que, por comodismo, por interesse, por “boa 
vontade” ou por convicção, desejam que tudo siga como está.
3. Os que se dão conta dessa prática reprodutiva, estudam-na e querem transformações de 
maior ou menor envergadura.
Questão 7
Resposta: Gandin afirma que pode ser feito por meio de um processo de planejamento, no 
qual o mais importante seja a tensão, a dialética entre a realidade existente e a realidade 
desejada. Nessa perspectiva, a possibilidade de transformação em dada sociedade se 
dá por meio das ideias divergentes e na hierarquia de valores contraditórios. Assim, para 
Gandin, é possível cultivar o que já está em semente ou em surgimento nesta mesma 
sociedade, através do processo de reprodução consciente e livre.
Questão 8
Resposta: A análise sob a perspectiva de totalidade implica na busca de contradições 
e determinações fundamentais de uma problemática, que em outra perspectiva seria 
fragmentada.
Questão 9
Resposta: Essas forças constituem-se a partir de suas práticas, que, por sua vez, inserem-
se e explicam-se pela própria produção do capital e dos homens nesse modo de produção. 
Aprodução dos homens e sua reprodução, a produção e reprodução de seus problemas não 
GABARITO
19
GABARITO
são isoladas da produção e da reprodução do próprio capital e das relações de dominação 
que isso implica. (FALEIROS, 2009, p. 88). 
Questão 10
Resposta: Segundo Faleiros, a modificação e a transformação dessas problemáticas não 
dependem de soluções exclusivamente tecnocráticas, de recursos específicos, mas de 
transformação ou relações que vão além da simples relação profissional. Essa perspectiva é 
que pode permitir a renovação do trabalho social. Com isso se pode superar as visões gerais 
dos problemas, assim como a submissão ao pragmatismo imediatista e ao oportunismo 
paternalista. As funções do serviço social não se fundam, portanto, numa simples sociologia 
ou numa historiografia, mas numa análise das forças em presença no desenvolvimento 
global da sociedade. (FALEIROS, 2009, p. 91).

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