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Resumo Prisão e Medidas Cautelares

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Resumo prova 1º bim- Amanda Kusma
MEDIDAS CAUTELARES PESSOAIS
São medidas restritivas ou privativas de direito de locomoção adotadas contra um acusado ou investigado.
Requisitos: estará possível nas hipóteses de:
Fumus comissi delicti: consiste na plausibilidade do direito de punir, que se evidencia pela prova da existência/materialidade do crime e pela presença de indícios suficientes de autoria/participação.
Periculum libertatis: consiste no perigo que a preservação do direito de liberdade do
Investigado/acusado representa para a efetividade da atividade persecutória do Estado, a aplicação da lei penal, a ordem pública e a ordem econômica
De oficio pelo juiz? DEPENDE
- Durante o inquérito policial NÃO PODE, pois viola a imparcialidade.
-Durante o curso do processo PODE, não viola a imparcialidade, até porque o juiz tem o dever de zelar.
Quem pode decretar?
No curso da investigação, pode ser mediante representação da AUTORIDADE POLICIAL ou a requerimento do MP, aqui não cabe o assistente de acusação
No curso do processo, mediante requerimento das partes (MP, assistente de acusação, acusado\advogado, e os querelantes via apprivada.
*sumula 208 STF- está ultrapassada, o assistente de acusação já possui a garantia de legitimidade durante o processo, podendo sim recorrer de habeas corpus.
MC como instrumento de contracautela: serve para substituir prisão anterior em flagrante, preventiva ou temporária.
MC como instrumento cautelar: o acusado estava em liberdade plena
Antes da lei de 2011, o contraditório sobre medidas cautelares ocorria depois da sua decretação (diferido), depois desta lei, o contraditório passou a ser prévio.
A mesma lei também veio para acabar com a bipolaridade das MCpessoais, porque antes, o juiz só possuía duas opções, ou decretava a prisão cautelar, ou decretava liberdade provisória com o sem fiança e com seus requisitos periódicos. Após a entrada da lei, foram preservadas as cautelares e também foi possibilitado que a liberdade provisória fosse cumulada com outras 10 medidas cautelares diversas da prisão.
-Para aplicar uma medida cautelar, assim como qualquer outra decisão, deverá a mesma ser fundamentada com risco de ser nula. É o princípio tácito da individualização das medidas cautelares.
PRESSUPOSTOS PARA APLICRA AS MC
-Quando necessárias para aplicar a lei penal, investigação ou evitar práticas de infrações penais.
-For adequada para a gravidade do crime, as circunstancias do fato e as condições pessoais do indiciado ou acusado.
-Estipulação dos requisitos supra deu azo a possibilidade de utilizar os princípios da razoabil. E proporcionalidade. Da medida mais adequada.
*só poderá aplicar medida cautelar quando for sancionada com pena privativa de liberdade, independentemente de ser isolada, cumulativa ou alternada a outra pena.
-Não pode medida cautelar em porte de drogas para uso pessoal, pois não é um crime com pena privativa de liberdade.
- As medidas cautelares poderão ser aplicadas pelo JUIZ no CURSO DA INVESTIGAÇÃO OU DO PROCESSO, isolada ou cumulativa. (As privativas de liberdade são aplicadas de maneira isolada)
A cautelar de fiança se subtrai dessa cláusula de reserva da jurisd. Podendo ser concedida pela autoridade policial em caso de anterior prisão em flagrante, desde que A PENA MAX NÃO SEJA SUPERIOR A 4 ANOS
- A medida cautelar perdurará enquanto o processo estiver em curso e fizer vigente seus pressupostos.
-Segundo a doutrina a decisão que impõe MC pode ser atacada por recurso em sentido estrito, em negar, arbitrar, cassar ... embora o rol seja taxativo ele admite interpretação extensiva; admite habeas corpus, mesmo não envolvendo diretamente a liberdade de locomoção.
DESCUMPRIMENTO INJUSTIFICADO: ao descumprir qualquer obrigação imposta, o juiz poderá de ofício ou mediante requerimento (MP e assistente, ou querelante) substitui medida com outra cumulada, ou decretar prisão preventiva.
- Para ser crime de desobediência, o descumprimento deve inexistir na sanção específica, segundo o STJ.
REVOGAÇÃO, SUBSTIUIÇÃO E REDECRETAÇÃO:
O juiz poderá revogar ou substituir quando verificar falta de motivo para que continue, assim como voltar a decretá-la se sobrevier razoes.
A revogação decorre da cláusula rebus sic stantibus (enquanto as coisas estão)
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISAO
Comparecimento periódico em juízo- no prazo fixado pelo juiz, para justificar suas atividades de maneira idônea
Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
Proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; não precisa ser, necessariamente, a vítima.
Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
Suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável; A aplicação desta medida demanda a satisfação de três requisitos: O crime deve ter sido cometido com violência ou grave ameaça; os peritos devem concluir, em laudo de insanidade mental; deve haver risco de reiteração criminosa.
Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
Monitoração eletrônica. Na prática, costuma não ser aplicada em razão da inexistência de recursos.
É medida vexatória? Não, pois os direitos fundamentais não são absolutos, de tal sorte que, em alguns casos cedem lugar para a preservação de outros direitos. 
A proibição de se ausentar do país deve ser comunicada pelo juiz às autoridades, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 horas, impõe-se também a proibição de expedição de novo passaporte ao indiciado
PRISÃO
É um ato pelo qual alguém é privado da sua liberdade de locomoção. É uma medida excepcional do dto a liberdade.
A nossa CF só permite prisão em duas situações:
Prisão em flagrante delito, ou por decisão fundamentada de autoridade competente.
Permite também a prisão em estado de defesa e sítio
EXISTEM 5 ESPÉCIES DE PRISÃO
Prisão pena: aquela advinda de uma sentença judicial
Transitada em julgado e devidamente fundamentada com privação da liberdade.
Prisão sem pena/cautelar/provisória: é aquela que ocorre durante o IP ou da ação penal, depende do FCD e PL
Prisão civil: é aquela que SOMENTE será cabível em casos de obrigação alimentícia. Não do dep. Infiel
Prisão administrativa: é decretada por autoridade ADMINISTRATIVA, que tem a finalidade de cumprir determinada obrigação. No estado de defesa e sitio a autoridade não judiciaria poderá decretar prisão independente de autorização judicial, somente nisto. Já o estatuto do estrangeiro, que admite a expulsão por autoridade adm. não foi recepcionada pela nossa constituição, não sendo, portanto, considerada pela maior parte da doutrina como válida.
Prisão disciplinar: é a modalidade cabível em crimes militares, serve para crime propriamente militar
Prisão para averiguação: PROIBIDA consiste na privação momentânea, fora das hipóteses legais, para investigação.
PRISÃO E PROCEDIMENTOS
São prisões provisórias, podendo ser em Flagrante, Preventiva e Temporária.
-Foram revogadas as prisões advindas de sentença de pronuncia, e em razão da prolação da sentença penal condenatória. (A de pronuncia não é mais válida, pois tanto para prender quanto para soltar com MC precisa ser fundamentado) (e foi revogado também que o réu precisava ser preso para poder recorrer)
*somente a prisão em flagrantenão necessita de ordem judicial.
Sob pena de nulidade o mandado de prisão deve: 
- Ser lavrado pelo escrivão e assinado pelas autorid.
- Designar a pessoa presa pelo nome e características
- Mencionar a infração que motiva a prisão
- Declarar o valor da fiança quando esta for
- Ser dirigido para quem tem qualidade para prosseguir
Se a pessoa que estiver presa estiver fora da jurisdição utilizará da precatória dentro do território nacional. Se houver urgência na prisão poderá se utilizar qualquer meio de comunicação que constará os todos os motivos, e a autoridade que receber a requisição tomará as cautelas necessárias p/ autenticar.
- Ao ser preso, o juiz terá 30 dias para remover o preso para sua jurisdição, além de inserir no banco de mandados de prisão.
A ordem de prisão poderá ser cumprida a qualquer hora do DIA desde que respeitando a inviolabilidade do domicilio. – Com o mandado de prisão, deve se intimar a pessoa. (Se for dia, e não for obedecido, com 2 testemunhas poderá arrombar a casa) (se for noite, guardará todas as saídas da casa até amanhecer a arrombar a casa) consistirá em desobediência se houver resistência durante o dia
*a ordem será cumprida a partir do momento em que o sujeito tomar conhecimento do mandado, intimando-o e acompanhando-o.
Nessa situação se entrega uma das vias do mandado com o dia, hora e local.
-Se o preso não quiser assinar o recibo sobre a entrega, se fará com a assinatura de 2 testemunhas.
- No momento da prisão, será certificado sobre seus direitos de permanecer em silencio, identidade dos responsáveis pela prisão, e informar sua família e adv. da sua prisão (se não possui adv. vai p/ defensoria p.)
- O diretor ou carcereiro também possuirá uma cópia do mandado de prisão, a quem deverá entregar um recibo da entrega do preso com dia e hora. Se não fizer isso cabe abuso de autoridade.
Em regra, o mandado de prisão pode ser feito a força
(Nos casos de resistência ou tentativa de fuga), dentro dos limites da ocasião, que deverá ser anotado e ter testemunhas. O uso de algemas só é realmente licito nos casos resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, sendo necessário que a medida excepcional seja justificada por escrito, sob pena de responsabilidade
Em caso de perseguição pode ser capturado em outro município ou comarca, onde será apresentado para autoridade local e depois de lavrado os autos providenciará a remoção. (Perseguição são as buscas de maneira ininterrupta, mesmo que temporariamente perde-se de vista o perseguido)
Os presos provisórios ficam separados dos definitivos! É na cadeia pública que ficam os provisórios, e na penitenciaria os definitivos.
- A prisão poderá ser feita por qualquer pessoa.
PRISÃO ESPECIAL
No Brasil existe a seletividade da prisão especial nos casos em que o indivíduo ficará separado dos demais.
É o caos do militar preso em flagrante, que deverá ser recolhido no quartel ou instituição que pertencer
- A não existência de estabelecimento especial, não significa prisão domiciliar. Nesse caso, fica na mesma unidade em que os outros presos, mas em uma cela distinta.
- Esta modalidade apenas é assegurada durante o inquérito e no curso do processo. Após a sentença transitar em julgado ficará junto ao sistema comum (salvo se antes do fato era funcionário da justiça criminal, assim ficará em sela especial até o fim de sua pena) coloca-la em cela comum, seria como sua pena de morte.
QUEM POSSUI O DIREITO A PRISAO ESPECIAL?
- Ministros de estado
- Governadores de estado ou territ. Prefeito do DF, prefeito municipal, vereadores, chefes de polícia
- Membros do parlamento nacional, conselho de economia, assembleia legislativa
- Cidadãos escritos no livro de mérito
- Oficiais das forças armadas, militares dos estados, territ. e DF
- Os magistrados, membros da defensoria publica
- Diplomados por qualquer faculdade superior
- Ministro de confissão religiosa, e do tribunal de contas
- Cidadãos que já foram jurados efetivamente (basta estar com o nome no rol dos convocados), salvo os excluídos da função
- Delegados, membros do MP, oficiais da marinha
- Dirigentes e administradores sindicais, servidores públicos
- Pilotos de aeronaves nacionais
- Funcionários da polícia civil dos estados
- Professores de ensino de 1 e 2 graus
- Juízes de paz
- O presidente da república não será preso por nenhuma medida cautelar, somente após transito em julgado condenatório.
*obs. não pode confundir prisão especial com os presos provisórios e definitivos
-Se já preso provisório, advir nova condenação por outro crime, perde-se o direito a prisão especial.
PRISÃO EM SALA DE ESTADO MAIOR
O ADVOGADO tem o direito de ser recolhido em sala de estado maior antes de transitar em julgado, se esta não existir será em prisão domiciliar. Não precisa ser reconhecida pela OAB apenas comunicada
Os membros do MPU e da defensoria pública, podem ser recolhidos tanto na prisão especial, quanto em sala de estado maior.
PRISAO PROVISÓRIA DOMICILIAR
Consiste no recolhimento do acusado em sua residência, podendo se ausentar somente com autorização judicial.
O juiz poderá substituir a prisão preventiva por domiciliar apenas quando:
-For maior de 80 anos
-Extremamente debilitado por doença grave
-Imprescindível aos cuidados de menor de 6 anos ou com deficiência
Gestante (a partir do 7 mês)
Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
Para isso exige prova idônea dos requisitos necessários. O benefício poderá ser aplicado para qualquer infração.
- A prisão domiciliar não exonera o eu da obrigação de comparecer quando convocado, ou sujeito as demais limitações.
- Por requerimento do MP ou de autoridade policial, poderá ser submetido a vigilância policial.
- A violação de qualquer condição acarreta na perda do benefício, onde ficara separado dos demais presos, mas no estabelecimento penal. (Ficará nas tarefas adm. da prisão)
- a prisão domiciliar NÃO É MEDIDA CAUTELAR
Não é possível substituir prisão temporária por domiciliar
Apenas na prisão preventiva pode, o silencio em relação a temporária se dá por ser esta com um prazo totalmente reduzido por até 30 prorrogável por mais 30.
PRISÃO DO ELEITOR
Nenhuma autoridade poderá, desde 05 dias antes e até 48h depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto
PRISÃO DE ÍNDIOS
As penas de reclusão e de detenção serão cumpridas, se possível, em regime especial de semiliberdade, no local de funcionamento do órgão federal de assistência aos índios mais próximo da habitação do condenado. Esta medida é aplicada para preservar os usos, costumes e tradições das comunidades indígenas,
Bem como conferir segurança àquele que vive à margem da sociedade.
PRISÃO EM FLAGRANTE
É medida de autodefesa da sociedade, com a prisão da liberdade daquele surpreendido em situação de flagrância, independente de autorização judicial.
- Se tratando de infração penal de menor potencial ofensivo, se o autor for surpreendido será lavrado o termo circunstanciado e encaminhado ao juizado, não se imporá prisão em flagrante nem exigir fiança.
Três são as hipóteses legais de flagrante prevista no art. 302 do CPP.
Flagrante próprio/real/verdadeiro/em sentido próprio: ocorre quando o sujeito é surpreendido durante ou imediatamente após a prática da infração penal, ainda no local dos fatos, sem que tenha havido qualquer intervalo de tempo. “Acaba de cometê-la”
Flagrante impróprio/irreal/imperfeito/quase-flagrante: ocorre quando o agente é perseguido, logo após a infração, é imprescindível que haja perseguição (ininterrupta) iniciada logo após a infração.
Flagrante presumido/ficto/assimilado: ocorre quando o agente é encontrado, logodepois da prática da infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
FLAGRANTE FORJADO: É a espécie de flagrante (proibida) onde é realizado para incriminar um inocente. E a prisão é ilegal.
FLAGRANTE ESPERADO: ocorre quando a polícia toma conhecimento de um crime, e fica na espera de que seus atos executórios se iniciem para dar o flagrante (permitido)
FLAGRANTE PREPARADO/PROVOCADO: ocorre quando o terceiro é provocado ou induzido a cometer um crime (proibido), pois a consumação será impossível, vendo que durante os atos executórios já haverá prisão (sumula 45 do STF, não há crime quando a preparação do flagrante torna impossível pela polícia)
FLAGRANTE POSTERGADO/DIFERIDO: caracteriza quando se tem a possibilidade de retardar a prisão em flagrante na expectativa de realiza-lo num momento mais adequado.
Precisa ser previamente comunicado ao juiz competente
*atentar sobre as diferenças do prorrogado para o esperado.
*entrega vigiada: quando se admite a saída de um produto ilícito a fim de investigar infrações e definir autores. Ela pode ser limpa ou suja (troca o produto ou não)
FLAGRANTE EM CRIME PERMANENTE
O flagrante será possível enquanto não cessar a infração, pois o crime se protrai no tempo.
FLAGRANTE EM CRIME HABITUAL
= pratica repetida de determinada conduta
Não há consenso em relação se cabe ou não flagrante, visto que por ser costumeiro não se sabe qual conduta é preparação ou consumação.
FLAGRANTE EM CRIME DE A.P. PRIVADA
É possível, não cabe distinção entre pública e privada.
Entretanto é preciso que o ofendido autorize a lavratura dos autos, ratificando a prisão, sob pena de relaxamento (estando preso, o ofendido tem 5 dias para prestar queixa, e deverá ser concluído em 10 dias)
FLAGRANTE EM CRIME CONTINUADO
É possível, visto que se pratica várias ações independentes
SUJEITOS DO FLAGRANTE
Sujeito ativo: quem efetua a prisão (qualquer um do povo é facultativo, autoridade é compulsório)
O sujeito passivo é aquele em que estiver no estado de flagrância
PESSOAS IMUNES A FLAGRANTE:
-Menores de 18 anos
-Presidente da republica
-Diplomatas estrangeiros
-Aquele que prestar socorro à vítima de transito
- Que for surpreendido com o USO de entorpecentes
- O que se apresentar espontaneamente
SOMENTE PODEM SER PRESOS EM FLAG. DE CRIME INAFIANÇAVEL: membro do CN, deputado est. Magistrados, membros do MP (o adv. só se for motivo relacionado ao exercício da função). Os inimputáveis também podem ser presos em flagrante, após isso pode aplicar a medida de segurança.
AUTO DE PRISAO EM FLAGRANTE
Para lavrar os autos são necessária prova de materialidade + indicio de autoria
A autoridade competente é do local da prisão, ainda que outro o local do crime (inexistindo, será encaminhado a mais próxima)
- Nos casos de o crime ser praticado na presença de autoridade, o mesmo poderá lavrar os autos, e no crime militar é o oficial designado que presidirá.
*o auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz dentro de 24h após a prisão (no mesmo prazo entregue ao preso o recibo, nota de culpa com motivo, nome do autor e testemunhas) a falta da entrega gera nulidade e enseja relaxamento da prisão.
Apresenta o preso > ouve o condutor > colhe a assinatura > entrega uma cópia e o recibo de entrega do preso > em seguida a oitiva das testemunhas (min2) > assinaturas > lavrando a autoridade o auto.
Resultando das respostas fundadas a suspeita, a autoridade determinará a prisão, exceto nos casos em que prestar fiança, e prosseguirá com os atos do inquérito ou processo. Se não constatar fundadas suspeitas, ele relaxará a prisão justificando o porquê.
AUDIENCIA DE CUSTÓDIA
Audiência pelo juiz após a prisão em flagrante.
Tem por finalidade verificar a integridade física e moral do flagranteado. Toda pessoa tem direito
O prazo para realizar a aud. de custódia é o mesmo da prisão em flagrante, 24h e o preso não será ouvido a respeito do mérito do crime.
- A convalidação é o procedimento em que o juiz recebe o auto da prisão em flagrante, e ele deverá fundamentalmente:
Relaxar se a prisão for ilegal: nos casos de flagrância em que não foram observadas formalidades legais ou constitucionais.
Converter em prisão preventiva quando estiver presente os requisitos de FCD ou PL, e as demais medidas cautelares forem inadequadas ou insufic.
Conceder liberdade provisória com ou sem fiança: pode ser acompanhada de MC, não é vedada liberdade provisória.
*o juiz não pode converter a prisão em flagrante em p. preventiva de ofício, pois está na fase investigatória e o juiz nessa fase não pode decretar de oficio sob pena de ofensa ao princ. do acusatório
*poderá o juiz conceder liberdade provisória se verificar que o ato foi praticado em estado de necess. Ou leg. Defesa (mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais).
*a revogação da liberdade provisória não autoriza a prisão preventiva, mas sim a aplicação de outras medidas cautelares diversas desta.
*relaxar a prisão também não impede decretação da prisão preventiva ou temporária.
PRISÃO PREVENTIVA
2 pressupostos + 1 fundamento + cond. De admissib
Para declarar a prisão preventiva, necessita o preenchimento dos 3 requisitos.
Pressupostos
- Pressupostos positivos: prova de crime + indícios de autoria
- Pressupostos negativos: não se fazerem presentes causas excludentes de ilicitude; e caracterização do fumus comissi delicti 
Fundamentos
-Garantia da ordem pública ou econômica
- Conveniência da instrução criminal ou necessidade de assegurar a aplicação da lei penal
- Perigo da permanência do acusado em liberdade, para a aplicação da lei penal, investigação ou instrução criminal e para segurança da coletividade.
Condições de admissibilidade será admitida:
- Nos crimes dolosos com pena Max superior a 4 anos
- Condenado por outro crime doloso em menos de 6 anos da pena
-Se envolver violência doméstica ou familiar
-Quando houver dúvida sobre a identidade civil ou não fornecer elementos suficientes
PRISAO PREVENTIVA ADVINDA DO DESCUMPRIMENTO DE MEDIDA CAUTELAR
Corrente (majoritária) sustenta que a prisão preventiva pode ser decretada em qualquer caso, inclusive fora das hipóteses do art. 313 do CPP, desde que tenha havido o descumprimento injustificado de obrigação decorrente de medida cautelar anteriormente imposta, pois é necessário emprestar coercibilidade às cautelares.
ESPÉCIES DE PRISÃO PREVENTIVA
Três são as espécies de prisão preventiva:
A prisão preventiva autônoma: é aquela decretada independentemente de qualquer prisão ou medida cautelar anterior.
A prisão preventiva como conversão: é aquela decretada a partir de uma anterior prisão em flagrante
Legal.
A prisão preventiva subsidiária ou substitutiva: é aquela decretada em razão do descumprimento de obrigação decorrente de medida cautelar anteriormente imposta.
DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Pode ser decretada tanto na fase de investigação quando no decurso do processo. Por requerimento do MP ou autoridade policial (delegado), do assistente, ou do querelante.
- Pode ser decretada antes da instauração do inquérito, desde que formulado pelo MP, presentes os requisitos autorizadores.
Há entendimento doutrinário de que, uma vez decretada a prisão preventiva, o MP deve oferecer a denúncia, não podendo requerer a devolução do inquérito à autoridade policial para a realização de outras diligências, uma vez que, tanto para a decretação da custódia cautelar, quanto para a propositura da ação penal, são necessários os mesmos requisitos, quais sejam: a prova da existência do crime e a presença de indícios de autoria.
- A prisão preventiva, uma vez decretada possui a clausula rebus sic stantibus, que será mantida enquanto estiverem presentes os motivos que a determinaram.
A prisão preventiva tem prazo determinado? Como regra não. Nada obstante, devem ser observados os prazos previstos em lei para a prática dos atos processuais, sob pena de excesso deprazo na formação da culpa e consequente relaxamento da prisão;
PRISÃO TEMPORÁRIA
I- Tem o objetivo de assegurar a eficácia das investigações criminais quanto a alguns crimes graves.
É decretada pelo juiz (NÃO PODE DE OFICIO) durante o curso das investigações, inquérito, investigação pelo MP.
Essa prisão terá prazo determinado de 5 podendo ser prorrogada por mais 5, e nos crimes hediondos de 30 prorrogável por mais 30. (Só se extrema necessidade)
O prazo começa da prisão, independente do horário
-Ao passar o prazo deverá IMEDIATAMENTE ser colocado em liberdade, sem precisar de alvará, salvo se prorrogada a prisão. (Cabendo abuso de autoridade se contrário)
CABIMENTO: 
I- Ela é imprescindível para as investigações do INQUERITO POLICIAL (periculum.)
II- Quando o indicado não tiver residência fixa, ou não fornecer elementos necessários para esclarecer sua identidade (tem a finalidade apenas de esclarecer a identidade do suspeito)
III- havendo indícios de autoria ou participação nos crimes indicados pela lei da prisão temp. (e todos hediondos)
RESUMINDO: 
PRISÃO TEMPORÁRIA = inc. III + (inc. I e/ou incII)
O MP requere ou o delegado apresenta ao juiz, o juiz tem 24h para decidir, e antes deve ouvir o MP.
*a decretação de prisão temporária, sem ser pelos motivos listados no seu rol de crimes é ilegal, devendo o juiz relaxar a prisão.
*antes de decretar a prisão o juiz deverá questionar se não há outra medida cautelar menos gravosa adequada para tutelar as investigações.
Não admite prisão temporária em contravenções ou crimes culposos.
A realização do exame de corpo de delito é prevista, para resguardo do preso e da autoridade responsável pela prisão.
*a prisão somente poderá ser executada depois de expedir mandado judicial
DIFERENÇAS DAS PRISÕES
Preventiva temporária
Prazo indeterm 5+5 ou 30+30
Finalid ordem publ... desevol. Da invest.
Admissib. Qualquer tempo proced. Invest.
Legitim. Querelante, MP MP, delegado
Ofício durante processo não admite
LIBERDADE PROVISÓRIA
É o remédio para prisão em flagrante legal, porém desnecessária, pois não estão presentes os requisitos da prisão prevent. 
- Pode ser com ou sem fiança
LIBERDADE SEM FIANÇA: cabe quando não se enquadra nos requisitos da prisão preventiva
-Quando praticado em situação excludente de ilicitude
-Nos casos em que é hipossuficiente
-Deve comparecer a todos os atos do IP e do processo
-O juiz antes de conceder deve ouvir o MP
-Não pode em crimes hediondos ou equiparados
LIBERDADE PROVISÓRIA COM FIANÇA: A fiança constitui um direito subjetivo do réu, sendo afiançável a infração, não lhe pode ser negada a liberdade provisória mediante o pagamento de fiança.
- A fiança tem por finalidade assegurar o comparecimento do acusado nos atos do processo; sua ausência causa a quebra da fiança, perdendo metade do valor, podendo decretar prisão preventiva
- Evitar obstrução processual
-Afastar a possibilidade de resistência a ordem judicial
*não cabe fiança para racismo, tortura, trafico, terrorismo, hediondos, grupos armados; aqueles que quebraram fiança, prisão civil ou militar, quando houver motivos para decretar prisão
A autoridade policial somente pode conceder fianças nos casos em que a pena Max não seja superior a 4 anos, nos demais casos, será requerida ao juiz que decidirá em 48h
O valor será de acordo com a infração, podendo ser de 1 a 100 salários quando a pena não for +4anos
De 10 a 200 salários quando for +4 anos
Podendo ser dispensada, diminuída ou aumentada em mil vezes.
A fiança pode ser reforçada quando: o valor não for suficiente, quando houver depredação dos bens hipotecados; quando inovar a classificação do delito. O que não pagar o reforço se sujeita a prisão 
-Beneficiado com a fiança o indiciado/acusado:
Deverá comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da
Instrução criminal e para o julgamento; não poderá mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante; não poderá ausentar-se por mais de 8 dias de sua residência, sem comunicar a autoridade processante sobre o lugar onde poderá ser encontrado.
-Será restituído seu valor e cassada se ela não for cabível; se reconhecido como delito inafiançável; quando o acusado não paga o reforço.
-Será a perda quando o réu não se apresenta para cumprir a pena, e o valor é descontado das custas e fundo penitenciário.
CITAÇÃO 
É um ato processual de comunicação onde o acusado é cientificado da existência da ação penal e a imputação que lhe é dirigida, a fim de vir a juízo se defender e ver o processo.
- Ao ser citado o réu precisa apresentar resposta dentro de 10 dias (exceto nos originários de tribunais e em processo militar, que a citação é para seu interrogatório)
- A lei de tóxicos também, onde é citado para defesa, mas antes faz o interrogatório.
* a citação ocorre uma única vez no processo, logo após receber a denúncia. Nas execuções não é mais citado, e sim intimado (na execução pena de multa é citado)
* as consequências do processo civil não são as mesmas no processo penal, portanto não ocorre litispendência, prevenção ou interrupção da prescrição.
-A ausência da citação gera nulidade insanável, sem ela não há contraditório e ampla defesa.
ESPÉCIES DE CITAÇÃO
A citação real/pessoal/in faciem, constitui a regra no processo penal e traduz-se no ato por meio do qual o réu é direta e pessoalmente cientificado sobre o teor da imputação que lhe é dirigida. A citação ficta/presumida, que é aquela que se realiza por edital ou hora certa, e somente se realizada na impossibilidade de concretização da citação pessoal.
CITAÇÃO REAL
Trata-se da modalidade de citação que é feita pessoal e diretamente ao acusado. São modalidades de citação real: a citação por mandado, a citação por carta precatória, a citação por carta de ordem, a citação por carta rogatória e a citação por requisição.
A citação por mandado ocorre quando o réu se encontra em lugar certo e sabido, dentro do território no qual o juiz processante exerce a sua jurisdição.
O mandado de citação deve ser cumprido por oficial de justiça, em qualquer dia e lugar, respeitada, no entanto, a garantia constitucional de inviolabilidade do domicílio.
No momento do cumprimento do mandado o oficial de justiça deverá realizar a leitura do mandado, deverá ainda certificar a entrega da contrafé e sua aceitação ou recusa.
*ATENÇÃO não se aplicam as vedações de citação do p. civil, a única restrição é a inviolabilidade domiciliar.
A citação por meio de carta precatória é utilizada nos casos em que o acusado se encontra em lugar certo e sabido, dentro do território nacional, porém fora dos limites territoriais em que o juiz processante atua
A citação por carta de ordem é aquela que é realizada por determinação do Tribunal, nos processos de sua competência originária. Assim, o Tribunal determina que o juiz de primeiro grau proceda a citação do acusado
A citação por carta rogatória é aquela em que o réu se encontra em lugar certo e sabido, mas em legações estrangeiras
A citação por requisição é aquela utilizada em relação ao réu que é militar
- O funcionário público citado não deverá ser prejudicado no seu dia de trabalho
-O réu preso será citado pessoalmente
A Súmula 351 do STF estabelece que “é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição”
*NÃO se admite citação eletrônica no processo penal.
CITAÇÃO FICTA
A citação ficta é aquela que, apesar de não ser feita direta e pessoalmente ao acusado, tem o condão de gerar a presunção de que com a sua realização o acusado tomou ciência sobre a existência do processo. 
CITAÇÃO POR HORA CERTA
O oficial de justiça procederá a citação por hora certa se por duas vezes procurar o acusado e suspeitar de que se oculta, intimará qualquer pessoa da família ou vizinho que no próximo dia voltará. Voltando, não encontrandonovamente o acusado o dará por citado, deixando a contrafé com a pessoa da família ou vizinho. Após, por meio de carta dará ciência ao citando do ocorrido. Acontecendo à revelia será nomeado um defensor público.
*a citação por edital somente é possível nos casos em que o réu não for encontrado. (Lugar incerto e não sabido)
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva
Prazo máximo para a suspensão da prescrição, a doutrina e a jurisprudência majoritárias sustentam que tal suspensão não pode ultrapassar o prazo prescricional abstratamente estabelecido para o crime que foi imputado ao acusado, período este após o qual cessará a suspensão e voltará a fluir o prazo prescricional pelo seu período ainda restante.
Súmula 415 do STJ. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.
REVELIA
Quando o réu, citado (pessoalmente ou via hora certa) ou intimado pessoalmente, deixar de comparecer a qualquer ato do processo ao qual devesse se fazer presente, sem justo motivo, o juiz decretará a sua revelia.
A revelia também poderá ser decretada quando réu, após ser citado, mudar de residência sem prévia comunicação ao juízo processante
Ao contrário do que pode ocorrer no processo civil, no processo penal à revelia não induz a presunção de veracidade dos fatos articulados na peça exordial (persiste, portanto, o ônus de o órgão de acusação provar a procedência de suas alegações).
O único efeito concreto da revelia no processo penal é a desnecessidade de intimação do acusado para os demais atos processuais, salvo no caso de sentença condenatória ou absolutória imprópria.
(Mas o seu representante continuará sendo intimado)
SENTENÇA
É o pronunciamento pelo qual o juiz decide uma lide penal, encerrando um julgamento de primeiro grau e pondo fim ao processo.
A sentença pode ser classificada em:
Simples: proferidas por um juízo singular ou monocrático
Plurima/composta: proferida por órgãos colegiados
Complexa: resultante de mais de um órgão.
REQUISITOS FORMAIS: deve conter o nome das partes; a exposição da acusação e defesa (relatório) que é indispensável. Deve conter a fundamentação da decisão, não podendo ser uma “sentença vazia” e conter fund. Insuficiente.; deve conter a procedência ou improcedência da ação, com os artigos aplicáveis no caso. E sua sentença não pode ser “suicida”, fundamentar diferente da conclusão.
FORMA: será datilografada e o juiz rubricará em todas as folhas, podendo também ser manuscrita ou oral (esta última só terá valor após ser transcrita, conferida e revisada). O prazo começa a partir do momento em que as partes tiverem plena ciência do que foi decido.
EFEITOS DA SENTENÇA
Ao proferir a sentença o juiz esgota seu ofício, não podendo mais praticar qualquer ato de cunho jurisdicional, ressalvadas apenas as correções de erros materiais (de ofício) ou de ambiguidades, omissões, contradições e obscuridades (mediante o julgamento de embargos).
* efeito autofágico da sentença. Segundo autores, o referido efeito ocorre quando a sentença estatui uma pena que permite o reconhecimento da prescrição retroativa
PRINCIPIO DA CORRELAÇÃO
Determina a necessidade de existir identidade entre o fato descrito na queixa e o fato pelo qual foi sentenciado. A sentença não pode ir além nem aquém dos fatos descritos na peça. A inobservância desse princípio gera nulidade da sentença
- A sentença que deixa de considerar todos os fatos na peça é denominada de infra petita – cabe apelação ou embargos de decl. (se escolher a apelação não poderá apreciar a matéria originalmente)
-A sentença que considera fato criminoso não descrito na acusatória denomina se ultra petita, o julgador passa do limite do pedido; ex. pede homicídio simples, e o juiz põe h. qualificado
-A sentença que for fora do pedido será extra petita ex. acontece roubo e o juiz põe roubo + estelionato
TODAS SÃO NULAS, pois o juiz deve ater aos limites da denúncia ou queixa
EMENDATIO LIBELI
Ocorre quando os fatos narrados na peça inicial correspondem aos fatos provados, mas que a capitulação oferecida não está correta. Neste caso, o juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa daquela que orginalmente lhe foi atribuída, ainda que em consequência disto tenha de aplicar ao réu penal mais grave
- Não há ofensa ao princípio da correlação, pois os fatos não foram alterados, e o réu somente se defendeu daquilo que foi narrado, e não do que foi atribuído.
Portanto a EMENDATIO LIBELI é uma correção da peça acusatória, onde o juiz PODE conhecer qualificadoras, causas de aumento, desde que descritas na acusação. As qualificadoras inclusive não precisam estar mencionadas.
(Pode ocorrer em segundo grau, desde que a reforma não seja in pejus)
MUTATIO LIBELLI
Ocorre quando o fato que se comprovou durante a instrução processual é diverso daquele narrado na peça acusatória.
- Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
*Atenção: Recusando-se membro do MP a aditar a denúncia, em caso de mutatio libelli, o juiz fará remessa dos autos ao procurador-geral, ou a órgão competente do MP, e este promoverá o aditamento, designará outro órgão do MP para fazê-lo ou insistirá na recusa, a qual só então estará o juiz obrigado a atender (art. 28 do CPP).
- Somente ação penal pública e subsidiaria da pública.
A mutatio libeli não autoriza a imputação de novos crimes ao denunciado, para tal finalidade, é cabível o aditamento com fundamento no art. 569 do CPP, segundo o qual as omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.
*não se aplica aos tribunais
SENTENÇA ABSOLUTORIA E SEUS EFEITOS
O juiz absolverá o eu quando estiver provada a inexistência do fato, não haver prova do fato, não consistir em infração penal, o réu não concorreu, existem situações que exclui o crime ou isente o réu de pena, ou exista dúvida sobre sua existência; não existir provas o suficiente para condenar.
- O juiz mandará pôr o réu em liberdade imediatamente, cessará as MC, aplicará Med. Segurança se cabível (absolvição não prejudica esta quando couber)
- Com o transito em julgado o valor da fiança deve ser devolvido; o sequestro e hipoteca legal.
SENTENÇA CONDENATORIA E SEUS EFEITOS
Declara a existência do direito de punir do estado e aplicação de sanção pelo ilícito.
- O juiz irá mencionar as circunstancias agravantes e atenuantes; outras circunstancias que levam a aplicação da pena; fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados (também no juízo civil)
-Ao transitar em julgado torna certa a obrigação de indenizar; acarreta perda em favor da união os instrumentos utilizados, e os produtos do crime. Impede a naturalização; suspende os direitos políticos; perde cargo público quando eletivo; incapacidade do exercício do pátrio poder, tutela, curatela (se cometidos contra os filhos...); inabilitação para dirigir quando utilizado para a pratica dolosa
*todos esses efeitos devem ser motivados e declarados na sentença, não sendo automáticos.
Tem o objetivo a prevenção de novos crimes
-Foram tacitamente revogados os referidos dispositivos que, o juiz, ao proferir sentença condenatória atendesse, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança; determinasse se a sentença deveria ser publicada na íntegra ouem resumo e designará o jornal em que será feita a publicação; o nome do réu deveria ser lançado no rol dos culpados, foi revogado.
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