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ALTERAÇÕES RENAIS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA HIPERTENSÃO ARTERIAL BENIGNA: é a maioria. Níveis tensionais não muito elevados. Complicações são tardias, evoluindo ao longo de anos. MALIGNA: Elevação importante da PA (aguda ou sustentada), levando o paciente a óbito em meses, se não tratada. NEFROESCLEROSE BENIGNA Lesões em pequenas artérias e arteríolas renais. Associada a hipertensão, diabetes, envelhecimento. Hialinose e esclerose vascular: deposição de proteínas plasmáticas e proliferação de constituintes da matriz extracelular (arteriolosclerose hialina). Espessamento da íntima e média e redução do lúmem vascular. A lesão vascular determina isquemia focal do parênquima seguida de cicatrização. Redução progressiva da massa renal funcional: glomerulosclerose, atrofia tubular e fibrose intersticial. Aspecto granular da superfície. Cápsula se destaca facilmente. Os rins podem estar normais ou reduzidos de tamanho. NEFROESCLEROSE MALIGNA Dano a parede vascular levando a injúria endotelial, permeabilidade vascular aumentada (proteínas plasmáticas), morte de células endoteliais: necrose fibrinoide da parede vascular e trombos intravasculares. Hiperplasia de células musculares lisas da íntima dispostas de forma concêntrica: arteriolosclerose hiperplásica. Parece a “casca de cebola”. Edema da íntima + necrose fibrinoide + trombose + arteriolosclerose hiperplásica –> isquemia Isquemia –> SRAA –> mais aumento da PA. Petéquias em superfície (ruptura de arteríolas e capilares). A Síndrome de Hipertensão Maligna é considerada emergência médica. Atualmente 75% dos pacientes estão vivos em 5 anos. ALTERAÇÕES RENAIS NO DIABETES MELITUS Nefropatia diabética é causa importante de insuficiência renal crônica. 30-40% dos pacientes diabéticos desenvolvem nefropatia diabética. 2/3 dos pacientes com nefropatia diabética vão evoluir para doença renal crônica terminal. Associação comum: Lesão glomerular + lesão vascular + pielonefrite (imunidade comprometida). ALTERAÇÕES GLOMERULARES Espessamento difuso da membrana basal de glomérulos, túbulos e vasos: Produtos finais da glicozilação avançada – liberação de citocinas e fatores de crescimento, atividade pró-coagularnte e proliferação de músculo liso vascular e de matriz extracelular. Aumento da matriz mesangial (esclerose de mesângio). Glomerulosclerose Nodular ou Lesão de Kimmelstill-Wilsson: Surgem nos glomérulos nódulos acelulares, eosinofílicos contendo lipídios e fibrina. ALTERAÇOES VASCULARES Arteriolosclerose hialina. Aterosclerose. Microangiopatia: espessamento de membrana basal capilar. Lesão vascular + lesão glomerular = isquemia. PIELONEFRITE Inflamação intersticial aguda (papilite necrosante) ou crônica. Mais freqüente nos diabéticos. DOENÇAS RENAIS RELACIONADAS AO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Doença inflamatória crônica, sistêmica e autoimune. Nefrite lúpica é freqüente. As lesões renais têm morfologia variável e se assemelham a alterações renais primárias. NEFRÍTE LÚPICA MESANGIAL MÍNIMA (classe I): Rara. Normal à microscopia ótica. NEFRÍTE LÚPICA MESANGIAL PROLIFERATIVA (classe II): Proliferação de células mesangiais e de matriz. NEFRÍTE LÚPICA FOCAL (classe III): Proliferação de células endoteliais e mesangiais, leucócitos, necrose de capilares e trombos hialinos. Compromete menos de 50% dos glomérulos. NEFRÍTE LÚPICA DIFUSA (classe IV): Mais freqüente. Pode formar crescentes. Compromete mais de 50% dos glomérulos. NEFRÍTE LÚPICA MEMBRANOSA (classe V): Espessamento da parede capilar. NEFRÍTE LÚPICA ESCLEROSANTE AVANÇADA (classe VI): Representa a doença renal em fase terminal. PIELONEFRITE Uma das doenças renais mais comuns. Inflamação comprometendo interstício, túbulos e pelve renal. Aguda: infecção bacteriana. Crônica: outros fatores (refluxo vesicoureteral, obstrução). Infecção hematogênica (sepse ou endocardite) ou ascendente Principais agentes: E. coli, Klebsiella, Proteus, Enterobacter. Na maioria dos pacientes, a colonização fica restrita ao trato urinário inferior (cistite e uretrite). PIELONEFRITE AGUDA Inflamação supurativa aguda do rim, causada por bactérias (mais comumente) ou vírus. Frequentemente associada a condições predisponentes: obstrução do trato urinário, cateterização, refluxo vesicoureteral, gestação, sexo feminino (nos homens, aumenta a incidência em pacientes com hipertrofia prostática), lesões renais preexistentes, diabetes melitus, imunossupressão. Rim edemaciado, hiperemiado, áreas pardacentas (abscessos na superfície). Papilas renais com aspecto necrótico (mais amareladas). Microscopia: coleção de neutrófilos. Manifestações clínicas: sintomas inespecíficos e queixas urinárias. Complicações: necrose papilar, abscessos, pionefrose, sepse. PIELONEFRITE CRÔNICA Inflamação túbulo-intersticial crônica associada a cicatrização e fibrose do parênquima e deformação do sistema pielocalicial. Causa importante de destruição renal em crianças com anormalidades do trato urinário Duas formas: crônica associado ao refluxo vesicoureteral (mais comum) e crônica obstrutiva. Macroscopia: Superfície renal irregular com cicatrizes grosseiras, comprometimento assimétrico, cálices dilatados. Microscopia: Túbulos atróficos e outros com hipertrofia e dilatação, tireoidização (lembra os folículos tireoideanos com colóide), inflamação intersticial crônica, fibrose. Curso lento, e geralmente é assintomática. Causas obstrutivas podem ser mais sintomáticas Insuficiência renal crônica e hipertensão arterial ocorrem nos casos com longa evolução.
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