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TRABALHO DE DIREITO EMPRESARIAL Sociedades Anônimas

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Faculdade Joaquim Nabuco - Paulista
Direito Empresarial I - 2° Período NA
Professor: Arthur Magalhães Costa
Titulo: SOCIEDADES ANÔNIMAS
Aluno:
Aloisio Fernando Alves dos Santos - 01212604
Paulista, 2017
INTRODUÇÃO
A sociedade anônima é uma pessoa jurídica de direito privado, também denominada “companhia”, que, qualquer que seja sua atividade econômica, é eminentemente empresarial e formada por dois ou mais acionistas. A Sociedade Anônima é atualmente regida pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das SA)
Para entender o funcionamento de uma companhia ou sociedade anônima, é preciso compreender os seus conceitos básicos, suas principais características, a maneira como é conduzida e administrada, além de saber quais as definições de capital, a função do CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e qual lei regulariza esse tipo de empreendimento.
A evolução histórica das sociedades anônimas é bem definida por Fábio Ulhoa Coelho:
[...] a doutrina divide a trajetória histórica das sociedades anônimas em três períodos: outorga, autorização e regulamentação. No primeiro, a personalização e a limitação da responsabilidade dos acionistas eram privilégios concedidos pelo monarca e, em geral, ligavam-se a monopólios colonialistas. No segundo período, elas decorriam de autorização governamental. No último, bastavam o registro, no órgão próprio, e a observância cio regime legal específico. 
Características da Sociedade Anônima
Possui capital dividido em ações;
O importante, nesse tipo de sociedade são os capitais acumulados e não o acionista em si. A posse de ações é que faz valer a participação do acionista;
As ações só podem ser emitidas pela empresa com autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Somente as próprias ações são usadas como garantia financeira da companhia. Nenhum dos sócios precisa responder com seu patrimônio particular pelas dívidas da empresa;
Sua estrutura organizacional se compõe por uma assembléia geral, o conselho de administração, diretoria e conselho fiscal;
Pode ser uma sociedade aberta ou fechada;
A responsabilidade do acionista é limitada ao preço das ações adquiridas ou subscritas;
As ações são títulos circuláveis, isto é, o acionista tem a liberdade de cedê-las e negociá-las;
Constitui pessoa jurídica de direito privado.
CLASSE DE AÇÕES
Capital Aberto: São as sociedades anônimas que têm seus valores mobiliários (ações, debêntures, partes beneficiárias e bônus de subscrição) negociados nas bolsas de valores ou mercado de balcão.
Suas atividades são normatizadas e fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Capital Fechado: São as sociedades anônimas que as ações não são negociadas nas bolsas de valores ou mercados de balcão, são negociadas diretamente entre vendedor e comprador.
ORGÃOS DA SOCIEDADE ANÔNIMA
As sociedades anônimas possuem uma estrutura fixa, determinada pela lei 6.404/76. Deve existir uma divisão de órgãos dentro das companhias para que não haja relação de vantagem e desvantagens entre grupos, além de manter a legalidade de tudo que se pratica dentro da empresa.
Assembléia Geral
É o órgão mais poderoso no que diz respeito às decisões da empresa. A responsabilidade da assembléia é reunir os acionistas para discutir os interesses da companhia. Através de eleição, é possível decidir sobre o futuro dela ou mesmo destituir membros da administração e do conselho fiscal. Existem, ainda, a Assembléia geral ordinária e Assembléia geral extraordinária. A primeira é obrigatória, anual e visa discutir matérias pré-estabelecidas. A segunda pode ser convocada a qualquer momento quando houver necessidade de debater assuntos residuais ou urgentes. Com o objetivo de modernizar o contato entre os acionista, a Lei das S.A. instituiu em 2011 uma autorização para que os acionistas de companhias abertas pudessem realizar assembléias gerais à distância, podendo até realizar votações. Elas são chamadas de Assembléias Eletrônicas ou Votações Eletrônicas.
Conselho de Administração
É um órgão facultativo. Só precisa existir caso a sociedade seja do tipo dualista, isto é, quando, além da assembléia geral, existe outro órgão com poder de fiscalizar a diretoria, que, no caso, é o conselho de administração. É também um órgão deliberativo e composto por acionistas escolhidos pela assembléia geral, os chamados conselheiros. A principal função do conselheiro é agilizar as decisões. Cabe a ele também se reunir com os outros conselheiros para que possam discutir os negócios da empresa e fiscalizar o trabalho dos diretores.
Diretoria
É composta por, no mínimo, duas pessoas, que podem ser naturais, acionistas ou não. A escolha dos membros da diretoria é feita por eleição realizada pela assembléia geral ou pelo conselho de administração, caso exista. As principais obrigações dos diretores são dirigir a empresa e representar legalmente os interesses dela.
Conselho Fiscal
É um órgão obrigatório na sociedade anônima. No entanto, o estatuto social da empresa é que define se ele será permanente ou funcionará apenas quando solicitado pelos acionistas. Esse conselho pode ser formado por três a cinco pessoas (acionistas ou não) e por mais alguns componentes de mesmo número, escolhidos pela assembléia geral. Os eleitos são denominados suplentes. O órgão em questão é como um assessor da assembléia geral, pois auxilia a votação de assuntos relevantes à administração, fiscaliza os atos dos administradores e acompanha de perto o andamento da gestão da empresa.
ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE ANÔNIMA
A administração de uma sociedade anônima ocorre através do conselho de administração e da diretoria. Sendo assim, tais órgãos atuam como um colegiado, sendo imputados a todos seus participantes as mesmas responsabilidades, de maneira solidária, não importando qual dos administradores tenha praticado a ação.
Tal disposição se deve ao disposto no § 2º do artigo 158 da Lei 6.404/76, que determina que os administradores serão responsáveis solidariamente pelos prejuízos advindos do não cumprimento dos deveres impostos pela lei para assegurar o bom funcionamento da companhia, ainda que o estatuto preveja que esses deveres não caibam a todos.
Desta forma, prevalece o princípio da responsabilidade solidária, no qual, como já dito acima, todos os administradores responderão solidariamente apenas pelo fato de pertencerem ao mesmo órgão colegiado, mesmo que não tenham exercido o ato.
Entretanto, tais determinações não atingem as práticas de atos ilícitos, mas apenas os prejuízos provenientes do não cumprimento dos deveres impostos pela lei. Deste modo, cada administrador responderá isoladamente pelas ações ilícitas praticadas, afastando-se nestes casos a solidariedade.
Ainda neste particular, a lei traz algumas hipóteses em que poderá haver concurso entre os administradores na responsabilidade. Isso ocorrerá quando algum ou alguns deles forem coniventes com a prática ilícita de outro ou quando se negligenciarem em descobri-los ou se, tendo conhecimento, deixarem de agir para impedir sua prática.
Todavia, se desobrigarão os administradores dissidentes que fizerem constar sua divergência em ata da reunião do órgão administrativo ou, caso não seja possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao órgão da administração, no conselho fiscal, se estiver em funcionamento, ou à assembléia geral. Sem a exteriorização da sua dissonância, de nada valerá sua reação à pratica do ato irregular.
Tais determinações são modificadas, entretanto, nas companhias abertas. Nestas, apenas os administradores que tenham competência específica da dar cumprimento aos deveres impostos pela lei para assegurar o funcionamento da companhia responderão pelos prejuízos provocados pelo descumprimento destes.
Mas, se o administrador tiver conhecimento do não cumprimento desses deveres por seu predecessor, ou pelo administrador a quem competir a realização de tal ato, deixar de comunicar o fato à assembléia geral, tornar-se-á por ele solidariamente responsável (REQUIÃO,2011, p. 277).
Tal determinação poderá ocorrer tanto na sociedade anônima de capital aberto quanto na de capital fechado.
Por fim, o § 5º do artigo sub examine prevê também que qualquer outra pessoa que concorra para a prática do ato ilegal, em dissonância com a lei ou com o estatuto, mesmo não sendo administrador, responderá solidariamente com o gestor que infringiu as disposições legais.
Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão DA S/A
Transformação
João Eunápio Borges salientou que a transformação designa assim a mudança de tipo, de espécie ou de forma. Não as simples modificações externas, alterações contratuais, aumento de capital, substituição de sócios, etc. que não determinam a mudança do tipo societário.
O artigo 220 da lei dispõe que a transformação é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. Assim um limitada se transforma em anônima; uma anônima se transforma em comandita por ações e assim por diante.
No que concerne às companhias, existe entretanto uma limitação quanto a essa possibilidade, pois a norma dispõe que só poderá haver transformação em caso de deliberação da totalidade dos sócios, salvo previsão no estatuto social, caso em que será garantida à minoria dissidente o direito de retirada mediante reembolso.
Deve-se também ressalvar o direito de terceiros, que não poderão ser prejudicados por tal disposição, permanecendo, dessa forma, com a mesma garantia até o pagamento integral de seus créditos.
Incorporação
Entende-se por incorporação a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas  por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Desta feita, desaparece umas das sociedades, denominada incorporada, que será absorvida por outra, denominada incorporadora.
Os acionistas da sociedade incorporada receberão da incorporadora as ações que lhe couberem em razão de sua participação na companhia que está se extinguindo.
Situação curiosa ocorre no que se relaciona ao direito da minoria dissidente. Caso a anônima seja incorporadora, a minoria terá que acatar a decisão da maioria em assembléia, já que tal decisão eqüivale a uma reforma dos estatutos. Entretanto, se a companhia for a incorporada, os dissidentes terão direito de retirada mediante reembolso. Esse direito decorre do fato de que a sociedade da qual o sócio fazia parte se extinguirá, não podendo a deliberação da assembléia compeli-lo a participar de outra companhia.
Fusão
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Nesta espécie de modificação, todas as empresas envolvidas se extinguem e dão lugar a uma nova, que englobará todo o seu patrimônio, bem como direitos e obrigações.
Os credores que se sentirem prejudicados com a operação poderão pleitear o seu desfazimento em juízo, trazendo os argumentos que os fazem crer que a fusão em questão diminuiu as garantias para o pagamento dos seus créditos. Nesse caso, para evitar tal desfecho, a sociedade poderá fazer o depósito das quantias referentes aos créditos como forma de garantir o efetivo pagamento e levar o caso ao exame judicial.
Cisão
A cisão é uma inovação da Lei nº 6.404/76, sendo a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
Portanto, a cisão pode ou não importar na dissolução da sociedade, isso dependerá do montante de transferência de capital. Se for total a companhia se extingue, se for parcial ela permanece com o capital remanescente.
Dissolução, Liquidação e Extinção DA S/A
Dissolução das Sociedades Anônimas
A lei determina que a dissolução da companhia poderá se dar em três ocasiões, de pleno direito, por decisão judicial e por decisão de autoridade administrativa competente, nos casos e na forma previstos em lei especial.
A dissolução de pleno direito ocorrerá pelo término do prazo de duração, naquelas sociedades com prazo determinado; nos casos previstos no estatuto; por deliberação da assembléia geral; pela existência de único acionista, verificada em assembléia geral ordinária, se o mínimo de dois não foi reconstituído até o ano seguinte, ressalvado o disposto no artigo 251, ou seja, a subsidiária integral e; pela extinção, na forma da lei, da autorização para funcionar.
A dissolução por decisão judicial dar-se-á quando for anulada a constituição da companhia, em ação proposta por qualquer acionista; quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta por acionistas que representem 5% ou mais do capital social e; em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei.
Liquidação
Fran Martins esclarece que a liquidação é a fase, no processo de extinção da pessoa jurídica, em que será realizado o ativo e satisfeito, com o produto do mesmo, o passivo da sociedade. Poderá se operar na forma prevista no estatuto ou judicialmente, conforme exigir o caso concreto.
Deverá, obrigatoriamente, ser nomeado um liquidante, que terá funções de administração do patrimônio durante o processo de extinção e terá competência para representar a companhia e praticar todos os atos necessários à liquidação, inclusive alienar móveis ou imóveis, transigir, receber e dar quitação.
Extinção
Durante o período de liquidação, as atividades da anônima são suspensas, mas sua existência ainda persiste. O término da existência da sociedade anônima só se dará com a extinção que ocorre pelo encerramento da liquidação ou pela incorporação ou fusão, e pela cisão com versão de todo o patrimônio em outras sociedades.
CONCLUSÃO
Inquestionável é a importância da responsabilização dos administradores das sociedades anônimas por seus atos ilegais e que ultrapassam suas atribuições gestoras. Sociedades desse porte tem grande influência sobre uma enorme quantidade de pessoas e valores, não podendo, portanto, ficar a mercê de gestores que desrespeitam e não realizam uma gerência dentro dos limites legais e estatutários.
A responsabilização dos administradores vem para garantir o bom funcionamento de uma companhia, permitindo que aqueles que se mostrem incapazes para a efetivação da gestão respondam pelos seus atos irregulares e sejam substituídos por pessoas de maior capacidade para a ocupação desses cargos de tão grande importância.
Essa imputação garante a todos os acionistas, empregados e sociedade, uma gerência de qualidade, que respeite a legislação vigente e traga bons resultados para a companhia, possibilitando assim o aumento dos ganhos e o crescimento da sociedade e economia.
Referências bibliográficas:
COELHO, Fábio Ulhoa, 1959 – Curso de direito comercial, volume 2 / Fábio Ulhoa Coelho. – 8. Ed.- São Paulo: Saraiva, 2005. P.59. 
REQUIÃO, Rubens. Direito Comercial. 28. ed.São Paulo: Saraiva, 2011. 2 v.
BORGES, João Eunápio. Curso de direito comercial terrestre, 5ª ed., 3ª tiragem. Rio de Janeiro: Forense, 1976.
MARTINS, Fran. Curso de direito comercial, 24ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 1999. 613 p.

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