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Profª. M.Sc. Alice Ferreira Souza o Na Geologia de Engenharia, as rochas e os solos constituem os elementos onde são instaladas as obras de engenharia (fundações, túneis, pontes, galerias, etc.). o Nestas obras, são ainda utilizados como material de construção, na sua forma natural (pedra britada, saibro), beneficiada (rocha para revestimento) ou, ainda, industrializada (cimento). o Rochas e solos também são os materiais envolvidos em escorregamentos, erosão, assoreamento e outros. o Assim, na Engenharia, trabalha-se com uma grande variedade de tipos rochosos. o Sendo que cada tipo possui características intrínsecas, como a mineralogia, textura, estrutura, entre outras, que devem ser conhecidas para que obras sejam planejadas e executadas com menor custo e maior segurança, resultando na melhoria da qualidade final do trabalho realizado. o As características geológico-geotécnicas, dentre elas a caracterização petrográfica, são fundamentais tanto nos estudos de viabilidade e nos projetos de implantação de obras, como naqueles de previsão, prevenção ou correção dos efeitos danosos de processos naturais. o O tratamento destas informações, também é de extrema importância, como o ambiente de formação e a história evolutiva, que apresenta grande influência no seu comportamento ante os processos intempéricos, erosivos e outros. o O estudo das rochas quando aplicados à Geologia de Engenharia, compreendem, além da determinação mineralógica e correta classificação da rocha, o fornecimento de informações detalhadas sobre sua granulometria, tipo de alteração (hidrotermal, intempérica) e sua intensidade, presença de minerais secundários, estado microfissural, microtectônica, deformações microcristalinas, etc. o Estes aspectos são importantes para o entendimento das características mecânicas e hidráulicas, visando a previsão do desempenho dos diferentes tipos rochosos sob as condições de uso a que serão submetidos. o Na Engenharia, estabelece inicialmente, embora sem nenhuma pretensão de rigor, que: SOLO: seja todo material da crosta terrestre escavável por meio de pá, picareta, escavadeiras, etc., sem a necessidade de explosivos (Vargas, 1977). ROCHA: todo material que necessite de explosivos para ser desmonte (Vargas, 1977). o É evidente que, sob o ponto de vista científico, tal definição é insustentável. Na geologia, por exemplo, o significado dos dois termos é outro. o Por exemplo: as camadas terciárias de argila da cidade de São Paulo foram escavadas, para a construção do Metrô, sem auxílio de explosivos. o Entretanto, geologicamente, tais camadas constituem uma rocha sedimentar perfeitamente definida. Seria escandaloso, afirmar que o túnel da Avenida 9 de Julho em São Paulo foi escavado em rocha, por melhor que fosse a argumentação geológica, pois lá não foi utilizada nenhuma técnica ou programação de escavação em rochas, as quais são baseadas, essencialmente no ritmo das explosões para o desmonte.
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