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Órgãos linfóides, Sistema linfóide - Medicina Veterinária

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Órgãos linfóides 
Os órgãos linfóides têm como principal função realizar a produção de linfócitos 
que são importantes para o desenvolvimento das respostas imunológicas, 
produção de anticorpos e reações imunes. 
A medula óssea, o fígado e o saco vitelínico no período fetal e o timo são órgão 
linfóides. A Medula óssea é responsável por produzir todos os tipos de 
linfócitos, o fígado e saco vitelínico no período fetal tem como função a 
hematopoiese, no timo é onde os linfócitos T amadurecem e atingem a sua 
competência funcional. Os linfócitos B amadurecem no fígado fetal e na 
medula óssea. 
Os órgãos linfóides são classificados em primários e secundários. 
 
1- Órgão linfóides primários 
Os órgãos linfóides primários são o timo e medula óssea (+ fígado fetal). 
Nestes órgãos ocorre a linfopoese que é a produção de linfócitos, ou seja, as 
células se diferenciam das células tronco, proliferam e amadurecem em 
linfócitos funcionais. 
Nos órgãos primários os linfócitos adquirem seu repertório de receptores 
antígenos específicos e são selecionados de acordo com sua resposta aos 
antígenos do próprio organismo. 
1.1- Timo 
O timo tem funcionalidade até a maturidade do indivíduo e depois é regredido 
quando o animal atinge a maturidade sexual. Quando isso acontece ele diminui 
e perde sua estrutura, sendo substituído por gordura. 
Sua função é a produção e maturação de linfócitos T. A medula óssea produz o 
linfócito T e envia a célula precursora para o timo fazer a maturação, após a 
maturação são enviados para os linfonodos de todo o corpo. 
Nos cães ele a parte torácica do timo é dividida em um lobo direito maior e um 
lobo esquerdo menor. Localizado no mediastino na extensão do esterno, 
prolongando-se para o pericárdio em sua extremidade caudal. 
Nos suínos o timo é bem desenvolvido, se divide em uma parte torácica e parte 
cervical direita e esquerda unidos pela parte intermediária. A parte cervical é 
localizada ventralmente a traqueia. 
Nos bovinos o timo é muito grande e prolonga-se desde a traquéia até o 
pericárdio. Divide-se em uma parte cervical par e uma parte torácica ímpar. 
No equino é representado por uma parte torácica bipartida. A parte cervical se 
prolonga dorsal ao esterno desde o mediastino até a 4ª costela ou 5ª. O lobo 
esquerdo maior vai até o lobo do pulmão esquerdo e até o tronco 
braquiocefálico no sentido dorsal. 
 
1.2- Medula óssea 
É o órgão responsável pela geração de elementos sanguíneos, como as 
hemácias, monócitos, plaquetas, linfócitos B e leucócitos. É o local onde se 
desenvolvem as células B e células-tronco. 
As células do fígado fetal e medula óssea dos animais adultos originam 
diretamente os linfócitos B. Um microambiente de diferenciação é 
estabelecido e mantido por células estromais da medula óssea. Cada 
microambiente é destinado à produção de um tipo celular específico. As 
células estromais, além de fornecer moléculas de adesão e da matriz 
extracelular, sintetizam também numerosas citocinas essenciais da 
hematopoese. 
 
2- Órgão linfóides secundários 
Os linfócitos produzidos nos órgãos linfóides primários migram para os órgãos 
linfóides secundários, onde irão residir e interagir entre si com antígenos, 
provocando um processo denominado expansão clonal – expansão de clones 
específicos de linfócitos cujo objetivo é aumentar a população de células 
reativas contra um determinado agente. 
Os órgãos linfóides secundários atuam como local de residência de linfócitos T 
e linfócitos B e mediadores da resposta imune. Apresentam uma estrutura 
anatômica que facilita a captura de antígenos. 
Os órgãos linfóides secundários aumentam de tamanho com a resposta imune, 
devido à expansão clonal de células, e sua remoção cirúrgica não interfere na 
capacidade de resposta do sistema imune do animal. O sistema linfático é 
distribuído por todo o corpo, linfonodos fazem a drenagem tecidual para 
capturar antígenos antes de atingirem o sangue. Se o antígeno passar pelo 
linfonodo, ele passará para a corrente sanguínea até o baço, onde ocorre a 
filtragem do sangue e terá de ultrapassar mais uma barreira. 
Linfonodos são filtros compostos por linfócitos, macrófagos e células DC. 
Quando o antígeno é capturado pelo linfócito, ocorre ativação da expansão 
clonal de células combatentes dos microrganismos invasores. 
A circulação linfática é controlada por um sistema de valvas que mantêm o 
fluxo da mesma. 
Antígenos que forem direta ou indiretamente introduzidos na corrente 
sanguínea serão “filtrados” no baço, onde haverá o contato antigênico com as 
células do sistema imunológico. 
 
2.1- Baço 
O baço é um órgão linfoide e está associado ao sistema circulatório. Está 
inserido ao estômago por meio de tecido conjuntivo; nos ruminantes, por 
exemplo, se liga: estreitamente ao rúmen, ou pelo ligamento gastroesplênico. 
A sua forma varia de uma espécie para outra, sendo longa e fina em suínos, 
alongada em bovinos e em forma de foice em equinos. 
O parênquima do baço constitui-se de polpa vermelha e polpa branca. A polpa 
vermelha tem aparência vermelho-escura já que está abarrotado de sangue. A 
polpa branca é mais clara porque é composta principalmente por nódulos 
linfáticos. Linfócitos B e T são encontrados em grande quantidade na polpa 
branca. A associação de capilares sanguíneos à polpa branca propicia a 
exposição do sangue às populações de células imunes. 
Apesar das suas funções imunológicas, o baço funciona como área de 
armazenamento de eritrócitos, de modo que seu tamanho varia de um 
indivíduo para outro, e de uma espécie para outra, sempre dependendo do 
número de eritrócitos no órgão em determinado momento. O baço também é o 
local onde eritrócitos velhos e exaustos são removidos da circulação, rompidos 
e tem seu ferro armazenado. As funções relacionadas ao sangue estão 
associadas à polpa vermelha do parênquima esplênico. 
Apesar das suas funções, o baço não é essencial para um adulto, uma vez que 
estas podem ser executadas por outros órgãos. O baço pode ser removido sem 
comprometimento significativo em um animal adulto, tal procedimento é 
denominado esplenectomia. 
 
2.2 - Vasos linfáticos 
 
Os capilares linfáticos iniciam-se como sacos cegos, e depois, unem-se 
formando os vasos linfáticos. Os vasos linfáticos captam líquidos provenientes 
da troca de substâncias entre o sangue, os tecidos e os capilares sanguíneos, 
sendo que os capilares sanguíneos são intercalados por linfonodos que 
produzem linfócitos e também funcionam como filtros biológicos. 
Os capilares linfáticos são formados por uma camada de células endoteliais, e 
entre cada célula existem aberturas nas quais o líquido tecidual ou gotículas 
adiposas podem penetrar. Os capilares linfáticos possuem uma membrana 
basal não contínua e se abrem em vasos de condução. 
Os vasos de transporte possuem uma fina túnica muscular média que age por 
contração sobre o fluxo do líquido linfático, portam válvulas semilunares ligadas 
umas as outras. Eles podem ser classificados como vasos linfáticos aferentes 
ou eferentes, de acordo com a direção do fluxo (entrada ou saída do linfonodo) 
e se eles levarem a linfa na direção das grandes veias é classificado como 
vasos linfáticos coletores. 
 
 
2.3 - Linfonodos 
Os linfonodos produzem resposta imune contra antígenos circulantes na linfa. 
Eles filtram antígenos e fluídos intersticiais da linfa. A linfa chega aos 
linfonodos pelos vasos aferentes no lado côncavo e penetra no seio 
subcapsular, o qual é revestido de macrófagos. Em seguida, a linfa atravessa o 
córtex, paracórtex e medula (nesta ordem) e sai do linfonodo pelo hilo nos 
vasos eferentes. 
Na medida em que a linfa circula pelos linfonodos, a partir dos vasos linfáticos 
aferentes para eferentes, os antígenos são removidos pelascélulas fagocitárias 
e transportados para o tecido linfoide do linfonodo. Os linfócitos deixam o 
linfonodo somente através do vaso linfático eferente presente no hilo. Já a 
circulação sanguínea do linfonodo entra e sai pelo hilo. 
Os vasos linfáticos aferentes levam uma linfa com poucas células para a 
periferia dos linfonodos, e os eferentes transportam uma linfa rica em células 
afastando-se destes no hilo. Nos suínos, esse processo ocorre ao contrário. 
Os tecidos dos linfonodos entram em contato com agentes patogênicos e 
corpos estranhos e também, e alguns casos, celular cancerígenas que podem 
causar tumefação do linfonodo devido a processo inflamatório ou de 
metástase. 
Os linfonodos são os locais mais importantes para a formação pós-fetal de 
linfócitos. 
 
2.4 - Sistema Linfático 
 
O sistema imunológico atua como defesa específica e inespecífica para 
conservação da integridade do corpo. Isso ocorre devido à ação das células 
imunológicas do sistema linfático que podem ser a células isoladas na forma de 
tecido linfático difuso, forma agregada que é a tonsila ou órgãos linfáticos como 
o timo, linfonodos e baço. 
Os linfócitos T e B são as células do sistema imunológico e são essenciais no 
mecanismo de defesa do organismo. Elas são produzidas na medula óssea e 
nos órgãos linfáticos e estão presentes no sangue junto com a linfa. Em 
conjunto com receptores periféricos, os linfócitos B e T reconhecem corpos 
estranhos e liberam uma resposta imunológica específica de reação em cadeia. 
O linfócito B é o subtipo associado à produção de anticorpos ou componentes 
humorais de uma resposta imune específica. A primeira etapa na resposta 
humoral é o reconhecimento de um antígeno estranho pelas células B. Isso 
ocorre quando um antígeno, em geral uma proteína, se liga a receptores 
específicos da membrana celular em uma subpopulação de células B, que é o 
único grupo de células com receptor de membrana capaz de se ligar ao 
antígeno e sofrer estímulos para se proliferar. 
Em seguida, ocorre a seleção clonal que é o processo pelo qual a população 
de células B aumenta de número. Para que a seleção clonal seja eficaz, cada 
animal precisa ter um suprimento imediato de linfócitos com receptores de 
membranas únicos que sejam capazes de se ligar a cada antígeno que seja 
encontrado por toda a vida do animal. Esses linfócitos com proteínas de 
membrana precisam desenvolver-se in útero ou no início da vida do animal 
para serem imunocompetentes. 
Enquanto o número de células B em um clone selecionado aumenta durante 
uma resposta imune madura, algumas dessas células B começam a se 
diferenciar em plasmócitos e outras em células B de memória. Os plasmócitos 
sintetizam e secretam anticorpos específicos para o antígeno que estimulou o 
desenvolvimento do clone selecionado. Já as células B de memória, por terem 
sido desenvolvidas a partir de um clone específico para um antígeno, na 
próxima vez que esse antígeno for encontrado, a resposta imune poderá ser 
acelerada ou aumentada. 
O desenvolvimento de plasmócitos e de células B de memória, e a secreção de 
anticorpos, são processos modulados por numerosas citocinas. As citocinas 
articulam a atividade de células do sistema imune. 
A célula T auxiliar secreta citocina e é essencial para uma resposta humoral 
normal. As células T são outra classe de linfócitos, e as células T auxiliares são 
um subtipo específico de células T. 
Os linfócitos T são originados de célula tronco encontrada na medula óssea, 
migram para o timo e lá sofrem maturação. 
As células T são o tipo de linfócito associado ao componente de resposta 
imune conhecida como imunidade mediada por célula. A resposta imune 
mediada por célula requer que as células T da resposta estejam em contato 
com as que carregam o antígeno. As células T se dividem em subtipos que 
incluem: as células T citotóxicas, as células T auxiliares, as células T de 
memória e as células T NK. 
O reconhecimento de antígenos pelas células T requer que o material 
antigênico seja apresentado como parte de um complexo na membrana celular 
de outras células imunes. Esse complexo consiste em material antigênico e 
proteínas intrínsecas da membrana celular, denominadas proteínas do 
complexo de histocompatibilidade principal. 
 
2.5 - Tonsila 
A tonsila é um agregado não encapsulado de nódulos linfáticos, associado à 
mucosa faríngea. Estes agregados não possuem vasos linfáticos aferentes, de 
modo que o contato com antígenos vai depender da sua proximidade com a 
superfície epitelial. Muitas tonsilas se caracterizam por invaginações profundas 
de suas superfícies epiteliais, chamadas criptas, que aumentam a área de 
superfície de contato com o tecido linfático. 
3 – Linfonodos 
3.1 - Linfonodos da cabeça 
 
Os linfonodos cabeça estão reunidos nos linfocentros parotídeo, mandibular 
e retrofaríngeo. 
O linfocentro parotídeo é composto por linfonodos recobertos pela glândula 
parótida. Ele alcança a metade superior da cabeça, a orbita e os músculos 
da mastigação. 
O linfocentro mandibular é formado por um grupo situado na região 
faríngea, um grupo de linfonodos facilmente palpáveis e que fazem sintopia 
com as glândulas sublinguais monostomática e mandibular. Sua área de 
tributários envolve a cavidade bucal, a língua, as glândulas salivares, o 
espaço intermandibular e os músculos da mastigação. 
O linfocentro retrofaríngeo é formado por dois grupos: retrofaríngeos 
mediais e os retrofaríngeos laterais. A área dos tributários compreende os 
segmentos da cabeça como a faringe, laringe, segmento inicial da traqueia 
e esôfago. OS linfocentros retrofaríngeos mediais coletam a linfa de todos 
os linfonodos da cabeça, drenando a linfa no ducto linfático cervical. 
 
3.2 - Linfonodos cervicais 
 
A região cervical possui dois linfocentros: linfocentro cervical superficial e 
linfocentro cervical profundo. 
O linfocentro cervical superficial encontra-se cranialmente a articulação 
escápulo-umeral. Sua área tributária é extensa e envolve a pele e as 
estruturas localizadas na superfície da região cervical, o terço cranial do 
tórax e o segmento proximal do membro torácico. A drenagem da linfa é 
feita nos linfonodos cervicais caudais profundos. 
O linfocentro cervical profundo é formado por diversos grupos de linfonodos 
cervicais profundos localizados ao longo da traqueia classificados em 
craniais, médios e caudais, podendo faltar o médio em algumas situações. 
Sua área tributária envolve os órgãos da região cervical, a glândula 
paratireoide, a traqueia, o esôfago, o timo e todas as outras estruturas 
profundas da região. 
 
3.3 - Linfonodos dos membros torácicos 
 
A linfa dos membros torácicos é drenada das regiões superficiais e 
proximais para os linfonodos do linfocentro axilar. 
O linfocentro axilar é localizado medialmente à articulação do ombro. Além 
dos linfocentros axilares próprios também podem surgir cranialmente um 
linfocentro axilar da primeira costela e caudalmente um linfocentro axilar 
anexo. A área de tributários estende-se látero-ventralmente ao longo do 
tórax. 
Os vasos linfáticos eferentes do linfocentro axilar dirigem-se cada um, no 
correspondente segmento final do tronco traqueal, ou nas veias na entrada 
da cavidade torácica. 
 
3.4 - Linfonodos da cavidade torácica e seus órgãos 
 
A drenagem da parede da cavidade torácica é feita pelos linfocentros 
torácico dorsal e linfocentros torácico ventral. Para os órgãos da cavidade 
torácica a drenagem é feita pelo linfocentro mediastinal e linfocentro 
bronquial. 
O linfocentro torácico dorsal é formado por dois grupos de linfonodos: os 
intercostais e os aorticotorácicos. Entre os dois grupos corre o tronco 
simpático. A área de tributários distribui-se na parede dorsal da cavidade 
torácica. A linfa é carregada do linfocentro torácico dorsalpara o ducto 
torácico. 
O linfocentro torácico ventral é composto de linfonodos que se situam 
dorsalmente ao esterno e lateralmente ao músculo transverso do tórax. A 
área de tributários abrange os segmentos profundos da parede torácica 
ventral. A linfa é carregada para os linfonodos mediastinais ou diretamente 
para o ducto torácico. 
 
3.5 - Linfocentro mediastinal 
 
O linfocentro mediastinal é composto por linfocentros mediastinais craniais, 
médios e caudais, localizados no mediastino. A área de tributários dos 
linfonodos mediastinais compreende os órgãos do mediastino, como a 
traqueia, o esôfago, o timo e o coração. Eles recebem adicionalmente o 
afluxo de outros linfonodos encontrados na cavidade torácica, no diafragma 
e nos órgãos retrodiafragmáticos. 
 
 3.6 - Linfocentro bronquial 
 
O linfocentro bronquial é composto pelos linfocentros traqueobrônquicos, 
distribuídos em um grupo direto, um médio e um esquerdo. A área de 
tributários é o pulmão e eles drenam a linfa para os linfocentros 
mediastinais ou diretamente para o ducto torácico. 
 
 3.7 - Linfonodos da cavidade abdominal e seus órgãos 
 
Os linfonodos responsáveis pela parede e pelos órgãos da cavidade 
abdominal estão localizados principalmente na região lombar junto à 
origem das artérias viscerais, perto da aorta. 
O linfocentro lombar abrange alguns linfocentros aórticos, localizados 
lateralmente à aorta ou entre os processos transversos das vértebras 
lombares. Sua área de tributários é a região lombar, os rins, as adrenais e 
nos órgãos genitais das fêmeas. Eles fazem a drenagem da linfa para a 
cisterna lombar ou cisterna do quilo. 
O linfocentro celíaco é composto por linfonodos responsáveis pela área de 
vascularização da artéria celíaca. Eles são os linfonodos celíacos, 
gástricos, esplênicos, pancreáticoduodenais e hepáticos. Os vasos 
linfáticos se juntam em um tronco linfático celíaco, o qual se abre na 
cisterna do quilo. 
O linfocentro mesentérico cranial é composta pelos linfonodos 
mesentéricos craniais, jejuais, cecais e cólicos. Sua área de tributários 
abrande o intestino delgado e o intestino grosso até o cólon transverso. Os 
vasos linfáticos se unem em um tronco mesentérico cranial que se abre na 
cisterna do quilo. 
O linfocentro mesentérico caudal é composto pelos linfonodos 
mesentéricos caudais. Sua área de tributários é o cólon descendente. A 
linfa é carreada do tronco mesentérico caudal para a cisterna do quilo. 
 
3.8 - Linfonodos da cavidade pélvica e dos membros pélvicos 
 
Na transição abdominopélvica os linfonodos pélvicos podem sobrepor com os 
linfonodos da cavidade abdominal, e também com aqueles do complexo da 
glândula mamária. 
O linfocentro iliossacral reúne os linfonodos ilíacos mediais, ilíacos laterais, 
hipogástricos, sacrais e anorretais. 
Os linfonodos ilíacos formam o principal grupo desde centro, que se situa ao 
nível da ramificação final da aorta. Nele chega de forma direta ou indireta, a 
linfa coletada em outros linfonodos da cavidade pélvica, do membro pélvico e 
dos órgãos da cavidade pélvica. 
A linfa dos linfonodos ilíacos mediais é transportada através do tronco lombar 
para a cisterna do quilo. Sua área de tributários compreende parte da parede 
do abdome e a pelve. 
O linfocentro inguinal profundo apresenta linfonodos que se situam ao longo da 
artéria ilíaca externa, ou e em gatos e cavalos segmento proximal da artéria 
femoral. A área de tributários compreende a parede abdominal contígua e 
coxa. Eles recebem a linfa dos linfonodos inguinais superficiais conectados em 
série nos gatos e nos equinos, também pelos linfonodos poplíteos e a linfa é 
carreada para os linfonodos ilíacos mediais. 
O linfocentro inguinal superficial compreende os linfonodos inguinais 
superficiais, os linfonodos da prega inguinal, linfonodo subilíaco, linfonodo 
coxal, linfonodo da fossa paralombar e os linfonodos epigástricos. A área de 
tributários é o flanco, a parede de caudoventral da cavidade abdominal, o 
escroto e a glândula mamária; 
O linfocentro isquiático contém o linfonodo isquiático situado próximo da 
tuberosidade isquiática. Sua área de tributários abrande a face caudal da coxa. 
Os vasos linfáticos eferentes conduzem a linfa para o linfocentro iliossacral. 
O linfonodo poplíteo compreende os linfonodos poplíteos, situados 
caudalmente no terço distal da coxa, na região poplítea. A área de tributários é 
a perna e o pé. A linfa é carreada para os linfonodos ilíacos mediais. 
 
4 - Ductos coletores da linfa 
 
O ducto torácico é o maior ducto coletor de linfa do corpo. O ducto torácico 
também pode ser chamado de ducto do quilo, pois após a ingestão de uma 
grande quantidade de gordura, transporta o quilo, a linfa enriquecida com 
gotículas de gordura. Ele segue cranialmente à cisterna do quilo, localizada 
entre os dois pilares do diafragma e forma ventralmente à aorta um cisterna 
canalicular, entre cujos espaços passam os vasos e os nervos intercostais. No 
mediastino cranial, ele surge no lado esquerdo da aorta e forma um tubo único. 
O ângulo venoso estende-se a convergência da veia jugular externa com a veia 
jugular interna. Na falta da última, coloca-se o ângulo em conexão com a veia 
subclávia correspondente. 
No ducto torácico desembocam no ângulo venoso, o tronco traqueal ou jugular 
esquerdo ou ducto coletor linfático do membro torácico esquerdo, que se 
origina dos valos linfáticos eferentes dos linfonodos axilares e linfonodos 
cervicais superficiais. O tronco traqueal direito une-se com o ducto linfático do 
membro torácico direito para formar o ducto linfático direito e desemboca no 
ângulo venoso direito. 
Os dois troncos traqueais originam-se no linfonodos retrofaríngeos e percorrem 
lateralmente a traqueia até a sua desembocadura no ângulo venoso. 
A cisterna lombar também chamada de cisterna do quilo pode ser fusiforme e 
até saculiforme. Ela se situa entre os pilares do diafragma, podendo alcançar 
as artérias renais, ventralmente à aorta abdominal. O fluxo da linfa é mantido 
pelo movimento respiratório dos pilares do diafragma e do pulso aórtica. Na 
cisterna do quilo, chegam dois ou mais troncos lombares, os quais recebem a 
linfa dos linfonodos ilíacos. A cisterna do quilo recebe a linfa dos órgãos da 
cavidade abdominal, levando-a através dos troncos linfáticos e mesentéricos 
cranial e caudal. 
 
5 - Avaliação dos linfonodos 
 
O exame do sistema linfático é importante pelas seguintes razões: 
I. Por participar de processos patológicos que acontecem nas regiões 
drenadas por eles, as alterações que ocorrem no sistema linfático 
podem identificar qual o órgão ou região que está danificada. 
II. Os linfonodos por apresentarem alterações características em várias 
doenças infecciosas (como a leucose bovina, linfadenite caseosa dos 
caprinos e ovinos, leishmaniose visceral canina), tal fator se torna 
fundamental para se estabelecer diagnóstico nosológico. 
III. A dilatação ou hipertrofia anormal dos linfonodos, que ocorre em 
processos inflamatórios e infecciosos, pode acometer a função de 
órgãos vizinhos, agravando mais ainda o quadro geral do animal. 
Processos como: disfagia, timpanismo, dispneia e tosse. 
 
6 - Características examináveis dos linfonodos 
 
Deve-se examinar o tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a 
temperatura de todos os linfonodos examináveis. 
 
 Tamanho 
O tamanho dos linfonodos varia mesmo quando palpados em animais 
saudáveis de uma mesma espécie. O tamanho vai depender da idade, da sua 
localização e do estado nutricional do animal. 
Animais caquéticos podem induzir a uma falsa impressão de adenopatia. O 
emagrecimento pode tornar possível a palpação de linfonodos que geralmente 
não são palpados em animais sadios. 
O aumento exagerado dos linfonodos pode causar a compressão de estruturas 
vizinhas,causando assim sintomas secundários. 
 
 Sensibilidade 
Sempre que possível, deve-se palpar primeiramente as áreas menos doloridas 
e depois as mais sensíveis ao toque. 
Em processos inflamatórios e infecciosos agudos os linfonodos ficam mais 
sensíveis. 
 
 Consistência 
Nem sempre é fácil descrever a consistência dos linfonodos. Normalmente, 
apresentam consistência firme, são moderadamente compressíveis, cedendo à 
pressão, e voltam à forma inicial depois de cessada a pressão. Nos processos 
inflamatórios e infecciosos agudos, a consistência não se altera, mas nota-se 
aumento de volume e sensibilidade. Em processos inflamatórios e infecciosos 
crônicos e neoplásicos, os linfonodos ficam duros. 
O estágio final das infecções é representado pela presença de flutuação, com 
ou sem supuração, que fazem com que o linfonodo tenha consistência mole. 
 
 
 Mobilidade 
Normalmente, os linfonodos são móveis tanto em relação à pele, quanto às 
estruturas vizinhas quando palpados. A perda ou ausência de mobilidade é 
comum nos processos inflamatórios bacterianos agudos, devido o 
desenvolvimento de celulite localizada, que os fixa nos tecidos vizinhos. 
 
 Temperatura 
Normalmente, os linfonodos apresentam a mesma temperatura da pele que os 
recobre. A elevação da temperatura é seguida de dor à palpação, na maioria 
das vezes. O aumento generalizado dos linfonodos é associado a doenças 
sistêmicas agudas ou a determinadas condições neoplásicas. 
 
7 - Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Baço – Equino 
 Baço – Bovino 
 
 Baço – Cão 
 Baço – Suíno 
 
 
 
Linfonodos palpáveis em cães

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