Buscar

Introdução à Luminotécnica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

LUMINOTÉCNICA - 1 
 
LUMINOTÉCNICA 
 
1. GENERALIDADES 
 
Conforto é a interpretação de estímulos objetivos, físicos e facilmente quantificáveis, 
por meio de respostas fisiológicas (sensações) e de emoções, com caráter subjetivo e de difícil 
avaliação. 
 
Figura 1 – O conceito de conforto: resposta fisiológica a estímulos ambientais 
 
Figura 2 – O conceito de conforto: sensações e emoções subjetivas 
 
Iluminação (Objetivos)   Conforto Luminoso Qualidade  Custo 
 
2. LÂMPADAS ELÉTRICAS 
 
Enxergamos os corpos pela luz que emitem. 
 
 
 







oTransmitid ou Refletido Luminoso FluxosSecundaria
LÂMPADAS sArtificiai
Naturais
Próprio Luminoso Fluxo Primárias
Luz de Fontes 
 
LUMINOTÉCNICA - 2 
 














































































































 Sódiode Vapor a Lâmpadas
Metálico Vapor a Lâmpadas
Mercúrio de Vapor a Lâmpadas
MistaLuz de Lâmpadas
Pressão Alta de
 Sódiode Vapor a Lâmpadas
etc
Refletoras
NegraLuz 
Coloridas
Integradas-Não
Integradas
Compactas
Circulares
Lineares
Tubulares
tesFluorescen Lâmpadas
Pressão Baixa de
Descarga de
lhoInfraverme Lâmpadas
Dicróico Refletor com
(Palito) Contato Duplo
Halógenas Lâmpadas
Espelhadas ou s/DefletoraRefletoras Lâmpadas
sDecorativa Lâmpadas
sEspecífica Lâmpadas
StandartComunsGeral Uso paraLâmpadas
ntesIncandesce
Elétricas Lâmpadas
 
 





vapores ou gases de mistura gás, um de através elétrica corrente da PassagemDescarga de
IRP Joule EfeitontesIncandesce
Lâmpadas
:ntoFuncioname de Princípio
2
 
2.1. Lâmpadas Elétricas Incandescentes 
 
As lâmpadas incandescentes constam basicamente de um filamento espiralado uma, 
duas ou três vezes, que é levado à incandescência pela passagem de corrente elétrica (efeito 
Joule). Sua oxidação é evitada pela presença de gás inerte ou vácuo dentro do bulbo que 
contém o filamento. 
 
2.1.1. Lâmpadas para uso geral 
LUMINOTÉCNICA - 3 
 
 
Figura 3 – Partes componentes de uma lâmpada incandescente para iluminação geral 
 
2.1.2. Lâmpadas Halógenas 
 
  
  




Halógenas paradorTransforma :Auxiliar oEquipament V 12 TensãoDicróicas
Protetor Vidro com Fechadas Luminárias V 220 ou 127 Tensão (Palito) Contato Duplo
Halógenas Lâmpadas
 
 
 
Figura 4 – Lâmpada halógena duplo contato (palito) 
 
Figura 5 – Lâmpada halógena dicróica 
 
O funcionamento da lâmpada halógena é semelhante ao de uma lâmpada 
incandescente comum, tendo como característica o “ciclo halógeno”, cuja finalidade é 
regenerar o filamento. O “ciclo halógeno” se processa da seguinte forma: 
(Vácuo ou Gás Inerte de Enchimento (N / Ar / Kr)) 
(Tungstênio) – Espiralado 
(Vidro) – Opaco / Transparente 
(Elemento de ligação mecânica e elétrica ao receptáculo) 
LUMINOTÉCNICA - 4 
 
1. A lâmpada é acesa. 
2. O “ciclo halógeno” permite trabalhar com temperaturas mais elevadas (2.800°C) no 
filamento de tungstênio. 
3. Ocorre a volatização do tungstênio e as partículas procuram as partes mais frias. 
4. As partículas, que se encontram numa região cuja temperatura está em torno de 
250°C, combinam-se com o halogênio, formando o haleto, iodeto ou brometo de tungstênio, 
conforme o gás que existe internamente. 
5. O iodeto, na forma de gás, acompanha a corrente de convecção interna da lâmpada, 
retornando ao filamento. Nesse momento, com a deposição do gás de iodeto e as partículas 
de tungstênio no filamento, ocorre a liberação do gás de halogênio. 
6. Reinício do ciclo. 
 
2.1.3. Outras lâmpadas incandescentes 
 
Podemos encontrar lâmpadas incandescentes decorativas, refletoras / defletoras ou 
espelhadas, cada qual com uma aplicação específica. 
 
2.1.4. Lâmpadas Infravermelho 
 
As lâmpadas infravermelho têm como característica fundamental emitir uma radiação 
que se encontra na faixa de ondas curtas da radiação infravermelho, cujo comprimento de 
onda varia de 780 a 1400 nm. 
A emissão de luz, ou seja, a radiação com comprimento de onda menor do que 750 
nm, compreende apenas uma pequena parte da energia total, de maneira que a lâmpada 
produz um pequeno fluxo de luz visível. 
Essas lâmpadas caracterizam-se por: 
 Alto coeficiente de reflexão, graças ao espelho interno de alumínio. 
 Alto rendimento, devido à qualidade do vidro e à aplicação do espelho interno, 
proporcionando uma alta eficiência, dispensando equipamentos adicionais. 
 Pequanas dimensões de diâmetro e comprimento. 
Precaução: Torna-se conveniente a instalação de receptáculo de porcelana de boa 
qualidade, em face das temperaturas de trabalho. 
Aplicações: 
 Indústrias gráficas na secagem de tintas. 
LUMINOTÉCNICA - 5 
 
 Indústrias automobilísticas na secagem de tinta à base de laca, esmalte e verniz. 
 Na criação de animais como pintos, porcos e bezerros, aquecendo o ambiente. 
 Indústrias têxteis, na evaporação dos componentes voláteis. 
 Ampla aplicação como secagem nas indústrias de couro, tabaco, etc. 
 Outras aplicações industriais. 
 
2.2. Lâmpadas de Descarga de Baixa Pressão 
 
Nas lâmpadas denominadas “de descarga”, a energia é emitida sob a forma de 
radiação, que provoca uma excitação de gases ou vapores metálicos, devido à tensão elétrica 
entre eletrodos especiais. 
A radiação, que se estende da faixa do ultravioleta até a do infravermelho, passando 
pelo espectro luminoso, depende, entre outros fatores, da pressão interna da lâmpada, da 
natureza do gás ou da presença de partículas metálicas ou halógenas no interior do tubo. 
 
2.2.1. Lâmpadas Fluorescentes 
 
Fluorescência é definida como sendo “a propriedade que tem um material de se auto-
iluminar quando sob a ação de uma energia radiante, como o ultravioleta, ou o raio “X”. 
 
2.2.1.1. Lâmpadas Fluorescentes Tubulares 
 
Consistem de um bulbo cilíndrico de vidro, tendo em suas extremidades eletrodos 
metálicos de tungstênio (cátodos), por onde circula corrente elétrica. Em seu interior existe 
vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão e as paredes internas do tubo são pintadas com 
materias fluorescentes, conhecidos como cristais de fósforo. 
Basicamente, podemos resumir o funcionamento da lâmpada fluorescente da seguinte 
forma: 
 o circuito é energizado. 
 os elétrons abandonam os cátodos: 
– vagarosamente nos circuitos convencionais. 
– rapidamente nos circuitos de partida rápida. 
 a tensão entre os cátodos atrai os elétrons 
LUMINOTÉCNICA - 6 
 
 os elétrons em excesso ionizam o gás de enchimento, reduzindo a resistência do tubo, o arco 
salta. 
 o fluxo de elétrons no arco excita os elétrons nos átomos de mercúrio, eles mudam de órbita, 
dando lugar à radiação. 
 a radiação da colisão de elétrons é absorvida pelo pó fluorescente, causando a luminescência. 
 
 
Figura 6 – Lâmpada fluorescente tubular 
 
 
 
 
 


















Reator Lâmpada aInstantâne PartidaFrio Cátodo de
Reator LâmpadaaInstantâne PartidaoAqueciment-Pré sem
Rápida Partida Reator Lâmpada Rápida Partida
 Starteral Convencion Reator LâmpadaalConvencion Partida
oAqueciment-Pré com
Quente Cátodo de
tesFluorescen Lâmpadas
 
Para funcionamento da lâmpada, são indispensáveis doisequipamentos auxiliares: 
starter e reator. 
O starter é um dispositivo usado na partida que emprega o princípio do bimetal, isto é, 
dois metais em forma de lâmina com coeficientes de dilatação diferentes. A lâmina bimetálica 
constitui o contato móvel, havendo outro contato que é fixo. 
Como parte integrante do starter, temos um condensador ligado em paralelo com o 
interruptor; sua função é evitar interferência em aparelhos de rádio. 
O reator é uma bobina com núcleo de ferro ligada em série e tem dupla função: 
produzir a sobretensão e limitar a corrente. 
 
LUMINOTÉCNICA - 7 
 
 
 
Figura 7 – Sistemas de lâmpadas fluorescentes de cátodo quente com pré-aquecimento 
 
 
 Figura 8 – Circuito convencional básico – Funcionamento 






















sEletrônico
Duplos
Simples
Rápida Partida de
Duplos
Simples
aisConvencion ou Comuns
éticosEletromagn
tesFluorescen Lâmpadas paraReatores
 
 
2.2.1.2. Lâmpadas Fluorescentes Compactas 
 
 
  


Reator LâmpadaoIncorporad StarterIntegradas-Não
oIncorporad éticoEletromagn Reator Integradas
Compactas tesFluorescen Lâmpadas
 
 
Figura 9 – Lâmpada fluorescente compacta 
 
2.2.1.3. Outros tipos de lâmpadas fluorescentes 
 
LUMINOTÉCNICA - 8 
 
Além das lâmpadas fluorescentes acima, de aplicações mais diversas existem alguns 
tipos para uso específico, dentre as quais citaremos: 
a) Lâmpadas Fluorescentes Coloridas 
b) Lâmpadas Fluorescentes Luz Negra 
c) Lâmpadas Fluorescentes Refletoras 
d) Lâmpadas Fluorescentes para Aquários 
e) Lâmpadas Fluorescentes de Indução 
f) Lâmpadas de Neón 
 
2.2.2. Lâmpadas Vapor de Sódio de Baixa Pressão 
 
São lâmpadas que possuem um tubo de descarga, contendo sódio sob baixa pressão 
(alguns N/m2) que evapora a 98°C, e uma mistura de gases inertes (neônio e argônio) a uma 
pressão de centenas de N/m2, para obter a tensão de ignição baixa. 
A lâmpada de vapor de sódio de baixa pressão é caracterizada por sua radiação 
monocromática, alta eficiência luminosa (200 lm/W) e longa vida. 
 
2.3. Lâmpadas Fluorescentes de Alta Pressão 
 
2.3.1. Lâmpadas de luz mista 
 
A lâmpada de luz mista é composta de um tubo de descarga a vapor de mercúrio, 
conectado em série com um filamento de tungstênio, ambos encapsulados por um bulbo 
ovóide recoberto internamente com uma camada de fosfato de ítrio vanadato. O filamento 
atua como fonte de luz de cor quente e como limitador de corrente em lugar do reator. 
Em geral é usada quando se deseja melhorar o rendimento da iluminação 
incandescente, pois não necessita de nenhum equipamento auxiliar: basta colocá-la no lugar 
da incandescente, porem é preciso que a tensão da rede seja de 220 volts. 
 
Figura 10 – Lâmpada de luz mista 
LUMINOTÉCNICA - 9 
 
 
 
 
2.3.2. Lâmpadas a vapor de mercúrio 
 
Basicamente, a lâmpada a vapor de mercúrio consta de um bulbo de vidro duro que 
encerra em seu interior um tubo de arco onde se produzirá o efeito luminoso. O bulbo externo 
destina-se a suportar os choques térmicos e é apresentado normalmente nos tipos BT (bulged 
tubular) e R (refletor). 
A lâmpada a vapor de mercúrio exige um reator (ou autotransformador) cujas 
finalidades são fornecer a tensão necessária na partida e limitar a corrente nominal de 
operação, pois quando o vapor de mercúrio é ionizado, comporta-se como uma resistência 
negativa. 
 
 
Figura 11 – Lâmpada a vapor de mercúrio 
 
A lâmpada a vapor de mercúrio possui, dentro do tubo de arco, mercúrio e pequena 
quantidade de argônio que, depois de vaporizados, comunicam-se ao ambiente interno alta 
pressão (dezenas de atmosferas). A vaporização do mercúrio processa-se da seguinte maneira: 
fechando o contato interruptor, uma tensão suficiente para a partida é aplicada entre o 
eletrodo principal e o eletrodo auxiliar, formando-se um arco elétrico. Este arco ioniza o 
argônio e vaporiza o mercúrio quase que instantaneamente. 
O vapor de mercúrio formado possibilita o aparecimento de um arco entre os 
eletrodos principais, e o impacto dos elétrons do arco com os átomos de mercúrio libera 
energia luminosa. 
Note-se que na lâmpada fluorescente, pelo fato do vapor de mercúrio estar em baixa 
pressão, a energia radiante liberada está na gama ultravioleta, havendo necessidade da 
pintura fluorescente do tubo, para transformá-la em luz visível. Há também lâmpadas a vapor 
LUMINOTÉCNICA - 10 
 
de mercúrio “corrigidas”, isto é, o tubo é também pintado com tinta fluorescente, para 
correção do feixe de luz emitido por ação da descarga, o que representa um requinte. 
Depois de iniciada a descarga entre os eletrodos principais, praticamente deixa de 
existir a descarga entre os eletrodos principal e o auxiliar, em virtude da grande resistência 
oposta pelo resistor de partida. Entre os eletrodos principais passa a existir “resistência 
negativa”, e a sua corrente é cerca de 1.000 vezes maior que a do eletrodo auxiliar. O calor 
desenvolvido pela descarga principal faz vaporizar o restante do mercúrio que ainda estiver 
líquido. 
 
Figura 12 – Esquema de ligação de uma lâmpada VM 
 
Embora a partida seja instantânea, isto é, não há necessidade de starter, a lâmpada 
VM só entra em regime aproximadamente 8 minutos após ligada a chave. 
 
Figura 13 – Características de partida 
 
Note-se que a tensão e a potência vão aumentando até atingirem valores nominais 
(127 volts e 400 watts), enquanto a corrente, que é maior na partida, decresce até o valor 
nominal (aproximadamente 3,2 A). 
 
 
2.3.3. Lâmpadas a vapor metálico 
 
As lâmpadas a vapor metálico de alta pressão são adequadas para a aplicação em 
áreas internas e externas. Operam segundo os mesmos princípios de todas as lâmpadas de 
LUMINOTÉCNICA - 11 
 
descarga, sendo a radiação proporcionada por iodeto de índio, tálio e sódio em adição ao 
mercúrio. 
A proporção dos compostos no tubo de descarga resulta em reprodução de cores de 
muito boa qualidade. 
Requerem um reator e um ignitor, os quais influenciam na sua performace. 
 
2.3.4. Lâmpadas a vapor de sódio 
 
São lâmpadas que possuem como característica fundamental a sua grande eficiência 
luminosa, muito superior a qualquer outro tipo de fonte de luz policromática para uso 
generalizado. A aparência de cor desse tipo de lâmpada é branco-amarelado, agradável, 
possuindo longa vida média, desde que o acendimento seja prolongado ou contínuo. 
As lâmpadas a vapor de sódio exigem reator e ignitor. 
 
2.4. Comparação entre os Diversos Tipos de Lâmpadas 
 
2.4.1. Aplicações 
 
A Tabela 1 mostra as diversas aplicações em que cada tipo de lâmpada melhor se 
ajusta. 
 
 
LUMINOTÉCNICA - 12 
 
Tabela 1 – Lâmpadas – Aplicações 
Lâmpadas Incandescentes 
 
Aplicação 
Interno Externo 
 
Faixa 
Potência 
Pos. 
Unil. 
Residencial 
Comercial 
Industrial 
Áreas 
Comuns 
Vias 
Públicas 
Estacion. Jardins 
Fachada 
Monum. 
Área 
Esporte 
Comuns – uso geral 15-100 W Univ. x 
Comuns – decorativa 15-60 W Univ. x 
Comuns – dirigida 40-100 W Univ. x 
Comuns – específica 60-200 W Univ. x x x x x 
Halógenas – uso geral 300-2.000 W Univ. x x x x x 
Halógenas – decorativa 15-60 W Univ. x 
Halógenas – dirigida 20-150 W Univ. x x 
Halógenas – específica 40-250 W Univ. x x x x x x 
Dicríocas 50 W Univ. x 
Lâmpadas de Descarga 
 
Aplicação 
Interno Externo 
 
Faixa 
Potência 
Pos. 
Unil. 
Residencial 
Comercial 
Industrial 
Áreas 
Comuns 
ViasPúblicas 
Estacion. Jardins 
Fachada 
Monum. 
Área 
Esporte 
Fluorescente 15-110 W Univ. x 
PL 5-23 W Univ. x 
Vapor de mercúrio 80-1.000 W Univ. x x x x x x 
Vapor metálico 400-2.000 W Restr. x x 
Luz mista 125-500 W Restr. x x x x x 
Vapor de sódio 70-1.000 W Univ. x x x x 
 
 
2.4.2. Rendimento e vida útil 
 
A escolha de uma lâmpada deve ser feita em função da vida e do rendimento. 
 
 
Figura 14 – Diagramas comparativos da vida útil e rendimento das lâmpadas 
LUMINOTÉCNICA - 13 
 
 
2.4.3. Características de operação com sobretensões e subtensões 
 
Das sobretensões resultam: alto rendimento, alto iluminamento, porém vida curta. 
Das subtensões resultam: baixo rendimento, baixo iluminamento, porém vida mais 
longa. 
 
Figura 15 – Características de operação com sobretensões e subtensões 
 
2.4.4. Manutenção dos lumens 
 
No início da vida das lâmpadas, elas apresentam o máximo efeito de iluminamento 
(lumens) que aos poucos vai declinando, de acordo com evaporações e sublimações efetuadas 
pelo filamento. 
 
 
Figura 16 – Curva típica de diminuição dos lumens por efeito do uso 
 
2.5. Lâmpadas – Tendências 
LUMINOTÉCNICA - 14 
 
 
Podemos afirmar que grandes inovações tecnológicas surgiram na pesquisa e na 
fabricação de lâmpadas. 
 
 lâmpadas. das mercúrio de conteúdo o minimizar ou eliminar égeral tendência A
Pressão Alta de Sódiode Vapor a Lâmpadas -
:Ecológica oPreocupaçã
V 12 Dicróico Refletor com Tensão Extrabaixa de Halógenas Lâmpadas -
:Segurança
Metálicos esMultivapor LâmpadasPressão Alta de Sódiode Vapor a Lâmpadas -
:Cores de Reprodução
Compactas tesFluorescen Lâmpadas -
 Contato Duplo Metálico Vapor a Lâmpadas Contato Duplo Halógenas Lâmpadas -
:Energia de Economia


 
2.5.1. Diodos emissores de luz (LEDs) 
 
O diodo emissor de luz (LED) converte corrente direta em luz. Em uma junção pn 
diretamente polarizada, portadores minoritários são injetados através da junção e difundidos 
nas regiões p e n. Os portadores minoritários em difusão recombinam-se, então, com os 
portadores majoritários. Tal recombinação pode ser feita de modo a levar à emissão de luz. 
Isso pode ser feito pela fabricação da junção pn usando semicondutores que possuem a faixa 
proibida no modo de transição direta (direct bandgap). O arsenato de gálio pertence a esse 
grupo, e pode, portanto ser usado para fabricar diodos emissores de luz. 
A luz emitida por um LED é proporcional ao número de recombinações que ocorrem, 
as quais são proporcionais à corrente direta do diodo. 
Os LEDs são dispositivos muito populares. Eles encontram aplicação no projeto de 
numerosos tipos de mostradores (displays), incluindo aqueles de instrumentos laboratoriais, 
como um voltímetro digital. Eles podem ser feitos para produzir luzes de diversas cores. Além 
disso, LEDs podem ser projetados para produzir luz coerente com um comprimento de onda 
bem determinado. O dispositivo resultante é um diodo laser. Diodos laser encontram aplicação 
em sistemas de comunicação óptica e em CD players, entre outras. Combinando um LED com 
um fotodiodo chega-se a um dispositivo chamado isolador óptico. O LED converte um sinal 
elétrico aplicado ao isolador óptico em luz, que é detectada pelo fotodiodo e convertida 
novamente em um sinal elétrico na saída do isolador óptico. O uso do isolador óptico permite 
o total isolamento elétrico entre o circuito elétrico conectado à entrada do isolador óptico e o 
LUMINOTÉCNICA - 15 
 
circuito elétrico conectado à sua saída. Essa isolação pode ser útil na redução do efeito de 
interferência elétrica na transmissão do sinal dentro de um sistema e, portanto, isoladores 
ópticos são freqüentemente empregados no projeto de sistemas digitais. Eles também podem 
ser usados no projeto de instrumentação médica, para reduzir o risco de choque elétrico nos 
pacientes. 
Observe que o acoplamento óptico entre um LED e um fotodiodo não precisa estar 
fechado dentro de um pequeno encapsulamento. Na realidade, ele pode ser implementado 
usando uma fibra óptica de longa distância, como feito em canais de comunicação baseados 
em fibra óptica. 
 
3. ACESSÓRIOS PARA LÂMPADAS 
 










 
Dimmer
Starters""
Ignitores
Reatores
Luminárias
"Plafoniers"
Lâmpadas-PortaSoquetesosReceptácul
Lâmpadas paraAcessórios
 
 
3.1. Receptáculos 
 
São dispositivos que servem para fixação das lâmpadas por suas bases, permitindo a 
sua alimentação e facilitando a sua substituição. 
 
3.2. “Plafoniers” 
 
São dispositivos destinados a suportar os receptáculos ou soquetes para lâmpadas 
incandescentes ou fluorescentes compactas, os globos (PVC ou vidro) e dar condições de 
fixação de todo o conjunto ao teto ou parede. 
 
3.3. Luminárias 
 
LUMINOTÉCNICA - 16 
 
São aparelhos destinados a distribuir, filtrar e controlar a luz gerada por uma ou mais 
lâmpadas, que contenham todos os equipamentos e acessórios necessários para fixar, 
proteger e alimentar essas lâmpadas. 
 










Indireta
Indireta-Semi
Indireta-Direta
Difusa
Direta-Semi
Direta
Iluminação de Modalidade
 
 
Figura 17 – Classificação das luminárias conforme CIE (Comission Internacionale L’Eclaire) 
 










Pública Iluminação p/
sportivasExternas/E Áreas de Iluminação p/
Industrial Iluminação p/
Downlight"" Iluminação p/
Decorativa Iluminação p/
Comercial Iluminação p/
Luminária de Tipos
 
 
 
3.4. Reatores 
 
Os reatores são equipamentos auxiliares e necessários ao funcionamento das 
lâmpadas de descarga (exceto de luz mista) com a finalidade de proporcionar as condições de 
partida (ignição) e de maneira a controlar ou estabilizar a corrente do circuito. 
Além de proporcionar boa estabilização à corrente da lâmpada, o reator deverá ter: 
 Um fator de potência elevado, proporcionando o uso econômico no sistema de suprimento. 
 Harmônicas na corrente em percentagens reduzidas. 
 Alta impedância para audiofreqüência. 
LUMINOTÉCNICA - 17 
 
 Que não apresente radiointerferência, causada pelas lâmpadas. 
 Condições ideais de partida (ignição) da lâmpada. 
 Pequenas dimensões, vida longa, baixo nível de ruído e perdas reduzidas. 
 



sEletrônico
éticosEletromagn
Reatores de Tipos
 
 
O reator eletromagnético é uma indutância ligada em série com a lâmpada; apresenta 
baixo fator de potência. O aumento do fator de potência pode ser conseguido conectando-se 
um capacitor em paralelo com a ligação CA. 
Devido às características dos componentes semicondutores serem extremamente 
confiáveis, o reator eletrônico surgiu como opção na instalação de lâmpadas de descarga, 
apresentando diversas vantagens. 
 
 
3.5. Starters 
 
O “starter” é um interruptor automático de descarga, que consiste de uma ampola de 
vidro contendo gás (néon ou argônio), um par bimetálico que se deforma sob a ação do calor e 
um capacitor para impedir a radiointerferência. O conjunto é encerrado num invólucro de 
alumínio ou plástico e apresenta dois terminais na parte inferior para as conexões em 
receptáculo ou soquete. 
O pré-aquecimento é usado para facilitar a ionização dos gases dentro do tubo, 
reduzindo a tensão requerida para fazer saltar o arco elétrico. 
O “starter” é usado somente em circuitos convencionais, ou seja, em conjunto com 
reatores convencionais. Deve-se utilizar o modelo ou tipo adequado para cada potência de 
lâmpada. 
LUMINOTÉCNICA - 18 
 
 
Figura 17 – Princípio de funcionamento dostarter 
 
3.6. Ignitores
 
São dispositivos destinados especialmente à partida das lâmpadas a vapores metálicos 
e vapor de sódio de alta pressão. 
 
3.7. Dimmer 
 
Tem como função variar a intensidade da luz de acordo com a necessidade. 
 
4. CONCEITOS E GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS FUNDAMENTAIS 
 
4.1. Espectro Eletromagnético 
 
O espectro eletromagnético contém uma série de radiações, que são fenômenos 
vibratórios, cuja velocidade de propagação (c) é constante (3,0 x 105 km/s) e que diferem entre 
si por sua freqüência (f) e por seu comprimento de onda (), tal que: 
fv   
 
LUMINOTÉCNICA - 19 
 
 
Figura 18 – Espectro eletromagnético em função do comprimento de onda 
 
Figura 19 – Espectro eletromagnético em função da freqüência (ciclos/s) 
 
Para o estudo da iluminação, é especialmente importante o grupo de radiações 
compreendidas entre os comprimentos de onda de 380 e 760 nm (3.800 a 7.600 ângstroms), 
pois elas são capazes de estimular a retina do olho humano produzindo a sensação luminosa. 
O espectro eletromagnético visível está, pois, limitado, em um dos extremos, pelas 
radiações infravermelhas (de maior comprimento de onda) e, no outro, pelas radiações 
ultravioletas (de menor comprimento de onda). 
 





taUltraviole
Visivel Espectro
lhoInfraverme
 SolaresRadiações 
LUMINOTÉCNICA - 20 
 
 
4.1.1. Radiações infravermelhas 
 
São radiações invisíveis ao olho humano. Seus comprimentos de onda estão 
compreendidos entre 760 e 10.000 nm. Caracterizam-se por seu próprio efeito calorífico, 
sendo utilizadas em muitas aplicações. Essas radiações são produzidas normalmente através 
de resistores aquecidos ou por lâmpadas incandescentes especiais cujo filamento trabalha em 
temperatura mais reduzida (lâmpadas infravermelhas). 
 
4.1.2. Radiações ultravioletas 
 
Seus comprimentos de onda estão na faixa de 150 a 380 nm. Caracterizam-se por sua 
elevada ação química e pela excitação da fluorescência de diversas substâncias. Normalmente 
essas radiações se dividem em três grupos de propriedades um pouco diferentes: ultravioleta 
próximo ou luz negra (UV-A), ultravioleta intermediário (UV-B) e ultravioleta remoto ou 
germicida (UV-C). 
O ultravioleta próximo, caracterizado por comprimentos de onda próximos às 
radiações visíveis (aproximadamente 310 a 400 nm), compreende as radiações ultravioletas da 
luz solar, podendo ser gerado artificialmente, através de uma descarga elétrica no vapor de 
mercúrio em alta pressão. Essas radiações não afetam perniciosamente a vista humana, não 
possuem atividades pigmentarias e eritemáticas sobre a pele humana, e atravessam 
praticamente todos os tipos de vidros comuns. Possuem grande atividade sobre material 
fotográfico, de reprodução e heliográficos (  380 nm). 
O ultravioleta intermediário (UV-B) tem elevada atividade pigmentaria e eritemática. 
Produz vitamina D, que possui uma função anti-raquítica. Esses raios são utilizados unicamente 
para fins terapêuticos. Compreendem as radiações do espectro eletromagnético cujos 
comprimentos de onda vão de 280 a 310 nm, sendo também gerados artificialmente por uma 
descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. 
Já o ultravioleta remoto é caracterizado por seus menores comprimentos de onda 
(aproximadamente de 200 a 300 nm), sendo gerado especialmente através de uma descarga 
elétrica no vapor de mercúrio em baixa pressão. Afeta a vista humana, produzindo irritação 
nos olhos. Essas radiações são absorvidas quase integralmente pelo vidro comum, que 
funciona como filtro, motivo pelo qual as lâmpadas germicidas possuem bulbos de quartzo. 
 
LUMINOTÉCNICA - 21 
 
 
 
 



C-UV Germicida ou Remoto
B-UV rioIntermediá
A-UV NegraLuz ou Próximo
UV
 
 
4.1.3. Espectro visível 
 
Luz é a radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual e está 
compreendida entre 380 e 780 nm. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo 
com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. 
A curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor 
comprimento de onda (violeta e azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando 
há pouca luz (ex: crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de 
onda (laranja e vermelho) se comportam ao contrário. 
O olho humano possui diferentes sensibilidades para a luz. De dia, nossa maior 
percepção se dá para o comprimento de onda de 550 nm, correspondente às cores amarelo-
esverdeadas. E de noite, para o de 510 nm, correspondente às cores verde-azuladas. 
 
 
Figura 20 – Curva de sensibilidade do olho humano à radiação visível 
 
Luz é uma forma de energia radiante que impressiona nossos olhos e nos permite ver. 
 
4.1.4. Cores 
 
Examinando a radiação visível, verificamos que, além da impressão luminosa, obtemos 
também a impressão de cor. Essa sensação de cor está intimamente ligada aos comprimentos 
de ondas das radiações. Verifica-se que os diferentes comprimentos de ondas (as diferentes 
LUMINOTÉCNICA - 22 
 
cores) produzem diversas sensações de luminosidade; isto é, o olho humano não é igualmente 
sensível a todas as cores do espectro visível. 
 
A cor da luz é determinada pelo comprimento de onda. 
 
 
4.2. Grandezas Luminotécnicas 
 


















Luminosa ãoDistribuiç de Curva
Luz da Absorção e oTransmissã Reflexão,
Luminosa Eficiência
Luminosa ExitânciaLuminosa Emitância
Luz de Quantidade
Luminância
toIluminamenaIluminânci
Luminoso Fluxo
Luminosa eIntensidad
Radiante Fluxo
icasLuminotécn Grandezas
 
 
4.2.1. Fluxo Radiante – P (J – Joule) 
 
Fluxo radiante (P) é a quantidade de energia transportada por uma radiação. 
 
4.2.2. Fluxo Luminoso –  ou  (lm – lúmen) 
 
Fluxo luminoso () é a potência total emitida por uma fonte de luz e capaz de estimular 
a retina ocular à percepção de luminosidade. 
A unidade de fluxo é o lúmen (lm), definido como fluxo luminoso emitido no interior 
de um ângulo sólido igual a um esferorradiano, por uma fonte luminosa puntiforme de 
intensidade invariável e igual a uma candela, de mesmo valor em todas as direções. 
Suponhamos, na Figura 21, uma esfera de 1 metro de raio, no centro da qual 
colocamos uma fonte com intensidade de 1 candela, em todas as direções. O ângulo sólido 
que subentende uma área de 1 m2 é um esferorradiano. O fluxo emitido no interior desse 
ângulo sólido é o lúmen. 
LUMINOTÉCNICA - 23 
 
Como em cada m2 de superfície dessa esfera temos um fluxo de 1 lúmen, o fluxo total 
recebido será de 12, 56 lumens (área de esfera = 4∙R2 = 12,56∙R2). 
 
 
Figura 21 – Definição de lúmen 
 
O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte, medida em lumens, na 
tensão nominal de funcionamento. 
 
 
Figura 22 – Fluxo luminoso 
 
4.2.3. Intensidade Luminosa – I (cd – candela) 
 
Intensidade luminosa é o limite da relação entre o fluxo luminoso em um ângulo sólido 
() em torno de uma direção dada e o valor desse ângulo sólido, quando esse ângulo sólido 
tende para zero. 


d
d
I 
 
 
Intensidade luminosa é o fluxo luminoso irradiado na direção de um determinado ponto. 
 
LUMINOTÉCNICA - 24 
 
 
Figura 23 – Intensidade Luminosa 
 
 
4.2.4. Iluminância – E (lx – lux) 
 
Iluminância ou iluminamento é o fluxo luminoso incidente por unidade de área 
iluminada. 
 
Iluminância é a densidade superficial de fluxo luminoso recebido. 
 
dS
d
E

 






2mlúmen
lux
 
Na prática, a iluminância corresponde ao valor médio (Em), porque o fluxo luminoso 
não se distribui uniformemente sobre a superfície. 
 A unidade brasileira de iluminância é o lux (lx): “ iluminância de uma superfície plana, 
de área igual a 1m2, que recebe, na direção perpendicular, um fluxo luminoso igual a 1 lm, 
uniformemente distribuído”. Em unidades inglesas, a iluminância é medida em footcandle (ft). 
 
lux,
pe
lm
footcandle 761011
2

 
 
Figura 24 – Iluminância média perpendicular a uma superfície 
 
LUMINOTÉCNICA - 25 
 
Na prática, iluminância é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser medida com 
auxílio de um luxímetro. 
 
 
Figura 25 – Iluminância a partir da fonte de intensidade luminosa 
 
A iluminância em um ponto A da superfície, afastada de uma distância d da fonte de 
luz, é calculada por: 
2d
I
E 
 
No caso de a incidência da luz ser obliqua, a iluminância no ponto B, é calculada por: 
 3
22
cos
h
I
cos
d
I
E 
 
 
4.2.5. Luminância – L (cd/m2 ou nit) 
 
Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não são vistos, a 
menos que sejam refletidos em uma superfície e transmitam a sensação de claridade nos 
olhos. Essa sensação de claridade é chamada de luminância. 
 
Figura 26 – Luminância em cd/m2 
LUMINOTÉCNICA - 26 
 
 
Figura 27 – Iluminância X Luminância 
 
Luminância é a intensidade luminosa que emana de uma superfície, pela sua superfície 
aparente. 
 
cosS
I
S
I
L
Aparente 

 
 
Figura 28 – Representação da superfície aparente 
 
Como é difícil medir-se a intensidade luminosa que provêm de um corpo não radiante 
(através de reflexão), pode-se recorrer a outra fórmula, a saber: 

 E
L


 
onde  é a refletância ou coeficiente de reflexão. 
 Refletância é a relação entre o fluxo luminoso refletido por uma superfície (r), e o 
fluxo luminoso () incidente sobre ela. 
LUMINOTÉCNICA - 27 
 


 r
 
Como os objetos refletem a luz diretamente uns dos outros, fica explicado porque a 
mesma iluminância pode dar origem a luminâncias diferentes. 
 
4.2.6. Quantidade de luz – Q (lm∙s) 
 
Quantidade de luz é a quantidade de energia radiante, avaliada de acordo com sua 
capacidade de produzir sensação visual. A unidade correspondente é o lúmen-segundo, que é 
a quantidade de luz, durante 1 s, de um fluxo luminoso igual a 1 lm. 
 
4.2.7. Exitância Luminosa – H (lm/m2) 
 
Exitância luminosa (ou emitância luminosa) é a densidade superficial de um fluxo luminoso 
emitido. 
dS
d
H


 
A unidade legal brasileira de exitância luminosa é o lúmen por metro quadrado (lm/m2): 
“exitância luminosa de uma fonte superficial que emite, uniformemente, um fluxo luminoso 
igual a um lúmen por metro quadrado de sua área”. 
 
4.2.8. Eficiência Luminosa –  (lm/W) 
 
Eficiência luminosa de uma fonte luminosa é a relação entre o fluxo luminoso total emitido 
pela fonte e a potência por ela absorvida. 
P

 
 
 
4.2.9. Reflexão, Transmissão e Absorção da Luz 
 
Quando se ilumina uma superfície, uma parte do fluxo luminoso que incide sobre a mesma 
se reflete, outra atravessa a superfície transmitindo-se ao outro lado, e uma terceira parte do 
fluxo luminoso é absorvida pela própria superfície, transformando-se em calor. Portanto o 
fluxo luminoso incidente, nesse caso, divide-se em três partes, em uma dada proporção que 
LUMINOTÉCNICA - 28 
 
depende das características da substância sobre a qual incide. Temos, pois, três fatores a 
definir: refletância, transmitância e fator de absorção. 
A luz solar e a maioria das fontes artificiais de luz contêm radiações de quase todos os 
comprimentos de onda, sendo, portanto, brancas ou quase brancas. Se uma superfície 
iluminada por uma luz branca reflete igualmente todas as radiações que incidem sobre ela, o 
fluxo refletido terá a mesma composição espectral do fluxo incidente: a luz refletida será 
branca. Se a superfície refletir melhor determinados comprimentos de onda, no fluxo refletido 
haverá predominância desses comprimentos de onda: a luz refletida será colorida. 
As letras pretas de um livro diferem do papel branco sobre o qual estão impressas 
unicamente por sua refletância. Ambos refletem a luz branca, mas com porcentagens bens 
diversas; a cor negra absorve quase todo o fluxo luminoso incidente. 
 
4.2.9.1. Refletância -  
 
Refletância (fator de reflexão) () é a relação entre o fluxo luminoso refletido por uma 
superfície (r), e o fluxo luminoso () incidente sobre ela. 


 r
 
O valor da refletância é normalmente dado em porcentagem. Essa refletância 
corresponde a um valor médio dentro de todo o espectro visível. 
Para determinado intervalo  do espectro, poderemos definir a refletância espectral 
(), 
 
 
 

 r
, 
que poderá diferir do valor médio 
 
4.2.9.2. Transmitância -  
 
 Transmitância () (fator de transmissão) é a relação entre o fluxo luminoso transmitido 
por uma superfície (t) e o fluxo luminoso () incidente sobre a mesma. 


 t
 
 
 
 

 t
 
LUMINOTÉCNICA - 29 
 
4.2.9.3. Fator de absorção -  
 
 Fator de absorção () é a relação entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfície 
(a) e o fluxo luminoso () incidente sobre a mesma. 


 a
 
 
 
 

 a
 
 






a
t
r
 
   atr
 
  atr
 
1 
 
 
 
4.2.10. Curva de Distribuição Luminosa – CDL (cd x 1.000 lm) 
 
 Curva de distribuição luminosa é a maneira pela qual os fabricantes de luminárias 
representam a distribuição da intensidade luminosa nas diferentes direções. Trata-se de um 
diagrama polar, em que a luminária é reduzida a um ponto no centro do diagrama; as 
intensidades luminosas, em função do ângulo formado com a vertical, são medidas e 
registradas. Como o fluxo inicial das lâmpadas depende do tipo escolhido, as curvas de 
distribuição luminosa são feitas para 1.000 lumens. Para outros valores de fluxo, basta 
multiplicar por sua relação a 1.000 lumens. 
 
 
LUMINOTÉCNICA - 30 
 
 
Figura 29 – Curva de distribuição de intensidades luminosas no plano transversal e longitudinal 
para uma lâmpada fluorescente isolada (A) ou associada a um refletor (B) 
 
Figura 30 – Exemplos de curvas de distribuição luminosa 
 
5. FUNDAMENTOS DO PROJETO DE ILUMINAÇÃO 
 





icoLuminotécn ProjetoElétricas Lâmpadas :Luz de FontesArtificial
 Sol:Luz de FonteNatural
Iluminação
 












Exteriores de
etc
Comercial
lResidencia
Interiores de
Artificial Iluminação
 
 
Uma vez definidas as grandezas utilizadas nos projetos, pode-se partir para o 
planejamento de um sistema de iluminação. 
Um projeto luminotécnico pode ser resumido em: 
 Escolha da lâmpada (+ acessórios) e da luminária mais adequada. 
 Cálculo da quantidade de luminárias. 
LUMINOTÉCNICA - 31 
 
 Disposição das luminárias no recinto. 
 Cálculo de viabilidade econômica. 
O desenvolvimento de um projeto exige uma metodologia para se estabelecer uma 
seqüência lógica de cálculos. 
A metodologia recomendada propõe as seguintes etapas: 
1) Determinação dos objetivos da iluminação e dos efeitos que se pretende alcançar. 
2) Levantamento das dimensões físicas do local, lay-out, materiais utilizados e características 
elétricas no local. 
3) Análise dos Fatores de Influência na Qualidade da Iluminação. 
4) Cálculoda iluminação geral. 
5) Adequação dos resultados ao projeto. 
6) Cálculo de Controle 
7) Definição dos pontos de iluminação. 
8) Cálculo de iluminação dirigida. 
9) Avaliação do consumo energético. 
10) Avaliação de custos. 
11) Cálculo de rentabilidade. 
 
5.1. Objetivos da Iluminação 
 
Para a iluminação, tanto natural quanto artificial, a função é o primeiro e mais 
importante parâmetro para a definição de um projeto. 
 



 sLaborativa Não Atividades
sLaborativa Atividades
Iluminação da Objetivos
 
 
5.2. Sistemas de Iluminação 
 
O próximo passo de um projeto luminotécnico, é definir o(s) sistema(s) de iluminação 
respondendo basicamente a três perguntas: 
1°) Como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente? (Sistema Principal) 





 Tarefa de
Localizada
Geral
Iluminação
 
LUMINOTÉCNICA - 32 
 
 
Figura 31 – Iluminação geral 
 
Figura 32 – Iluminação localizada 
 
Figura 33 – Iluminação de tarefa 
 
2°) Como a luminária irá distribuir a luz? 










Indireta
Indireta-Semi
Indireta-Direta
Difusa
Direta-Semi
Direta
Iluminação 
 
3°) Qual a ambientação que queremos dar, com a luz, a este espaço? (Sistema Secundário) 
 








 icaArquitetônLuz 
oDimerizaçã eIntensidad de Modulação
DecorativaLuz 
Efeito deLuz 
Destaque deLuz 
 
 
5.3. Fatores de Influência na Qualidade da Iluminação 
 
LUMINOTÉCNICA - 33 
 


















Acústica e doCondiciona-Ar
Cor de aTemperatur ouLuz da Cor de Tonalidade
Cores de Reprodução
 SombraeLuz Efeitos
sLuminância entre Harmoniosa Proporção
Indireto
Direto
oOfuscament de Limitação
Adequada aIluminânci deNível 
Iluminação da Qualidade na Influência de Fatores
 
5.3.1. Nível de Iluminância Adequada 
 
Quanto mais elevada a exigência visual da atividade, maior deverá ser o valor da iluminância média (Em) 
sobre o plano de trabalho. Deve-se consultar a norma NBR-5413 para definir o valor de Em pretendido. 
 
5.3.2. Limitação de Ofuscamento 
 
Duas formas de ofuscamento podem gerar incômodos: 
 Ofuscamento direto, através de luz direcionada diretamente ao campo visual. 
 Ofuscamento reflexivo, através da reflexão da luz no plano de trabalho, direcionando-a para o campo visual. 
Considerando que a luminância da própria luminária é incômoda a partir de 200 cd/m2, valores acima deste 
não devem ultrapassar o ângulo de 45°. 
O posicionamento e a curva de distribuição luminosa devem ser tais que evitem prejudicar as atividades 
do usuário da iluminação. 
 
 
Figura 34 – Ofuscamento 
 
5.3.3. Proporção Harmoniosa entre Luminâncias 
 
LUMINOTÉCNICA - 34 
 
Acentuadas diferenças entre as luminâncias de diferentes planos causam fadiga visual, devido ao 
excessivo trabalho de acomodação dos olhos, ao passar por variações bruscas de sensação de claridade. Para 
evitar esse desconforto, recomenda-se que as luminâncias de piso, parede e teto se harmonizem numa 
proporção de 1:2:3, e que, no caso de uma mesa de trabalho, a luminância não seja inferior a 1/3 da do 
objeto observado. 
 
 
Figura 35 – Proporção harmoniosa de luminâncias 
5.3.4. Efeitos Luz e Sombra 
 
Deve-se tomar cuidado no direcionamento do foco de uma luminária, para evitar que essa crie sombras 
incômodas, lembrando, porém, que a total ausência de sombras leva a perda de identificação da textura e 
do formato dos objetos. Uma boa iluminação não significa luz distribuída por igual. 
 
5.3.5. Reprodução de Cores 
 
A cor de um objeto é determinada pela reflexão de parte do espectro de luz que incide sobre ele. Isso 
significa que uma boa reprodução de cores está diretamente ligada à qualidade da luz incidente, ou seja, à 
equilibrada distribuição das ondas constituintes do seu espectro. 
As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes podem ser identificadas através 
do conceito de Reprodução de Cores e de sua escala quantitativa, o Índice de Reprodução de Cores (IRC ou 
Ra). 
O IRC é estabelecido em função da luz natural que tem reprodução fidedigna, ou seja, 100%. No caso das 
lâmpadas, o IRC é estabelecido entre 0 e 100, comparando-se a sua propriedade de reprodução de cor à luz 
natural (do sol). Portanto, quanto maior a diferença na aparência de cor do objeto iluminado em relação ao 
padrão, menor é seu IRC. 
É importante notar que, assim como para a iluminância média, existem normas que regulamentam o uso 
de fontes de luz com determinados índices, dependendo da atividade a ser desempenhada no local. 
 
LUMINOTÉCNICA - 35 
 
 
Figura 36 – Índice de Reprodução de Cores e exemplos de aplicação 
 
5.3.6. Temperatura de Cor – T (K – Kelvin) 
 
Em aspecto visual, admite-se que é bastante difícil a avaliação comparativa entre a sensação de 
tonalidade de cor de diversas lâmpadas. Para estipular um parâmetro, foi definido o critério Temperatura de 
Cor para classificar a luz. 
Temperatura de cor é a grandeza que expressa a aparência de cor da luz, sendo sua unidade o kelvin (K). 
Convém ressaltar que, do ponto de vista psicológico, quando dizemos que um sistema de iluminação 
apresenta luz “quente” não significa que a luz apresenta uma maior temperatura de cor, mas sim que a luz 
apresenta uma tonalidade mais amarelada. Um exemplo deste tipo de iluminação é a utilizada em salas de 
estar, quartos ou locais onde se deseja tornar um ambiente mais aconchegante. Da mesma forma, quando 
mais alta for a temperatura de cor, mais “fria” será a luz. Um exemplo deste tipo de iluminação é a utilizada 
em escritórios, cozinhas ou locais em que se deseja estimular ou realizar alguma atividade. Esta 
característica é muito importante de ser observada na escolha de uma lâmpada, pois dependendo do tipo de 
ambiente há uma temperatura de cor mais adequada para esta aplicação. 
 
LUMINOTÉCNICA - 36 
 
 
Figura 37 – Aparência de Cor 
 
Um dos requisitos para o conforto visual é a utilização da iluminação para dar ao ambiente o aspecto 
desejado. Sensações de aconchego ou estímulos podem ser provocadas quando se combinam a correta 
Temperatura de Cor da fonte de luz ao nível de Iluminância preterido. 
 
 
Figura 38 – Relação de conforto ambiental entre nível de Iluminância e Tonalidade de Cor da lâmpada 
 
5.3.7. Ar – Condicionado e Acústica 
 
O calor gerado pela iluminação não deve sobrecarregar a refrigeração artificial do ambiente. 
Há um consenso que estabelece que um adulto irradia o calor equivalente a uma lâmpada 
incandescente de 100 W. Portanto, fontes de luz mais eficientes colaboram para bem-estar, além de se 
constituir numa menor carga térmica ao sistema de condicionamento de ar. O sistema de iluminação pode 
comprometer a acústica de um ambiente através da utilização de equipamentos auxiliares (reatores e 
LUMINOTÉCNICA - 37 
 
transformadores eletromagnéticos). Uma solução bastante eficiente, com ausência total de ruídos é o 
emprego de sistemas eletrônicos nas instalações. 
 
5.4. Cálculo de Iluminação Geral 
 





Zonais Cavidades das Método
Lúmens dos Método
Normas porExigida Mínima Carga da Método
Geral Iluminação de Cálculo de Métodos 
 
5.4.1. Método da Carga Mínima Exigida por Normas 
 
Este método é uma aproximação grosseira, servindo apenas como referência. (Tabela 2 – NTC 04) 
 
5.4.2. Método dos Lúmens (Método Philips) 
 










Luminárias de Número do Cálculo 6.
oDepreciaçã de Fator do ãoDeterminaç 5.
Utilização de Fator do ãoDeterminaç 4.
Local doÍndice do ãoDeterminaç 3.
Adequados Acessórios e Luminária Lâmpada, da Escolha 2.
aIluminânci da Seleção1.
Lúmens dos Método
 
 
5.4.2.1. Seleção da Iluminância 
 
De acordo com a NBR-5413 da ABNT, alguns níveis recomendados para iluminação de interiores constam 
da Tabela 2. Segundo a mesma fonte, as atividades foram divididas em três faixas: A, B, C, e cada faixa com 
três grupos de iluminâncias, conforme o tipo de atividade. A seleção da iluminância específica para cada 
atividade é feita com auxílio das Tabelas 3 e 4 do seguinte modo: 
a. Determina-se o peso (-1, 0 ou +1) correspondente a cada característica (idade dos ocupantes, velocidade e 
precisão exigidas na operação e a refletância da superfície onde se desenvolve a tarefa); 
b. Somam-se os valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal 
c. Quando o valor final for -2 ou -3, usa-se a iluminância mais baixa do grupo; a iluminância superior do grupo é 
usada quando a soma for +2 ou +3; nos outros casos, usa-se o valor médio. 
 
LUMINOTÉCNICA - 38 
 
Tabela 2 – Iluminância em Lux, por Tipo de Atividade (Valores Médios em Serviço) 
 
 
Tabela 3 – Iluminâncias para Cada Grupo de Tarefas Visuais (lux) 
 
 
 
LUMINOTÉCNICA - 39 
 
Tabela 4 – Fatores Determinantes da Iluminância Adequada 
 
 
5.4.2.2. Escolha da lâmpada, luminária e acessórios adequados 
 
Esta etapa depende de diversos fatores, tais como: objetivo da iluminação, fatores econômicos, razões 
da decoração, facilidade de manutenção, etc. 
Para esse objetivo, torna-se indispensável a consulta a catálogos dos fabricantes. 
 
etc
o.com.brmiluminaca//www.itai:http
rania.com.b//www.sylv:http
m.com.br//www.osra:http
.brmpadas.com//www.gela:http
ips.com.br//www.phil:http
 
 
5.4.2.2.1. Determinação do Fator de Fluxo Luminoso (FFL) ou Fator do Reator (FR ou BF) 
 
A maioria das lâmpadas de descarga opera em conjunto com reatores. Neste caso, observamos que o 
fluxo luminoso total obtido depende do desempenho deste reator. Este desempenho é chamado de Fator de 
Fluxo Luminoso (Ballast Factor). 
O fator de eficácia (Fe) é definido pelo nível relativo de luz na saída do reator pela potência de 
alimentação (PT) (lumens percentuais/watt). 
100
100
Te
T
e
PF
FFL
P
FFL
F




 
 
5.4.2.3. Determinação do Índice do Local – k 
 
Este índice relaciona as dimensões do recinto, comprimento (c), largura (l) e altura de montagem de 
acordo com o tipo de iluminação. 
LUMINOTÉCNICA - 40 
 
 
 
 












lc'h
lc
k
lch
lc
k
2
3
:Indireta Iluminação
 :Direta Iluminação
Local do Índice 
 
Pé- direito útil (h) é o valor do pé-direito total do recinto (H), menos a altura do plano de trabalho 
(hpl.tr.), menos a altura do pendente da luminária (hpend.). Isto é, a distância real entre a luminária e o plano de 
trabalho. 
.tr.plpend h.hHh 
 
h’ é a distância do teto ao plano de trabalho. 
.tr.plhH'h 
 
 
 
 
Figura 39 – Representação do pé-direito útil 
 
5.4.2.4. Determinação do Fator de Utilização (FU) 
 
De posse do índice do local, estamos em condições de achar o fator de utilização. Este fator relaciona o 
fluxo luminoso inicial emitido pela luminária (fluxo inicial) e o fluxo recebido no plano de trabalho (fluxo útil); 
por isso, depende das dimensões do local, da cor do teto, das paredes e do acabamento das luminárias. 
ointrecáriaminLuUF  
 
 
 
LUMINOTÉCNICA - 41 
 
 
Figura 40 – Esquema de representação de fluxos luminosos 
 
Para encontrar o fator de utilização, precisamos entrar na tabela com as refletâncias do teto, 
paredes e piso. A refletância é dada pela Tabela 5. 
Tabela 5 - Refletâncias 
 
A tabela para determinação do fator de utilização depende do fabricante, do tipo e das 
características inerentes a cada luminária. Esta tabela apresenta o valor da eficiência do recinto multiplicado 
pela eficiência da luminária, encontrado pela interseção do Índice do Local (k) e das refletâncias do teto, 
paredes e piso (nesta ordem). 
 
5.4.2.5. Determinação do Fator de Depreciação (Fd) 
 
Este fator, também chamado de fator de manutenção, relaciona o fluxo emitido no fim do período de 
manutenção da luminária e o fluxo luminoso inicial da mesma. 
É evidente que, quanto melhor for a manutenção das luminárias (limpeza e substituições mais 
freqüentes), mais alto será este fator, porém mais dispendioso. 
É determinado pela Tabela 6. 
Tabela 6 – Fator de Depreciação 
 
 
Figura 41 – Fator de Depreciação 
LUMINOTÉCNICA - 42 
 
 
5.4.2.6. Cálculo do Número de Luminárias 
Uma vez percorrida as etapas anteriores, estamos em condições de chegar ao número de luminárias 
necessárias para determinado nível de iluminância. 
A
E
plano
m


 


 áriasminluointrecplano
áriasminlu
plano
ointrec 

 
lâmpadaáriaminLuáriaminLu
lâmpada
áriaminLu
áriaminLu 
 
 
  lâmpadaáriaminLuáriaminLu 
 
 lâmpadaáriaminLuointrecplano 
 
lâmpadalâmpadasáriaminLuointrecplano n  
 
lâmpadalâmpadasuplano nF  
 
A
nF
E
lâmpadalâmpadasu
m


 
lâmpadalâmpadasum nFAE 
 
ulâmpada
m
lâmpadas
F
AE
n




 
O número de lâmpadas precisa ainda levar em consideração o fator de depreciação Fd, para 
compensar o desgaste e o tipo de manutenção dos equipamentos ao longo do tempo. No caso de utilização 
de lâmpadas de descarga (exceto luz mista), deve-se levar em conta ainda o fator de fluxo luminoso do 
reator (FFL). 
 
 
 
 Total Fluxo 
du
m
FF
AE



 
FFL
n
lâmpada
lâmpadas




 
  
min
luminárias
áriaor lulâmpadas p
lâmpadas
n
n
n
 
 
  dulâmpada
m
lâmpadas
FFFFL
AE
n


 
LUMINOTÉCNICA - 43 
 
 
5.4.3. Método das Cavidades Zonais 
 
Este método de cálculo de iluminação de interiores se baseia na “teoria de transferência do fluxo” e só 
se justifica quando aplicado a instalações de alto padrão técnico, em que é exigida maior precisão de 
cálculos. Esta teoria estabelece que, se uma superfície A emite ou reflete um fluxo de modo completamente 
difuso, parte deste fluxo é recebido por uma superfície B. A percentagem do fluxo total emitido por A que é 
recebido por B é chamado fator de forma de B em relação a A. Um recinto a iluminar é constituído de 
paredes, teto e chão, que atuam como superfícies refletoras do fluxo emitido pela fonte luminosa; estas 
superfícies recebem o nome de cavidades zonais. 
 
5.5. Adequação dos Resultados ao Projeto 
 
Se a quantidade de luminárias resultantes do cálculo não for compatível com sua distribuição desejada, 
recomenda-se sempre o acréscimo de luminárias e não a eliminação, para que não haja prejuízo do nível de 
Iluminância desejado. 
 
5.6. Cálculo de Controle 
 
Definida a quantidade de luminárias desejada, pode-se calcular exatamente a Iluminância Média 
alcançada. 
 
5.7. Definição dos Pontos de Iluminação 
 
Os pontos de iluminação devem preferencialmente ser distribuídos uniformemente no recinto, levando-
se em conta o layout do mobiliário, o direcionamento da luz para a mesa de trabalho e o próprio tamanho 
da luminária. Recomenda-se que a distância “a” ou “b” entre as luminárias seja o dobro da distância entre 
estas e as paredes laterais. 
 
LUMINOTÉCNICA - 44 
 
 
Figura 42 - Recomendações quanto às distâncias entre luminárias e paredes laterais 
 
 
Figura 43 – Sistemas de iluminação– Espaçamento das luminárias entre si com relação às alturas de 
montagem 
 
Se a quantidade de luminárias resultantes do cálculo não for compatível com a distribuição desejada, 
sugere-se o cálculo abaixo para uma distribuição uniforme. 
 Quantidade de luminárias no comprimento: 
lumináriasN
lc
c
Qc


 
 Quantidade de luminárias na largura: 
lumináriasN
lc
l
Ql


 
 
5.8. Cálculo de Iluminação Dirigida 
LUMINOTÉCNICA - 45 
 
 
5.8.1. Método do Ponto por Ponto 
 
O método dos lumens baseia-se no fluxo médio de luz numa área; o método de ponto por ponto, na 
quantidade de luz que incidirá em determinado ponto da área. Então, é necessário o conhecimento da 
distribuição de luz de diferentes fontes. 
 Fonte Puntiforme: A iluminância é inversamente proporcional ao quadrado da distância (lei do quadrado da 
distância). 
 
 
Figura 47 – Fonte puntiforme 
 
 Fonte Linear Infinita: A iluminância é inversamente proporcional à distância. 
 
Figura 48 – Fonte linear infinita 
 
 Fonte Superficial da Área Infinita: A iluminância não varia com a distância. 
 
Figura 49 – Superfície infinita 
 Feixe Paralelo de Luz: A iluminância não varia com a distância. 
 
Figura 50 – Feixe paralelo de luz 
LUMINOTÉCNICA - 46 
 
 
 
Se a distância d entre a fonte de luz e o objeto a ser iluminado for no mínimo 5 vezes maior que as 
dimensões físicas da fonte de luz, pode-se calcular a iluminância pelo método de ponto por ponto. 
Considere o foco luminoso L, puntiforme, mostrado na Figura 51, à distância d do ponto O, no plano 
P. Seja  o ângulo que a normal faz com OL. Supondo no plano P uma área elementar dS, o ângulo sólido 
subentendido por dS, de vértice L, será 
2d
cosdS
d




 
 
 
yOA
hLA
dLO



 
 ddcosdS  2 
 
 
Figura 51 – Fonte luminosa puntiforme iluminando uma área elementar do plano P 
 
Porém, por definição, sabemos que a intensidade luminosa na direção LO será 


d
d
I 
 
 Então 
2d
cosdSI
dId
 
 
 Podemos então calcular a iluminância na área horizontal dS, que será 
dS
d
EH


 
2d
cosI
EH


 
LUMINOTÉCNICA - 47 
 
 Essa fórmula resume as três leis de iluminância proporcionada por uma fonte puntiforme em um 
ponto de uma superfície: 
1) a iluminância varia na razão direta da intensidade luminosa na direção do ponto considerado; 
2) a iluminância varia na razão inversa do quadrado da distância da fonte ao ponto iluminado; 
3) a iluminância varia proporcionalmente ao cosseno do ângulo formado pela normal à superfície no ponto 
considerado e pela direção do raio luminoso que incide sobre o mesmo. 
Da Figura 51, tiramos 
cosdh 
 
 Logo, a iluminância horizontal no ponto O poderá ser calculada por 
 
 
 
I é obtido por meio de curvas em função do ângulo  (curvas de distribuição luminosa em cd/1.000 lm). 
Essas fórmulas permitem calcular a iluminância em qualquer ponto de uma superfície (iluminada por 
fontes pontuais), individualmente, para cada foco luminoso que ilumine a mesma superfície. 
 
5.8.1.1. Iluminâncias verticais 
 
 
2
3
2
h
senI
E
d
senI
E
V
V






 
Exercício: 
De um galpão industrial, calcular a iluminância em um ponto P, na horizontal, iluminado por quatro 
fontes A, B, C e D (ver Figura 52). As fontes A, B, C e D estão a 6 m de altura. 
As luminárias utilizadas são industriais para grandes áreas internas Linha H/SDK Philips para 1 
lâmpada de descarga de alta intensidade HPL-N (Vapor de Mercúrio) de 400 W Philips. 
 
2
3
h
cosI
EH


LUMINOTÉCNICA - 48 
 
 
Figura 52 – Galpão industrial 
 
5.9. Avaliação do Consumo Energético 
 
Além da quantidade de lâmpadas e luminárias, bem como do nível de Iluminância, é imprescindível a 
determinação da potência da instalação, para se avaliar os custos com energia e assim desenvolver-se um 
estudo de rentabilidade entre diversos projetos apresentados. O valor da “potência por m2” é um índice 
amplamente divulgado e, quando corretamente calculado, pode ser o indicador de projetos luminotécnicos 
mais econômicos. 
 
5.9.1. Potência Total Instalada – PT (kW) 
 
É a somatória da potência de todos os aparelhos instalados na iluminação. Trata-se da potência da 
lâmpada, multiplicada pela quantidade de unidades utilizadas (n), somado à potência consumida de todos os 
reatores, transformadores e/ou ignitores. 
 kW em
0001.
*Wn
PT


 
W* = potência consumida pelo conjunto lâmpada(s) + acessório (s). 
 
Os catálogos contém dados orientativos referentes às perdas dos equipamentos auxiliares (em watts) 
para as respectivas lâmpadas. 
 
5.9.1.1. Perdas do reator 
LUMINOTÉCNICA - 49 
 
 
As perdas existentes nos reatores eletromagnéticos ocorrem devido aos efeitos Joule, histerese e 
Foucault que devem ser consideradas no cálculo de carga. Essas perdas são fornecidas pelo fabricante e 
devem ser somadas à potência consumida pelas lâmpadas para calcular o consumo em watts do conjunto. 
No caso de reatores eletrônicos, o valor informado pelo fabricante está relacionado ao máximo consumo 
que o conjunto (lâmpadas + reator) pode gerar. 
 
5.9.2. Densidade de Potência – D (W/m2) 
 
É a potência total instalada em watts para cada metro quadrado de área. 
Essa grandeza é muito útil para os futuros cálculos de dimensionamento de sistemas de ar-
condicionado ou mesmo dos projetos elétricos de uma instalação. 
A
.P
D T
0001

 
A comparação entre projetos luminotécnicos somente se torna efetiva quando se leva em conta 
níveis de Iluminância iguais para diferentes sistemas. Em outras palavras, um sistema luminotécnico só é 
mais eficiente do que outro, se, ao apresentar o mesmo nível de Iluminância do outro, consumir menos 
watts por metro quadrado. 
 
5.9.3. Densidade de Potência Relativa – Dr (W/m2 p/ 100 lx) 
 
É a densidade de Potência Total Instalada para cada 100 lux de Iluminância. 








100rD
ED 
E
D
Dr
100

 
 
5.10. Avaliação de Custos 
 
Um projeto luminotécnico somente é considerado completo quanto se atentar para o cálculo de 
custos, quais sejam: 
 
Custos de Investimento 
LUMINOTÉCNICA - 50 
 
É a somatória dos custos de aquisição de todos os equipamentos que compõem o sistema de 
iluminação, tais como lâmpadas, luminárias, reatores, transformadores, ignitores e a fiação, acrescidos dos 
custos de mão-de-obra dos profissionais envolvidos, desde a elaboração do projeto à instalação final. 
 
 
Figura 53 – Comparação entre custos de investimento 
 
Custos Operacionais 
É a somatória de todos os custos apresentados após a completa instalação do sistema de iluminação, 
concentrados nos custos de manutenção das condições luminotécnicas do projeto e os custos de energia 
consumida. 
 
 
Figura 54 – Comparação entre custos operacionais 
 
O custo mensal de manutenção das lâmpadas engloba o custo de aquisição de novas unidades e o 
custo da mão-de-obra necessária a executar a manutenção. Esse custo resulta da soma das horas mensais de 
utilização das lâmpadas dividida pela sua vida útil. 
O quociente que assim se obtém, informa o número de lâmpadas que serão repostas, e seu valor 
deve ser multiplicado pelo preço da lâmpada nova. Já o preço da mão-de-obra para realizar essa reposição é 
dado em função da remuneração por hora de trabalho do respectivo profissional. 
LUMINOTÉCNICA - 51 
 
O tempo de reposição por lâmpada deve ser multiplicado pelo número de lâmpadas repostaspor 
mês. Esse custo é bastante significativo nas instalações de difícil acesso, como iluminação pública, quadras 
de esporte, etc. 
O fator decisivo no custo operacional é o custo de energia elétrica, que corresponde à Potência Total 
Instalada (PT), multiplicada pelas horas de uso mensal e pelo preço do kWh. Ao se optar por um sistema mais 
eficiente, este custo sofre substancial redução. 
 
5.11. Cálculo de Rentabilidade 
 
A análise comparativa de dois sistemas de iluminação, para se estabelecer qual deles é o mais 
rentável, leva em consideração tanto os custos de investimento quanto os custos operacionais. Geralmente 
o uso de lâmpadas de maior Eficiência Energética leva a um investimento maior, mas proporciona economia 
nos custos operacionais. 
Decorre daí a amortização dos custos, ou seja, há o retorno do investimento dentro de um dado 
período. O tempo de retorno é calculado pelo quociente da diferença no investimento pela diferença na 
manutenção. Feitos os cálculos, os valores podem ser alocados em gráficos, onde se visualiza a evolução das 
despesas no tempo. O ponto de interseção das linhas indica o instante de equalização destes custos. 
 
Figura 55 – Ilustração da evolução das despesas entre sistemas de iluminação incandescente e fluorescente 
compacta 
 
6. ILUMINAÇÃO DE RUAS 
 
LUMINOTÉCNICA - 52 
 
A iluminação de ruas, em especial ruas de grande tráfego de veículos e pedestres, merece um estudo 
luminotécnico apurado, no qual são considerados vários fatores que fogem ao nosso objetivo. 
Aprenderemos regras práticas que servirão para orientar o projetista na iluminação razoável de ruas 
dentro de padrões modernos, como complemento dos projetos de instalações prediais. 
 
6.1. Curvas de Isolux 
 
Chamam-se curvas isolux as curvas que dão, para uma mesma luminária, os pontos que possuem as 
mesmas iluminâncias. 
 
Figura 56 – Diagramas de curvas isolux relativas num plano por 1000 lumens 
 
Exemplo: 
Qual a iluminância que será obtida no ponto P da Figura 56 utilizando-se uma luminária instalada a 
10 m de altura, com lâmpadas HPL-N (Vapor de Mercúrio) 400W da Philips. 
Solução: 
Pelos dados dos fabricantes, temos: 
Fluxo da lâmpada HPL-N 400W Philips: 
 Lâmpada da Catálogo Lâmpada lm.00022 
 Iluminância Máxima: 
 Luminária da Catálogo 
2
1280
h
,Emáx


 
Usando os dados do problema: 
lux,
.
,Emáx 1628
10
00022
1280
2

 
 A iluminância em P será: 
LUMINOTÉCNICA - 53 
 
lux,,,E,E máxP 63251628200200 
 
 
6.2. Nível Médio de Iluminância na Rua e na Calçada 
 
Nos cálculos de iluminação de ruas e das calçadas, interessamo-nos pelos níveis médios, e não apenas 
pela iluminação em um ponto. 
Deste modo precisamos conhecer o fator de utilização para a calçada e para a rua em função da altura 
de montagem h da luminária. 
O fator de utilização representa a porcentagem do fluxo da lâmpada que a luminária emite a uma 
determinada faixa do solo, produzindo uma iluminância E. 
 
Figura 57 – Iluminação pública 
 
LS
FF
E
duáriaminlu
rua
rua



 
eS
FF
E
duáriaminlu
calçada
calçada




 
 
Figura 58 – Curva do fator de utilização 
 
Exemplo: 
S (Espaçamento entre os postes, m) 
L (Largura da rua, m) 
e (Largura da calçada, m) 
h (Altura de montagem, m) 
LUMINOTÉCNICA - 54 
 
Utilizando a mesma luminária do exemplo anterior, quais os níveis médios de iluminância do lado da 
rua e do lado da calçada, sabendo que a largura da rua é de 10 m, a largura da calçada é de 5 m e o 
espaçamento entre postes, 25 m. Considerar o fator de depreciação igual a 0,80. 
 Solução: 
Pela Figura 58, temos: 
12050
2401
,Fh,e
,FhL
calçada
rua
u
u


 
A iluminância do lado da rua será; 
lux,
,,.
Erua 9016
1025
80024000022



 
A iluminânca do lado da calçada será: 
lux,
,,.
Ecalçada 9016
525
80012000022



