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Aula 16 - Governo JK e Planos de Meta

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Formação Econômica Brasileira
Prof.: Marcelo Colomer
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Final do Governo Vargas
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PLANO DE METAS E GOVERNO JK
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Política de Desenvolvimento: Plano de Metas
Política Cambial
Política Fiscal
Política Monetária
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Política Cambial
A partir de 54, a piora no cenário externo (queda no preço do café) reduziu o espaço de manobra da política cambial instituída na resolução Sumoc 70;
Queda acentuada das receitas líquidas de exportação (receita de exportação – importações incompressíveis);
A continuidade do financiamento do processo de SI dependia cada vez mais da entrada de capitais autônomos (já regulamentada e incentivada pela lei 1807 de 53);
 
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Mudança na Política Cambial: Instrução Sumoc 113 (1955)
A Cacex ficou responsável pela concessão de licença de Importação sem Cobertura Cambial;
Estendeu o benefício cambial a quase todos os setores industriais com exceção daqueles considerados supérfluos (sem uma lista de supérfluos o benefício cambial se estendeu a todo o setor industrial);
Aumento do fluxo de capital autônomo estrangeiro para diversos setores industriais;
Entrada de capital estrangeiro entre 1955 e 1961: US$ 379,4 milhões para indústrias básicas e US$ 131,7 milhões para indústrias leves; 
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Assimetrias da política Cambial
Na possibilidade de importar sem cobertura cambial era melhor para o investidor estrangeiro a importação do que a internalização do capital;
Favorecimento do investimento estrangeiro; 
Entrada de capital ao câmbio livre e importações ao câmbio favorecido -> maiores pressões sobre o balanço de pagamento 
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Reforma Cambial de 1957
Objetivo:
Simplificação do sistema de taxas múltiplas;
Homogeneização do sistema de proteção;
Desvinculação das receitas do Fundo de Ágios e Bonificações;
Redução de 5 para 2 categorias de importação (Geral e Especial). Manutenção do sistema de leilão para cada categoria;
Categoria preferencial: sem leilão
Manutenção das 4 categorias de exportação;
As transações financeiras continuaram ocorrendo no mercado livre;
Adoção da tarifa ad valorem para bens similares de 0 a 150%. 
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Reforma Cambial e Desenvolvimento
A Reforma Cambial de 1957 teve como objetivo estimular o processo de SI de bens de Capital: A indústria de bens de capital cresceu a taxas de 26,4% ao ano entre 1955 e 1960;
Grande Dilema: Prover bens importados a baixos custos e estimular sua produção interna 
Redução das alíquotas de importação até uma quantidade importada pré-estabelecida;
Redução de 50% na tarifa sempre que comprovada a impossibilidade da indústria nacional em atender a demanda;
Lei do “Similar Nacional”
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Política de Desenvolvimento
Heranças do CMBEU: Criação do BNDE em 1953 e formação do Grupo misto CEPAL-BNDE em 1953;
1956: Criação do Conselho de Desenvolvimento;
Final de 1956: o CD desenvolve um plano de desenvolvimento de setores considerados estratégicos para o crescimento econômico (plano de metas PM);
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Plano de Metas
Plano Quinquenal;
Projetos baseados nos diagnósticos da CMBEU e do programa CEPAL-BNDE;
Total comprometimento do setor público;
Investimento público nos setores de base e de infraestrutura e estímulo ao investimento privado (nacional e estrangeiro) nos demais setores;
Metas:
 redução do coeficiente de importação de 14 para 10%; 
Investimentos nas áreas de: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação;
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Planos de Metas: Estimativas de Investimento entre 1957 e 1961 (Bilhões de Cr$ e Milhões de US$)
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Financiamento
50% do setor público;
35% fundos privados;
15% agências públicas;
Criação de fundos de vinculação orçamentária;
O financiamento do gasto público (inflado pela construção de Brasília) ocorreu através da emissão de moedas, expansão do crédito bancário e de pressões inflacionárias;
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Estímulo ao capital privado
Proteção cambial e tarifária;
Lei dos Similares Nacionais;
Câmbio especial para a importação de equipamentos destinados aos setores prioritários;
Crédito do BNDE e do BB (taxas de juros negativas);
Avais de financiamento externo emitidos pelo BNDE;
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Crescimento no Período
PIB: 8,2% ao ano entre 1955 e 1961;
Renda per capita: 5,1% ao ano;
Inflação média: 22%
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Consequências do PM
Crescimento e Modernização do setor industrial;
Resolução de parte dos problemas de infraestrutura;
Aumento dos desequilíbrios e desigualdades sociais e regionais;
Aumento da inflação (ausência de planos de financiamento);
O aumento das desigualdades eram amenizadas pelo crescimento do produto. Quando o ritmo de crescimento cai, as tensões aumentam.
As marchas e contra-marchas da política monetária explicam a tentativa do governo em conciliar o crescimento, estabilidade, altos lucros e baixo custo de vida; 
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Participação do Estado (I)
Setores de insumos básicos e infraestrutura;
Produção de aço: CSN, Cosipa, e Usiminas;
Produção e refino de Petróleo: Petrobras;
Produção e exportação de minério de ferro: Vale do Rio Doce;
Produção de Soda Cáustica: Companhia Nacional de Álcalis;
Produção de Energia Elétrica: CHESF e Furnas;
Transporte Ferroviário: Rede Ferroviária Federal;
Rodovias: DNER e DERs;
Atividade de Crédito: BB 
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Participação do Estado: 50% produção de aço; 76% do refino de petróleo; 17,5% da produção de petróleo; e 24% da energia elétrica; 
A participação das receitas do governo no PIB oscilou em torno de 19-20% atingindo 23,2% no auge no Plano de Metas;
Principais fontes de receitas: Impostos sobre importação (imposto direto e Saldo de Ágios e Bonificações); Imposto sobre o Consumo; e Imposto de Renda;
Taxa de crescimento da Formação Bruta de Capital do Governo -> 15% ao ano
As empresas públicas aumentavam seus gastos de investimentos a taxa de 25% ao ano;
Participação do Estado (II)
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A preocupação do governo a respeito dos custos industriais manteve as tarifas de transporte e energia reduzidas de forma que frequentemente o governo devia cobrir os déficits de suas empresas públicas(7 a 8% das receitas públicas). Mesmo as empresas privadas viam suas tarifas sendo controladas pelo estado -> aumenta a importância do Estado na provisão desses serviços;
Participação do Estado (III)
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Política Fiscal e Monetária
Política Fiscal e Monetária em segundo plano;
Variáveis dependentes do processo de desenvolvimento;
Exceções: PEM e Dialogo com FMI;
Órgãos Públicos responsáveis pela condução da Política Econômica: Sumoc, Banco do Brasil; e Tesouro
O principal problema da Política Monetária do período era a dupla função do Banco do Brasil (banco comercial e banco central) que não limitava (na prática) a expansão dos meios de pagamentos;
Política monetária expansionista: financiamento dos gastos do tesouro a partir de empréstimos do BB;
A política monetária expansionista estava diretamente ligada a política fiscal de aumento dos gastos públicos; 
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PEM
Índice Geral de Preços: 1957 = 7% ; 1958 = 24,3%;
Explicação: Elevado gasto público: construção de Brasília e compra de estoques de café;
Tentativa de alinhar as condições impostas pelo FMI ao “progressismo” do plano de metas -> abrir as fontes de financiamento externo
PEM: 2 fases:
1ª: Reduzir o ritmo de crescimento dos preços: correção das distorções de preços relativos causadas pela inflação e proteção dos salários reais;
2ª: Estabilização: Limitar a expansão do meios de pagamentos ao necessário para o crescimento do produto;
 
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Medidas do PEM
Controlar a expansão do moeda através do controle sobre as operações do BB;
Correção do desequilíbrio financeiro do setor público;
Revisão da estrutura de tributos;
Definição de uma política de salários a ajustes de tarifas para as empresas públicas e contenção do salário do setor privado;
Correção dos desequilíbrios no BP
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Fracasso do PEM
O Banco do Brasil em nenhum
momento se ajustou as medidas do PEM;
Os objetivos de crescimento predominaram 
Rompimento com o FMI
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