História natural das doenças

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HISTÓRIA 
NATURAL DAS 
DOENÇAS 
PROFª. ENFª. SÍLVIA LIMA 
SAÚDE X DOENÇA 
• Doença: 
 “Desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do 
organismo, ou um ausência de reação aos estímulos cuja a ação 
esta exposto” (Rouquayrol,1986). 
 
• Saúde: 
“Saúde é um estado de relativo equilíbrio da forma e da função do 
organismo, resultante de seu sucesso em ajustar-se às forças que 
tendem a pertubá-lo. Não se trata de uma aceitação passiva, por 
parte do organismo, da ação das forças que agem sobre ele, mas 
de uma resposta ativa de suas forças operando no sentido de 
reajustamento” (Perkins, 1938). 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
• Conhecimento importante para instruir ações que visem 
modificar o curso natural das doenças. 
• Para detectar as doenças em fase mais inicial de sua história 
natural e tornar o tratamento mais eficaz. 
• Conhecer a gravidade da doença para estabelecer prioridades 
para programas de saúde pública. 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: 
COMO DESCREVER? 
• I - Descrevendo sua gravidade com a finalidade de estabelecer 
prioridades 
 para condutas clínicas 
 para intervenções de saúde pública 
• II - Conhecer seu prognóstico 
• III - Conhecer sua evolução para: 
 melhor avaliar a eficácia/ efetividade de novos 
 tratamentos 
 compará-los aos já existentes 
FASES DA HISTÓRIA NATURAL DA 
DOENÇA 
Período pré-patogênico Período patogênico 
Desfecho: 
Morte 
Cura >> sequela 
ESTÍMULO: 
“recebe a 
doença” 
Incubação 
Manifestação clínica 
Se inicia a agressão ao organismo 
Fase de suscetibilidade Fase patológica pré-clínica Fase clínica Fase residual 
Curso da doença no organismo do ser humano Antes da doença 
Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária 
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO 
• Não há doença, mas condições que favorecem o seu 
aparecimento; 
• Pessoas não apresentam o mesmo risco de adoecer 
(PREMISSAS); 
• Condições/fatores que aumentam/diminuem a chance da 
doença ocorrer 
 Fatores de risco e de proteção 
 Prevenção: Eliminação, diminuição de 
 sua intensidade 
FATORES DESENCADEADORES DE 
DOENÇAS: 
• FATORES SOCIAIS 
I. Fatores Socioeconômicos: os 
pobres são mais suscetíveis 
às doenças; 
II. Fatores Sociopolíticos: 
estrutura jurídica e legal, 
decisões, transparência, 
higidez; 
III. Fatores Socioculturais: 
passividade, alienação, baixa 
escolaridade 
 
FATORES DESENCADEADORES DE 
DOENÇAS: 
 
• Fatores Psicossociais: 
- Marginalidade, ausência de relações parentais estáveis, 
transtornos econômicos, carências afetivas, falta de cuidados 
maternos na infância; 
FATORES DESENCADEADORES DE 
DOENÇAS: 
• FATORES AMBIENTAIS 
 Agressões ambientais – situação geográfica, solo, clima, 
recursos hídricos e topografia, agentes químicos e agentes 
físicos 
I. Agentes habituais: convivência natural com o homem; 
II. Agentes oportunistas: acidentes, má administração ou 
manipulação inábil de meios e recursos 
FATORES DESENCADEADORES DE 
DOENÇAS: 
• FATORES GENETICOS: 
Ex.: Sindrome de Down; Sindrome Bartholin Patau. 
PERÍODO PATOLÓGICO 
• Fase pré-clinica: 
- Doença instalada, mas não apresenta sintomas; 
- Pode progredir para fase seguinte ou evoluir para cura. 
 
• Fase clínica: 
- A doença manifesta-se clinicamente em diferentes 
graus de acometimento, podendo evoluir de forma 
aguda ou crônica; 
- Pessoa busca atendimento médico. 
FASE RESIDUAL 
• Se a doença não progrediu até a morte, as alterações 
anatômicas e funcionais se estabilizam, sob efeito da 
terapêutica ou do seu próprio curso natural, deixando, por 
vezes, sequelas; 
• Medidas de reabilitação física, psicológica ou social. 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
• Prevenção Primária: 
Consiste em ações aplicadas no período pré-patogênico 
com a finalidade de promover a saúde ou protegê-la 
contra agressões. Pode ser feita em dois níveis 
1. Promoção a saúde: conjunto de ações que aumentam o 
nível de saúde e bem estar. (Educação sanitária, 
alimentação, inserção social, condições de moradia, de 
trabalho e lazer) 
2. Proteção específica: prevenção de uma doença ou de 
um grupo de doenças específicas. (Imunização, saúde 
ocupacional, aconselhamento genético, uso de 
preservativo) 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
• Prevenção Secundária: 
Ações que impeçam sua evolução 
1. Diagnóstico precoce >> Inquérito para descoberta 
de caso na comunidade. (exames periódicos) 
2. Limitação da incapacidade >> Tratamento para 
evitar futuras complicações. (evitar morte e 
sequela) 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO 
• Prevenção Terciária: 
Atuação baseada na reabilitação do paciente. 
1. Fisioterapia; 
2. Educação ao público e dos empregadores para 
utilização de reabilitados; 
3. Terapia ocupacional. 
REFERÊNCIAS 
• Sato APS. Epidemiologia – História natural das doenças e 
Níveis de prevenção. Universidade de São Paulo 2010. 
• Epidemiologia e Serviços de Saúde / Secretaria de Vigilância 
em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.