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Panorama do mercado de extração de óleos I Simpósio Tecnológico PBIO de Extração de Óleos Vegetais Conjuntura e perspectivas Rio de Janeiro - RJ 03 Dezembro 2009 Daniel Furlan Amaral Economista Extração de Óleos Vegetais • Oleaginosas: produção conjunta de farelos e óleos • Mercado de farelos e óleos: oferta e demanda nacional e internacional Roteiro • Produção de oleaginosas e de óleos vegetais no Brasil: conjuntura e potencialidades • Processamento no Brasil: histórico e perspectivas Oferta de soja Processamento interno Farelo protéico 24,5 Consumo doméstico11,8 Exportação 12,8 Produção de biodiesel Exportação A produção de biodiesel depende da oferta de óleos vegetais Milhões de toneladas 63,4 32,2 Óleo 6,1 Consumo doméstico 4,8 Exportação 1,35 Exportação 25,8 • Redução da capacidade ociosa da indústria • Produção adicional de 20,4 milhões de t de farelo e 4,9 milhões de t de óleo Fonte: ABIOVE. Oferta de soja Processamento interno Farelo protéico 24,5 Consumo doméstico11,8 Exportação 12,8 Fluxo do complexo soja Exportação A produção de óleo depende da oferta de oleaginosas e do processamento interno Milhões de toneladas 63,4 32,2 Óleo 6,1 Consumo doméstico 4,8 Exportação 1,35 Exportação 25,8 • Redução da capacidade ociosa da indústria • Produção adicional de 20,4 milhões de t de farelo e 4,9 milhões de t de óleo Fonte: ABIOVE. Principais matérias-primas Existe um universo de 10 oleaginosas, 12 farelos e 17 óleos e gorduras substituíveis Soja Algodão Amendoim Soja Algodão Amendoim Girassol Soja Algodão Amendoim Girassol Canola Gergelim Fonte: Oil World. Girassol Canola Gergelim Palmiste Copra Linhaça Mamona Girassol Canola Gergelim Gérmen de milho Glúten de milho Palmiste Copra Linhaça Farinha de peixe Gergelim Milho Oliva Palma Palmiste Côco Manteiga Sebo bovino Óleo de peixe Linhaça Mamona Gordura de frango e suína A demanda mundial por oleaginosas é crescente • O crescimento está baseado em aumentos de produtividade 300 350 400 450 Produção (t) Área (ha) Oferta mundial de oleaginosas • A área aumentou em 50%, enquanto a produção dobrou • A diversidade de oleaginosas determina a demanda por cada uma delas 0 50 100 150 200 250 300 M i l h õ e s Fonte: Oil World. O aumento da renda per capita e a urbanização mudam hábitos alimentares • Há um aumento do consumo de proteínas animais (carnes, ovos e laticínios)5% 6% 7% Farelos Óleos vegetais Farelos e óleos vegetais • A demanda por óleo cresce a um ritmo mais acelerado 0% 1% 2% 3% 4% 90/91 94/95 95/96 99/00 00/01 04/05 05/06 09/10 Fonte: USDA. A produção de oleaginosas requere demanda para os dois produtos • Existem diferenças de qualidade importantes entre os farelos e os óleos200 250 M i l h õ e s d e t Farelos Óleos Farelos e óleos vegetais • A demanda por cada um deles depende da sua finalidade 0 50 100 150 M i l h õ e s d e t Fonte: USDA. Demanda por alimentos determinou o crescimento da produção de farelos • A produção de soja respondeu à necessidade de proteínas vegetais de boa Oferta mundial de farelos 250 300 M i l h õ e s d e t Soja Canola Girassol Algodão Outros qualidade para produção de rações • Outros farelos substituem / complementam o farelo de soja Fonte: Oil World. 0 50 100 150 200 89/90 09/10 M i l h õ e s d e t A demanda por farelos está intrinsecamente relacionada à produção de carnes • Farelo de soja garante a produção barata de carnes • Países produtores se 140 160 180 200 M i l h õ e s d e t Carnes de aves e suína Farelo de soja Demanda de farelo de soja • Países produtores se beneficiam da oferta local a preços mais baixos • Redução dos custos da cesta básica0 20 40 60 80 100 120 140 M i l h õ e s d e t Fonte: USDA. Oleaginosas com maior teor de óleo aumentaram produção • Canola e palma melhor responderam ao aumento da demanda Oferta mundial de óleos 100 120 M i l h õ e s d e t Soja Canola Girassol Palma Outros • Oferta de óleo de soja acompanhou a demanda por farelo para produção de rações animais Fonte: Oil World. 0 20 40 60 80 89/90 09/10 M i l h õ e s d e t Alimentação determina a maior parte da demanda por óleos vegetais • Uso para biodiesel vem aumentando nos últimos anos100 120 140 M i l h õ e s d e t Consumo humano Biodiesel Consumo de óleos vegetais • Taxa de crescimento para biodiesel é maior que para outros fins 0 20 40 60 80 M i l h õ e s d e t Fontes: USDA, Oil World, ANP, MME, EBB e NBB. O Brasil foi o quarto maior produtor mundial em 2008 1,8 2,3 2,8 França EUA Alemanha Produção mundial de biodiesel • A produção brasileira teve rápido crescimento • O B5 pode tornar o país o 2º 4,9 0,6 1,0 1,0 1,8 0 1 2 3 4 5 Outros Itália Argentina Brasil França Milhões de toneladas Fonte: USDA. • O B5 pode tornar o país o 2º ou 3º maior produtor • Países têm objetivos e políticas de incentivo diversos Soja lidera a safra de oleaginosas e garante o abastecimento interno • O crescimento está baseado em aumentos de produtividade50 60 70 M i l h õ e s d e t o n e l a d a s Soja Caroço de algodão Girassol Mamona Oferta de oleaginosas no Brasil • A área aumentou em 50%, enquanto a produção dobrou • Produtividade e demanda por co-produtos restringe a produção de outras oleaginosas 0 10 20 30 40 M i l h õ e s d e t o n e l a d a s Amendoim Fonte: ABIOVE e CONAB. A produção de biodiesel está utilizando parte das exportações • O óleo de soja é utilizado em 80% das matérias-primas para biodiesel Uso de óleo de soja no Brasil 5 6 7 M i l h õ e s d e t Consumo humano Exportações Biodiesel • A oferta está sendo garantida pelo desvio das exportações de óleo Fonte: Oil World. 0 1 2 3 4 5 M i l h õ e s d e t Soja Girassol Canola Teor de farelo (%) 79 46 59 Teor de óleo (%) 19 41 40 A participação do óleo nas receitas do girassol e canola é maior Incentivo à diversificação Teor de óleo (%) 19 41 40 Part. do farelo nas receitas (%) 61 19 24 Part. do óleo nas receitas (%) 39 81 76 Fonte: Oil World. Dados de 2008. Brasil precisa aumentar a produção de oleaginosas com teor elevado de óleo • Soja e caroço de algodão garantem a oferta de óleos • Outras oleaginosas precisam Produtividade de oleaginosas 2,0 2,5 3,0 T o n e l a d a s p o r h e c t a r e Brasil Int. princ. prod. Mundo +1% +20% -21% -20% -25% • Outras oleaginosas precisam de pesquisa para aumento da produtividade • Biotecnologia pode favorecer plantio em áreas com deficiência hídrica Fonte: Oil World. Média trienal das safras 2006/07, 2007/08 e 2008/09. 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 T on e l a d a s p o r h e c t a r e -21% -33% Efeitos da Lei Kandir • Desonerou a exportação de matéria prima (soja em grão), mas o processamento para exportação (acúmulo de créditos tributários) • Eliminou o Diferencial Tributário de Exportação brasileiro (DTE), que Falta de isonomia tributária do ICMS entre matéria-prima e produtos na exportação • Eliminou o Diferencial Tributário de Exportação brasileiro (DTE), que compensava o efeito a escalada tarifária: antes da Lei Kandir, a soja era tributada em 13% de ICMS versus farelo e óleo em cerca de 10% • Quebrou a isonomia tributária com a Argentina, que mantém até hoje seu DTE (o que tem levado a migração de investimentos brasileiros para o país vizinho) Exportação de soja in natura Exportação de soja in natura EXPORTAÇÃO: Tributação do ICMS entre matériaEXPORTAÇÃO: Tributação do ICMS entre matéria--prima e produtosprima e produtos Exportação de soja in natura Exportação de soja in natura EXPORTAÇÃO: Tributação do ICMS entre matériaEXPORTAÇÃO: Tributação do ICMS entre matéria--prima e produtosprima e produtos Em qualquer Estado Mercado Externo Mercado Externo Tributação na exportação de matéria-prima Tributação na exportação de matéria-prima Sobra de ICMS Sobra de ICMS Alíquota de ICMS: SOJASOJASOJA 13%13% 0%0% 0%0% 0%0% antes da Lei Kandir após a Lei Kandir Efeitos da Lei Kandir Sobra Sobra de de ICMSICMS Exportação de farelo e óleoExportação de farelo e óleoExportação de farelo e óleoExportação de farelo e óleo Indústria Processadora SOJASOJASOJA No mesmo Estado da indústria Em outro Estado Alíquota média de ICMS SOJASOJASOJA 0%0% Diferimento do ICMS 12%12% ICMS interestadual Produção de Farelo e Óleo Produção de Farelo e Óleo AA BB Tributação na compra de matéria-prima Tributação na compra de matéria-prima Tributação na exportação de produtos Tributação na exportação de produtos Sobra de ICMS Sobra de ICMS Mercado Externo Mercado Externo 10%10% 0%0% Farelo e Óleo Farelo e Óleo 0%0% 0%0% Alíquota média de ICMS Mercado Externo Mercado Externo 10%10% 0%0% Farelo e Óleo Farelo e Óleo 2%2% 12%12% Venda de produtos no mesmo estado da indústria processadoraVenda de produtos no mesmo estado da indústria processadora MERCADO INTERNO: Desbalanceamento da carga tributária de ICMSMERCADO INTERNO: Desbalanceamento da carga tributária de ICMS Parte 1Parte 1 Venda de produtos no mesmo estado da indústria processadoraVenda de produtos no mesmo estado da indústria processadora MERCADO INTERNO: Desbalanceamento da carga tributária de ICMSMERCADO INTERNO: Desbalanceamento da carga tributária de ICMS Parte 1Parte 1 Indústria Processadora Isenção de ICMS Tributação na compra de matéria-prima Tributação na compra de matéria-prima Tributação na venda de produtos Tributação na venda de produtos Sobra de ICMS Sobra de ICMS Mercado Interno Alíquota de ICMS Operações de mercado interno No mesmo Estado da indústria No mesmo Estado da indústria SOJASOJASOJA No mesmo Estado da indústria No mesmo Estado da indústria No mesmo Estado da indústria 0%0% de ICMS 0%0% 0%0% Diferimento do ICMS 7%7% Redução da Base de Cálculo 0%0% 11 FareloFarelo ÓleoÓleo 0%0% Isenção de ICMS 7%7% Redução da Base de Cálculo 5%5% FareloFarelo ÓleoÓleo Produção de Farelo e Óleo Produção de Farelo e Óleo Em outro Estado22 SOJASOJASOJA 12%12% ICMS interestadual 12%12% Mercado Interno Sobra Sobra de de ICMSICMS Exportação de matéria-prima (antes) Exportação de produto (antes) Exportação de produto (depois) Item Exportação de matéria-prima (depois) Emenda Constitucional 33/2001 Falta de isonomia na cobrança da Contribuição Social Rural 100 100 102-103 (2-3) 2-3 2-3 98-97 98-97 100 Compra de soja Valor bruto Contribuição Social (indústria é responsável) Valor Líquido ao produtor 100 0 100 Óleo de soja Biodiesel Diferencial Preço (US$/t) 897,59 821,84 - Rendimento (Kg) 1.000 1.000 Competitividade internacional Diferencial Tributário de Exportação – DTE argentino Valor (US$/t) 897,59 821,84 -75,75 Imposto de exportação (%) 32% 17,5% - Valor do imposto (US$/t) 287,23 143,82 143,41 Valor líquido (US$/t) 610,36 678,02 67,66 Fonte: Bolsa de Comércio de Rosário. Preços de 26 de novembro de 2009. O desflorestamento tem impacto no aquecimento global 25 30 35 M i l h õ e s d e t Esmagamento Exportação Complexo soja no Brasil • Em 2009, praticamente 50% da produção de soja foi exportada in natura 0 5 10 15 20 M i l h õ e s d e t Fonte: USDA. • Problemas tributários restringem a oferta de farelos e óleos no Brasil Conclusões • Tem ociosidade • Fechou fábricas, inclusive nos portos de exportação • Investe muito aquém do seu potencial • “Não pode” fazer fábricas de grande porte (economia de escala) e nem instalar-se nos A indústria brasileira está perdendo competitividade • “Não pode” fazer fábricas de grande porte (economia de escala) e nem instalar-se nos portos • A indústria não “pode” comprar matéria-prima em outros estados • O acúmulo de créditos: • Compromete o capital de giro das empresas • Gera custos financeiros decorrentes do carregamento de créditos tributários até seu aproveitamento • Implica em deságio quando da comercialização de créditos tributários
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