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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL - CCJ0044 SEMANA 5 CASO 1- Questão discursiva (OAB - XXI Exame Unificado) A parte autora em um processo judicial, inconformada com a sentença de primeiro grau de jurisdição que se embasou no ato normativo X, apela da decisão porque, no seu entender, esse ato normativo seria inconstitucional. A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, ao analisar a apelação interposta, reconhece que assiste razão à recorrente, mais especificamente no que se refere à inconstitucionalidade do referido ato normativo X. Ciente da existência de cláusula de reserva de plenário, a referida Turma dá provimento ao recurso sem declarar expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo X, embora tenha afastado a sua incidência no caso concreto. De acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o acórdão proferido pela 3ª Turma Cível. D) está incorreto, posto que violou a cláusula de reserva de plenário, ainda que não tenha declarado expressamente a inconstitucionalidade do ato normativo. Caso 2- Questão discursiva: O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública em face do INSS, visando obrigar a autarquia a emitir aos segurados certidão parcial de tempo de serviço, com base nos direitos constitucionalmente assegurados de petição e de obtenção de certidão em repartições públicas (CF, art. 5º, XXXIV, b). O INSS alega, por sua vez, que o Decreto 3048/99, em seu art. 130, justifica a recusa. Sustenta, ainda, que a Ação Civil Pública não seria a via adequada para a defesa de um direito individual homogêneo, além de sua utilização consubstanciar usurpação da competência do STF para conhecer, em abstrato, da constitucionalidade dos atos normativos brasileiros. Como deverá ser decidida a ação? Cabe a ACP para defesa de direitos individuais homogêneos na forma do Art. 81, III do CDC, portanto, a afirmação está incorreta e a própria Lei da ACP faz remissão ao CDC no que diz respeito à proteção e tutela coletiva. No caso em tela trata-se de direito individual, tem partes determinadas, portanto, não há que se falar em abstração, sendo parte o MP atuando como legitimado extraordinário e o INSS no polo passivo e, no caso, não há abstração pois a inconstitucionalidade é incidental, é causa de pedir, sendo o pedido a emissão da certidão, portanto não há usurpação de função.
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