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Resumo de Constitucional doc

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Resumo de Constitucional 
(caso concreto 1)
Objetivas:
Questões 1 e 2: Classificação das Constituições
Quanto a alterabilidade: grau de facilidade para modificar o texto da CF de um Estado.
Imutáveis: seu texto não pode ser modificado. 
Rígida: modificadas por procedimento mais dificultoso que aquelas que modificam as demais leis. Ex: CF/1988
Semi-rígida: para algumas normas, o processo legislativo é mais dificultoso que o ordinário; para outras não. Ex: CF/1824
Flexível: permitem a mudança do texto constitucional utilizando o mesmo processo das leis ordinárias. 
Quanto a correspondência com a realidade – tem efetividade? (produz efeitos?)(Karl Loewenstein)
Normativa: plena efetividade na realidade social. É observada pelos detentores do poder político e inserida no meio social.
Semântica (CF do disfarce): são meramente simbólicas e possuem como função revestir de uma máscara constitucional e democrática para estabilizar os detentores do poder. Normalmente são CF ligadas a regimes autoritários e ditatoriais.
Nominal: Não possuem efetividade. A dinâmica do processo político não se adapta às normas da Constituição. 
Questões 3 e 4: Poder Constituinte
Teoria do Poder Constituinte e o 3º Estado: o terceiro estado é o povo, que também deveria exercer o poder constituinte – 1º clero e 2º nobreza. O povo se torna detentor da capacidade de elaborar um documento legal com características de superioridade hierárquica legislativa, a Constituição. O poder constituinte existe a partir da origem popular, sendo um poder de fato. Ele possibilita a elaboração e modificação da Constituição. Ele é um só e de titularidade do povo. O povo, legítimo titular de poder, elaborando a regra máxima que vai vigorar no Estado – colocando limites à atuação do Estado, em prol do interesse popular. Art 1º da CF/88:Todo poder emana do povo.
Poder Constituinte Originário: tem capacidade de criar uma constituição, documento que organiza juridicamente um Estado. Natureza fática/ extra-judicial – não deriva de uma norma jurídica, mas de um fato social que exige a elaboração de uma nova constituição.
Características:
Inicial: é o ponto de partida do regramento de um Estado. Inaugura a existência do ordenamento jurídico e o Estado do ponto de vista jurídico-formal.
Soberano: não reconhece nenhuma força superior a si próprio, nem no âmbito interno ou internacional.
Autônomo: pode estruturar a constituição como bem entender.
Incondicionado: não se vincula à ordem jurídica anterior, por ser um poder político e não jurídico. Não se limita por lei.
Ilimitado juridicamente: não encontra limite temático, pode tratar dos temas que desejar.
Espécies:
Histórico/ Fundacional: a primeira constituição da história do Estado. Ex: CF 1824 
Revolucionário: poder de criar uma nova constituição, em substituição à anterior, gerando uma profunda ruptura com a ordem jurídica anterior do Estado.
Poder constituinte derivado: tecnicamente é um poder constituído, pois a constituição estabelece como o poder constituinte derivado será exercido, daquele momento em diante, quando se desejar alterá-la.
Características:
Subordinado: sujeita-se a constituição instituída pelo poder originário. É um poder jurídico e não de fato.
Limitado: a constituição impõe limites para a sua própria modificação. Ex: limitações de conteúdo (cláusulas pétreas).
Condicionado: está vinculado a condições para afins de seu exercício. 
Espécies:
Revisional: ampla/genérica/excessão – via extraordinária de modificação da constituição por meio das emendas constitucionais amplas (revisionais). Art 3º ADCT diz que a revisão da Constituição será realizada após cinco anos, contados da sua promulgação. Ela seria feita apenas 1x e possuiria regras bem mais simples (igual as leis ordinárias). Prazo para verificar todas as reformas necessárias para a adaptação da CF/88 às realidades da sociedade.
Reformador: A CF pode ser reformada a qualquer momento por meio das emendas constitucionais e respeitando as regras complexas do legislativo (Art 60 CF). As limitações formais subjetivas tratam de quem pode propor um projeto de emenda constitucional (presidente, assembleia legislativa, câmara ou senado). As limitações formais objetivas tratam de outras conduções que a constituição impõe para permitir a mudança do texto por emenda constitucional. 
	
	EC Revisão
	EC Reforma
	Quórum
	Maioria absoluta
	3/5 em 2 turnos de todos os deputados e senadores
	Sistema de votação
	Congresso nacional (sessão unicameral)
	Câmara + Senado (sessão bicameral)
Questão 5: Eficácia das normas constitucionais
Plena: produzem efeitos desde o momento em que são editadas e entram em vigor, pois não dependem de outras normas para serem efetivadas. Elas são completas e estão aptas a serem seguidas de imediato. 
Contida: tiveram sua abrangência restrita após a sua entrada em vigor. Elas podem ser restritas:
pelo legislador infraconstitucional: art 5º VIII e XIII, art37º I
por outras normas constitucionais: arts 136 a 141
por conceitos jurídicos consagrados na doutrina e na jurisprudência: conceito de ordem pública na aplicação do art 5º XXV
Limitada: no momento da entrada em vigor, não possuem a possibilidade de serem aplicadas, por dependerem de regulamentação específica do legislador para serem regulamentadas. 
Normas de princípio institutivo (organizacionais): necessária estruturação posterior do órgão estatal. Podem ser impositivas (obrigatórias) ou facultativas. Ex: art33.
Normas de princípio programático: programas institucionais a serem cumpridos pelo governo em prol do interesse social. Ex: Art6º (direito à alimentação), art196 (direito a saúde). 
Subjetivas:
Questão 6: Caso concreto – Direito à vida e interrupção da gravidez dos acéfalos.
 O direito à vida é reconhecido como o mais fundamental de todos, sem o qual os demais não existiriam. O crime de abordo fere diretamente esse direito, já que há uma interrupção na gestação e o feto morre por não conseguir se manter fora do útero. Mas e o caso dos acéfalos? Até a ADPF54, a anencefalia sempre foi um ponto muito divergente entre os membros da sociedade. O embate gira em torno do direito à vida do feto e a dignidade da gestante (deve esperar 9 meses para dar a luz a um feto que não resistirá por muito tempo). A maioria dos doutrinadores considera que a vida está interligada a atividade cerebral e, sendo o feto desprovido dessa, inexiste a possibilidade de que ele sobreviva fora do ventre. Dessa forma, se não há atividade cerebral e nem vida, não há que se falar em direito à vida. Por esse motivo, a ADPF54, autoriza a interrupção da gravidez de acéfalos, desde que haja um diagnóstico 100% correto e um atestado de impossibilidade de sobrevida do feto. 
Questão 7: Caso concreto – eficácia das normas constitucionais – Um bacharel em direito se formou em 1989 e foi embora do Brasil. Quando retornou, em 1995, não pode exercer a profissão de advogado, pois alegou-se que o mesmo precisava de aprovação no exame da ordem. Ele entrou na justiça alegando que fez a prova antes da promulgação do Estatuto da OAB. Quem tem razão? 
O artigo 5º XIII da CF diz que: “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelece”. De 1988 até 1994 não existiam leis que restringissem a atuação do advogado. Dessa forma, qualquer bacharel de direito poderia atuar no ramo. Entretanto, em 1994 foi promulgado o Estatuto da OAB, onde ficou decido que, para exercer a profissão era necessário aprovação no exame da ordem. Pela norma constitucional ser uma lei contida, ou seja, pode sofrer restrições posteriores que se aplicam a todos, o bacharel necessita realizar a prova da OAB para atuar como advogado.

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