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Cap 4 - 1 Capítulo 04 - Teoria Cinética dos Gases (TCG) CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de Físico-Química. Editora LTC 1986. 1ª ed. 12ª reimpressão. 527p. Atkins, Peter W. Physical-chemistry. Editora Oxford, 5ª edição. 1.3 A Teoria Cinética dos Gases - - - Propriedades do Gás Ideal (Perfeito) - - - Qualitativamente: Movimento Caótico Contínuo Quantitativamente – (TCG): Assume-se que a única contribuição para a ENERGIA do gás provém da ENERGIA CINÉTICA DAS MOLÉCULAS e que a energia potencial é negligenciável! TEORIA CINÉTICA DOS GASES: BASEADA EM TRÊS PRINCÍPIOS 1) O gás é formado por moléculas, de massa m e diâmetro d, em movimento caótico incessante; 2) O tamanho das moléculas é negligenciado; seus diâmetros são muito menores que a distância média percorrida entre as colisões; 3) As moléculas não interagem, exceto quando elas apresentam colisões perfeitamente elásticas, quando a separação de seus centros sejam igual a d. Cap 4 - 2 - - - Colisão Elástica - - - É aquela na qual a energia cinética da molécula é a mesma antes e depois da colisão. Não há transferência para outros modos de movimento interno (vibração, rotação, etc.). Força de Colisão = Massa x Velocidade = MOMENTUM Momentum = Momento = Quantidade de Movimento Importância do Momento: Determina o impacto que a moléculas causam quando colidem com a parede do recipiente, resulta na PRESSÃO DO GÁS! Atenção! momentum força (nas paredes) Lei de Newton para Movimento: Relaciona quantitativamente “momentum” de moléculas com a FORÇA DE COLISÃO. Força: Variação (diferença) do “MOMENTUM”; variação da quantidade de movimento de um grande número de moléculas num breve intervalo requer uma grande força. Estratégia Para o Cálculo: Calcular a velocidade da variação da quantidade de movimento das moléculas no gás e interpretá-las como se fosse uma força exercida na parede do recipiente (três etapas); 1) Cálculo da variação da quantidade de movimento que ocorre quando uma molécula se choca na parede; 2) Cálculo do número total de colisões com a parede de área “A”, num dado intervalo; 3) Conversão da variação total de quantidade de movimento para força por unidade de área; p (pressão). p. V = 1/3 n .M. c2 (4.13) Cap 4 - 3 onde, c é o Root Mean Square Speed M é a massa molar p é a pressão V é o volume n é o número de moles JUSTIFICATIVA: Variação da Quantidade de Movimento = Q. M2 - Q. M1 = (-m. vx) – (m. vx) = -2 m. vx Observação: y e z são constantes! Intervalo de tempo (∆t): Muitas moléculas colidem; (-2 m. vx) x número de moléculas que colidem - Molécula com velocidade vx percorre distância em x (eixo) no intervalo de tempo ∆t; vx. ∆t (4.14) c =�(< 𝒗𝒙𝟐 > + < 𝒗𝒚𝟐 > + < 𝒗𝒛𝟐 >) Figura 1.11 Antes: m. Vx Depois: - m. Vx Partícula = Massa = m Velocidade Vx = Eixo x Cap 4 - 4 - Todas as moléculas no espaço vx. ∆t da se chocarão com a parede; - Se todas as partículas que se movimentam na direção x se chocam com a parede, o número de partículas por unidade de volume é: onde, n é a quantidade de mol NA é constante de Avogadro No volume V = (A. vx. ∆t) = A. vx. ∆t. 𝑛.𝑁𝐴 𝑉 - Em média: Metade percorre para a direita Metade percorre para a esquerda - O número médio de colisões no intervalo ∆t: - A Variação total na quantidade de movimento=Número total de colisões x 2 m. vx - Variação da Quantidade de Movimento = (∆Q.M) Mas, NA. m = M (Massa Molar) = n. M. A. ∆t. vx2 Volume = A. vx. ∆t X n. NA V .n. NA. A. vx. vx. ∆t Se Chocarão Não se Chocarão Área A 12 ∆𝑡𝑉 𝑛.𝑁𝐴.𝐴. 𝑣𝑥 .∆𝑡 𝑉 x 2 m. vx = 1. 2 V Cap 4 - 5 Força (Segunda Lei de Newton) - Para identificar a força: Calcular a razão da variação da quantidade de movimento; Variação da Q.M. = n. M. A. vx2 ≡ V Pressão = F = n. M. A. vx2 = n. M. vx2 A V. A V Observação: Todas as moléculas possuem mesmo componente vx! - Pressão (p): É uma média da quantidade calculada. Representada por <...> V VMnp x ><= 2. ou ><= 2.. xVMnpV - Movimento Caótico: Supor o movimento nas direções x, y,z: <vx> = <vy> = <vz> ><+><+><= 222 zyx VVVc Substituindo na 13ª (4.10) (4.9) (4.11) c - é a raiz quadrada da velocidade média quadrática (4.11) Raiz quadrática da velocidade média ∆t >=<>⇒<=→><= 2x 2222 V 3 133 cVcVc xx 2.. 3 1 cMnpV = 2.. 3 1 cMnpV = Cap 4 - 6 Se c só depende da temperatura Então à temperatura constante ; p. V = Constante (Lei de Boyle) - - - Velocidade Molecular - - - Se: 2 1 3 = M RTc A raiz quadrada da velocidade média quadrática é proporcional à RAIZ QUADRADA DA TEMPERATURA e inversamente proporcional á raiz quadrada da massa molar. onde, N é o número de partículas m é a massa - - - Energia Cinética de Qualquer Molécula - - - - Para qualquer molécula: E = ½ m. c2 - Para a média de todas as moléculas: <E> = ½ m. <c2> 1/3 n. M. c2 = n. R. T (15º) 13º Atkins 4.11 Castellan p. V = 1/3 n. M. c2 p. V = n. R. T 2 3 1 nMcpV = ≡ ><= 23 1 cNmpV Cap 4 - 7 Substituindo na equação (4.11): p. V = 1/3 N. 2 <E> Equação de Clapeyron: p. V = n. R. T p. V = 2/3 N. <E> n. R. T = 2/3 N. <E>; mas n = N NA onde, NA é o Número de Avogadro Energia Cinética total de 1 mol de gás (U): “Temperatura é uma medida da ENERGIA CINÉTICA MÉDIA de um grande número de moléculas”: - Conceito estatístico; - Sistema com uma ou poucas moléculas não tem “uma temperatura”; - Zero absoluto = Cessa Movimento; - Movimento térmico = Caótico! - - - Lei dos Gases Geral (nada específico) - - - - Todos os gases possuem a mesma energia cinética (U). Aplicando a equação 4.13 para dois gases diferentes, (4.12) (4.13) (4.14) ><= ENpV 3 2 ><= ENRT A.3 2 U = NA. <E> 2 3RTU = Cap 4 - 8 <E1>. NA = 3/2 R. T <E2>. NA = 3/2 R. T Se <E1> = <E2> ; 1 2 m1. <c12> = 1 2 m2. <c22> A velocidade média quadrática = vmqc A relação entre V.m.q. (Velocidade Média Quadrática) de 2 moléculas de massas diferentes é igual á raiz quadrada do inverso da relação das massas. Observação: Mesma Temperatura (T) = Mesma Energia (<E>) (M = m. NA) Gás Mais pesado = Menor Velocidade Média Quadrática! - - - Cálculo da Velocidade Média Quadrática - - - <E> = ½ m. <c2> , substituindo na equação 4.13: Obtêm-se: R. T = 2/3 NA. ½ m. <c2> ; onde NA. m = M (4.15) (4.16) ><= 2ccvmq ( ) ( ) 1 2 1 2 2 1 M M m m c c vmq vmq == ><= ENRT A.3 2 Cap 4 - 9 M RT3 3 R. T = M. <c2> <c2> = Mas cv.m.q. = >< 2c = M RT3 cv.m.q.= Exemplo 4.1- Comparar cv.m.q. do H2 e do O2 Exemplo 4.2 – Calcular cv.m.q. para O2 à 20 ºC (293 K). M = 0,032 kg. mol-1 O2 Para H2 a 20 ºC 1,912 m. s-1 Para CO2 a 25 ºC 411 m. s-1 Para CO2 a 20 ºC 407 m. s-1 (4.17) Portanto H2 possui uma velocidade média quadrática 4 vezes maior que a do O2. Mas mesma energia cinética <E>! M RT3 sm mol KgmolK KJ M RTcvmq /478 032,0. 293314,833 = ×× == Cap 4 - 10 4.6 A Distribuição de Maxwell - Probabilidade de encontrar uma molécula com velocidade (c) e (c + dc), em qualquer direção: u é a velocidade na direção x v é a velocidade na direção y w é a velocidade na direção z U dnU: Número de moléculas na direção x com velocidade (U + dU) = c2 = u2 + v2 + w2 <∈> = 4 3mβ ; TkTN R A . 2 3 2 3 = <∈>= ; kT m 2 =β É a probabilidade de encontrar uma molécula com velocidade entre (U) e (U + dU) (4.20) (4.29) (4.34) (4.54) = N dnU dUuf N dnU )( 2= dueA N dn uU .. 2β−= c c c dceANdn 2.3 ...4 2βπ −= 23 3 .2 = kT mA π dcec Tk mNdn ktmcc ......2 ...4 2/2 2 3 2− = π π dcec kT m N dn ktmcc ... 2 4 2/2 2 3 2− = π π Cap 4 - 11 onde, dnc é igual ao número de moléculas com velocidades entre c e c + dc em função do: - Número total de moléculas (N); - Massa da molécula; - Da temperatura; - E da velocidade. LEMBRAR QUE: m = m. NA = M k k. NA R Gráfico: (4.55) 16º (Atkins) kTmcc ec kT m dc dn N 2/2 2 3 2.. 2 41 − = π π RTMses RT Msf 2/2 2 3 2.. 2 4)( − = π π Cap 4 - 12 Curva Parabólica - Próximo da Origem: c2 » exp (≈1); - Para (c) maiores: exp. domina, ƒ(S) rápido; - Valor Máximo = cm.p. Máximo: - Derivada igual à zero; -Tangentes horizontais. Derivada = Três tangentes horizontais: - c = 0; - c = ∞ (exp (-1/2 m. c2/k. T) = 0; - 2 – m. c2 = 0 k. T m. c2 = 2 k.T m kTcmp 2 = M RTcmp 2 = 4.9 Cálculo de Valores Médios usando a Distribuição de Maxwell - Maxwell: Cálculo de qualquer quantidade (g) depende da velocidade; (4.56) 02.. 2 2/2 = −− kT mcec kTmc Cap 4 - 13 - Valor Médio de g (qualquer) = <g> <g> . dnc (velocidade c) (integrar de 0 ∞ (c)) (dividir por N) 4.9.1 Exemplo de Cálculos de Valores Médios Exemplo 4.3 – Cálculo da Energia Cinética Média das Moléculas g(c) = E = ½ m. c2 Integrando= Exemplo 4.4 - Cálculo da Velocidade Média (4.57) 54.4=cdn (4.57) dcec kT mNdn kTmcc ..2 4 2/2 2 3 2− = π π (4.54) (4.13a) ∫ ><>=< ∞= = c c cdncgg 0 ∫<∈>= ∞= = c c cdnmc 0 2 2 1 kT 2 3 <∈>= N cdn c c c c∫ >=< ∞= =0 ∫ >=< ∞ − 0 2/3 2 3 .. 2 4 2 dcec kT mc ktm π π Cap 4 - 14 Integral = Tab.4.1 – pág. 67 = ∫ ∞ −>=< 0 . . .8 dxex m kTc x π Velocidade Média = m kTc m Tk .54,2 . ..8 >==< π Velocidade Média Quadrática = vmqcm Tk = ..3 Velocidade mais provável = m Tkcmp ..2 = (4.58) m kTcdxex x π 81. 0 >=⇒<=∫ ∞ −
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