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Unidade II 1. Estudo dos gases e primeira Lei da Termodinâmica Professor Dr. Edalmy Oliveira de Almeida Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educação e da Cultura - SEEC UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN Pró-Reitoria de Ensino de Graduação – PROEG Home Page: http://www.uern.br E-mail: proeg@uern.br UNIDADE: Campus Avançado de Natal UMA NOVA MANEIRA DE VER OS GASES A termodinâmica clássica – o assunto dos dois tópicos anteriores – não nos diz coisa alguma sobre os átomos. Quando aplicamos suas leis a um gás, lidamos somente com variáveis macroscópicas, como pressão, volume e temperatura. Embora saibamos que um gás é constituído de átomos ou moléculas, as leis da termodinâmica clássica não levam isto em conta. A TEORIA CINÉTICA DOS GASES A pressão exercida por um gás deve estar certamente relacionada ao continuo bombardeamento causado pelo choque de suas moléculas com as paredes do recipiente que o contém. Assim sendo, a teoria cinética dos gases trata do estudo dos gases sobre o ponto de vista molecular. Ela fornece a relação entre as propriedades macroscópicas dos gases (por exemplo, pressão e temperatura) e as propriedades microscópicas (por exemplo, velocidade e energia cinética das moléculas). Quando dirigimos nossa atenção para as moléculas, é razoável medir o tamanho de nossas amostras em moles. Agindo assim, podemos estar certos de estar comparando amostras com o mesmo número de moléculas. O mol é uma das sete unidades básicas do SI e é definido assim: Um mol é o número de átomos numa amostra de 12 g de carbono 12. NA = 6,02 x 1023 mol-1 Eq. 01 Número de Avogadro O número de moles n contido numa amostra de qualquer substância pode ser calculado usando a relação onde N é o número de moléculas da amostra. O número de moles numa amostra também pode ser calculado a partir da massa Mam da amostra e da massa molar M (a massa de um mol da substância), ou da massa m de uma molécula: AN Nn A amam mN M M Mn Eq. 03 Eq. 02 É como se uma bola de boliche, flutuando no espaço sem gravidade, fosse bombardeada por todos os lados por um enxame de bolas de pingue-pongue, movimentando- se rapidamente, direcionadas aleatoriamente. A bola de boliche se sacudia ao redor ligeiramente, de maneira aleatório, exibindo uma espécie de “movimento browniano”. Olhando o movimento errático da bola de boliche, você poderia deduzir alguma coisa acerca das bolas de pingue-pongue, mesmo não podendo vê-las. Quando lidamos com moléculas, o número de moles contidos numa amostra pode ser encontrado como Avogrado de número amostra na moléculas de Númeron Avogrado) de númeromolécula)( uma de (massa amostra da massa molecular massa amostra da massan Ou como Fig 1. O movimento de uma partícula minúscula,suspensa na água e vista através de microscópio Eq. 04 Eq. 05 Exemplo 1: A massa molecular do hidrogênio é 1,008 g/mol. Qual a massa de um átomo de hidrogênio? Seja m a massa de um átomo de hidrogênio. Como há NA átomos num mol dehidrogênio atômico, a massa molecular é M = mNA. Podemos usar esta equaçãopara ter o valor de m. átomogxm molátomox molgm N Mm A am /1067,1 /10022,6 /008,1 24 23 OBS: Observe que o número de Avogadro é numericamente quase igual ao inverso da massa, em grama, do átomo de hidrogênio. Gases Ideais Experimentos posteriores mostraram que, com densidades suficientemente baixa, todos os gases reais tendem a obedecer à relação nRTPV (Lei dos gases ideais) Onde p é a pressão absoluta (e não manométrica), n é o número de mols e T é a temperatura em Kelvins. O fator R é chamado de constante dos gases ideais, e possui o mesmo valor para todos os gases: tm/mol.K0,08206L.aR J/mol.k 31,8 R Eq. 06 Eq. 07 Exemplo 2: Qual o volume ocupado por 1 mol de gás na temperatura de 00C e sob a pressão de 1 atm? Podemos calcular o volume pela equação dos gases ideais, com T = 273 K: LV atm KKmolatmLmolV P nRTV nRTPV 4,22 1 273./.0821,01 OBS: Se R vier em L.atm/mol.K, a pressão pode entrar em atmosfera para se ter V em litros. A Eq. 06 é a chamada lei dos gases ideais. Contanto que a concentração do gás seja baixa, essa lei se aplica a qualquer gás ou mistura de gases. (No caso de uma mistura, n é o número total de mols na mistura.) Podemos escrever a Eq. 06 de outra forma, em termos de uma constante K chamada constante de Boltzmann, definida como KeVxk KJxmolx KmolJ N Rk A /1062,8 /1038,11002,6 ./31,8 5 23 123 Eq. 08 De acordo com a Eq. 8, R = kNA. Assim, de acordo com a Eq. 02 (n = N/NA), temos: NknR Substituindo esta relação na Eq. 06, obtemos uma segunda expressão para a lei dos gases ideais: ideais gases dos Lei NkTPV (Atenção: Note a diferença entre as duas expressões da lei dos gases ideais. A Eq. 06 envolve o número de mols, n, enquanto a Eq. 10 envolve o número de moléculas, N.) Eq. 09 Eq. 10 Trabalho realizado por um gás ideal a Temperatura Constante fivV PdVw Uma amostra com n moles de um gás ideal, confinado num cilindro com um pistão, se deixe expandir de um volume inicial Vi a umvolume final Vf. Suponha, além disso, que a temperatura T deste gásseja mantida constante durante esta expansão. Calculemos o trabalho realizado pelo gás (ideal) durante essa expansão isotérmica Eq. 11 Três isoterma em um diagrama central p-v. A trajetória mostrada na isoterma central representa uma expansão isotérmica de um gás de um estado i para um estado f. A trajetória de f para i na mesma isoterma representa o processo inverso, ou seja, uma compressão isotérmica. Como estamos supondo que se trata de uma expansão isotérmica, T é constante, de modo que podemos colocá-la do lado de fora do sinal de integração e escrever Calculando o valor da expressão entre colchete nos limites indicados e usando a relação , obtemos fi f i V V V V VnRTw V dVnRTw ln Eq. 13 baba /lnlnln isotérmico processoideal, gás ln i f V VnRTw Eq. 14 Está é uma expressão geral para o trabalho realizado durante qualquer variação de volume de um gás. No caso de um gás ideal, podemos usar a Eq. 06 (PV = nRT) para eliminar P, obtendo dVV nRTw f i V V Eq. 12 Durante uma expansão, Vf > Vi por definição, de tal maneiraque a razão Vf/ Vi na Eq. 14, é maior que 1. O logaritmo de umaquantidade maior que 1 é positivo, assim o trabalho W realizado por um gás ideal durante uma expansão isotérmica é positivo, como esperávamos. Durante a compressão, temos Vf < Vi, de modo que a razãoentre os volumes na Eq. 14 é menor que a unidade. O logaritmo nesta equação negativo o trabalho é negativo isotérmico processoideal, gás ln i f V VnRTw Eq. 14 Trabalho Realizado a Volume Constante e a Pressão Constante A Eq. 14 não permite calcular o trabalho w realizado por gás ideal em qualquer processo termodinâmico; ela só pode ser usada quando a temperatura é mantida constante. Se a temperatura varia, a variável T da Eq. 12 não pode ser colocada do lado de fora do sinal de integração, como na Eq. 13 de modo que não é possível obter a Eq. 14. Entretanto, podemos sempre voltar à Eq. 11 para determinar o trabalho w realizado por um gás ideal (ou qualquer outro gás) durante qualquer processo, como os processos a volume constante e a pressão constante. Se o volume do gás é constante, a Eq. 11 nos dá constante) volumea (Processo 0w Eq. 15 Se, em vez disso, o volume varia enquanto a pressão P do gás é mantida constante, a Eq. 11 se torna constante pressão a Processo VpVVpw if Eq. 16 Exemplo: 3 Um cilindro contém oxigênio a 200C e uma pressão de 15 atm num volume de 12l. A temperatura é elevada para 350C e o volume reduzido para 8,5 l, Qual a pressão final do gás Admita que o gás é ideal. Da acordo com a Eq. 06 temos: if fii f fiiiff f ff i ii TV TVpp TVpTVp T Vp T Vp i ii iii T VpnR nRTVp f ff fff T VpnR nRTVp Dados: Ti = 200CPi = 15 atmVi = 12lTf = 350CVf = 8,5lPf = ? Eq. 17 kkT kkT f i 308)35273( 293)20273( Antes de substituir os números, temos que ter certeza de expressar as temperaturas na escala Kelvin. Portanto, atmp lk lkatmp f f 22 )5,8)(293( )12)(308)(15( Colocando os dados fornecidos na Eq. 17, chegamos a Exemplo: 4 Um mol de oxigênio (suponha um gás ideal) expande-se a uma temperatura constante T de 310k, de um volume inicial Vi de 12lpara um volume final Vf de 19l. (a) Qual o trabalho realizado pelogás em expansão? (b) Quanto trabalho é realizado pelo gás durante uma compressão isotérmica, de Vi = 19l e para Vf = 12l ? Da equação 9, temos JW L LkkmolJmolW V VnRTW i f 1180 12 19ln)310)(./31,8)(1( ln Fig. 2 Trabalho realizado por 1 mol de oxigênio a) b) Procedemos como em (a), encontrando JW L LkkmolJmolW V VnRTW i f 1180 19 12ln)310)(./31,8)(1( ln Este resultado é igual, em modulo, mas oposto em sinal, ao resultado encontrado em (a) sob uma expansão isotérmica. O sinal negativo indica-nos que um agente externo realizou + 1180J de trabalho sobre o gás para comprimi-lo Pressão, temperatura e Velocidade Média Quadrática Na Fig. 3 indica uma molécula típica, com velocidade v. Podemos decompor esta velocidade em componentes vx, vy e vz paralelas às arestas da caixa. A molécula voltará da face sombreada com a componente x de sua velocidade com o sinal trocado e as outras duas componentes sem variação. A mudança no momento da partícula será xxxx mvmvmvp 2)()( Fig.3 caixa cúbica com aresta L Assim, o momento ΔPx transferido para a parede pela molécula durante a colisão é + 2mvx. A molécula atingirá a parede sombreada repetidas vezes, o tempo Δt entre as colisões sendo o tempo de travessia até a face oposta e de volta ou seja 2L/vx. Portanto, a taxa total na qual o momento é entregue à parede sombreada por esta única molécula é dada por L mV t P L VmVt P V L mV t P Xx XXx X Xx 2 2.2 2 2 2 22 2 2 1 2 ..... L L mV L mV L mV P L FP A FP xNxx Da segunda lei de Newton (F = dp/dt), a taxa total do momento entre à face é a força que atua sobre esta face. Para encontrar esta força, devemos adicionar contribuição de todas as outras moléculas que também atingem esta face, levando em conta a possibilidade de todas terem velocidade diferentes. Dividindo a força total pela área da parede (= L2), temos a pressão P a que é submetida a parede. Assim, usando a expressão de ΔPx / Δt, podemos escrever essa pressão na forma Eq. 18 222213 22 2 2 12 2 22 2 2 1 ..... .....1. .... xNxx xNxx xNxx VVVL mp VVVLL mp L VVVL m P Como N = nNA, o segundo fator entre parentes da Eq. 18 possui nNA pacelas. Podemos substituir esta soma por nNA(V2x)méd, onde (V2x)méd é o valor médio do quadrado da componente x da velocidade de todas as moléculas. Nesse caso, a Eq. 18 se torna médx médx A médxA médx xNxx A VV nMP VV nmNP VnNL mP VL mP VVVL mP nNN N 2 2 2 3 2 3 22 2 2 13 .. .... moléculas de Número Eq. 19 Entretanto, nNA é a massa molar M do gás (ou seja, a massa de 1 mol do gás.) Como, além disso, L3 é o volume do gás, temos: 3 3 22 22 2222 2222 VV VV VVVV VVVV x x xxx zyx méd méd médx VV nMP V V nMP VV nMP 2 2 2 3 3 2 z 2 y 2 x 2 vvvv Para qualquer molécula, como há muitas moléculas e elas estão todas se movendo em direções aleatórias, os valores médios do quadrado das componentes das suas velocidades são iguais a: Eq. 20 A raiz quadrada de (V2)méd é uma espécie de velocidade média, conhecida como velocidade média quadrática das moléculas e representada pelo símbolo Vrms*. Para calcular a velocidade média quadrática elevamos as velocidades das moléculas ao quadrado, obtemos a média de todas as velocidades e extraímos a raiz quadrada do resultado. Fazendo podemos escrever a Eq. 20 na forma rmsVmédV 2 M RTV M RTV n PVRT nRTPV nM PVV PVnMV VV nMp VV VV VV VV rms rms rms rms rms médrms médrms médrms médrms 3 3 3 3. 3 quadrática média Velocidade 2 2 2 2 22 222 2 2 A Eq. 20 representa bem o espírito da teoria da cinética dos gases, mostrando como a pressão de um gás (uma grandeza macróscopica) depende da velocidade das moléculas que o compõem (uma grandeza microscópica). Eq. 21 M RTVP 2Velocidade mais provável Exemplo: 5 Qual a velocidade rms das moléculas do gás hidrogênio à temperatura ambiente (T = 300k) sabendo que a massa molecular do hidrogênio é 2,02 g/mol ou (na unidade SI) 0,00202 kg/mol. kg jV kg mol mol jV mol kgmol j V mol kg kkmol j V molkg kkmoljV M RTV rms rms rms rms rms rms 00202,0 7479 00202,0 7479 00202,0 7479 00202,0 )300(.31,8)3( /00202,0 )300)(./31,8)(3( 3 smV s mV kgs mkgV kg s mkg V kg ms mkg V kg mNV rms rms rms rms rms rms /1924 00202,0 7479 1. 00202,0 7479 . 00202,0 7479 .. 00202,0 7479 . 00202,0 7479 2 2 2 2 2 2 2 Exemplo: 6 A massa molar do oxigênio gasoso (O2) é cerca de 32 g/mol e a do hidrogênio gasoso(H2) é cerca de 2 g/mol. Calcule (a) a velocidade média quadrática das moléculas de oxigênioquando a temperatura for de 300K e (b) a velocidade média quadrática das moléculas de hidrogênio na mesma temperatura. (a) Para as unidades serem coerentes, R = 8,31 J/mol.K e a massa molecular do O2 vem em kg/mol. kgmolmolJxOV mol kgx mol J OV mol kgx KKmol J OV M RTOV rms rms rms rms 32 107479 1032 7479 1032 300.31,83 3 3 2 32 32 2 kgskgmxOV kg s kgm xOV kg ms kgm xOV kg mNxOV kg jxOV rms rms rms rms rms 1 32 107479 32 107479 . 32 107479 . 32 107479 32 107479 2 23 2 2 2 3 2 23 2 3 2 3 2 smOV s mxOV rms rms /4,483 32 107479 2 2 23 2 (b) Como as velocidades média quadrática são proporcionais ao inverso da raiz quadrada da massa molar M e a massa molar do hidrogênio gasoso é 1/16 da massa molar do oxigênio gasoso, a velocidade média quadrática do hidrogênio e 4 vezes maior que a do oxigênio. skmHV smHV smmolg molgHV OVM MHV rms rms rms rms H O rms /93,1 /6,1933 /4,483/2 /32 :hidrogênio do aVpara setem,M1/SendoV 2 2 2 22 rmsrms 2 2 Tabela 1 Algumas Velocidades Médias Quadráticas à Temperatura Ambiente (T = 300K)a Gás Massa Molar (10-3 kg/mol) Vrms = (m/s) Hidrogênio (H2) 2,02 1920 Hélio (He) 4,0 1370 Vapor d’água (H2O) 18,0 645Nitrogênio (N2) 28,0 517Oxigênio (O2) 32,0 483Dióxido de carbono (CO2) 44,0 412 Dióxido de enxofre (SO2) 64,1 342 a Por conveniência,a temperatura ambiente muitas vezes é tomadas como sendo 300K (270C), que é uma temperatura relativamente quente. Energia Cinética de Translação Considere uma única molécula à medida que ela se move por todos os lados na caixa da Fig. 3 mudando sua velocidade de tempos em tempos, quando colide com outras moléculas. Sua energia cinética de translação em qualquer instante é ½ mv2. Sua energia cinética de translação média, no tempo que observamos é 2 2 2 2 2 2 rmsméd médméd méd méd Vmk Vmk mVk Eq. 22 Substituindo o valor de Vrms dado pela Eq. 21, obtemos. Entretanto, M/m, a massa molar dividida pela massa de uma molécula, é simplesmente o número de Avogadro. Assim, KTk KTk N RTk méd méd A méd 2 3 2 3 2 3 Usando a Eq. 8 (k = R/NA), podemos escreve: A A A NM m Nm M mNM 1 A méd A méd méd méd N RTk N RTk M mRTk M RTmk 2 3 1 2 3 2 3 3 2 Eq. 23 Em uma dada temperatura T, todas as moléculas de um gás ideal, independentemente de suas massas, têm a mesma energia cinética de translação média 3/2kT. Quando medimos a temperatura de um gás também estamos medindo a energia cinética de translação média de suas moléculas. Exemplo: 7 Qual é a energia cinética de translaçãomédia das moléculas de oxigênio no ar à temperatura ambiente (= 300 k)? E das moléculas de nitrogênio? A energia cinética de translação média depende somente da temperatura e não da natureza da molécula. É dada pela Eq. 23 eVk kkeVxk kTk méd méd méd 039,0 )300(/1062,82 3 2 3 5 Os físicos acham útil lembrar que a energia cinética de translação média de qualquer molécula à temperatura ambiente é de cerca de 1/25 eV, que é praticamente o resultado acima. Exemplo: 8 Para aumentar a eficiência da fissão nuclear do urânio, é necessário separar o isótopo U-235 (altamente fissionável) do isótopo U-238 (não tão fissionável). Uma maneira de fazê-lo é transforma o urânio em gás (UF6) e difundi-lo repetidas vezes através de uma barreira porosa. As moléculas mais leves difundirão mais rapidamente; a eficiência da barreira é determinada por um fator de separação α, definido como a razão entre as duas velocidades quadrática. Qual é o fator de separação para as duas espécies de moléculas do gás de hexafluoreto de urânio? Da Eq. 21 , podemos escrever M RTVrms 3 238 235 238 235 3 3 M RT M RT V V rms rms 235 238 238 235 238 235 3 3 3 3 M M RT M M RT M RT M RT Onde os M’s são as massas molares das moléculas dos dois gases. Podemos encontrar estas massas molares adicionando seis vezes a massa atômica do flúor (19,0 g/mol)à massa atômica do átomo de urânio apropriado (235 g/mol ou 238 g/mol). Portanto, molgxM molgxM urânioUF urânioUF /3490,196235 /3520,196238 235 238 235 238 6 6 0043,1 /349 /352 molg molg VNd /2 1 2 O Livre Caminho Médio Um parâmetro útil para descrever este movimento aleatório é o livre caminho médio λ. Como seu nome sugere, λ é a distância média seguida por uma molécula entre colisões. Esperamos que λ varia inversamente com N, o número de moléculas por unidade de volume. Quanto maior N, mais colisões deverá haver e menor será o livre caminho médio. Eq. 24Fig. 4 Uma molécula movendo-se através de um gás e colidindo com outras moléculas na sua trajetória. Para justificar a Eq. 24, supomos que um única molécula esteja se movendo com uma velocidade v e que essas moléculas são esféricas de diâmetro d. Uma colisão ocorre, portanto, se os centros de duas moléculas chegam a uma distância d uma do outro, como na Fig. 05a. Uma outra forma de descrever a situação é supor que o raio da nossa molécula é d de todas as outras moléculas são pontuais, como na Fig. 05b. Ao ziguezaguear pelo gás, nossa molécula varre um pequeno cilindro de seção reta πd2 entre colisões sucessivas. Em intervalo de tempo Δt a molécula percorre uma distância vΔt, onde v é a sua velocidade. Assim, alinhando todos os pequenos cilindros varridos no intervalo Δt formamos um cilindro composto Fig. 06 (πd2 )(vΔt). Neste caso o número de colisões que acontecem em um intervalo de tempo Δt é igual ao número de moléculas (pontuais) no interior desse cilindro. Fig. 05 (a) Uma colisão acontece quando os centros de duas moléculas ficam a uma distância d, onde d é o diâmetro das moléculas. (b) Uma representação equivalente, porém mais conveniente, é pensar a molécula em movimento como tendo um raio d e em todas as outras moléculas como pontos. Como N/V é o número de moléculas por unidade de volume, o número de moléculas no interior é N/V vezes o volume do cilindro, ou (N/V)(πd2vΔt). Este é também o número de colisões que acontecem no intervalo Δt. O livre caminho médio é o comprimento da trajetória (e do cilindro) dividido por este número: VNd VtNvd tv / 1 / Δt em colisões de número Δt em percorrida distância 2 2 Eq. 25Fig. 06 No intervalo de tempo Δt, a molécula em movimento varre um cilindro de comprimento vΔt e raio d. A aproximação da Eq. 25 tem a ver com os dois símbolos v que cancelamos. O v do numerador é vméd, a velocidade média das moléculas em relação ao recipiente. O v do denominador é vrel, a velocidade média de nossa moléculas em relação às outras moléculas, que também estão se movendo. É esta última velocidade média que determina o número de colisões. Um cálculo detalhado, levando em conta a distribuição de velocidades das moléculas, nos dá; esta é origem do fatormédrel vv 2 2 Exemplo: 10 Os diâmetro moleculares de diferentes espécies de gás podem ser encontrados, experimentalmente, se medimos as taxas nas quais diferentes gases se difundem entre si. Para o oxigênio, d = 2,9x10-10m foi registrado. (a) Qual o livre caminho médio para o oxigênio à temperatura ambiente (T = 300k) e à pressão atmosférica? Vamos, primeiro, encontra N, o número de moléculas por unidade de volume nestas condições. Da lei dos gases ideais, 1 mol de qualquer gás ocupa um volume igual a 32 5 1047,2 )/1001,1)(1( )300)(./31,8)(1( mxV atmPaxatm kkmolJmol p nRTV Dados: d = 2,9x10-10m λ = ? T= 300K O número de moléculas por unidade de volume é, portanto, 325 32 23 /1044,2 1047,4 )/1002,6)(1( mmoléculasxN mx molmoléculasxmol V nNN A mxλ mxmxπNdπλ 7 2103252 101,1 )109,2)(1044,2)(2( 1 2 1 19 7 101,4101,1 /450 sxmx sm λ vtaxa A Eq. 24 Nos dá, então, (b) Se a velocidade média de uma molécula de oxigênio for tomada como 450 m/s qual a taxa de colisão média para uma molécula típica? Encontramos esta taxa dividindo a velocidade média pelo livre caminho médio, ou Exemplo: 11 (a) Qual é o livre caminho médio λ de moléculas de oxigênio à temperatura T = 300k e a pressão P = 1,0 atm? Suponha que o diâmetro das moléculas é d = 290pm e que o gás é ideal. (b) Suponha que a velocidade média das moléculas de oxigênio é v = 450m/s. Qual é a freqüência f das colisões? Dados: λ = ? T = 300k P = 1,0 atm = 1,01x105Pa d = 290pm = 29010-12m v = 450m/s V N KT P V NKTP NKTPV a) mx Paxmx KK jx Pd KT KT Pd VNd 7 5210 23 2 2 2 101,1 1001,1109,22 3001038,1 2 2 1 /2 1 Este valor corresponde a cerca de 380 vezes o diâmetro de uma molécula de oxigênio. b) nst sxt sm mxt vt velocidade distânciat 24,0 1044,2 /450 101,1 10 7 19 10 101,4 1044,2 1 1 sxf sxf tf Isso significa que, em média, uma molécula de oxigênio passa menos de um quarto de nanossegundo sem sofrer colisões Isso significa que, em média uma molécula de oxigênio sofre cerca de 4 bilhões de colisões por segundo Calores Específicos de um Gás Ideal Energia Interna Eint. Vamos supor, primeiro, que nosso gás ideal é um gás monoatômico, como hélio, neônio ou argônio. Em seguida, admitimos que a energia interna Eint deste gás é uma simples soma das energias cinéticas de translação de suas moléculas. A energia cinética de translação média de uma única molécula depende somente da temperatura do gás e é dada por Kméd = 3/2KT. Uma amostra de n moles deste gás contém nNA moléculas. A energia Eint é então, nRTE TN RnNE KTnNE KnNE A A A médA 2 3 2 3 2 3 int int int int (Gás ideal monoatômico) Eq. 26 Calor Específico Molar a Volume Constante. A Fig. 7a Mostra n moles de uma gás a pressão constante p e a temperatura T, confinado a um cilindro de volume fixo V: o estado inicial do gás é marcado na curva p-V da Fig.7b Suponha, agora, que você adicionou uma pequena quantidade de calor Q ao gás, aumentando lentamente a temperatura do reservatório onde o cilindro repousa. A temperatura do gás cresce de uma pequena quantidade, até T + ΔT, e sua pressão até p + Δp. O estado final é indicado na Fig. 7b A equação que define Cv, o calor específico molar a volume constante, é TnCQ v (Volume constante) Eq. 27 Fig. 7 (a) Temperatura do gás elevado de T para T+ ΔT (b) o processo é mostrado num gráfico p-V WTnCE WQE V int int Tn ECv int Onde CV é uma constante chamada calor especifico molar a volume constante.Substituindo esta expressão de Q na primeira lei da termodinâmica, encontramos Como o volume dorecipiente é constante, o gás não pode se expandir e, portanto, não pode realizar trabalho, W = 0 De acordo com a Eq. 26, a variação da energia interna é (gás monoatômico) Eq. 29 Eq. 28 KmoljC RC nTnRTC Tn nRT C V V V v ./5,12 2 3 1 2 3 2 3 Molécula CV Exemplo (j/mol.K) Monoatômico Ideal Real 3/2R = 12,5 He 12,5 Ar 12,6 Diatômico Ideal Real 5/2R = 20,7 N2 20,7 O2 20,8 Poliatômica Ideal Real 3R = 24,9 NH4 29,0 CO2 29,7 Tabela 2 Calor Especifico Molar a Volume Constante Como se pode ver na tabela 2, esta previsão da teoria cinética (para gases ideais) concorda muito bem com os resultados experimentais para gases monoatômicos reais, o caso que estamos considerando. Os valores (teóricos e experimentais) de CV para gases diatômicos (com moléculas de dois átomos) e gases poliatômicos (com moléculas de mais de dois átomos) são maiores que para gases monoatômicos. Podemos agora generalizar a Eq. 26 para a energia interna de qualquer gás ideal substituindo 3R/2 por CV para obter TnCE Vint Esta equação se aplica não só a um gás ideal monoatômico, mas também a gases diatômicos e poliatômicos, desde que seja usado o calor correto CV. Como na Eq. 26, a energia interna do gás depende da temperatura, mas não da pressão ou da densidade. De acordo com a Eq. 28, quando um gás ideal confinado em um recipiente sofre uma variação de temperatura ΔT, podemos escrever a variação resultante da energia interna na forma TnCE V int Uma variação da energia interna Eint de um gás ideal confinado depende apenas da variação de temperatura do gás; ela não depende do tipo de processo responsável pela variação de temperatura. Eq. 30 Eq. 31 Calor Especifico Molar a Pressão Constante. Vamos supor agora temperatura do gás sofra um aumento da mesma pequena quantidade ΔT, mas que o calor Q necessário é adicionado com o gás sob pressão constante. Um mecanismo para fazê-lo é mostrado na Fig. 6b Podemos imaginar, de imediato, que o calor especifico molar a pressão constante, definido por TnCQ p (a) (pressão constante) Eq. 32 Fig. 6 Temperatura elevada de T para T+ΔT (b) o processo é mostrado no gráfico p-V. O trabalho é a área sombreada. Onde CP é uma constante chamada de calor especifico molar a pressão constante. O valor de CP é sempre maior do que calor especifico molar a volume constante CV já que, nesse caso, a energia é usada não só para aumentar a temperatura do gás, mas também para realizar trabalho. Para obter uma relação entre os calores específicos molares CP e CV, começamos com a primeira lei da termodinâmica. WQE int Em seguida, substituímos os termo da primeira lei da termodinâmica por seus respectivos valor de Eint é dado pela Eq. 31. O valor de Q pela Eq. 32. Para obter o valor de W observe que, como a pressão permanece constante, Eq. 16 nos diz que W = PΔV. Assim, usando a equação dos gases ideais (PV = nRT), podemos escrever TnRW VV TnRW VPW Eq. 33 Eq. 34 Fazendo essa substituição na Eq. 33 e dividindo ambos os membros por nΔT, obtemos. RCC RCC Tn TnR Tn TnC Tn TnC TnRTnCTnC WQE VP PV PV PV int Eq. 35 Esta previsão da teoria cinética dos gases está de acordo com os resultados experimentais, não só para gases monoatômicos mas para gases em geral, desde que estejam suficiente rarefeito para serem tratados como ideais. Exemplo: 12 Uma bolha de 5,00 mols de hélio submersa em água a uma certa profundidade quando a água (e, portanto o hélio) sofre um aumento de temperatura ΔT de 20,0K a pressão constante. Em conseqüência, a bolha se expande. O hélio é monoatômico e se comporta como um gás ideal. (a) Qual é a energia recebida pelo hélio na forma de calor durante esse aumento de temperatura? (b) Qual é a variação ΔEint da energia do hélio durante o aumento de temperatura? (c) Qual é o trabalho W realizado pelo hélio ao se expandir contra a pressão da água ao redor durante o aumento de temperatura? Dados: n = 5mols ΔT = 20K a) jQ jQ KKmol jmolQ TRnQ TRRnQ TRCnQ TnCQ V P 2080 5,2077 20.31,82 55 2 5 2 3 b) Qual é a variação ΔEint da energia interna do hélio durante o aumento de temperatura? jE jE KKmol jmolE TRnE TnCE V 1250 5,1246 20.31,85,15 int int int 23int int c) Qual é o trabalho W realizado pelo hélio ao se expandir contra a pressão da água ao redor durante o aumento de temperatura? jW KKmol jmolW TnRW VV TnRW VPW 831 20.31,85 O trabalho pode também ser encontrado pela primeira lei da termodinâmica jW jjW EQW 831 5,12465,2077 int Graus de Liberdade e Calores Específicos Molares A Fig. 07 mostra as configurações do hélio (uma molécula monoatômica, com um único átomo), do oxigênio (uma molécula diatômica, com dois átomos) e do metano (uma molécula poliatômica). De acordo com esses modelos, os três tipos de moléculas podem ter movimentos de translação (movendo-se, por exemplo, para a esquerda e para a direita e para cima e para baixo) e movimentos de rotação (girando em torno de um eixo, como um pião). Além disso, as moléculas diatômicas e poliatômicas podem ter movimentos oscilatórios, com os átomos se aproximando e se afastando, como se estivessem presos a molas. Fig. 07 Modelos de moléculas usadas na teoria cinética dos gases: (a) hélio, uma molécula monoatômica típica; (b) oxigênio, uma molécula diatômica típica (c) metano, uma molécula poliatômica típica. Para levar em conta todas as formas pelas quais a energia pode ser armazenada em um gás, Jemes Clerk Maxwell propôs o teorema da eqüipartição da energia: Toda molécula tem certo número f de graus de liberdade, que são formas independentes pelas quais a molécula pode armazenar energia. A cada grau de liberdade está associada (em média) uma energia de ½ KT por molécula (ou ½ RT por mol). Para entender nossa análise de calor específico molares (CP e CV) a gases ideais diatômicos e poliatômicos, é necessário substituir a Eq. 26 (Eint = 3/2nRT) por Eint = (f/2)nRT, onde f é o número de graus de liberdade indicado na Tabela 3. Fazendo isso, obtemos a equação KmoljfC RfC nRTfTnC nRTfE V V V ./ 16,4 2 2 2int nRTfE nRTE 2 2 3 int int Eq. 36 Que se reduz (como seria de esperar) à Eq. 29 no caso de gases monoatômicos (f = 3). Como mostrado na Tabela 2, os valores obtidos usando esta equação também estão de acordo com os resultados experimentais no caso de gases diatômicos (f = 5), mas são menos que os valores experimentais no caso de gases poliatômicos (f = 6). Graus de Liberdade Calor Específico Molar Molécula Exemplo De translação De rotação Total(f) CV(Eq. 36) CP = CV + R Monoatômica He 3 0 3 3/2R 5/2R Diatômica O2 3 2 5 5/2R 7/2R Poliatômica CH4 3 3 6 3R 4R Tabela 3 Graus de Liberdade de Várias Moléculas Exemplo: 13 Transferimos 1000J para um gás diatômico, permitindo que se expanda com a pressão mantida constante. As moléculas do gás podem girar, mas não oscilam. Que parte dos 1000J é convertida em energia interna do gás? Dessa parte, que parcela corresponde a Δktrans (energia cinética associada ao movimentode translação das moléculas) e que parcela corresponde a Δkrot (energia cinéticaassociada ao movimento de rotação)? RC TnCE T RC V V P 2 5 nCQ constante pressão Gás 2 7diatômico Gás 1000JQ int P Aumento da energia interna: Vamos calcular a variação de temperatura ΔT nR QT Rn QT nC QT TnCQ P P 27 2 7 Calculando ΔEint usando a calor específico molar avolume constante CV = 5/2R e o mesmo valor de ΔT. JE QE QE nR QRnE TnCE dia dia dia dia Vdia 3,714 71428,0 int, int, 75int, 27 25int, int, Aumento da energia cinética: Se aumentássemos a temperatura de um gás monoatômico (com o mesmo valor de n) do valor dado pelo valor ∆T, a energia interna aumentaria de um valor menor, que vamoschamar de ∆Eint,mon porque não haveria rotação envolvidas. Para calcularesse valor menor ainda podemos usar (∆Eint = nCv∆T) mas agora devemos usar o valor de CV =3/2R para um gás monoatômico JE JE QE Rn QRnE TRnE mon mon mon mon mon 6,428 1000 int, 73int, 73int, 27 23int, 23int, No caso de um gás monoatômico, toda esta energia está associada à energia de translação dos átomos, que é a única energia cinética presente jK EK trans montrans 6,428 int, O resto de energia interna diatômica vai para o movimento de rotação das moléculas. jK jjK EEK rot rot mondiarot 7,285 6,4283,714 int,int, Exemplo: 14 Uma sala de volume V está cheia de ar (que vamos considerar um gás ideal diatômico) a uma temperatura T1. Quando uma lareira é acesa, a temperatura doar aumenta para T2. Qual é a variação ΔEint da energia interna do ar na sala? Quando a temperatura do ar aumenta a pressão P do ar no interior da sala não muda e as moléculas de ar escapam por várias aberturas, portanto, o número de mols n de ar no interior da sala diminui. Assim não podemos usar ΔEint = nCVΔT. Entretanto, podemos relacionar a energiainterna em qualquer instante com n e com temperatura T através da Eq. 30 (Eint = n Cv T) 0int int int int E R PVCE R PVnT nRTPV nTCE TnCE V V V Por que a sala é mais confortável a uma temperatura maior? Existem pelo menos dois fatores envolvidos: (1) você troca radiação eletromagnética (radiação térmica) com as superfície da sala, e (2) você troca energia com as moléculas de ar que colidem com o seu corpo. A Expansão Adiabática de um Gás Ideal Mudança de volume em que Q = 0 são chamadas de processos adiabático. Podemos assegura que Q = 0, realizando a mudança de volume muito rapidamente (como nas ondas de som) ou realizando- a devagar num meio altamente isolado. A Fig. 8a Mostra nosso cilindro isolado de sempre, agora contendo um gás ideal e repousando em uma base isolante. Removendo parte da massa que está sobre o êmbolo, podemos permitir que o gás se expanda adiabaticamente. Quando o volume aumenta, tanto a pressão como a temperatura diminuem. Provaremos a seguir que a relação entre a pressão e a temperatura durante um processo adiabático é dado por constantepV (Processo adiabático) Onde γ = (Cp / CV) é a razão entre os calores específicosmolares para o gás. A Fig. 8b Indica uma única linha adiabática para a amostra de gás ideal, passando através de três isotermas. Eq. 36 Fig. 8 (a) O volume de uma gás ideal diminui quando adicionamos peso ao pistão. O processo é adiabático. (a) Como o gás passa de um estado inicial i para um estado final f, podemos escrever a Eq. 36 como ffii VPVP (processo adiabático) Eq. 37 Para escrever a equação de um processo adiabático em termos de T e V usamos a equação dos gases ideais (PV = nRT) para eliminar P da Eq. 36, obtemos constante VV nRT Como n e R são constantes, podemos escrever esta equação na forma 1TV Onde a constante é diferente da que aparece na Eq. 36. Quando o gás passa de um estado inicial i para um estado final f, podemos escrever a Eq. 38 na forma Eq. 38 11 ffii VTVT Eq. 39(processo adiabático) Expansões Livres Lembre-se também de que, em uma expansão livre, o gás está em equilíbrio apenas nos pontos inicial e final; assim, podemos plotar apenas esses pontos, mas não a expansão propriamente dita, em um diagrama p-v. Alem disso, como ΔEint = 0, atemperatura do estado final deve ser a mesma do estado inicial. Assim, os pontos inicial e final em um diagrama p-v devem estar sobre a mesma isoterma, e em vez da Eq. 39, temos fi TT (expansão livre) Se supomos também que o gás é ideal (de modo que PV = nRT), como não há variação de temperatura o produto PV não pode variar. Assim, em vez da Eq. 36, uma expansão livre envolve a relação ffii VPVP (expansão livre) Eq. 40 Eq. 41 Exemplo: 15 No Exemplo 4, um mol de oxigênio (considerando um gás ideal) se expande isotermicamente (a 310K) de um volume inicial de 12 L para um volume final de 19 L. (a) Qual é a temperatura final se o gás se expandiu adiabaticamente até esse mesmo volume final? O oxigênio (O2) é diatômico e, neste caso, possui rotação,mas não oscilação. (b) Quais seriam a temperatura final e a pressão final se o gás tivesse se expandido livremente para o novo volume a partir de uma pressão de 2,0 Pa? 11 ffii VTVT 40,1 25 27 R R C C V P kT KT L LkT V VTT f f f f iif 258 310 )19( )12)(310( 40,0 1912 140,1 140,1 1 1 Dados: n = 1mol T = 310K Vi = 12L Vf = 19L a) Tf = ? b) Tf = ? e Pf = ? P = 2Pa a) Como a temperatura não varia, KTT if 310 Podemos calcular a nova pressão usando a Eq. 41 que nos dá PaP L LPaP V VPP VPVP f f f iif ffii 3,1 19 122 b) Lista de exercícios do livro do Halliday Resnick Volume 2 80 edição Capítulo 19 Página 242 questão de número 18 a 35 Página 243 questão de número 36 a 53 Página 244 questão de número 54 a 63
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