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Ensaio Granulométrico de Agregado Graúdo e Miúdo Introdução Granulometria é o termo utilizado para medir a proporção relativa, em porcentagem, dos diferentes tamanhos dos grãos que constituem o agregado. A composição granulométrica tem grande influência nas propriedades futuras das argamassas e concretos. É determinada por meio de peneiramento, através de peneiras com determinada abertura constituindo uma série padrão. A granulometria determina, também, o diâmetro máximo do agregado, que é a abertura da peneira em que fica retida uma porcentagem igual ou imediatamente inferior a 5%. Outro índice importante determinado pela granulometria é o módulo de finura, que é a soma das porcentagens retidas acumuladas divididas por 100. Desta forma, temos por objetivo, ao término deste ensaio, determinar a composição granulométrica do agregado miúdo, bem como conhecer o módulo de finura e a dimensão máxima característica do agregado, fundamentado na NBR NM 248:2003. NORMA De acordo com a NBR NM 248, série normal e série intermediária compreende um conjunto de peneiras sucessivas, que atendam às normas NM-ISO 3310-1 ou 2, com as aberturas de malha estabelecidas na tabela 1. Tabela 1 – Séries de Peneiras A dimensão máxima característica é uma grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa. O módulo de finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100 MATERIAL UTILIZADO Conjunto de peneiras da série normal; Agitador mecânico; Cronômetro; Balança eletrônica em precisão de 0,01 g; Pincel. METODOLOGIA Nas peneiras, previamente limpas, foram preparadas obedecendo à série normal, de modo a formar um único conjunto de peneiras, com abertura de malha em ordem crescente da base para o topo. Figura 01/ 02 – Peneiras. Dois tipos de amostras foram testas, a areia e Brita. Colocamos a amostra sobre a peneira superior do conjunto, com o devido cuidado de evitar a formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma das peneiras. Como o material não apresenta quantidade significativa de materiais pulverulentos, não foi necessário ensaiar previamente as amostras conforme prescreve a NBR NM 46. Como o material não apresenta quantidade significativa de impurezas orgânicas, não foi necessário ensaiar previamente as amostras conforme prescreve a NBR NM 49. Foi realizada a agitação mecânica do conjunto de peneiras, por dois minutos para permitir a separação e classificação dos diferentes tamanhos de grão da amostra. RESULTADOS Ao final do processo, com todos os valores dos pesos retidos em cada peneira, procede-se o cálculo da planilha de composição granulométrica, definindo-se os percentuais de material retido e retido acumulado. O percentual retido acumulado em relação a cada peneira da série utilizada forneceu os dados para a definição da curva granulométrica do agregado em estudo. Também foram definidos o módulo de finura e o diâmetro máximo do agregado. Módulo de finura: O módulo de finura foi obtido somando-se as percentagens retidas acumuladas nas peneiras e dividindo o somatório por 100. A amostra de areia ensaiada foi coletada na quantidade de 1 Kg, conforme prescreve a NBR NM 248. Reunidos todos os materiais, procedeu-se o ensaio, e os resultados foram: COMPOSIÇÃO GRANDULOMETRICA DO AGREGADO MIUDO (AREIA) PENEIRA (mm) PESO (g) PORCENTAGEM CALCULO DO MF RETIRADA ACUMULADA 9,5 1g 0,10% 999% 9,99 6,3 3g 0,30% 996% 9,96 4,8 2g 0,20% 994% 9,94 2,4 22g 2,20% 972% 9,72 1,2 176g 17,60% 796% 7,96 0,6 486g 48,60% 310% 3,10 0,3 253g 25,30% 57% 0,57 0,15 4,9g 4,90% 8% 0,08 FUNDO 5g 0,50% 3% 0,03 TOTAL 997g 99,70% MF= 9.97 MASSA TOTAL DA AMOSTRA= 1 KG TOTAL DO MATERIAL RETIDO = 997g MATERIAL PERDIDO = 0,3% A amostra de PEDRA ensaiada foi coletada na quantidade de 1 Kg, conforme prescreve a NBR NM 248. A tabela a baixo mostra o parâmetro: AGREGADO GRAUDO – NBR NM 248:2003 Abertura das Peneiras (mm) Faixas em relação as porcentagens retidas acumuladas Brita Brita Brita Brita Brita 4,75 / 12,5 9,5 / 25 19 / 31,5 25 / 50 37,5 / 75 Nº 0 Nº 1 Nº 2 Nº 3 Nº 4 100 0 - 5 76 5 - 30 64 0 - 5 75 - 100 50 5 - 30 90 - 100 38 0 - 5 75 - 100 95 - 100 32 0 - 5 5 - 25 87 - 100 25 2 - 15 65 - 95 95 - 100 19 0 - 5 40 - 65 92 - 100 12,5 2 - 15 80 - 100 92 - 100 9,5 40 - 65 92 - 100 95 - 100 6,3 80 - 100 95 - 100 4,8 95 - 100 2,4 1,2 0,6 0,3 FUNDO Os resultados estão expostos na seguinte tabela: COMPOSIÇÃO GRANDULOMETRICA DO AGREGADO GRAUDO (BRITA) PENEIRA (MM) Massa Retida Gramas (Mrg) Massa Retida Porcentagem (Mr%) Massa Retida Média – % (Mrm) Massa Retida Acumulada – % (Mra) 100 - - - - 76 - - - - 64 - - - - 50 - - - - 38 - - - - 32 - - - - 25 8,0g 0,8% 0,8% 0,8% 19 - - - 0,8% 12,5 - - - 0,8% 9,5 774,0g 77,4% 77,4% 78,2% 6,3 176,0g 17,6% 17,6% 95,8% 4,8 33,0g 3,3% 3,3% 99,1% 2,4 6,0g 0,6% 0,6% 99,7% 1,2 - - - 99,7% 0,6 - - - 99,7% 0,3 - - - 99,7% FUNDO 3,0g 0,3% 0,3% 100% TOTAL: 1000g MF= 5,95 MASSA TOTAL DA AMOSTRA= 1 KG TOTAL DO MATERIAL RETIDO = 997g MATERIAL PERDIDO = 0,3% O gráfico mostra a curva granulométrica do ensaio com a brita: CONCLUSÃO A influência que o agregado miúdo exerce sobre o concreto é praticamente a mesma influência exercida pelo agregado graúdo: quanto mais fino, maior o consumo de pasta de cimento, quanto mais grosso, maior a quantidade de vazios no concreto. O agregado miúdo tem função de preencher os vazios deixados pelo agregado graúdo. Um agregado com partículas muito finas (com finura da ordem do cimento) pode criar descontinuidades na argamassa e formar uma camada de material pulverulento prejudicando a aderência do concreto ao agregado graúdo comprometendo a qualidade do concreto. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ABNT NBR NM 27:2001. Agregados - Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório, Rio de Janeiro, 2002. ABNT NBR NM 46:2001. Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira de 75 micrômetros, por lavagem, Rio de Janeiro, 2001. ABNT NBR NM 49:2001. Agregados – Determinação das impurezas orgânicas, Rio de Janeiro, 2001. ABNT NBR NM 248:2003. Agregados – Determinação da composição granulométrica, Rio de Janeiro, 2003. ABNT NBR NM - ISO 2395 - 1997 - Peneiras de ensaio e ensaio de peneiramento, Rio de Janeiro,1997.
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